Uni-ANHANGUERA – CENTRO UNIVERSITÁRIO DE GOIÁS CURSO DE AGRONOMIA RESPOSTA DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO À INOCULAÇÃO COM ESTIRPES DE Rizhobium tropici EM CASA DE VEGETAÇÃO HIURI ALVES RODRIGUES GOIÂNIA Novembro/2014 2 HIURI ALVES RODRIGUES RESPOSTA DE GENÓTIPOS DE FEIJOEIRO À INOCULAÇÃO COM ESTIRPES DE Rizhobium tropici EM CASA DE VEGETAÇÃO Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Agronomia do Centro Universitário de Goiás, Uni-ANHANGUERA, sob orientação do Msc. Adriano Knupp, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Agronomia. GOIÂNIA Novembro/2014 3 4 Dedico esse trabalho de conclusão de curso aos meus pais e minha irmã, que me apoiaram em todos os momentos e fizeram tornar possível todas as minhas vontades, que me deram uma vida digna onde eu pude crescer e ter minhas próprias decisões, acreditando que tudo é possível, desde que tenhamos honestidade, íntegros de caráter e convencidos de que a vitória são frutos de sonhos concretos mediante a nossa força de vontade. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por todas as oportunidades que foram surgindo em minha vida. Aos meus pais que propiciaram a vida e me ensinaram a vivêla com dignidade, que se doaram por inteiros para que meus sonhos pudessem ser realizados me proporcionando a melhor experiência da minha vida. A minha irmã que foi minha companheira todo esse tempo, contribuindo indiretamente com meu sucesso. Aos meus amigos que fizeram valer cada manhã, dias, meses e anos, que, embora mudem, e suas vidas se reorganizem, serão sempre amigos, compartilhando as mesmas recordações. Ao meu orientador Adriano Moreira Knupp por todo seu conhecimento, atenção e dedicação, não medindo esforços em me ajudar sempre que necessário. Aos componentes da banca, por aceitarem participar do meu trabalho e me avaliar. Agradeço pela disponibilidade. 6 RESUMO O feijoeiro é uma cultura produzida mundialmente e de suma importância ao aspecto econômico por sua relevância nutricional e ao aspecto cultural na culinária, é uma das grandes culturas mais cultivadas de ótima alternativa em pequenas propriedades. Com o intuito de avaliar diferentes genótipos de feijão em ambiente controlado, foi cultivado para verificar qual delas contribuiu com um maior número de nódulos, observando um percentual elevado de genótipos com valores igual ou superior a cultivar Ouro Negro e outros 17 como promissores ao desenvolvimento de novas cultivares. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação com objetivo em testar a potencialidade de 110 genótipos de feijão (Phaseolus vulgaris L.) em resposta à inoculação com bactérias fixadoras de nitrogênio, realizado em Santo Antônio de Goiás na Sede da Embrapa Arroz e Feijão. Além dos 110 genótipos, foi incluída para avaliação a cultivar Ouro Negro, que foi utilizada como referência, uma vez que é considerado um genótipo com boas taxas de fixação de nitrogênio. As sementes dos diferentes genótipos foram adquiridas junto ao Banco de Germoplasma (BAG). PALAVRAS-CHAVES: Feijão. Ambiente controlado. Inoculação. Nódulos. 7 LISTA DE FIGURAS Figura 1. Agrupamento dos genótipos em intervalos de número de nódulos planta-1 (NN). A coluna destacada indica o intervalo onde se encontra o genótipo de referência, a cultivar Ouro Negro. .................................................................................................... 20 Figura 2: Agrupamento dos genótipos em intervalos de massa seca de nódulos mg planta-1 (MSN). A coluna destacada indica o intervalo onde se encontra o genótipo de referência, a cultivar Ouro Negro. .................................................................................. 22 Figura 3: Agrupamento dos genótipos em intervalos de massa relativa de nódulos mg nódulos-1 (MRN). A coluna destacada indica o intervalo onde se encontra o genótipo de referência, a cultivar Ouro Negro. .................................................................................. 23 Figura 4: Agrupamento dos genótipos em intervalos de índice relativo de nodulação (IRN). A coluna destacada indica o intervalo onde se encontra o genótipo de referência, a cultivar Ouro Negro. .................................................................................................... 26 8 LISTA DE TABELAS Tabela 1: Identificação dos genótipos das plantas utilizadas no experimento.. ............ 18 Tabela 2: Valores de quadrado médio da análise de variância para número de nódulos (NN), massa seca de nódulos (MSN), massa relativa de um nódulo (MRN) e índice relativo de nodulação (IRN) do experimento conduzido em casa de vegetação.. .......... 20 Tabela 3: Médias obtidas para o número de nódulos (NN) por planta dos genótipos avaliados em casa de vegetação...................................................................................... 21 Tabela 4: Médias obtidas para massa seca de nódulos (MSN) por planta dos genótipos avaliados em casa de vegetação...................................................................................... 22 Tabela 5: Médias obtidas para a massa relativa de um nódulo (MRN) dos genótipos avaliados em casa de vegetação...................................................................................... 24 Tabela 6: Médias obtidas para índice relativo de nodulação (IRN) dos genótipos avaliados em casa de vegetação...................................................................................... 26 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 9 2 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 11 2.1 O feijão .................................................................................................................... 