pronomes - Colégio Anglo de Campinas

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ARTIGOS DEFINIDOS
São eles O, OS, A e AS. Têm como objetivo individualizar,
destacar ou determinar um ser ou um objeto. Veja os
exemplos:
 O violino estava desafinado há muito tempo. (O objeto já
era do conhecimento do falante e do ouvinte)
 A lâmpada acabou de queimar. (O objeto é o único do
local)
 Falei ontem com os meninos da rua. (Os seres já são de
conhecimento do falante)
ARTIGOS INDEFINIDOS
São eles UM, UNS, UMA e UMAS. Têm como objetivo
determinar de um jeito vago, indefinido um objeto ou um
ser em questão. Veja alguns exemplos:
 Tem um violino que está desafinado há muito tempo.
(Pode ter sido qualquer violino dentre vários)
 Uma lâmpada acabou de queimar. (Pode ter sido
qualquer lâmpada do lugar)
 Falei ontem com uns meninos da rua. (Alguns dos vários
meninos que existem na rua)
DIFERENÇA ENTRE ARTIGOS DEFINIDOS E
PRONOMES OBLÍQUOS
Ao falarmos sobre PRONOMES, remetemo-nos à ideia de um
termo
que
acompanha
ou
substitui
o
nome
(substantivo), perceba:
A obra é importantíssima para nossa pesquisa, eu já a
examinei.
Eu vi os
shopping.
meninos
ontem,
encontrei-os saindo
do
Notamos
que “a” acompanha
o
substantivo “obra”, é,
portanto, um artigo definido e que “os” substitui o
termo“meninos”, na segunda oração, é, portanto, um
pronome oblíquo.
Na primeira oração, “os” acompanha o substantivo
“meninos” é, portanto, um artigo.
Dentre as subclassificações dos pronomes
destacamos:demonstrativos, possessivos, de
tratamento, adjetivos, substantivos, interrogativos,
relativos, indefinidos, pessoais do caso reto e oblíquo.
Vejamos, pois, esses pronomes, tendo em vista a respectiva
relação que estabelecem com os pessoais:
Eu –
Tu –
Ele –
Nós –
Vós Eles -
me, mim, comigo
te, ti, contigo
o, a, lhe, se, si, consigo
nos, conosco
vos, convosco
os, as, lhes, se, si, consigo
Para compreendermos melhor sobre o referido assunto, é
essencial que façamos a diferença entre artigo e pronome
oblíquo. Note:
A aluna é esforçada, pois a vi estudando na biblioteca.
"A" acompanha o substantivo "aluna" e concorda em gênero
e número; é um artigo definido.
Já o segundo "A" está substituindo o substantivo "aluna",
trata-se, portanto, de um pronome oblíquo.
ARTIGO OU PREPOSIÇÃO
O “a”, como artigo, é uma palavra variável em gênero e
número que, colocada antes de um substantivo, o determina.
Como preposição, o “a” é uma palavra invariável que liga
dois termos de uma frase e mostra a dependência existente
entre ambos.
Exemplo: A neta foi a casa do avô.
No primeiro a, temos um artigo definido; no segundo, uma
preposição.
PRONOME PESSOAL OBLÍQUO
O pronome pessoal oblíquo “a” é usado para:
 substituir o substantivo anteposto:
É certo que a criança estava ali, pois todos a viram.
Tal pronome sempre está vinculado ao verbo,
complementando-o.
PRONOME DEMONSTRATIVO
Usa-se o pronome demonstrativo “o, a, os, as”:
 para remeter-se a um substantivo anteposto:
 antes do pronome relativo “que”.
 Com valor dos pronomes demonstrativos: aquele(s),
aquilo, isto, isso, aquela(s).
Sobre as leis, só vi a que me interessou. (aquela)
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
Os que não participarem da gincana deverão compor as
torcidas. (Aqueles que não participarem da gincana deverão
compor as torcidas)
O que você está afirmando sobre o assunto não é correto.
(Isso que você está afirmando não é correto.)
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ESTUDO DE PRONOME DEMONSTRATIVO
É aquele que indica a posição de um ser em relação às pessoas do
discurso, situando-o no tempo ou no espaço. Como os outros
pronomes, o demonstrativo também pode ser flexionado em
gênero, número e pessoa.
