informativo nº 109

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PROGRAMA FITOSSANITÁRIO
DE MATO GROSSO DO SUL
RELATÓRIO DE 9 A 23 DE MARÇO DE 2015
INFORMATIVO
Nº 109
“Este informativo não representa o endosso da AMPASUL para nenhum produto ou marca.”
www.ampasul.com.br / [email protected]
Rodovia MS 306 km 108 Cx. Postal 134 CEP 79560-000 Chapadão do Sul – MS
Fone/Fax: (67) 3562-3498 / 3562-4563
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Núcleo 1 – Chapadão do Sul
Eng.° Agr.° Danilo Suniga de Moraes
Continua em Chapadão do Sul um período intenso de precipitações que já vem desde fevereiro; quase que
diariamente ocorrem precipitações na maioria das propriedades produtoras de algodão, com isto o uso da
pulverização aérea tem sido intensificada devido ao fato da realização terrestre estar prejudicada.
Foto 1. Tempo chuvoso no meio da tarde em Chapadão do Sul.
Durante este período foi identificada em algumas propriedades do município a presença de plantas
involuntárias de algodão ao redor das sedes, nas estradas (internas da propriedade), proximidades de algodoeiras e
confinamento, esta situação favorece a sobrevivência do bicudo, pois o mesmo usa estas plantas como abrigo e local
de reprodução para consequentemente infestar lavouras comerciais; é importante manter equipe alerta para
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identificação e eliminação rápida de tais plantas para assim evitar o aumento populacional da praga nos cultivos
comerciais O algodão safra é o que geralmente apresenta o início das infestações mais graves da praga.
O trabalho coordenado e coletivo do controle do bicudo de maneira geral tem se mostrado eficiente até o
momento, e precisa que assim continue. É fundamental manter as equipes de campo em alerta e realizar os
tratamentos, inclusive de bordadura, com fidelidade.
Foto 2 e 3. Bicudo encontrado em planta involuntária ao lado do talhão comercial da propriedade.
Como boa parte das lavouras de soja já está colhida, outra praga que está começando a ser encontrada nas
lavouras de algodão é o percevejo marrom da soja (Euschistus heros). Esses percevejos causam danos nos botões
florais e maçãs, pois ao se alimentar na maçã ele ocasiona uma lesão que serve de porta de entrada para fungos,
bactérias e umidade favorecendo o desenvolvimento de doenças que ocasiona a queda e/ou apodrecimento do
fruto ainda verde. Trabalhos científicos recentes sugerem que o nível de controle de percevejos da soja em
algodoeiro é de 1 percevejo por metro linear, mas que a atenção deve ser redobrada nas bordaduras, pois a praga
costuma ser mais intensa nestes bordos de lavouras.
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Foto 4. Percevejo-marrom se abrigando entre a bráctea
e o fruto.
A maioria dos algodoais plantados na região atinge a fase de 100 DAE (dias após emergência). Esta é uma das
fases importantes da cultura, pois nesta fase o algodoeiro tende a definir o potencial produtivo. Porém, alguns
fatores podem influenciar a produtividade do algodoeiro: as condições climáticas, com elevados índices
pluviométricos, vêm sendo um dos fatores negativos para alcançar a produtividade desejada na região. O principal
fator que pode vir a causar redução da produtividade é a podridão das maçãs, doença que pode estar associada a
170 espécies de microrganismos, sendo os principais agentes: Colletotrichum gossypii; Colletotrichum gossypii var.
cephalosporioides; Xanthomonas axonopodis pv. malvacearum; Ramularia areola, Botryodiplodia theobromae e
Fusarium spp.. As condições favoráveis ao apodrecimento das maçãs são alta pluviosidade; alta umidade relativa,
sombreamento do baixeiro, ausência de aeração no interior do plantio e presença de insetos sugadores (percevejos
que na maioria migraram da soja para a lavoura de algodão). Os sintomas são: escurecimento do tecido das brácteas
e superfície externa da maçã; encharcamento do fruto; abertura precoce.
Foto 5. Maçã atacada pelo percevejo-marrom iniciando apodrecimento.
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Foto 6. Maçã em apodrecimento.
Para evitar tal situação devemos estar atento para as seguintes medidas no manejo da doença: uso
adequado de regulador de crescimento, aeração no plantio, manejo da densidade de plantio, uso de sementes
sadias, controle efetivo de pragas, sobretudo, percevejos. O controle dos percevejos tem que ser feito com precisão
também, pois o ataque do mesmo serve como porta de entrada para fungos e bactérias que provocam o
apodrecimento das maçãs.
O uso correto de regulador de crescimento (controle da altura das plantas) e a densidade de plantio se
destacam como uma forma mais eficiente, pois assim o produtor pode criar uma condição de campo para as plantas
onde estas estarão tendo uma maior aeração e incidência de luz solar reduzindo assim as condições favoráveis para
o desenvolvimento da podridão das maçãs.