11 2.2 Cultivo do feijão ...................................................................................................... 12 2.3 Produção e consumo de feijão ............................................................................... 12 2.4 Nitrogênio ................................................................................................................ 13 2.5 Importância da FBN para a cultura do feijão ..................................................... 15 3 MATERIAL E MÉTODOS ...................................................................................... 18 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .............................................................................. 20 5 CONCLUSÕES.......................................................................................................... 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................... Erro! Indicador não definido. 9 1 INTRODUÇÃO O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) constitui-se uma das mais importantes fontes proteicas na dieta humana (BARBOSA; GONZAGA, 2012). Possui grande utilidade na alimentação, disponibilizando vários nutrientes que possuem funcionalidades essenciais (RIOS et al., 2003). O feijoeiro é uma cultura de bastante importância tanto econômica quanto social, por ser um alimento consumido por toda a população e por envolver em seu meio de produção os pequenos produtores (CONAB, 2014). Os últimos dados de consumo de feijão, de 2007, informavam que o maior consumo desse produto ocorria nas Américas (40,8%), seguindo-se a Ásia (37,8%), a África (17,8%), a Europa (3,3%) e a Oceania (0,1%) (BARBOSA; GONZAGA, 2012). De acordo com os mesmos autores, os países em desenvolvimento são responsáveis por 87,1% do consumo mundial e por 89,8% da produção. Dados de 2010 mostram que a produção mundial de feijão situou-se em torno de 22,9 milhões de toneladas. A produção mundial média no período de 2006 a 2010 foi cerca de 21,2 milhões de toneladas (SEAB, 2012). Essa leguminosa, por apresentar uma ampla adaptação edafoclimática, permite que seu cultivo ocorra durante todo o ano, em quase todas as regiões brasileiras, nas diferentes épocas e safras (SEAB, 2012). No Brasil o cultivo do feijão possui três épocas diferentes, a primeira safra, ou safra das águas, a segunda safra ou safrinha e a terceira safra, conhecida como safra irrigada (BARBOSA; GONZAGA, 2012). Considerando as três épocas de cultivo, a área total a ser ocupada para cultivo de feijão na safra 2014/2015 pode ficar entre 3,23 e 3,28 milhões de hectares na próxima safra, registrando uma variação de área entre 2,9 e 1,5% comparando a safra do ano de 2013/2014 que era de 3,33 milhões de hectares (CONAB, 2014). O feijoeiro é considerado uma planta exigente em nutrientes em decorrência do sistema radicular superficial e do ciclo curto (ROSOLEM; MARUBAYASHI, 1994). O nitrogênio é um dos nutrientes mais requeridos pelas plantas, tendo papel na formação de novas células e tecidos nos vegetais, promove a formação de clorofila, faz parte dos ácidos nucleicos, proteínas e enzimas importantes, tendo atuação nas principais reações bioquímicas e outros compostos importantes no metabolismo (EPSTEIN; BLOOM, 2006). 10 Uma das principais formas de fornecimento de nitrogênio para as plantas é o uso de insumos minerais, tais como ureia e sulfato de amônio (VITTI et al., 2005), no entanto, esses adubos nitrogenados são os mais caros economicamente, por consumir muita energia no processo de fabricação, além de serem potencialmente mais poluentes (HUNGRIA et al., 2001). A utilização de adubo químico nitrogenado pode incrementar o ozônio atmosférico, contribuindo para o aquecimento global, além de poder influenciar negativamente na produtividade de pastagens e florestas. Além disso, pode ocasionar aumento na quantidade de nitrato particulado no perfil do solo, podendo contaminar o lençol freático, pode ainda acidificar a superfície d' água, bem como promover perdas de biodiversidade (GALLOWAY et al., 2003). Uma alternativa, economicamente viável e sustentável, aos impactos negativos advindos da fertilização sintética é o uso de recursos biológicos para o aporte de nitrogênio ao sistema solo planta para a manutenção dos sistemas agrícolas, dentre eles se destaca a fixação biológica de nitrogênio (FBN) promovida por bactérias diazotróficas inoculadas em plantas (CANTARELLA, 2007). Esse trabalho tem como objetivo testar a resposta de diferentes genótipos de feijoeiro à inoculação com bactérias fixadoras de nitrogênio em casa de vegetação. 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 O feijão O feijoeiro comum é uma planta herbácea dicotiledônea, pertencente à família Fabaceae, que compreende as leguminosas, sub-família Papilionoideae, gênero Phaseolus e espécie Phaseolus vulgaris L. (SANTOS; GALVILANES, 2006). Trata-se da espécie mais importante deste gênero e um dos alimentos mais consumidos no mundo e a mais cultivada na maioria dos continentes (BARBOSA; GONZAGA, 2012). A planta é caracterizada por possuir folhas compostas por três folíolos ovais, flores que se reúnem em cachos e podem ser brancas, amarelas, azuis ou vermelhas, conforme a variedade. O fruto é denominado vagem (CIF, 2014; FERRI, 1983). Essa leguminosa era cultivada no antigo Egito e na Grécia, sendo também cultuada como símbolo da vida (EMBRAPA, 2010). Teve origem na América Central e na América do Sul, de onde surgiu uma grande variedade de grãos de diferentes cores, formas e tamanhos, sendo tais características