COM RELAÇÃO ÀS PESSOAS DO DISCURSO EMPREGA-SE:
 Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro
está perto da pessoa que fala.
 Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está
perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que
fala.
 Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem se fala.
VALE PARA O USO DOS DEMONSTRATIVOS A RELAÇÃO COM AS
PESSOAS DO DISCURSO: ESTE PARA PRÓXIMO DE QUEM FALA (EU);
ESSE PARA PRÓXIMO DE QUEM OUVE (TU OU VOCÊ); AQUELE
PARA DISTANTE DOS DOIS (ELE).
Exemplos:
 Este documento que eu estou entregando apresenta a síntese
do projeto.
 Se tu não estás utilizando essa régua, podes me emprestar por
alguns minutos?
 Vês aquele relatório sobre a mesa do Dr. Silva? É o documento
a que me referi.
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COM RELAÇÃO AO TEMPO EMPREGA-SE:
ESTE E FLEXÕES PARA PRESENTE
 Este ano, está sendo bom para nós. O pronome este refere-se
ao ano presente.
 Este ano de 2015, está sendo marcado pela violência no Oriente
Médio. Presente.
ESSE E SUAS FLEXÕES REFEREM-SE A UM PASSADO RECENTE:
TEMPO RECENTEMENTE DECORRIDO OU FUTURO PRÓXIMO.
 Ninguém esquecerá os acontecimentos desse trágico ano de
2014.
 Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse refere-se a
um passado próximo.
 Nessas próximas semanas, estarão ocorrendo as inscrições para
o concurso vestibular. O pronome nessas refere-se a um futuro
próximo.
 No final dessa semana, o Diretor de nossa Unidade irá a São
Paulo. Futuro próximo.
AQUELE E SUAS FLEXÕES REFEREM-SE A UM PASSADO MAIS
DISTANTE, REMOTO.
 Falávamos daquele período em que as mulheres obtiveram o
direito ao voto.
 Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se
referindo a um passado distante.
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OS PRONOMES DEMONSTRATIVOS PODEM SER VARIÁVEIS OU
INVARIÁVEIS.
VARIÁVEIS: ESTE(S), ESTA(S), ESSE(S), ESSA(S), AQUELE(S),
AQUELA(S). INVARIÁVEIS: ISTO, ISSO, AQUILO.
TAMBÉM APARECEM COMO PRONOMES DEMONSTRATIVOS:
o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que" e puderem ser
substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo, isso, isto.
Por exemplo:
 Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
 Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que te
indiquei.)
 O que chegar primeiro ganhará um prêmio.( Aquele que chegar
primeiro ganhará um prêmio)
 Não podemos ignorar tudo o que os nossos antecessores
fizeram. (Não podemos ignorar tudo aquilo que nossos
antecessores fizeram.)
 São loucos os que agem dessa forma. (São loucos aqueles que
agem dessa forma).
 O que você está afirmando sobre o assunto não é correto. (Isso
que você está afirmando não é correto.)
 Os que não participarem da gincana deverão compor as
torcidas. (Aqueles que não participarem da gincana deverão
compor as torcidas)
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OUTRA SITUAÇÃO IMPORTANTE OCORRE QUANDO QUEREMOS
RETOMAR POR DEMONSTRATIVOS MAIS DE UM ELEMENTO JÁ
MENCIONADO.
EM FRASES COMO A SEGUINTE, ESTE REFERE-SE À PESSOA
MENCIONADA EM ÚLTIMO LUGAR, AQUELE, À MENCIONADA EM
PRIMEIRO LUGAR.
Por exemplo:
 O referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos:
aquele casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele
casado].
 Os homens e as mulheres jamais se entenderão: estas os
acusam de machistas; aqueles não aceitam sua postura
feminista.
 Gabriela e Renata foram ao clube pegar uma corzinha: esta
virou um pimentão, aquela desidratou.
 O velho, o índio e o negro são discriminados por motivos
diversos: aquele, por ser improdutivo para a sociedade de
consumo; esse, por ser considerado atrasado e preguiçoso;
este, por não se ter libertado, ainda, do estigma da escravidão.
QUANDO SE QUER RETOMAR APENAS DOIS ELEMENTOS, ELIMINASE A FORMA INTERMEDIÁRIA ESSE.
 As crianças da classe média têm um futuro mais promissor do
que os filhos de pais das classes menos favorecidas, porque
aquelas se dão oportunidades que se negam a estes.
