ARTIGOS DEFINIDOS São eles O, OS, A e AS. Têm como objetivo individualizar, destacar ou determinar um ser ou um objeto. Veja os exemplos: O violino estava desafinado há muito tempo. (O objeto já era do conhecimento do falante e do ouvinte) A lâmpada acabou de queimar. (O objeto é o único do local) Falei ontem com os meninos da rua. (Os seres já são de conhecimento do falante) ARTIGOS INDEFINIDOS São eles UM, UNS, UMA e UMAS. Têm como objetivo determinar de um jeito vago, indefinido um objeto ou um ser em questão. Veja alguns exemplos: Tem um violino que está desafinado há muito tempo. (Pode ter sido qualquer violino dentre vários) Uma lâmpada acabou de queimar. (Pode ter sido qualquer lâmpada do lugar) Falei ontem com uns meninos da rua. (Alguns dos vários meninos que existem na rua) DIFERENÇA ENTRE ARTIGOS DEFINIDOS E PRONOMES OBLÍQUOS Ao falarmos sobre PRONOMES, remetemo-nos à ideia de um termo que acompanha ou substitui o nome (substantivo), perceba: A obra é importantíssima para nossa pesquisa, eu já a examinei. Eu vi os shopping. meninos ontem, encontrei-os saindo do Notamos que “a” acompanha o substantivo “obra”, é, portanto, um artigo definido e que “os” substitui o termo“meninos”, na segunda oração, é, portanto, um pronome oblíquo. Na primeira oração, “os” acompanha o substantivo “meninos” é, portanto, um artigo. Dentre as subclassificações dos pronomes destacamos:demonstrativos, possessivos, de tratamento, adjetivos, substantivos, interrogativos, relativos, indefinidos, pessoais do caso reto e oblíquo. Vejamos, pois, esses pronomes, tendo em vista a respectiva relação que estabelecem com os pessoais: Eu – Tu – Ele – Nós – Vós Eles - me, mim, comigo te, ti, contigo o, a, lhe, se, si, consigo nos, conosco vos, convosco os, as, lhes, se, si, consigo Para compreendermos melhor sobre o referido assunto, é essencial que façamos a diferença entre artigo e pronome oblíquo. Note: A aluna é esforçada, pois a vi estudando na biblioteca. "A" acompanha o substantivo "aluna" e concorda em gênero e número; é um artigo definido. Já o segundo "A" está substituindo o substantivo "aluna", trata-se, portanto, de um pronome oblíquo. ARTIGO OU PREPOSIÇÃO O “a”, como artigo, é uma palavra variável em gênero e número que, colocada antes de um substantivo, o determina. Como preposição, o “a” é uma palavra invariável que liga dois termos de uma frase e mostra a dependência existente entre ambos. Exemplo: A neta foi a casa do avô. No primeiro a, temos um artigo definido; no segundo, uma preposição. PRONOME PESSOAL OBLÍQUO O pronome pessoal oblíquo “a” é usado para: substituir o substantivo anteposto: É certo que a criança estava ali, pois todos a viram. Tal pronome sempre está vinculado ao verbo, complementando-o. PRONOME DEMONSTRATIVO Usa-se o pronome demonstrativo “o, a, os, as”: para remeter-se a um substantivo anteposto: antes do pronome relativo “que”. Com valor dos pronomes demonstrativos: aquele(s), aquilo, isto, isso, aquela(s). Sobre as leis, só vi a que me interessou. (aquela) Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) Os que não participarem da gincana deverão compor as torcidas. (Aqueles que não participarem da gincana deverão compor as torcidas) O que você está afirmando sobre o assunto não é correto. (Isso que você está afirmando não é correto.) ____________________________________________ ESTUDO DE PRONOME DEMONSTRATIVO É aquele que indica a posição de um ser em relação às pessoas do discurso, situando-o no tempo ou no espaço. Como os outros pronomes, o demonstrativo também pode ser flexionado em gênero, número e pessoa. COM RELAÇÃO ÀS PESSOAS DO DISCURSO EMPREGA-SE: Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro está perto da pessoa que fala. Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala. Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro está afastado da pessoa que fala e daquela com quem se fala. VALE PARA O USO DOS DEMONSTRATIVOS A RELAÇÃO COM AS PESSOAS DO DISCURSO: ESTE PARA PRÓXIMO DE QUEM FALA (EU); ESSE PARA PRÓXIMO DE QUEM OUVE (TU OU VOCÊ); AQUELE PARA DISTANTE DOS DOIS (ELE). Exemplos: Este documento que eu estou entregando apresenta a síntese do projeto. Se tu não estás utilizando essa régua, podes me emprestar por alguns minutos? Vês aquele relatório sobre a mesa do Dr. Silva? É o documento a que me referi. ________________________________________________________ COM RELAÇÃO AO TEMPO EMPREGA-SE: ESTE E FLEXÕES PARA PRESENTE Este ano, está sendo bom para nós. O pronome este refere-se ao ano presente. Este ano de 2015, está sendo marcado pela violência no Oriente Médio. Presente. ESSE E SUAS FLEXÕES REFEREM-SE A UM PASSADO RECENTE: TEMPO RECENTEMENTE DECORRIDO OU FUTURO PRÓXIMO. Ninguém esquecerá os acontecimentos desse trágico ano de 2014. Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a um passado próximo. Nessas próximas semanas, estarão ocorrendo as inscrições para o concurso vestibular. O pronome nessas refere-se a um futuro próximo. No final dessa semana, o Diretor de nossa Unidade irá a São Paulo. Futuro próximo. AQUELE E SUAS FLEXÕES REFEREM-SE A UM PASSADO MAIS DISTANTE, REMOTO. Falávamos daquele período em que as mulheres obtiveram o direito ao voto. Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se referindo a um passado distante. ________________________________________________________ OS PRONOMES DEMONSTRATIVOS PODEM SER VARIÁVEIS OU INVARIÁVEIS. VARIÁVEIS: ESTE(S), ESTA(S), ESSE(S), ESSA(S), AQUELE(S), AQUELA(S). INVARIÁVEIS: ISTO, ISSO, AQUILO. TAMBÉM APARECEM COMO PRONOMES DEMONSTRATIVOS: o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que" e puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo, isso, isto. Por exemplo: Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.) Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te indiquei.) O que chegar primeiro ganhará um prêmio.( Aquele que chegar primeiro ganhará um prêmio) Não podemos ignorar tudo o que os nossos antecessores fizeram. (Não podemos ignorar tudo aquilo que nossos antecessores fizeram.) São loucos os que agem dessa forma. (São loucos aqueles que agem dessa forma). O que você está afirmando sobre o assunto não é correto. (Isso que você está afirmando não é correto.) Os que não participarem da gincana deverão compor as torcidas. (Aqueles que não participarem da gincana deverão compor as torcidas) ________________________________________________________ OUTRA SITUAÇÃO IMPORTANTE OCORRE QUANDO QUEREMOS RETOMAR POR DEMONSTRATIVOS MAIS DE UM ELEMENTO JÁ MENCIONADO. EM FRASES COMO A SEGUINTE, ESTE REFERE-SE À PESSOA MENCIONADA EM ÚLTIMO LUGAR, AQUELE, À MENCIONADA EM PRIMEIRO LUGAR. Por exemplo: O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos: aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado]. Os homens e as mulheres jamais se entenderão: estas os acusam de machistas; aqueles não aceitam sua postura feminista. Gabriela e Renata foram ao clube pegar uma corzinha: esta virou um pimentão, aquela desidratou. O velho, o índio e o negro são discriminados por motivos diversos: aquele, por ser improdutivo para a sociedade de consumo; esse, por ser considerado atrasado e preguiçoso; este, por não se ter libertado, ainda, do estigma da escravidão. QUANDO SE QUER RETOMAR APENAS DOIS ELEMENTOS, ELIMINASE A FORMA INTERMEDIÁRIA ESSE. As crianças da classe média têm um futuro mais promissor do que os filhos de pais das classes menos favorecidas, porque aquelas se dão oportunidades que se negam a estes. VEJA A ILUSTRAÇÃO PARA ESSES DOIS ÚLTIMOS CASOS: 1. Emprego de este, esse e aquele em relação a três termos Este: se refere ao último termo citado. Esse: se refere ao penúltimo. Aquele: se refere ao antepenúltimo ou ao termo que se referiu em primeiro lugar. 2. Emprego de este e aquele em relação a dois termos citados anteriormente Este: se refere ao último termo. Aquele: se refere ao primeiro termo citado. ________________________________________________________ PRONOMES ANAFÓRICOS E CATAFÓRICOS PELO NOME PARECEM SER COMPLICADOS, MAS USAR OS PRONOMES ANAFÓRICOS E CATAFÓRICOS É MAIS FÁCIL DO QUE SE IMAGINA. O pronome ANAFÓRICO se refere A ALGO QUE JÁ FOI DITO. Passar em um concurso e comprar um carro. Esses são os meus objetivos de 2010. “Esses” se refere ao que está no período anterior. O pronome CATAFÓRICO indica algo QUE SERÁ MENCIONADO. Estes são os meus objetivos de 2010: passar em um concurso e comprar um carro. “Estes” se refere ao que está no final do período. MUITOS JORNALISTAS SE CONFUNDEM AO USÁ-LOS. VEJA ESTE EXEMPLO: O Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que beneficiará milhões de brasileiros. Esta proposta foi facilmente aceita pelos deputados. Emprego errado. Nesse exemplo, os jornalistas pecam. A regra é clara. Para se referir ao que já foi mencionado, deve-se usar o pronome