visuais a base para a classificação das classes comerciais de feijão (GEPTS; DEBOUCK, 1991). O grão carioca, que é considerado um dos tipos mais consumidos, apresenta como característica marcante o tegumento com coloração bege e estrias marrons, hilo branco, apresentando ao redor um halo de coloração creme, e as sementes têm em média 0,9 cm de comprimento, 0,6 cm de largura, 0,5 cm de espessura e forma oblonga (ALMEIDA et al., 1971). São compostos por cerca de 89% de cotilédone, 1% de epicótilo e 10% de tegumento (SHIGA et al., 2011). A produção de feijão sofre forte influência de fatores climáticos. Dentre os fatores que mais influenciam no desenvolvimento da planta para a produção do grão estão a temperatura, que é o fator mais influente por participar no florescimento e na frutificação do feijoeiro, a precipitação pluvial, que é de extrema importância principalmente nos 15 dias antes da floração e no estágio inicial de formação das vagens, radiação solar em relação ao fotoperíodo e estresse hídrico. A radiação solar possui forte influência na taxa de fotossíntese dos vegetais, podendo dizer que a quantidade necessária de raios solares para a fotossíntese diversifica de acordo com a duração e tipo da planta (YAMAGUISHI, 2008; DIDONET; SILVA, 2004). O ciclo vegetativo dessa leguminosa varia entre 75 e 110 dias, e nesse período é importante que a planta seja abastecida com água e nutrientes (AIDAR; KLUTHCOUSKI, 2009) e os períodos de semeadura e colheita do feijão apresentam variações conforme cada ano (BRACKMANN et al., 2002). 12 O feijão tem seu cultivo distribuído em todo o país, onde os produtores podem optar pelo seu cultivo associado com outras culturas ou apenas pelo manejo do feijoeiro. Ainda em muitos casos, o seu cultivo é acolhido como subsistência, sendo este mais característico principalmente na agricultura familiar (BARBOSA; GONZAGA, 2012). 2.2 Cultivo do feijão O feijoeiro-comum é considerado uma cultura atípica por conseguir três safras anuais. A safra das "águas" ou primeira safra é plantada nas Regiões do Sul, Sudeste e Centro-Oeste e também nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia e, também nos estados de Tocantins e Rondônia, seu cultivado é feito entre os meses de agosto a novembro (CONAB, 2014). A safra da "seca" ou segunda safra ocorre nas Regiões Sul, Sudeste e CentroOeste, e também em único período de plantio no Norte, onde o feijão-comum é consorciado com o milho, essa safra é realizada entre os meses de dezembro e abril. Já a safra de terceira época, também designada como safra irrigada, safra de inverno ou, simplesmente, terceira safra, acontece com o feijão-comum cultivado entre os meses de abril a julho, no Centro-Sul do Brasil (CONAB, 2014). Considerando essas três épocas de cultivo, avalia-se que a área total de feijão na safra 2013/14 chegou a aproximadamente 3,33 milhões de hectares, possuindo um crescimento de 8,4% maior que a safra anterior. Estima-se que a produtividade média nacional dessa cultura foi de 13,2% maior que o ano de 2013, chegando a 1.033 kg/ha (CONAB, 2014). Comparativos das Regiões do país mostram que o Centro-Oeste possui destaque na produtividade da leguminosa, com uma média de 1.865 kg/ha, teve um aumento de 13,9% comparando ao ano passado com uma área de 468 mil hectares, possuindo um crescimento de 31,5% e com produção de 872,9 mil toneladas, ampliando cerca de 49,8%. Os Estados que contribuíram para essa alta produtividade na Região CentroOeste foram os estados Matos Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal (CONAB, 2014). 2.3 Produção e consumo de feijão Esta leguminosa é considerada uma cultura de significativa importância socioeconômica no mundo inteiro (BROUGHTON et al., 2003). O feijão é um produto tradicional na alimentação da população brasileira, principalmente para as classes de 13 baixa renda, sendo considerada uma cultura de grande importância econômica, social, nutricional e funcional (RIOS et al., 2003; FAO, 2013). O Brasil foi considerado o terceiro maior produtor mundial de feijão em 2014, ficando atrás apenas de Myanmar e Índia. A estimativa é que a área de primeira safra do ano agrícola 2013/2014 está avaliada em 1,16 milhão de hectares, considerando um aumento de 3,4% em relação ao ano agrícola anterior. A produção foi com base na safra 2013/2014 foi de 3,53 milhões de toneladas de feijão, apresentando aumento de 25,8% em relação à safra anterior (2012/2013) com 2,80 milhões de toneladas (CONAB, 2014). O tímido crescimento no plantio desta leguminosa no Brasil se dá principalmente devido à comercialização instável e aos riscos climáticos atrelados à cultura. Além de outras culturas, como a soja e milho, apresentarem maior estabilidade e liquidez (CONAB, 2014). Considerando a safra 2013/2014, aproximadamente 48,2% da produção do feijão primeira safra provém da Região Sul, sendo o Paraná o maior produtor. Na Região Sudeste é produzido 28,3% da oferta deste feijão, destacando-se Minas Gerais e São Paulo. A Região Centro-Oeste produziu 13,6% da oferta, com destaque para Goiás. Os 9,9% restantes foram produzidos na Região Norte/Nordeste, com destaque para a Bahia e o Piauí (IBGE, 2014). 