Quando procurar o geriatra

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Quando procurar o geriatra ?
Contribuição de Dr. Thiago Monaco – [email protected]
Cada
vez mais ouvimos as
perguntas “Quando procurar o médico geriatra? Com
que idade? O que este profissional pode fazer pela nossa
saúde?”.
Um geriatra é um médico generalista e
especialista a um só tempo. O que isto quer dizer?
Médico generalista é aquele que sabe de tudo um
pouco. Médico especialista é aquele que domina
uma determinada área do conhecimento médico e se
torna referência nesta área até mesmo
para os outros médicos. Como generalista, o geriatra
é capaz de prevenir, avaliar e tratar doenças dos
mais diferentes aparelhos do nosso corpo; além disto, como
conhece razoavelmente bem cada área da medicina, sabe onde
seu conhecimento termina e onde deve contar com o auxílio de
um especialista e encaminhar o paciente de forma correta. Para isto,
ele estuda muita Clínica Médica, Cardiologia,
Psiquiatria, Neurologia, Pneumologia, Nefrologia, etc. Mas o geriatra
é também um especialista: é a
única especialidade da medicina que se dedica a estudar o
idoso e o processo de envelhecimento. Nesta área, o geriatra
é referência para os outros
especialistas.
O
geriatra se preocupa,
portanto, com todos os aspectos da saúde do idoso, mas
vê sempre todas elas de acordo com as particularidades da
saúde diante do processo de envelhecimento. Enquanto a
grande maioria das especialidades médicas se dedica a um
órgão ou sistema, a geriatria é das
poucas especialidades que se dedicam ao indivíduo como um
todo e a única que estuda
o processo de envelhecimento.
Ter
um geriatra
é ter o seu médico e não um
médico para cada órgão ou
doença. Aquele que lhe conhece e pode lhe atender, apoiar e
orientar a
qualquer hora em qualquer dia, no consultório, na sua casa e
até dentro
do hospital se for necessário. O geriatra também
resgata a figura - tão
saudosa e necessária nos dias de hoje em que o anonimato
é a regra - do
médico da família. Aquele a quem sabemos que
podemos recorrer, seja
quando só precisamos sanar uma dúvida, seja
quando precisamos pedir
socorro.
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E faz
diferença pensar no envelhecimento?
Diversas
modificações acontecem durante o nosso
envelhecimento, e estas alterações são
de início precoce. Como veremos, embora sempre haja o que se
fazer para melhorar a qualidade de vida de um idoso, existem idosos que
envelheceram bem e idosos que envelheceram mal. E escolher
que tipo de
idoso queremos ser é privilégio de quem
é jovem e está disposto a planejar o seu
envelhecimento.
Afinal,
quem é idoso?
Podemos
responder a pergunta de duas maneiras:
Conceito
cronológico
É
idoso quem tem pelo menos uma certa idade. Originalmente a
Organização Mundial da Saúde (OMS)
definia que esta idade
mínima era de 65 anos para países desenvolvidos e
60 anos para países em desenvolvimento, tanto porque
países em desenvolvimento têm expectativas de vida
menores quanto refletindo um pior estado de saúde dos idosos
nestes países. No entanto, o reconhecimento de que o
envelhecimento é um fenômeno mundial, as melhores
condições de saúde em geral dos idosos
nos países em desenvolvimento e as dificuldades em comparar
populações idosas em países com
diferentes definições do que é um
idoso têm levado cada vez mais ao uso da idade
mínima de 65 anos para se definir um idoso. No entanto, como
veremos, definir quem é idoso simplesmente por causa da
idade pode ser útil, mas é simplificar demais um
processo que é lento, de início muito precoce e
contínuo.