anafórico. Logo, o correto é: O Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que beneficiará milhões de brasileiros. Essa proposta foi facilmente aceita pelos deputados. Emprego correto. Para não esquecer memorize assim: O pronome anafórico tem a letra “a” de antes. O catafórico indicará, então, o que vem depois. ________________________________________________________ PRONOMES POSSESSIVOS SÃO AQUELES QUE SE REFEREM ÀS PESSOAS DO DISCURSO, INDICANDO IDEIAS DE POSSE. Posso usar sua blusa? (blusa que pertence a alguém) QUADRO DOS PRONOMES POSSESSIVOS São os que indicam posse, em referência às pessoas do discurso . meu , minha , meus , minhas singular ) ( 1ª pessoa do teu , tua , teus , tuas singular ) ( 2ª pessoa do seu , sua , seus , suas singular) ( 3ª pessoa do nosso , nossa , nossos , nossas do plural ) ( 1ª pessoa vosso , vossa , vossos , vossas do plural ) ( 2ª pessoa seu , sua , seus , suas do plural ) ( 3ª pessoa (eu) Quebrei meu relógio. (tu) Fizeste tua roupa? (nós) Compramos nosso apartamento. QUANDO O PRONOME POSSESSIVO DETERMINA MAIS DE UM SUBSTANTIVO, ELE DEVERÁ CONCORDAR EM GÊNERO E NÚMERO COM O SUBSTANTIVO MAIS PRÓXIMO. Vou lavar meu TÊNIS e BOLSA. EMPREGO DOS PRONOMES POSSESSIVOS SEU: a utilização do pronome seu (e flexões) pode gerar frases ambíguas, podemos ter dúvidas quanto ao possuidor. Márcia, diga a Paulo que aceito sua proposta. (proposta de quem: de Márcia ou de Paulo?) A garotinha olhava para o pai sem saber qual seria o seu destino. (destino de quem: do pai ou da garotinha?) PARA ELIMINAR O DUPLO SENTIDO, PODE-SE USAR, NESSES CASOS: Márcia, diga a Paulo que aceito tua proposta. (proposta de Márcia) Márcia, diga a Paulo que aceito a proposta dele. (proposta de Paulo) A garotinha olhava para o pai sem saber qual seria o destino dela. (destino da garotinha) A garotinha olhava para o pai sem saber qual seria o destino dele. (destino do pai) "Maria contou-me que seu filho desaparecera com seus documentos. (documentos de quem: da Maria ou do filho da Maria?) "Maria contou-me que seu filho desaparecera com os documentos dela". "Maria contou-me que seu filho desaparecera com os documentos dele". PARA EVITAR ESSE TIPO DE AMBIGUIDADE, USASE DELE. (DELA, DELES, DELA, DELAS) _______________________________________ EXISTEM CASOS EM QUE O PRONOME POSSESSIVO NÃO EXPRIME PROPRIAMENTE IDEIA DE POSSE. ELE PODE SER UTILIZADO PARA INDICAR APROXIMAÇÃO, AFETO OU RESPEITO. Aquela mulher deve ter SEUS quarenta anos. (aproximação) MEU amor cuide melhor de sua família. (afeto) Sente-se aqui MEU senhor. (respeito) ATENÇÃO: SEU anteposto a nomes próprios não é possessivo, mas uma alteração fonética de Senhor. SEU Pedro, o senhor gostaria de vender sua casa? ATENÇÃO: quando falamos (ou escrevemos) podemos tratar nosso ouvinte (ou leitor) por tu ou você. Ao pronome TU, associam- se os POSSESSIVOS TEU, TUA, TEUS, TUAS; ao VOCÊ, associam-se SEU, SUA, SEUS, SUAS. Tu não estás preocupado com teu futuro. Você não está preocupado com seu futuro. OS PRONOMES OBLÍQUOS ME, LHE E TE PODEM SER USADOS COM VALOR DE POSSESSIVO EM CONSTRUÇÕES COMO: Ele beijou-me as mãos muito respeitosamente. (Ele beijou as minhas mãos.) Comprei-te o carro porque estavas muito precisado de dinheiro. (Comprei o teu carro.) Amarrei-lhe as tranças com uma fita vermelha. (Amarrei as tranças dela.) O sono atrapalhava-me o raciocínio. (O sono atrapalhava o meu raciocínio) Aperta-te ainda o coração quando pensas nela? (O teu coração ainda aperta...) A volta dos amigos reavivou-lhe a vontade de estudar. (A volta dos amigos reavivou sua vontade de estudar.) O barulho foi tão forte, que me doeram os ouvidos. (O barulho foi tão forte que doeram meus ouvidos.) _____________________________________ É FACULTATIVO O USO DO ARTIGO ANTES DE PRONOME POSSESSIVO. O meu automóvel está no mecânico . A nossa rua já foi asfaltada . A PALAVRA CASA , QUANDO INDICA LAR PRÓPRIO , DISPENSA O PRONOME POSSESSIVO . Estava em casa ontem à noite . O rapaz foi cedo para casa . _______________________________________ PRONOMES INDEFINIDOS São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade indeterminada. Por exemplo: Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém plantadas. Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa de quem se fala (uma terceira pessoa indicada de forma imprecisa, vaga). É uma palavra capaz de indicar um ser humano que seguramente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em: Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do ser. São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, tudo. Por exemplo: Algo o incomoda? (substitui alguma coisa) Quem avisa amigo é. (substitui alguém) Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expresso na frase, acompanhado-o. São eles: cada, certo(s), certa(s). Por exemplo: Cada povo tem seus costumes. ( acompanha o substantivo “povo”) Certas pessoas exercem várias profissões. (acompanha o substantivo “pessoas”) Um deles caiu ... Quanta besteira foi dita... Muito móvel foi comprado para a casa nova. Quaisquer que comparecerem a reunião serão bem recebidos. Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos (substituem os substantivos), ora pronomes indefinidos adjetivos (acompanham os substantivos), então: Pronome Substantivo = Substitui Pronome Adjetivo = Acompanha Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e invariáveis. Observe o quadro: algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. Por exemplo: Uns/ Um tenta(m), outros preferem acomodar-se. (Quando não acompanham substantivos nem indicam quantidade, são pronomes indefinidos). Umas são amáveis, outras detestáveis. Quaisquer que comparecerem a reunião serão bem recebidos Um deles caiu ... Quanta besteira foi dita... CERTO - anteposto a um substantivo é pronome indefinido; posposto é adjetivo. Certa(qualquer) idade não é uma idade certa (ideal). Pronome indefinido adjetivo (o primeiro pronome indefine a idade e o segundo caracteriza o substantivo idade). OUTREM - tem o sentido de qualquer outra pessoa. Se não queres para ti, não faças a outrem. TODO - SEM artigo significa “qualquer”; COM artigo significa “inteiro”: Toda casa cedo ou tarde é reformada. (qualquer casa) Reformaram toda a casa. (a casa inteira) Toda criança precisa de atenção. (qualquer criança) Toda a família estava reunida. (a família inteira) BASTANTE OU BASTANTES? Na língua popular brasileira é generalizado o uso da palavra bastante somente no singular. Tal fato, talvez se justifique pelo motivo de que a maior ocorrência de bastante, no Brasil, é como advérbio (invariável), e não como adjetivo. Mas na língua culta formal, principalmente escrita, não pluralizar bastante, quando adjetivo, é inaceitável. Bastante é palavra mutante. Ora é advérbio, ora adjetivo ou pronome indefinido. Vejamos como, essas mutações, se realizam: 1. Bastante será Advérbio de Intensidade e invariável (uso mais comum) quando significar: muito, suficientemente. Neste caso, bastante estará ligado a um verbo, a um adjetivo ou a um advérbio: Eles falam bastante (muito, suficientemente). Elas são bastante (muito, suficientemente) simpáticas. Elas chegaram bastante (muito, suficientemente) cedo. Observação: Há frases em que é preferível usar o advérbio [muito]; como em frases deste gênero: Eles ficaram bastante cansados. É melhor: Eles ficaram muito cansados. 2 - Bastante será Adjetivo e variável quando significar suficiente(s) (NÃO suficientemente); neste caso, bastante virá após o substantivo e com ele concordará normalmente: A carne não é bastante (suficiente). Há provas bastantes (suficientes) para incriminálo. Observação: Há frases em que é preferível usar o adjetivo [suficiente]; como em: Ele já tem provas bastantes para incriminar o réu. É melhor: Ele já tem provas suficientes para incriminar o réu. 3. Bastante será Pronome Indefinido quando expressar quantidades e/ou qualidades indefinidas. Neste caso, bastante virá antes do substantivo e com ele concordará normalmente: Havia bastantes pessoas na praça. Bastantes escolas aumentaram as mensalidades. Observação: Devemos evitar o uso de bastante como pronome indefinido, ou seja, como sinônimo de quantidade. É melhor usarmos muitos ou muitas: Havia muitas pessoas na praça / Muitas escolas aumentaram as mensalidades. 