2.4 Nitrogênio O nitrogênio constitui moléculas importantes na planta como o DNA, organelas, clorofila, aminoácidos e RNA. Possui uma vasta importância nos vegetais, por fazer parte de proteínas e enzimas atuantes nas principais reações metabólicas da planta, sendo considerado um dos macronutrientes primários mais significativo para o desenvolvimento vegetal (EPSTEIN; BLOOM, 2006). A carência de nitrogênio pode ser observada a olho nu, cuja deficiência de clorofila nas folhas mais velhas faz com que estas apresentem uma coloração mais amarelada em relação a uma folha saudável, podendo ser observadas também manchas verdes e brancas no limbo foliar. As folhas com deficiência de nitrogênio se tornam frágeis, evidenciam as nervuras e podem senescer prematuramente (ROSOLEM; MARUBAYASHI, 1994). As raízes de pequeno alcance e o ciclo curto da cultura do feijoeiro são fatores que podem comprometer todo o desenvolvimento da planta se não houver adequado suprimento nutricional. Sendo assim, os nutrientes, principalmente o nitrogênio, por ser 14 o que possui maior demanda pela planta, precisam ser dispostos ao vegetal no momento adequado (ROSOLEM; MARUBAYASHI, 1994). Sendo assim, é relevante que o suprimento adequado via adubação nitrogenada melhora e a qualificação do produto final, aumentando os teores de proteína nos grãos (GOMES JUNIOR et al., 2005) Os fertilizantes químicos nitrogenados que são utilizados para adubar a cultura do feijão no bioma Cerrado da região central do Brasil possuem baixa eficiência na sua utilização pelas plantas devido às perdas no curto espaço de tempo por volatilização e lixiviação, principalmente (HUNGRIA et al., 2001). Pode-se dizer que o fato é oriundo da cultura demandar uma quantidade elevada de nitrogênio para obter a fertilidade necessária (FARIA et al., 2005). O fato de o nitrogênio ser o nutriente mineral de maior absorção pelas plantas, maior escassez na forma livre no solo e de maior dificuldade de manejo na produção agrícola faz com que este se torne mais caro economicamente, uma vez que a produção industrial de adubos nitrogenados necessita de grande quantidade de derivados do petróleo e energia (CANTARELA, 2007). Os adubos químicos é potencialmente o mais poluente (MOREIRA et al., 2006; MACHADO, 2014), pois sua utilização faz com que haja aumento no ozônio atmosférico, contribuindo para o aquecimento global, gerando riscos para a saúde humana. Com tudo isso, ainda pode ocasionar aumento na quantidade de nitrato particulado no perfil do solo, contaminando o lençol freático, acidificar a superfície das águas, provocar perdas de biodiversidade, promover eutrofização litorânea e pode modificar a produtividade florestal (GALLOWAY et al., 2003). A eficiência agronômica destes adubos industriais pode ser considerada baixa, chegando a 50% de perdas, aumentando os custos das adubações e dos produtos colhidos (HUNGRIA et al., 2001; SANTOS et al., 2003). Estudos vêm sendo aprimorado visando à adoção de tecnologias que permitam excluir totalmente ou parcialmente a utilização dos adubos químicos nitrogenados possibilitando ganhos ao meio ambiente, além dos ganhos econômicos (STRALIOTTO et al., 2003). O nitrogênio é o elemento mais abundante na atmosfera terrestre (78%), porém as plantas não conseguem utilizá-lo, devendo ser transformado em amônia solúvel em água, que é utilizado diretamente pela planta, quando ocorre o processo de FBN (OTSUBO, 2012). No entanto a fixação biológica de nitrogênio (FBN) é uma alternativa como forma de suprimento deste nutriente para as plantas. O processo se dá 15 com a inoculação de bactérias diazotróficas que possuem a capacidade de converter o nitrogênio atmosférico em formas assimiláveis, sendo uma alternativa viável ao sistema solo-planta principalmente na manutenção dos sistemas agrícolas, proporcionando para o agricultor menor custeio na lavoura e benefícios ao ecossistema (CANTARELLA, 2007). O Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), implantado pelo governo federal em 2010, feito para estimular a implantação de processos que trazem benefícios ao desempenho agrícola, capturando gases de efeito estufa (MAPA, 2011) estabelece a FBN como um dos pilares da sustentabilidade dos sistemas de produção. (EMATER, 2014). 2.5 Importância da FBN para a cultura do feijão Os rizóbios são bactérias benéficas presentes no solo, as quais são atraídas para as raízes das plantas leguminosas e capaz de fixar o nitrogênio atmosférico e fornecê-lo à cultura (FIGUEIREDO et al., 2008; BUZETTI et al., 2007). A associação do rizóbio com as raízes das leguminosas é um exemplo de associação biológica chamada de "simbiose", termo que define um tipo de relação positiva entre os parceiros (XAVIER et al., 2006). O rizóbio utiliza os carboidratos provenientes da fotossíntese da planta hospedeira para gerar a energia necessária para promover o processo de fixação biológica de nitrogênio (FERNANDES, 2009). Estas bactérias, uma vez em contato com as raízes de leguminosas, são capazes de se associar simbioticamente, induzir a formação de estruturas altamente específicas, que são conhecidas como nódulos, a partir de uma cadeia de reações químicas entre a planta e a bactéria (MOREIRA et al, 2006). A associação do feijoeiro com bactérias diazotróficas, genericamente chamadas rizóbios é uma tecnologia eficiente em substituir, pelo menos parcialmente, a adubação nitrogenada resultando em benefícios ao pequeno produtor (BUZETTI et al., 2007). No interior dos nódulos ocorre a conversão do nitrogênio atmosférico em amônia, graças ao aparato enzimático que as bactérias possuem (STRALIOTTO et al., 2003). Para o feijoeiro atualmente são vendidos inoculantes líquidos ou turfosos, cujas bactérias possuem alto potencial de fixação do nitrogênio atmosférico, no entanto, diferentemente da soja, a eficiência é comprometida em campo, devido à promiscuidade do feijoeiro, que estabelece simbiose com bactérias nativas, presentes no solo (RUMJANEK et al., 2005; VARGAS; HUNGRIA, 1997). Nos solos brasileiros existe 16 uma ampla gama de