VEJA A ILUSTRAÇÃO PARA ESSES DOIS ÚLTIMOS CASOS:
1. Emprego de este, esse e aquele em relação a três termos
Este: se refere ao último termo citado.
Esse: se refere ao penúltimo.
Aquele: se refere ao antepenúltimo ou ao termo que se referiu em
primeiro lugar.
2. Emprego de este e aquele em relação a dois termos citados
anteriormente
Este: se refere ao último termo.
Aquele: se refere ao primeiro termo citado.
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PRONOMES ANAFÓRICOS E CATAFÓRICOS
PELO NOME PARECEM SER COMPLICADOS, MAS USAR OS
PRONOMES ANAFÓRICOS E CATAFÓRICOS É MAIS FÁCIL DO QUE SE
IMAGINA.
O pronome ANAFÓRICO se refere A ALGO QUE JÁ FOI DITO.
 Passar em um concurso e comprar um carro. Esses são os meus
objetivos de 2010. “Esses” se refere ao que está no período
anterior.
O pronome CATAFÓRICO indica algo QUE SERÁ MENCIONADO.
 Estes são os meus objetivos de 2010: passar em um concurso e
comprar um carro. “Estes” se refere ao que está no final do
período.
MUITOS JORNALISTAS SE CONFUNDEM AO USÁ-LOS. VEJA ESTE
EXEMPLO:
O Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que beneficiará
milhões de brasileiros. Esta proposta foi facilmente aceita pelos
deputados. Emprego errado.
Nesse exemplo, os jornalistas pecam. A regra é clara. Para se
referir ao que já foi mencionado, deve-se usar o pronome
anafórico. Logo, o correto é:
O Congresso Nacional aprovou o projeto de lei que beneficiará
milhões de brasileiros. Essa proposta foi facilmente aceita pelos
deputados. Emprego correto.
Para não esquecer memorize assim:
O pronome anafórico tem a letra “a” de antes. O catafórico
indicará, então, o que vem depois.
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PRONOMES POSSESSIVOS
SÃO AQUELES QUE SE REFEREM ÀS PESSOAS DO
DISCURSO, INDICANDO IDEIAS DE POSSE.
 Posso usar sua blusa? (blusa que pertence a
alguém)
QUADRO DOS PRONOMES POSSESSIVOS
São os que indicam posse, em referência às pessoas do
discurso .
 meu , minha , meus , minhas
singular )
( 1ª pessoa do
 teu , tua , teus , tuas
singular )
( 2ª pessoa do
 seu , sua , seus , suas
singular)
( 3ª pessoa do
 nosso , nossa , nossos , nossas
do plural )
( 1ª pessoa
 vosso , vossa , vossos , vossas
do plural )
( 2ª pessoa
 seu , sua , seus , suas
do plural )
( 3ª pessoa
(eu) Quebrei meu relógio.
(tu) Fizeste tua roupa?
(nós) Compramos nosso apartamento.
QUANDO O PRONOME POSSESSIVO DETERMINA
MAIS DE UM SUBSTANTIVO, ELE DEVERÁ
CONCORDAR EM GÊNERO E NÚMERO COM O
SUBSTANTIVO MAIS PRÓXIMO.
Vou lavar meu TÊNIS e BOLSA.
EMPREGO DOS PRONOMES POSSESSIVOS
SEU: a utilização do pronome seu (e flexões) pode
gerar frases ambíguas, podemos ter dúvidas quanto ao
possuidor.
 Márcia, diga a Paulo que aceito sua proposta.
(proposta de quem: de Márcia ou de Paulo?)
 A garotinha olhava para o pai sem saber qual seria
o seu destino.
(destino de quem: do pai ou da garotinha?)
PARA ELIMINAR O DUPLO SENTIDO, PODE-SE
USAR, NESSES CASOS:
 Márcia, diga a Paulo que aceito tua proposta.
(proposta de Márcia)
 Márcia, diga a Paulo que aceito a proposta dele.
(proposta de Paulo)
 A garotinha olhava para o pai sem saber qual seria
o destino dela. (destino da garotinha)
 A garotinha olhava para o pai sem saber qual seria
o destino dele. (destino do pai)
 "Maria contou-me que seu filho desaparecera com
seus documentos. (documentos de quem: da
Maria ou do filho da Maria?)