4. OS MACETES a) O mais comum é substituir bastante por muito. Se muito sofrer variações como: muita, muitas, muitos; então ele é pronome indefinido e concordará com o substantivo: Jesus realizou (muitos) bastantes milagres. (Muitas) Bastantes escolas aumentaram as mensalidades. ► Se muito não sofrer flexão, bastante é advérbio e invariável; portanto, ficará no singular: Eles falam (muito) bastante. / Todos estavam (muito) bastante alegres. b) Outro macete é substituir bastante por suficiente (s). Se for possível a substituição, bastante é adjetivo e ficará no plural: Jesus realizou milagres bastantes (suficientes). c) Se bastante aceitar a substituição por bem é advérbio e ficará invariável: Todos estavam (bem) bastante alegres. PRONOMES OBLÍQUOS Os pronomes o, a, os, as, quando associados às terminações verbais -r, -s, -z, passam para a forma: lo, la, los, las que devem ser empregados depois do verbo. buscar + eles = buscá-los refazer + eles = refazê-los quis + ele = qui-lo quis + ela = qui-la fiz + ele = fi-lo refez o trabalho= refi-lo escrever o texto= escrevê-lo Modalidades no, na, nos, nas Quando associados às terminações verbais -ão, õe(m), -m, -ão, passam para a forma: no, na, nos, nas que devem ser empregadas após o verbo. dão a ele = dão-no dão a eles = dão-nos põe ele = põe-no põe eles = põe-nos pediram a ela = pediram-na Resumo: Verbos terminados em: -r, -s, -z + o, a, os, as = lo, la, los, las. Verbos terminados em: -m, -ão, -õe + o, a, os, as = no, na, nos, nas. Pronomes: O emprego do pronome pessoal eu PRONOMES PESSOAIS RETOS tu ele ela Funcionam como sujeito Nós Vós Eles o, a , os, (funcionam como as objeto direto) PRONOMES PESSOAIS OBLÍQUOS lhe, lhes (funcionam como objeto indireto) me, te, (funcionam como se, nos, objeto direto ou vos objeto indireto) Exemplos: Os pronomes oblíquos átonos o, os, a, as completam verbos transitivos diretos, funcionam como objeto direto. Exemplos: Observação: 1. Os pronomes oblíquos o, os, a, as tomam as formas lo, los, la, las, depois das formas verbais terminadas em R, S, Z: Quero conhecer + o. Amamos + o muito. Fiz + o retornar. Quero conhecê-lo. Amamo-lo muito. Fi-lo retornar. _______________________________________ 2. Devemos empregar os pronomes oblíquos átonos o, os, a, as quando estiverem em lugar de substantivos não precedidos de preposição: Examinei o livro. Examinei-o. Ache os cursos e faculdades ideais para você ! Quebraste a boneca. Quebraste-a. Leve a boneca para ser consertada. ser consertada. Leve-a para 3. Esses mesmos pronomes, a(s) e o(s), quando vêm depois de verbo terminado em som nasal, tomam as formas no, nos, na, nas: Põe + o sobre a mesa. Conheceram + o ontem. Abracem + o por mim. Põe-no sobre a mesa. Conheceram-no ontem. Abracem-no por mim. Os pronomes pessoais oblíquos átonos lhe e lhes complementam verbos transitivos indiretos, funcionam como objeto indireto. Exemplos: Observação: Devemos empregar os pronomes átonos oblíquos lhe e lhes quando substituem um substantivo precedido da preposição a ou para: Vou dizer a papai o que penso sobre o assunto. Vou dizer-lhe o que penso sobre o assunto. Dei ao menino um presente. Dei-lhe um presente. Levei a carta para Maria. Levei-lhe a carta. Os pronomes pessoais oblíquos átonos me, te, se, nos, vos podem complementar verbos transitivos diretos ou indiretos, funcionando como objeto direto ou indireto. Funcionam como objeto direto quando podem ser substituídos por um substantivo não obrigatoriamente precedido de preposição. Exemplo: Ele ofendeu-me. Ele ofendeu Pedro. Funcionam como objeto indireto quando podem ser substituídos por um substantivo obrigatoriamente precedido de preposição. Exemplo: João te telefonou. João telefonou para Ana. _______________________________________ Observação: Os pronomes pessoais retos eu e tu não podem vir regido de preposição. Após a preposição, usam-se os pronomes oblíquos. Exemplo: Entre mim e ti há sinceridade. (É errado dizer entre eu e tu) 1) Os pronomes pessoais eu e tu não podem vir precedidos de preposição, e, no caso, entre é uma preposição essencial, de modo que não permite construção em que se usem pronomes pessoais do caso reto. Exs.: a) "Nada mais há entre tu e eu" (errado); b) "Nada mais há entre eu e tu" (errado); c) "Nada mais há entre ti e mim" (correto); d) "Nada mais há entre mim e ti" (correto); e) "Nada mais há entre eu e você" (errado); f) "Nada mais há entre mim e você" (correto). 2) Atente-se aos exemplos dos nossos grandes escritores: a) "Creio que isto baste a quem entre ele e mim houver de pronunciar" (Rui Barbosa); b) "São assuntos que se podem tratar entre mim e ti" (Machado de Assis). 3) Resuma-se com a precisa lição de Silveira Bueno, para quem "os pronomes retos da primeira e da segunda pessoa – eu, tu – não podem ser regidos por preposição. Mas o pronome reto da terceira pessoa pode perfeitamente". 