rizóbios nativos, que, no caso do feijoeiro, são geralmente muito pouco eficientes no processo de fixação biológica de nitrogênio, pois competem com as bactérias inoculadas pela formação de nódulos (STRALIOTTO et al., 2003). Apesar do conceito geral de que o feijoeiro apresenta baixa capacidade fixadora, os resultados de pesquisa, obtidos em condições de campo, indicam que é possível que a planta se beneficie da inoculação com o rizóbio, atingindo níveis de produtividade entre 1500 e 2000 kg/ha (STRALIOTTO et al., 2003). A retirada de nitrogênio do ar pelas bactérias que fazem simbiose, além de proporcionar baixo custo ao produtor, é uma atividade menos impactante ambientalmente se comparada ao uso de adubos industriais (HUNGRIA et al., 2008; PELEGRIN et al., 2009). Alguns bons resultados têm motivado pesquisas com estirpes de rizóbios e os resultados têm sido satisfatórios quanto à eficiência simbiótica e à capacidade de adaptação às condições dos solos brasileiros, proporcionando aumento na taxa de nodulação e diminuição dos gastos ao produtor (PELEGRIM et al., 2009). Para que haja um bom aproveitamento do processo de FBN pelas plantas de feijoeiro faz-se necessário um manejo adequado visando à minimização de impactos bióticos e abióticos ao processo (BRITO et al., 2010). Uma adequada nutrição nitrogenada requer também que a planta esteja suprida corretamente com os outros nutrientes para otimização dos processos metabólicos da planta. Pode-se dizer que o conjunto de boas práticas de manejo é fundamental para o bom desenvolvimento da cultura, pois uma nutrição inadequada pode impactar todo o desenvolvimento dos nódulos até mesmo do sistema radicular da planta (ARAUJO et al., 1996). Além disso, a busca constante por estirpes bacterianas capazes de nodular a planta e fixar nitrogênio com eficiência é recorrente em feijoeiro, com alguns resultados promissores. Brito et al., 2010, por exemplo, demonstraram que o tratamento inoculado obteve produtividade acima à do tratamento que recebeu na adubação de plantio o nitrogênio químico. A produtividade alcançada com estirpe BR534 teve a média de 2420 kg por hectare e após ser relacionada com o tratamento que foi utilizado adubação mineral a sua produtividade foi superior 24% (BRITO et al., 2010). A biotecnologia, que utiliza inoculantes é benéfica tanto socioeconomicamente quanto ambientalmente, por permitir a redução da fertilização química minimizando os custos de produção e também os impactos ecológicos advindos da adubação química (FIGUEIREDO et al., 2008). 17 Avanços em pesquisas com FBN apontam com os resultados obtidos que na prática as bactérias do gênero rizóbio possuem a capacidade de fixar o nitrogênio atmosférico para o fornecimento ao vegetal, substituindo a adubação mineral nitrogenada em várias outras culturas não apenas em leguminosas (FARIA et al., 2005). O solo é um sistema vivo com uma grande variedade de organismos em constante interação. Os ciclos biogeoquímicos têm influência e são influenciados pelos processos dinâmicos que acontecem nos solos, com reflexos diretos na nutrição vegetal. Neste contexto, os rizóbios podem ser considerados os microrganismos de maior importância em todo o processo de produção para a agricultura, podendo retirar o nitrogênio atmosférico e fornecê-lo diretamente à planta (STAMFORD, 2012). 18 3 MATERIAL E MÉTODOS Para avaliação de 110 genótipos de feijoeiro (Tabela 1), foi conduzido um experimento em casa de vegetação na Embrapa Arroz e Feijão, localizada no município de Santo Antônio de Goiás-GO, com latitude de 16°28´00”(S), longitude de 49°17´00”(W) e altitude de 823 m. As sementes foram obtidas junto ao Banco Ativo de Germoplasma (BAG) da Embrapa Arroz e Feijão e o experimento foi implantado no dia 20 de março de 2012. Além dos 110 genótipos, foi incluída para avaliação a cultivar Ouro Negro, que foi utilizada como referência, uma vez que é considerado um genótipo com boas taxas de fixação de nitrogênio (STRALIOTTO et al., 2002). Tabela 1: Identificação dos genótipos das plantas utilizadas no experimento. Número Genótipo Número Genótipo Número Genótipo 781 782 783 784 785 786 788 789 790 791 792 793 795 796 797 798 799 800 801 802 803 805 806 807 808 809 810 811 812 813 814 815 816 817 818 819 PI 203936 PI 206223 PI 313425 PI 313429 PI 201329 PI 313665 PI 201354 PI 311962 PI 313842 PI 310718 PI 325684 PI 313583 PI 310751 PI 313693 PI 309827 PI 311956 PI 325664 PI 309877 PI 310511 PI 310515 PI 312018 PI 150957 PI 311999 PI 307806 PI 307820 PI 310556 PI 313458 CNF0011422 CNF0011423 CNF0011424 CNF0011425 CNF0011426 CNF0011428 CNF0011429 CNF0011430 CNF0011431 820 821 822 823 824 825 826 827 828 829 830 831 832 833 834 835 836 837 838 839 840 841 842 843 844 845 846 847 848 849 850 851 852 853 854 855 CNF0011432 CNF0011433 CNF0011434 CNF0011436 CNF0011437 CNF0011438 CNF 9643 CNF 8719 CNF 2020 CNF 0699 CNF 7772 CNF 2019 CNF 2042 CNF 5218 CNF 5645 CNF 1712 CNF 9668 CNF 8739 CNF 8825 CNF 5464 CNF 1647 CNF 1675 CNF 1776 CNF 1678 CNF 1755 CNF 1652 CNF 1325 CNF 1562 CNF 0842 CNF 5597 CNF 3513 CNF 2035 CNF 8864 CNF 9772 CNF 10357 CNF 10953 856 857 858 859 860 861 862 863 864 865 866 867 868 869 870 871 872 873 874 875 876 877 878 879 880 881 882 883 884 885 886 887 888 889 2000 CNF 5642 CNF 6658 CNF 10311 CNF 1644 CNF 3629 CNF 1637 CNF 4947 CNF 4916 CNF 1764 CNF 1227 CNF 2079 CNF 8802 CNF 9860 CNF 10954 CNF 1611 CNF 1533 CNF 1807 CNF 9688 CNF 8857 CNF 1712 CNF 8814 CNF 6497 CNF 1735 CNF 8746 CNF 5909 CNF 7769 CNF 8179 CNF 1758 CNF 11800 CNF 8858 CNF 11912 CNF0011146 CNF0011554 CNF0011574 Ouro Negro 19 As plantas foram crescidas em potes de 3 