 "Maria contou-me que seu filho desaparecera com
os documentos dela".
 "Maria contou-me que seu filho desaparecera com
os documentos dele".
PARA EVITAR ESSE TIPO DE AMBIGUIDADE, USASE DELE. (DELA, DELES, DELA, DELAS)
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EXISTEM CASOS EM QUE O PRONOME
POSSESSIVO NÃO EXPRIME PROPRIAMENTE
IDEIA DE POSSE. ELE PODE SER UTILIZADO
PARA INDICAR APROXIMAÇÃO, AFETO OU
RESPEITO.
 Aquela mulher deve ter SEUS quarenta anos.
(aproximação)
 MEU amor cuide melhor de sua família. (afeto)
 Sente-se aqui MEU senhor. (respeito)
ATENÇÃO: SEU anteposto a nomes próprios não
é possessivo, mas uma alteração fonética de
Senhor.
SEU Pedro, o senhor gostaria de vender sua
casa?
ATENÇÃO: quando falamos (ou escrevemos) podemos
tratar nosso ouvinte (ou leitor) por tu ou você. Ao
pronome TU, associam- se os POSSESSIVOS TEU,
TUA, TEUS, TUAS; ao VOCÊ, associam-se SEU, SUA,
SEUS, SUAS.
 Tu não estás preocupado com teu futuro.
 Você não está preocupado com seu futuro.
OS PRONOMES OBLÍQUOS ME, LHE E TE PODEM
SER USADOS COM VALOR DE POSSESSIVO EM
CONSTRUÇÕES COMO:
 Ele beijou-me as mãos muito respeitosamente.
(Ele beijou as minhas mãos.)
 Comprei-te o carro porque estavas muito
precisado de dinheiro. (Comprei o teu carro.)
 Amarrei-lhe as tranças com uma fita vermelha.
(Amarrei as tranças dela.)
 O sono atrapalhava-me o raciocínio. (O sono
atrapalhava o meu raciocínio)
 Aperta-te ainda o coração quando pensas nela? (O
teu coração ainda aperta...)
 A volta dos amigos reavivou-lhe a vontade de
estudar. (A volta dos amigos reavivou sua
vontade de estudar.)
 O barulho foi tão forte, que me doeram os
ouvidos. (O barulho foi tão forte que doeram
meus ouvidos.)
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É FACULTATIVO O USO DO ARTIGO ANTES DE PRONOME
POSSESSIVO.
 O meu automóvel está no mecânico .
 A nossa rua já foi asfaltada .
A PALAVRA CASA , QUANDO INDICA LAR
PRÓPRIO , DISPENSA O PRONOME POSSESSIVO .
 Estava em casa ontem à noite .
 O rapaz foi cedo para casa .
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PRONOMES INDEFINIDOS
São palavras que se referem à terceira pessoa do
discurso, dando-lhe sentido vago (impreciso) ou
expressando quantidade indeterminada.
Por exemplo:
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém
plantadas.
Não é difícil perceber que "alguém" indica uma pessoa
de quem se fala (uma terceira pessoa indicada de
forma imprecisa, vaga). É uma palavra capaz de
indicar um ser humano que seguramente existe, mas
cuja identidade é desconhecida ou não se quer revelar.
Classificam-se em:
Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o
lugar do ser.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano,
nada, ninguém, outrem, quem, tudo.
Por exemplo:
Algo o incomoda? (substitui alguma coisa)
Quem avisa amigo é. (substitui alguém)
Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser
expresso na frase, acompanhado-o.
São eles: cada, certo(s), certa(s).
Por exemplo:
Cada povo tem seus costumes. ( acompanha o
substantivo “povo”)
Certas pessoas exercem várias profissões.
(acompanha o substantivo “pessoas”)
Um deles caiu ...
Quanta besteira foi dita...
Muito móvel foi comprado para a casa nova.
Quaisquer que comparecerem a reunião serão
bem recebidos.
Note que:
Ora são pronomes indefinidos substantivos
(substituem os substantivos), ora pronomes
indefinidos adjetivos (acompanham os
substantivos), então:
Pronome Substantivo = Substitui
Pronome Adjetivo = Acompanha
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em
variáveis e invariáveis. Observe o quadro:
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito,
muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s),
nenhum, nenhuns, nenhuma(s), outro(s), outra(s),
pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, qual, que,
quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s),
todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias.