4) Veja-se que, mesmo havendo outros substantivos, e não pronomes, a situação não muda: a) "O advogado sentou-se entre o desembargador e mim"; b) "Houve um acordo entre os réus e mim". 5) Registre-se lição – que não há de merecer acolhida no que concerne aos textos que devam submeter-se à norma culta – de Domingos Paschoal Cegalla: "Admite-se o pronome reto quando este se acha distante da preposição entre: ‘Entre o local onde a ponte desabara e eu, que vinha em alta velocidade, mediavam perto de cem metros". 6) Observe-se, por fim, que você tanto pode vir com preposição como sem ela, funcionando, assim, como sujeito ou como complemento, de modo que são corretas as expressões: a) "Nada mais há entre mim e você"; b) "Nada mais há entre você e mim". _____________________________________________ Cf. BUENO, Silveira. Português pelo Rádio. São Paulo: Saraiva & Cia., 1938. p. 94. Cf. CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. p. 143 RESUMINDO... É comum surgirem equívocos no uso dos pronomes pessoais, principalmente os do caso oblíquo. Contudo, uma dica importante fará com que não haja mais dúvidas a respeito desse assunto: De acordo com a norma culta, após as preposições empregase a forma oblíqua dos pronomes pessoais. Veja: 1. Isso fica entre eu e ela. (Errado) 1. Isso fica entre mim e ela. (Certo) ou 2. Isso fica entre mim e ti. Os pronomes do caso oblíquo exercem função de complemento, enquanto os pronomes pessoais do caso reto, de sujeito. Observe: 1. Ela olhou para mim com olhos amorosos (olhou para quem? Complemento: mim.). 2. Por favor, traga minha roupa para eu passar (quem irá praticar a ação de passar? Sujeito: eu.). Vejamos a pergunta que dá título ao texto: Entre eu e você ou entre mim e você? Depois da explicação acima, constatamos que existe uma preposição: entre. Então, o correto é “Entre mim e você”, pois após a preposição usa-se pronome pessoal do caso oblíquo. Da mesma forma será com as demais preposições: para mim e você, para mim e ti, sobre mim e ele, entre mim e ela, contra mim, por mim, etc. Veja: a) Ele trouxe bolo para mim e para ti. b) Ninguém está contra mim. c) Você pode fazer isso por mim? d) Sobre mim e você há uma nuvem de muitas bênçãos. AGORA, OBSERVE: Preciso dos ingredientes para mim fazer o bolo. (Errado) Existe a preposição “para”, no entanto, o pronome “mim” está exercendo o papel de sujeito da segunda oração: para mim fazer o bolo. Logo, o emprego do pronome oblíquo está equivocado. O certo seria: Preciso dos ingredientes para eu fazer o bolo. (Certo) ENTRE MIM E TI OU ENTRE TU E EU A forma correta é entre mim e ti. Entre tu e eu está errado. Eu e tu são pronomes pessoais retos e mim e ti são pronomes pessoais oblíquos tônicos. Segundo as regras gramaticais do português, apenas os pronomes pessoais oblíquos tônicos são sempre precedidos de uma preposição e devem ser usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de objeto indireto. Assim, sempre que se utiliza a preposição entre, deverão ser usados os pronomes pessoais oblíquos: entre ti e mim entre mim e ti entre mim e ela entre mim e você Exemplos: Esse assunto será resolvido apenas entre mim e ti. Haverá sempre um grande amor entre ti e mim. Nossa amizade acaba agora, nada mais haverá entre mim e ti! Fique sabendo mais! Eu e tu são pronomes pessoais retos, devendo ser usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de sujeito. Podem ser antecedidos de preposição, desde que haja em seguida, uma ação, ou seja, um verbo no infinitivo, fazendo com que o pronome pessoal reto assuma a função de sujeito. Exemplos: Veja se tem algum erro para eu corrigir. Para eu fazer isso, vou precisar da tua ajuda. Pronomes pessoais retos: Eu – 1ª pessoa do singular Tu – 2ª pessoa do singular Ele, ela – 3ª pessoa do singular Nós – 1ª pessoa do plural Vós – 2ª pessoa do plural Eles, elas - 3ª pessoa do plural _______________________________________ Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são sempre precedidos de uma preposição, como: para, a, de e com. Exemplos tônicos: 1.ª pessoa 2.ª pessoa 3.ª pessoa 1.ª pessoa 2.ª pessoa 3.ª pessoa de pronomes pessoais oblíquos do do do do do do singular - mim, comigo singular - ti, contigo singular - si plural - conosco plural - convosco plural - si Pronomes pessoais oblíquos átonos Os pronomes pessoais oblíquos átonos não são precedidos de uma preposição. Podem ser usados quando, na frase, o substantivo que substituem tem função de objeto direto (o, a, os, as) ou de objeto indireto (lhe, lhes). Exemplos átonos: 1.