kg preenchidos com areia e vermiculita autoclavadas na proporção 2:1, em delineamento em blocos ao acaso e três (3) repetições onde foram avaliados 111 genótipos de plantas incluindo-se a cultivar Ouro Negro quanto à capacidade de nodulação com estirpes de Rhizobium tropici (SEMIA 4077, SEMIA 4080, SEMIA 4088) recomendadas como inoculante comercial para feijoeiro. Antes da semeadura, as sementes passaram por um processo de assepsia com hipoclorito de sódio, álcool 70 oGL (REF), em seguida as sementes foram escarificadas e acondicionadas em papéis germiteste umidificados com água estéril para prégerminação e mantidos em condições de baixa luminosidade em câmaras de germinação. Após a emissão da radícula, as sementes foram transplantadas para os potes contendo areia e vermiculita, onde foram plantadas cinco (5) sementes por pote. Sete dias após emergência (DAE), de cada pote, duas plantas foram desbastadas deixando apenas três (3) plantas por vaso e cada planta foi inoculada com um mililitro de uma mistura 1:1:1 das estirpes de R. tropici crescidas em meio de cultura YMA (VINCENT, 1970) líquido, com concentração de 109 células mL-1. Durante o período de desenvolvimento, as plantas receberam os nutrientes essenciais através da formulação líquida, com água estéril, baseando-se na formulação de Norris (1964), isenta de N. Quando as plantas atingiram a fase fenológica R5, pré-floração, as raízes das plantas foram lavadas e os nódulos foram destacados para avaliação do número de nódulos por planta. Após esta etapa, os nódulos foram mantidos em estufa com circulação forçada de ar (65 oC, 48 h). Em seguida foram avaliados o peso seco de nódulos e o peso relativo de um nódulo. Os dados foram submetidos a uma análise de variância e as médias testadas pelo teste de Tukey a 5% de significância. Foi obtida a massa seca relativa de nódulo (MSRN) pela razão entre a massa de nódulos e o número de nódulos por planta. Esses dados foram utilizados para gerar o índice relativo de nodulação (IRN), através da fórmula adaptada de trabalho de FERREIRA et al. (2010): (MSRN.1,5 + MSN.1 + NN.0,5) / 3. 20 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Avaliou-se 111 genótipos (Tabela 1), incluindo-se a cultivar Ouro Negro, dos quais 92 apresentaram nodulação. Houve diferença significativa entre os genótipos para todos os indicadores avaliados (Tabela 2). Tabela 2: Valores de quadrado médio da análise de variância para número de nódulos (NN), massa seca de nódulos (MSN), massa relativa de um nódulo (MRN) e índice relativo de nodulação (IRN) do experimento conduzido em casa de vegetação. Fonte de Variação Graus de Liberdade Número de nódulos Massa Seca de Nódulos Massa Relativa Nódulo Índice relativo de nodulação Genótipo 91 3,08 x 103*** 1,08 x 104*** 0,512 2,24 x 103*** Repetição 2 4,21 x 102 3,22 x 103 0,027 6,24 x 102 182 1,02 x 103 3,09 x 103 0,101 6,77 x 102 31,53 % 35,62 % 20,52 % 33,26 % Erro CV *** Significativo ao nível de 0,1 % pelo teste F. A cultivar de feijão preto Ouro Negro foi utilizada como referência de um genótipo com boa nodulação (STRALIOTTO et al., 2002). Além de Ouro Negro, 91 genótipos nodularam. Destes, oito (8,7%) foram estatisticamente superiores à Ouro Negro em relação ao número de nódulos (NN) (Figura 1). O equivalente a 34,78% apresentou nodulação estatisticamente igual, e o restante (56,42%) inferior (Figura 4). O maior valor para NN, 209 nódulos planta-1, foi obtido pelo genótipo CNF 1764, enquanto o menor valor, de 49 nódulos planta-1, foi observado no genótipo CNF 0011426 (Tabela 3). Figura 1. Agrupamento dos genótipos em intervalos de número de nódulos planta-1 (NN). A coluna destacada indica o intervalo onde se encontra o genótipo de referência, a cultivar Ouro Negro. 21 Tabela 3: Médias obtidas para o número de nódulos (NN) por planta dos genótipos avaliados em casa de vegetação. Genótipo 864 816 879 831 811 867 817 829 835 806 790 828 824 883 794 859 801 819 808 877 826 842 812 781 888 865 838 837 796 803 889 NN (planta-1) 209 199 191 161 161 160 159 152 144 138 135 130 129 129 129 128 127 126 124 123 123 123 123 119 119 117 114 113 113 113 112 A AB ABC ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD Genótipo 875 802 845 ON 2000 872 848 873 822 795 878 844 839 791 783 793 855 852 836 800 881 820 786 854 853 887 840 870 862 788 874 834 NN (planta-1) 111 111 109 108 107 105 105 104 104 100 98 98 98 97 96 95 94 94 91 91 90 89 89 89 89 89 89 88 88 86 84 ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD ABCD BCD BCD BCD BCD BCD BCD BCD BCD BCD BCD BCD BCD BCD BCD BCD CD Genótipo 799 809 871 869 797 832 785 782 861 876 847 880 849 805 827 850 784 886 823 846 810 798 818 787 841 857 825 843 821 815 NN (planta-1) 84 83 81 81 80 80 78 77 76 75 74 73 73 71 70 70 70 69 68 68 68 67 65 63 60 60 58 58 53 49 CD CD CD CD CD CD D D D D D D D D D D D D D D D D D D D D D D D D Valores seguidos de mesma letra não se diferenciam pelo teste de Tukey 5%. Entre todos os genótipos nodulantes, 45 deles (48,9%) obtiveram massa seca de nódulos maior do que a cultivar Ouro Negro (Figura 2). O equivalente a 34,78% dos genótipos apresentou valores de MSN estatisticamente iguais, e o restante (16,30%) abaixo da cultivar Ouro Negro (Figura 2). A maior média para MSN foi de 360,60 (mg planta-1) alcançada pelo genótipo CNF 2019, enquanto o valor mais baixo, de 66,70 (mg planta-1), foi obtida pelo genótipo PI 201354 (Tabela 4). 