Por exemplo:
Uns/ Um tenta(m), outros preferem acomodar-se.
(Quando não acompanham substantivos nem
indicam quantidade, são pronomes indefinidos).
Umas são amáveis, outras detestáveis.
Quaisquer que comparecerem a reunião
serão bem recebidos
Um deles caiu ...
Quanta besteira foi dita...
CERTO - anteposto a um substantivo é pronome
indefinido; posposto é adjetivo.
Certa(qualquer) idade não é uma idade certa (ideal).
Pronome indefinido
adjetivo
(o primeiro pronome indefine a idade e o segundo
caracteriza o substantivo idade).
OUTREM - tem o sentido de qualquer outra pessoa.
Se não queres para ti, não faças a outrem.
TODO - SEM artigo significa “qualquer”; COM artigo
significa “inteiro”:
Toda casa cedo ou tarde é reformada.
(qualquer casa)
Reformaram toda a casa. (a casa inteira)
Toda criança precisa de atenção. (qualquer
criança)
Toda a família estava reunida. (a família
inteira)
BASTANTE OU BASTANTES?
Na língua popular brasileira é generalizado o uso da
palavra bastante somente no singular. Tal fato, talvez
se justifique pelo motivo de que a maior ocorrência de
bastante, no Brasil, é como advérbio (invariável), e
não como adjetivo. Mas na língua culta formal,
principalmente escrita, não pluralizar bastante, quando
adjetivo, é inaceitável.
Bastante é palavra mutante. Ora é advérbio, ora
adjetivo ou pronome indefinido. Vejamos como,
essas mutações, se realizam:
1. Bastante será Advérbio de Intensidade e
invariável (uso mais comum) quando significar:
muito, suficientemente. Neste caso, bastante estará
ligado a um verbo, a um adjetivo ou a um advérbio:
Eles falam bastante (muito, suficientemente).
Elas são bastante (muito, suficientemente)
simpáticas.
Elas chegaram bastante (muito, suficientemente)
cedo.
Observação: Há frases em que é preferível usar o
advérbio [muito]; como em frases deste gênero:
Eles ficaram bastante cansados. É melhor: Eles
ficaram muito cansados.
2 - Bastante será Adjetivo e variável quando
significar suficiente(s) (NÃO suficientemente);
neste caso, bastante virá após o substantivo e com
ele concordará normalmente:
A carne não é bastante (suficiente).
Há provas bastantes (suficientes) para incriminálo.
Observação: Há frases em que é preferível usar o
adjetivo [suficiente]; como em: Ele já tem provas
bastantes para incriminar o réu. É melhor: Ele já
tem provas suficientes para incriminar o réu.
3. Bastante será Pronome Indefinido quando
expressar quantidades e/ou qualidades
indefinidas. Neste caso, bastante virá antes do
substantivo e com ele concordará normalmente:
Havia bastantes pessoas na praça.
Bastantes escolas aumentaram as mensalidades.
Observação: Devemos evitar o uso de bastante
como pronome indefinido, ou seja, como
sinônimo de quantidade. É melhor usarmos
muitos ou muitas: Havia muitas pessoas na praça
/ Muitas escolas aumentaram as mensalidades.
4. OS MACETES
a) O mais comum é substituir bastante por muito.
Se muito sofrer variações como: muita, muitas,
muitos; então ele é pronome indefinido e
concordará com o substantivo:
Jesus realizou (muitos) bastantes milagres.
(Muitas) Bastantes escolas aumentaram as
mensalidades.
► Se muito não sofrer flexão, bastante é
advérbio e invariável; portanto, ficará no
singular:
Eles falam (muito) bastante. / Todos estavam
(muito) bastante alegres.
b) Outro macete é substituir bastante por
suficiente (s). Se for possível a substituição,
bastante é adjetivo e ficará no plural:
Jesus realizou milagres bastantes (suficientes).
c) Se bastante aceitar a substituição por bem é
advérbio e ficará invariável:
Todos estavam (bem) bastante alegres.