ª pessoa 2.ª pessoa 3.ª pessoa 1.ª pessoa 2.ª pessoa 3.ª pessoa de pronomes pessoais oblíquos do do do do do do singular - me singular - te singular - o, a, se, lhe plural - nos plural - vos plural - os, as, se, lhes ____________________________________________ ADVÉRBIO é a palavra que indica as circunstâncias em que se dá a ação verbal. Apesar disso, os advérbios de intensidade também podem acompanhar, além dos verbos, substantivos, adjetivos e outros advérbios. Exemplos: Falava muito. Quase morto, andava a passos lentos pela rua. As crianças possuem uma curiosidade muito grande. Os seus pais passam muito bem. O conjunto de duas ou mais palavras que têm valor de advérbio denomina-se LOCUÇÃO ADVERBIAL. Os advérbios e as locuções adverbiais são classificados de acordo com o seu valor semântico, isto é, com o sentido que apresentam ou a circunstância que indicam. Alguns dos valores semânticos são: tempo, lugar, modo, dúvida, afirmação e negação. Além de ter esses valores semânticos, as locuções adverbiais podem indicar ainda outras circunstâncias como: assunto, companhia, fim, etc. Há muitos tipos de advérbios: de lugar: aqui, ali, lá, longe, perto, atrás, acima, abaixo, à direita, à esquerda, ao lado, para dentro etc. de tempo: hoje, amanhã, ontem, jamais, nunca, de vez em quando, de tempos em tempos etc. de modo: assim, bem, mal, devagar, silenciosamente, em silêncio, pausadamente etc. de dúvida: talvez, acaso, provavelmente, possivelmente etc. de negação: não, nunca, jamais, de jeito algum, de modo nenhum etc. de intensidade: muito, pouco, bastante, bem, mais, menos, demais, um bom tanto etc. de afirmação: sim, com certeza, sem dúvida, etc. Locução adverbial é um conjunto de duas ou mais palavras que, juntas, atuam como um advérbio, alterando o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de um advérbio. A maior parte das locuções adverbiais são iniciadas por uma preposição. Exemplos: Eles virão com certeza. Eles virão em breve. Eles virão por ali. Antônio construiu seu arraial popular ali. Estradas tão ruins. Meu pai foi caminhar na praia pela manhã. Em silêncio, os alunos prosseguiram seus estudos. De modo algum, você poderá contar com minha participação. Ele comeu em excesso. Grande parte da população adulta lê muito mal. Advérbio é a classe gramatical das palavras que modifica um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio. Raramente modificam um substantivo. Chegaram tarde para o Jantar; Queremos agora → Era a moça mais bonita da festa → Não há sinais morfológicos (morfologia= estudo da forma, da aparência) definidores de advérbios. O único consenso a esse respeito é que eles são invariáveis. Isto é, advérbios não flexionam em gênero e número. Os autores que defendem a existência de flexões de grau, afirmam que alguns advérbios passam por esse processo. Contudo, os estudos mais modernos indicam que não existe flexão de grau, mas derivação de grau com acréscimo do sufixo ( -inho (a)) como em: cedinho, agorinha, à tardezinha e etc. ADVÉRBIO MODIFICANDO SUBSTANTIVO ATENÇÃO! SE A PALAVRA QUE REFERE-SE AO SUBSTANTIVO ESTIVER "INTENSIFICANDO" O MESMO E FOR INVARIÁVEL, ESSA SERÁ ADVÉRBIO. SE A PALAVRA PUDER FLEXIONAR-SE, SERÁ PRONOME INDEFINIDO. Maria traga mais cadeiras. Advérbio = não flexiona-se. Compramos muito(s) livro(s). Pronome indefinido indicando quantidade inexata, imprecisa. Flexiona-se. Menos palavras e mais ações. Advérbios = não flexionase. Você deve saber que os advérbios não sofrem variação quanto ao gênero nem quanto ao número, ou seja, não variam para o feminino nem para o plural. Apesar disso, há casos em que ALGUNS TERMOS podem ser confundidos com advérbios, mas precisam passar por UMA ANÁLISE IMPORTANTE relativa à possibilidade de variação; se NÃO variarem, SÃO ADVÉRBIOS. É o que acontece com a palavra MUITO. Há situações em que ela NÃO PODE VARIAR. Ex.: Ela está MUITO bem. / Veja que não seria cabível dizer ou escrever “Ela está MUITA bem”! Nesse caso, vê-se claramente que se trata do ADVÉRBIO DE INTENSIDADE: MUITO, que é INVARIÁVEL. Certinho? Diferente disso, existe a expressão MUITA, termo feminino, variável quanto ao gênero e quanto ao número [MUITO/MUITOS/MUITAS]. Essa possibilidade de variação indica que essa palavra não pode ser um advérbio, mas sim um PRONOME INDEFINIDO, empregado para designar uma GRANDE quantidade ou volume de alguma coisa. Ex.: Tenho MUITAS novidades. Não quero MUITA comida!