22 Figura 2: Agrupamento dos genótipos em intervalos de massa seca de nódulos mg planta-1 (MSN). A coluna destacada indica o intervalo onde se encontra o genótipo de referência, a cultivar Ouro Negro. Tabela 4: Médias obtidas para massa seca de nódulos (MSN) por planta dos genótipos avaliados em casa de vegetação. Genótipo 831 879 791 864 812 867 816 875 817 873 855 835 842 829 790 883 802 794 795 888 837 781 877 874 826 820 865 848 783 806 838 MSN (mg planta-1) 360,60 A 288,50 AB 288,43 AB 283,23 ABC 273,93 ABCD 265,73 ABCDE 264,33 ABCDEF 263,13 ABCDEF 253,00 ABCDEF 250,37 ABCDEF 228,63 ABCDEF 215,07 ABCDEF 215,07 ABCDEF 211,80 ABCDEF 210,13 ABCDEF 205,17 ABCDEF 203,93 ABCDEF 203,27 ABCDEF 201,20 ABCDEF 201,13 ABCDEF 195,63 ABCDEF 194,80 ABCDEF 192,97 ABCDEF 192,33 ABCDEF 192,00 ABCDEF 188,10 ABCDEF 186,77 ABCDEF 186,17 ABCDEF 180,63 ABCDEF 179,07 ABCDEF 178,63 ABCDEF Genótipo 872 811 799 859 889 803 844 836 834 847 808 786 819 801 828 793 840 845 796 824 ON(2000) 870 878 815 871 787 854 805 785 887 798 MSN (mg planta-1) 178,10 ABCDEF 177,77 ABCDEF 172,20 ABCDEF 170,77 ABCDEF 167,30 ABCDEF 161,97 BCDEF 161,60 BCDEF 158,97 BCDEF 156,57 BCDEF 154,93 BCDEF 154,90 BCDEF 154,87 BCDEF 153,43 BCDEF 152,60 BCDEF 149,17 BCDEF 145,67 BCDEF 145,00 BCDEF 143,07 BCDEF 141,33 BCDEF 141,33 BCDEF 140,24 BCDEF 135,10 BCDEF 133,10 BCDEF 129,73 BCDEF 129,17 BCDEF 129,00 BCDEF 128,20 BCDEF 127,23 BCDEF 124,77 BCDEF 124,50 BCDEF 119,57 BCDEF Genótipo 797 846 839 800 852 886 862 876 825 810 849 850 861 832 809 880 823 841 869 857 853 881 784 843 822 821 782 818 827 788 Valores seguidos de mesma letra não se diferenciam pelo teste de Tukey 5%. MSN (mg planta-1) 117,83 BCDEF 116,43 BCDEF 116,07 BCDEF 110,20 BCDEF 108,53 BCDEF 107,53 BCDEF 107,27 BCDEF 107,00 BCDEF 106,87 BCDEF 106,83 BCDEF 106,53 BCDEF 105,33 BCDEF 104,67 BCDEF 104,27 BCDEF 102,70 BCDEF 97,00 BCDEF 94,50 BCDEF 92,27 BCDEF 90,20 CDEF 88,93 CDEF 87,27 CDEF 83,10 DEF 82,33 DEF 81,97 DEF 79,17 DEF 76,27 DEF 74,53 EF 70,13 EF 68,33 EF 66,70 F 23 Na análise de massa relativa de um nódulo (MRN) entre os 92 genótipos nodulantes estudados, 48 deles (52,1%) atingiram a média superior a cultivar Ouro Negro (Figura 3). O equivalente a 41,30% dos genótipos alcançou médias de (MRN) estatisticamente iguais, e os demais genótipos (6,52%) tiveram médias inferiores à cultivar Ouro Negro (Figura 3). O genótipo PI 310718 alcançou a melhor média MRN, 2,97 mg, enquanto o valor mais baixo foi do genótipo PI 201354, chegando a 0,71 mg (Tabela 5). Figura 3: Agrupamento dos genótipos em intervalos de massa relativa de nódulos mg nódulos-1 (MRN). A coluna destacada indica o intervalo onde se encontra o genótipo de referência, a cultivar Ouro Negro. 24 Tabela 5: Médias obtidas para a massa relativa de um nódulo (MRN) dos genótipos avaliados em casa de vegetação. Genótipo 791 815 875 855 873 812 847 831 874 820 787 799 795 834 783 802 825 805 846 798 836 848 842 883 840 786 888 837 867 790 872 2,97 2,83 2,55 2,44 2,38 2,32 2,32 2,24 2,19 2,10 2,04 2,02 1,96 1,86 1,86 1,84 1,83 1,79 1,79 1,75 1,74 1,73 1,73 1,72 1,72 1,70 1,69 1,67 1,67 1,65 1,64 MRN (mg nódulo-1) A AB ABC ABCD ABCDE ABCDEF ABCDEF ABCDEFG ABCDEFGH ABCDEFGHI ABCDEFGHIJ ABCDEFGHIJ ABCDEFGHIJ ABCDEFGHIJK ABCDEFGHIJK ABCDEFGHIJKL BCDEFGHIJKL BCDEFGHIJKL BCDEFGHIJKL BCDEFGHIJKL BCDEFGHIJKL BCDEFGHIJKL BCDEFGHIJKL BCDEFGHIJKL BCDEFGHIJKL BCDEFGHIJKL CDEFGHIJKL CDEFGHIJKL CDEFGHIJKL CDEFGHIJKL CDEFGHIJKL Genótipo 810 817 785 826 877 871 865 844 793 886 849 841 879 781 854 838 870 850 889 835 794 797 803 821 829 887 845 876 823 843 857 MRN (mg nódulo-1) 1,64 CDEFGHIJKL 1,61 CDEFGHIJKL 1,61 CDEFGHIJKL 1,61 CDEFGHIJKL 1,60 CDEFGHIJKL 1,60 CDEFGHIJKL 1,60 CDEFGHIJKL 1,58 CDEFGHIJKL 1,55 CDEFGHIJKL 1,55 CDEFGHIJKL 1,53 CDEFGHIJKL 1,53 CDEFGHIJKL 1,51 CDEFGHIJKL 1,51 CDEFGHIJKL 1,51 CDEFGHIJKL 1,51 CDEFGHIJKL 1,51 CDEFGHIJKL 1,50 CDEFGHIJKL 1,50 CDEFGHIJKL 1,49 CDEFGHIJKL 1,49 CDEFGHIJKL 1,46 CDEFGHIJKL 1,44 CDEFGHIJKL 1,41 CDEFGHIJKL 1,39 DEFGHIJKL 1,39 DEFGHIJKL 1,38 DEFGHIJKL 1,38 DEFGHIJKL 1,38 DEFGHIJKL 1,37 DEFGHIJKL 1,37 DEFGHIJKL Genótipo 861 859 816 878 880 806 832 ON 2000 864 796 808 809 800 801 839 784 862 828 852 819 869 811 824 818 853 827 782 881 822 788 MRN (mg nódulo-1) 1,36 DEFGHIJKL 1,35 DEFGHIJKL 1,34 DEFGHIJKL 1,33 DEFGHIJKL 1,32 DEFGHIJKL 1,32 DEFGHIJKL 1,32 DEFGHIJKL 1,31 DEFGHIJKL 1,28 EFGHIJKL 1,27 EFGHIJKL 1,24 EFGHIJKL 1,24 EFGHIJKL 1,22 FGHIJKL 1,20 FGHIJKL 1,20 FGHIJKL 1,19 FGHIJKL 1,15 GHIJKL 1,15 GHIJKL 1,15 GHIJKL 1,14 GHIJKL 1,10 HIJKL 1,10 HIJKL 1,09 HIJKL 1,07 HIJKL 0,98 IJKL 0,98 IJKL 0,98 IJKL 0,91 JKL 0,77 KL 0,71 L Valores seguidos de mesma letra não se diferenciam pelo teste de Tukey 5%. Algumas variedades comerciais de feijoeiro, em experimentos sob diferentes condições de campo, apresentam valores muito diversificados para indicadores como NN e MSN, com diferentes respostas também na produtividade (FERREIRA et al, 2009; PELEGRIN et al., 2009). Além das próprias variações de cada cultivar, os aspectos bióticos e abióticos devem ser levados em conta (BRITO et al., 2010). Para a cultivar BRSMG Talismã inoculada com R. tropici em um Latossolo Vermelho eutroférrico, em Minas Gerais, foram obtidos valores de NN e MSN de 335 (nódulos planta-1) e 572,8 (mg planta-1), respectivamente, no entanto a produtividade alcançada foi de 1183 kg ha-1 (FERREIRA et al, 2009). Da cultivar Pérola, cultivada em Latossolo Vermelho distroférrico, no Mato Grosso do Sul, se obteve 12,6 nódulos planta-1 para NN e 42,3 mg planta-1 para MSN, com produtividade de 3131 kg ha-1 (PELEGRIN et al., 2009). Isso demonstra as diferenças entre os genótipos e a potencialidade que se tem em utilizar a diversidade genética para estudos de resposta à FBN. 25 Neste trabalho em condições controladas, a cultivar referência Ouro Negro apresentou para NN média de 