Núcleo 2 – Costa Rica e Alcinópolis
Eng.° Agr.° Robson Carlos dos Santos
Neste período as precipitações ocorreram constantemente nos finais de tarde, devido as precipitações ainda
estarem elevada no Núcleo, surgem algumas dificuldades para realizar algumas pulverizações terrestres. Na maioria
das propriedades da região o tratamento das bordaduras para controle do bicudo é feita via aérea, porém alguns
cotonicultores estão realizando a aplicação com canhão de vento para o tratamento das bordaduras (como ilustra a
foto abaixo), normalmente as aplicações para o tratamento das bordaduras dos talhões são realizadas de cinco em
cinco dias.
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Foto 7. Tratamento da bordadura com inseticida.
Na Região, o algodão safra está na fase reprodutiva e apresenta bom desenvolvimento até o momento. Em
relação ao bicudo do algodoeiro a maioria das propriedades já identificaram a presença de bicudo nas bordas das
lavouras, sendo que até o momento o ataque da praga predomina nas bordaduras e em pontos localizados. Os
tratamentos das bordaduras têm-se mostrado eficientes, pois na maioria das vezes é encontrado postura, larvas
e/ou alimentação do inseto, sendo ainda difícil encontrar o adulto. Por isso os cotonicultores devem seguir à risca as
aplicações de inseticidas nas bordaduras para o controle localizado do bicudo. Caso o inseto for encontrado no
interior da área comercial a recomendação nesse caso é fazer os tratamentos acordados nas reuniões dos Grupos
Técnicos em toda a área, até que a população seja reduzida; no geral, são necessárias duas ou três aplicações
sequenciais.
Foto 8. Presença de larva do bicudo em botão floral.
Em relação ao algodão safrinha e/ou de segunda safra, o mesmo apresenta um bom desenvolvimento até o
momento, os primeiros talhões semeados nessa modalidade estão na fase reprodutiva e apresentam um bom
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desenvolvimento; porém, devido as constantes precipitações nos últimos dias, algumas operações realizadas para o
melhor desenvolvimento do algodão estão atrasadas, como coberturas nitrogenada, aplicações de pós emergentes,
entre outras. Nesta semana foi identificado a presença de bicudo na bordadura do talhão semeado com algodão
safrinha.
Foto 9. Algodão safrinha com espaçamento 0,9 m na região de Costa Rica.
Núcleo 3 – Centro e Sul (São Gabriel do Oeste, Sidrolândia e Aral Moreira).
Eng.° Agr.° Danilo S. Moraes e Robson C. dos Santos
Na região Sul do Estado as lavouras de algodão safra estão chegando em fase final, a presença de percevejo
marrom (Euchistus heros) é intensa em alguns talhões exigindo atenção redobrada da equipe técnica para o controle
efetivo, é comum encontrar a praga e postura na maioria dos talhões.
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Foto 10. Algodão safra em Sidrolândia.
No município de Sidrolândia foi encontrado foco de bicudo em área comercial onde a efetividade do
controle da praga em bordadura teve uma falha pois estava sendo realizada aérea e pela proximidade com a reserva
legal da propriedade não foi possível ter uma boa deposição do produto, aumentando assim a quantidade de bicudo
naquele ponto e posteriormente o mesmo adentrou para o interior do talhão.
Foto 11 e 12. Postura e adulto do Percevejo-marrom
(Euchistus heros) na maçã do algodoeiro.
Em Aral Moreira o produtor já desfolhou o algodão e iniciou os primeiros ajuste para realizar a colheita do
algodão que está com aproximadamente 150 DAE (dias após a emergência). A precipitações constante preocupa pois
pode interferir diretamente no rendimento e qualidade da fibra já que na região as precipitações permanecem
frequentes.
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Foto 13 e 14. Algodão desfolhado em Aral Moreira.
Em São Gabriel do Oeste, o algodão safrinha se desenvolve bem, ataque de pragas como mosca branca e
pulgão ainda são o principal foco visto que a cultura ainda está iniciando a fase reprodutiva nos talhões semeados
primeiro. Foi detectado na propriedade a presença de um talhão que está sendo atacado por percevejo castanho
(Scaptoris castanea e/ou Atarsocoris brachiariae), está praga tem como característica atacar o sistema radicular da
planta sugando as raízes e seu controle é muito difícil pois a mesma fica sob o solo, para minimizar tais danos da
praga recomenda-se o uso de adubação de cobertura no foco que possa acelerar o crescimento da planta e
aumentar o sistema radicular da mesma assim diminuído o dano causado pelo ataque do percevejo-castanho.
Foto 15. Planta de algodão atacada por percevejocastanho (apresenta sinais de subdesenvolvimento).
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Foto 16. Adulto de percevejo-castanho ao lado de raízes atacadas pelo mesmo.
Foto 17. Algodão safrinha em São Gabriel do Oeste em bom desenvolvimento.
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Redação: Eng.° Agr.° Danilo Suniga de Moraes (Coordenador Técnico da AMPASUL) e Eng.° Agr.° Robson Santos (Monitor Técnico da AMPASUL)
ANEXO
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