/ Recebi MUITOS amigos. Resumindo: MUITO sem poder variar é ADVÉRBIO DE INTENSIDADE; e MUITA, que é variável quanto ao gênero e quanto ao número, é PRONOME INDEFINIDO. DIFERENÇA ENTRE COORDENADAS E SUBORDINADAS? Se você está aprendendo sobre "Orações Coordenadas" e "Orações Subordinadas" pode estar se perguntando como diferenciar uma coisa da outra. Orações COORDENADAS são orações completas que se juntam. "Completas" quer dizer que elas têm tudo direitinho... sujeito, predicado, objeto direto e tal. Já as orações SUBORDINADAS servem justamente para completar ou complementar uma outra oração (em que falta algum pedaço: sujeito, objeto direto, predicativo, adjunto, etc) Dois exemplos pra você ver: Hoje eu comprei um tênis/ porque o outro ficou velho. duas orações 1ª oração: eu comprei um tênis 2ª oração: o outro ficou velho Cada uma tem sujeito e predicado completo. Elas são COORDENADAS. NOTE: Hoje eu quero /que compre um tênis novo. Tenho necessidade/ de que me ajude. duas orações 1ª oração: hoje eu quero/ tenho necessidade 2ª oração: que compre um tênis novo/ de que me ajude Hoje eu quero o quê? O verbo "querer" pede um objeto. "comprar um tênis novo" é o objeto, mas está em forma de oração. Esta oração é SUBORDINADA. (não faz sentido sozinha). Tenho necessidade de quê? O nome “necessidade” pede complemento nominal.“ De que me ajude“ é complemento nominal, mas está em forma de oração. Esta oração é SUBORDINADA. O Período Composto se caracteriza por possuir mais de uma oração em sua composição. Sendo Assim: Eu irei à praia. (Período Simples) Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto) Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um protetor solar. (Período Composto). Cada verbo ou locução verbal destacados acima corresponde a uma oração. Isso significa que o primeiro exemplo é um período simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros exemplos são períodos compostos, pois têm mais de uma oração. Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as orações de um período composto: uma relação de coordenação ou uma relação de subordinação. Duas orações são coordenadas quando estão juntas em um mesmo período, (ou seja, em um mesmo bloco de informações ou em uma mesma frase verbal marcada pela pontuação final), mas têm, ambas, estruturas individuais, como é o exemplo de: Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período Composto) Podemos dizer: 1ª oração: Estou comprando um protetor solar. 2ª oração: Irei à praia. Separando as duas, vemos que elas são independentes. É desse tipo de período que iremos falar agora: o Período Composto por Coordenação. Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas. Coordenadas Assindéticas São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas. Coordenadas Sindéticas Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse caráter vai trazer para esse tipo de oração uma classificação: As orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas. Vejamos exemplos de cada uma delas: Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: e, nem, não só… mas também, não só… como, assim… como. - Nem comprei o protetor solar,/ nem fui à praia. - Comprei o protetor solar/ e fui à praia. Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda. - Fiquei muito cansada, / contudo me diverti bastante. - Gosto de sair, no entanto ficarei em casa. - Não comprei o protetor solar,/ mas mesmo assim fui à praia. Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: ou… ou; ora…ora; quer…quer. - Ou uso o protetor solar,/ ou uso o óleo bronzeador. - Ora sei que carreira seguir,/ ora penso em várias carreiras diferentes. - Quer eu durma/ quer eu fique acordado, ficarei no quarto. Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: logo, portanto, por fim, por conseguinte, consequentemente, pois=portanto(sempre depois do verbo da segunda oração). - Passei no vestibular, portanto irei comemorar. - Conclui o meu projeto, logo posso descansar. - Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada. Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois=porque(sempre iniciando a oração). - Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo. - Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domingo. CONCLUSIVA ( pois depois do verbo que introduz da oração) - Não fui à praia, queria, pois, descansar.