Conceito
biológico
O
envelhecimento é, segundo Confort, um grande estudioso do
assunto, um "conjunto de fenômenos que leva à
redução da capacidade de
adaptação a sobrecargas funcionais". Para
entender do que Confort está falando, precisamos decompor
seu raciocínio. Por funcionalidade entendemos literalmente o
funcionamento do nosso organismo, ou melhor, a capacidade de
função de cada órgão ou
sistema que compõem o nosso corpo. Assim, se pensamos na
função de bomba do coração,
a capacidade funcional cardíaca está ligada
à sua capacidade de manutenção da sua
função de bomba, função
vital para nossa sobrevivência.
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Acontece que o coração humano, em seu auge na
idade adulta, é capaz de bombear muito mais sangue do que
necessário para a manutenção do corpo
em um desempenho basal, como o repouso ou atividade leve. Todos
nós percebemos isto quando fazemos um exercício
mais pesado: o coração acelera, bombeando muito
mais sangue e oxigênio para suprir este aumento nas
necessidades energéticas durante o esforço. Este
exercício mais pesado nada mais é do que uma sobrecarga funcional
que nós impomos ao coração. Isto
é o mesmo que dizer que o
coração possui uma capacidade funcional superior
ao necessário para o funcionamento básico (que
nós médicos chamamos de funcionamento basal)
do organismo. Então, se o o coração
possui uma capacidade maior do que o necessário para o
funcionamento basal do organismo, podemos dizer que o
coração humano possui reserva funcional;
é justamente esta reserva que permite que o
coração receba uma sobrecarga funcaional (o
exercício) e desempenhe bem diante dela. Isto acontece com
todos os órgãos ou sistemas do nosso corpo:
nós temos reserva funcional cardíaca, pulmonar,
visual, cerebral, muscular, etc. O nosso corpo possui reserva
funcional, o que significa que nós somos capazes de
desempenhar muito mais do que o necessário no dia-a-dia.
É exatamente em situações de
sobrecarga funcional que esta reserva funcional é "chamada"
a comparecer, permitindo que nosso corpo mantenha-se bem em momentos
excepcionais. O organismo humano em seu apogeu tem muita reserva
funcional, o que permite que ele se adapte bem em
situações de reserva funcional.
Acontece que durante o envelhecimento, diversos fenômenos
biológicos entram em ação constante,
lentamente diminuindo nossa reserva funcional. De fato, tais
fenômenos são tão lentos, que alguns
começam durante a infância! Nós
continuamos muito bem no dia-a-dia, pois usamos muito menos do que
nossa capacidade funcional - e isto continua a ser verdade mesmo em
idades muito avançadas. Mas é nestas idades que
uma sobrecarga funcional, como uma doença, um
remédio a mais para ser destruído pelo
fígado ou eliminado pelos rins ou uma queda ao
chão pode produzir efeitos que nós nunca
observaríamos em um jovem. O processo de envelhecimento
torna os idosos muito mais vulneráveis às
doenças do que o são os indivíduos
mais jovens. Isto porque, em indivíduos idosos, existe a
"redução da capacidade de
adaptação a sobrecargas funcionais" mencionada
por Confort. Os
médicos geriatras sempre se preocupam com essa perda de
reserva funcional quando prescrevem remédios, pedem exames e
acompanham pacientes idosos.
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30 anos
60
anos
80 anos
Velocidade
de condução nervosa
100%
96%
88%
Gasto
metabólico basal (calórico)
100%
96%
84%
Índice
cardíaco
100%
82%
70%
Função
renal
100%
96%
61%
Capacidade
vital pulmonar
100%
80%
58%
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A tabela acima mostra a evolução real de algumas
funções do corpo humano diante do processo de
envelhecimento. Considerando o auge da capacidade funcional humaa por
volta dos 30 anos, a tabela mostra o ritmo de perda destas
funçõs em porcentagem se considerarmos cada uma
em 100% de funcinalidade aos 30 anos. É importante ressaltar
que, embora as perdas sejam grandes, como vemos na tabela, a reserva
funcional humana é tão grande que podemos estar
muito bem mesmo em idades muito avançadas. A necessidade
basal renal, por exemplo, é da ordem de 30% daquilo que
nós temos aos 30 anos, e só abaixo disto
é que temos uma doença grave dos rins. Como
vemos, mesmo
aos 80
anos, o envelhecimento preserva muito mais função
do que nós precisamos.