108 nódulos planta-1 e para MSN média de 140,24 mg planta-1, enquanto o valor médio de NRN ficou em 1,31 mg nódulo-1. Franco et al., (2001), também em condições controladas, obtiveram para a cultivar Ouro Negro inoculada com R. tropici média de 194 nódulos planta-1 (NN), 43,09 mg planta-1 (MSN) e 0,218 mg nódulo-1 (MRN). Os resultados apresentados neste trabalho apresentam nódulos com maior massa em relação ao número de nódulos do que os apresentados por Franco et al., (2001), cuja proporção é invertida. De acordo com Carvalho (2002), um maior número de nódulos não indica maior capacidade de fixação de nitrogênio. É consenso na literatura a esse respeito que o parâmetro de massa seca de nódulos tem maior relação com a fixação de nitrogênio (CÂMARA, 2000). Ferreira et al., (2010) propuseram o índice relativo de nodulação (IRN) para que pudesse haver a classificação de genótipos levando em conta três indicadores avaliados, número de nódulos (NN), massa seca de nódulos (MSN) e massa seca relativa de um nódulo (MRN), onde foram atribuídos pesos distintos para cada um desses indicadores. Neste trabalho o IRN foi baseado na proposta de Ferreira et al., (2010), conforme abaixo (Fórmula 1): Fórmula 1: Índice Relativo de Nodulação (IRN) IRN = (MSN.1,5 + MRN.1 + NN.0,5) / 3. Após o estabelecimento do IRN para todos os genótipos que nodularam, 17 deles (18,4%) atingiram média superior a cultivar Ouro Negro (Figura 4). Sessenta e três dos genótipos (68,48%) alcançaram médias de índice relativo de nódulo estatisticamente iguais, e as demais (13,04%) tiveram médias inferiores a da cultivar Ouro Negro (Figura 4). O genótipo CNF 2019 obteve a melhor média para o índice relativo de nódulo de (165,43), enquanto o valor menor foi do genótipo CNF 0011430, alcançando apenas 39,27 (Tabela 6). 26 Figura 4: Agrupamento dos genótipos em intervalos de índice relativo de nodulação (IRN). A coluna destacada indica o intervalo onde se encontra o genótipo de referência, a cultivar Ouro Negro. Tabela 6: Médias obtidas para índice relativo de nodulação (IRN) dos genótipos avaliados em casa de vegetação. Genótipo 831 864 879 816 867 791 812 817 875 873 829 835 790 842 855 883 794 888 811 802 877 781 826 795 837 806 865 848 838 874 859 IRN 165,43 A 146,23 AB 144,72 ABC 137,35 ABCD 130,13 ABCDE 126,60 ABCDE 125,96 ABCDE 125,29 ABCDE 119,88 ABCDE 113,80 ABCDE 108,64 ABCDE 108,31 ABCDE 104,79 ABCDE 104,17 ABCDE 103,88 ABCDE 101,80 ABCDE 100,93 ABCDE 98,35 ABCDE 97,84 ABCDE 97,69 ABCDE 96,10 ABCDE 95,97 ABCDE 95,71 ABCDE 95,45 ABCDE 95,15 ABCDE 93,81 ABCDE 92,66 ABCDE 90,10 ABCDE 88,96 ABCDE 88,73 ABCDE 88,72 ABCDE Genótipo 820 872 783 889 803 808 819 801 828 799 844 824 836 786 834 796 845 0N 2000 793 847 840 878 870 854 871 887 839 785 805 787 797 87,91 87,45 86,47 84,43 82,55 82,09 82,04 81,93 81,25 80,87 79,62 78,17 77,83 75,32 75,08 74,99 74,90 73,66 73,31 72,58 71,66 69,38 67,89 65,44 64,30 64,01 62,74 61,97 61,56 60,85 59,84 IRN ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE ABCDE BCDE BCDE BCDE BCDE BCDE BCDE BCDE BCDE BCDE BCDE BCDE BCDE Genótipo 800 852 815 798 862 846 876 809 832 849 861 886 810 850 825 880 822 853 869 881 823 841 857 784 782 788 843 827 821 818 Valores seguidos de mesma letra não se diferenciam pelo teste de Tukey 5%. IRN 59,16 BCDE 59,10 BCDE 58,54 BCDE 58,06 BCDE 57,53 BCDE 57,09 BCDE 54,86 BCDE 54,83 BCDE 54,73 BCDE 54,26 BCDE 54,25 BCDE 53,87 BCDE 53,43 CDE 53,26 CDE 51,62 DE 50,79 DE 50,26 DE 50,20 DE 49,65 DE 49,06 DE 48,88 DE 46,47 DE 45,16 DE 44,68 E 43,07 E 42,31 E 42,27 E 39,49 E 39,27 E 39,27 E 27 5 CONCLUSÕES Um percentual elevado de genótipos apresentou valores iguais ou superiores a cultivar Ouro Negro, utilizada como referência de um genótipo com boa capacidade de fixação biológica de nitrogênio. Destes, 17 genótipos se destacaram como promissores nas explorações visando ao desenvolvimento de cultivares de feijoeiro com boa capacidade de nodulação. O genótipo CNF 2019 foi o mais eficiente em resposta à inoculação com as estirpes comerciais de Rizhobium tropici, nas condições avaliadas. 28 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AIDAR, Homero; KLUTHCOUSKI, João. Realidade versus Sustentabilidade na Produção de Feijoeiro Comum. In: KLUTHCOUSKI, João; STONE, Luís F.; AIDAR, Homero. 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Adriano Moreira Knupp da Empresa de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA. O feijoeiro é uma cultura produzida mundialmente e de suma importância ao aspecto econômico por sua relevância nutricional e ao aspecto cultural na culinária, é uma das grandes culturas mais cultivadas de ótima alternativa em pequenas propriedades. Com o intuito de avaliar diferentes genótipos de feijão em ambiente controlado, foi cultivado para verificar qual delas contribuiu com um maior número de nódulos, observando um percentual elevado de genótipos com valores igual ou superior a cultivar Ouro Negro e outros 17 como promissores ao desenvolvimento de novas cultivares. O trabalho foi conduzido em casa de vegetação com objetivo em testar a potencialidade de 110 genótipos de feijão (Phaseolus vulgaris L.) em resposta à inoculação com bactérias fixadoras de nitrogênio, realizado em Santo Antônio de Goiás na Sede da Embrapa Arroz e Feijão. Além dos 110 genótipos, foi incluída para avaliação a cultivar Ouro Negro, que foi utilizada como referência, uma vez que é considerado um genótipo com boas taxas de fixação de nitrogênio. As sementes dos diferentes genótipos foram adquiridas junto ao Banco de Germoplasma (BAG). PALAVRAS-CHAVE: Feijão. Ambiente controlado. Inoculação. Nódulos.