Mas aqui temos somente
metade da explicação do envelhecimento, porque
esta explicação nos diz o que é o
envelhecimento normal, ou senescência, mas o envelhecimento
habitual, aquele que nós observamos nas pessoas,
é sempre uma soma da senescência com a senilidade
(o envelhecimento anormal ou patológico).
Senescência
versus Senilidade
Dois
tipos de fenômenos nos acompanham na
jornada entre a juventude e a idade avançada: a
senescência, ou envelhecimento normal, que acabamos de
conceituar, e a senilidade, ou envelhecimento anormal ou
patológico. Enquanto o envelhecimento normal é
inevitável, não pode ser curado nem se
rejuvenesce dele, afinal é um processo natural do ser
humano, a
senilidade ou
envelhecimento patológico é em grande parte
evitável,
até certo ponto pode ter
cura e sempre existe o que fazer para ao menos diminuir o seu efeito.
Isto porque
a senilidade não
é parte
natural do nosso envelhecimento! A
senilidade, na
verdade, é a perda de capacidade funcional de um ou mais
órgãos ou funções causada
por maus hábitos de vida como o sedentarismo (falta
de exercício), o excesso de bebidas alcoólicas e
o hábito de fumar, a má
alimentação e a obesidade, bem como a falta de
prevenção e controle das doenças
crônicas, como o diabetes, a hipertensão e
colesterol alto, entre tantos outros.
O
envelhecimento que observamos nas pessoas é,
portanto, a perda de reserva funcional determinada pela soma da
senescência (natural e inevitável) com a
senilidade (evitável e variável de uma pessoa
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para outra). Se a senescência é normal e permite
vivermos com qualidade até idades extremamente
avançadas (por que não dizer: além dos
100 anos?), é a senilidade ou envelhecimento anormal que nos
tira gravemente a reserva funcional e prejudica a nossa qualidade de
vida à medida em que envelhecemos.
Envelhecimento e ciclo de vida segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
É
por isto que dizer que "idoso é tudo
igual" não poderia estar mais errado: nós
envelhecemos de forma diferente uns dos outros, porque vivemos vidas
diferentes, nos cuidamos de forma diferente e lidamos de forma
diferente com os problemas que temos ao longo da vida. No entanto,
todos deveríamos nos prevenir, porque a vida vale muito mais
a pena se vivida com mais qualidade! Mas vale lembrar: quanto antes
nós nos prevenimos, mais problemas nós evitamos!
Então,
quando procurar um geriatra?
Acredito
que existem dois
grandes motivos para se procurar um médico geriatra.
O
primeiro é
ser
idoso e desejar ter um médico
responsável pela sua
saúde
como um todo, capaz de
lidar com a maioria das condições de
saúde e de doença, seja do
coração, anemia, depressão, diabetes
ou pressão alta, problemas de colesterol alto, osteoporose
ou fumo – ou todas elas juntas. Se você
é um idoso e gostaria de ter um seguimento completo, vale a
pena procurar o geriatra.
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O segundo motivo é querer envelhecer com
saúde e
fazer uma avaliação ampla, com consulta e os
exames especificamente para o seu caso, levando-se em conta
ocupação, atividades diárias e de
lazer, para a elaboração de um aconselhamento
amplo de saúde, específico para cada idade.
Afinal de contas, envelhece bem quem se cuida, de forma ativa e
preventiva.
E
para isto nunca se
é nem novo demais nem velho demais.
Dr. Thiago Monaco
Al. dos Jurupis, 452, sala 64 - São Paulo - SP
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