PRONOMES OBLÍQUOS
Os pronomes o, a, os, as, quando associados às
terminações verbais -r, -s, -z, passam para a
forma: lo, la, los, las que devem ser empregados
depois do verbo.
buscar + eles = buscá-los
refazer + eles = refazê-los
quis + ele = qui-lo
quis + ela = qui-la
fiz + ele = fi-lo
refez o trabalho= refi-lo
escrever o texto= escrevê-lo
Modalidades no, na, nos, nas
Quando associados às terminações verbais -ão, õe(m), -m, -ão, passam para a
forma: no, na, nos, nas que devem ser empregadas
após o verbo.
dão a ele = dão-no
dão a eles = dão-nos
põe ele = põe-no
põe eles = põe-nos
pediram a ela = pediram-na
Resumo:
Verbos terminados em: -r, -s, -z + o, a, os, as = lo,
la, los, las.
Verbos terminados em: -m, -ão, -õe + o, a, os, as =
no, na, nos, nas.
Pronomes: O emprego do pronome pessoal
eu
PRONOMES
PESSOAIS
RETOS
tu
ele
ela
Funcionam como sujeito
Nós
Vós
Eles
o, a , os, (funcionam como
as
objeto direto)
PRONOMES
PESSOAIS
OBLÍQUOS
lhe, lhes
(funcionam como
objeto indireto)
me, te, (funcionam como
se, nos, objeto direto ou
vos
objeto indireto)
Exemplos:
Os pronomes oblíquos átonos o, os, a, as completam
verbos transitivos diretos, funcionam como objeto
direto.
Exemplos:
Observação:
1. Os pronomes oblíquos o, os, a, as tomam as
formas lo, los, la, las, depois das formas verbais
terminadas em R, S, Z:
Quero conhecer + o.
Amamos + o muito.
Fiz + o retornar.
Quero conhecê-lo.
Amamo-lo muito.
Fi-lo retornar.
_______________________________________
2. Devemos empregar os pronomes oblíquos
átonos o, os, a, as quando estiverem em lugar de
substantivos não precedidos de preposição:
Examinei o livro.
Examinei-o.
Ache os cursos e faculdades ideais para você !
Quebraste a boneca.
Quebraste-a.
Leve a boneca para ser consertada.
ser consertada.
Leve-a para
3. Esses mesmos pronomes, a(s) e o(s), quando vêm
depois de verbo terminado em som nasal, tomam as
formas no, nos, na, nas:
Põe + o sobre a mesa.
Conheceram + o ontem.
Abracem + o por mim.
Põe-no sobre a mesa.
Conheceram-no ontem.
Abracem-no por mim.
Os pronomes pessoais oblíquos átonos lhe e lhes
complementam verbos transitivos indiretos,
funcionam como objeto indireto. Exemplos:
Observação:
Devemos empregar os pronomes átonos
oblíquos lhe e lhes quando substituem um substantivo
precedido da preposição a ou para:
Vou dizer a papai o que penso sobre o assunto.
Vou dizer-lhe o que penso sobre o assunto.
Dei ao menino um presente.
Dei-lhe um presente.
Levei a carta para Maria.
Levei-lhe a carta.
Os pronomes pessoais oblíquos
átonos me, te, se, nos, vos podem complementar
verbos transitivos diretos ou indiretos, funcionando
como objeto direto ou indireto.
Funcionam como objeto direto quando podem ser
substituídos por um substantivo não obrigatoriamente
precedido de preposição.
Exemplo:
Ele ofendeu-me.
Ele ofendeu Pedro.
Funcionam como objeto indireto quando podem ser
substituídos por um substantivo obrigatoriamente
precedido de preposição.
Exemplo:
João te telefonou.
João telefonou para Ana.
_______________________________________
Observação: Os pronomes pessoais retos eu e tu não
podem vir regido de preposição. Após a preposição,
usam-se os pronomes oblíquos.
Exemplo:
Entre mim e ti há sinceridade.
(É errado dizer entre eu e tu)
1) Os pronomes pessoais eu e tu não podem vir
precedidos de preposição, e, no caso, entre é uma
preposição essencial, de modo que não permite
construção em que se usem pronomes pessoais do
caso reto. Exs.:
a) "Nada mais há entre tu e eu" (errado);
b) "Nada mais há entre eu e tu" (errado);
c) "Nada mais há entre ti e mim" (correto);
d) "Nada mais há entre mim e ti" (correto);
e) "Nada mais há entre eu e você" (errado);
f) "Nada mais há entre mim e você" (correto).
2) Atente-se aos exemplos dos nossos grandes escritores:
a) "Creio que isto baste a quem entre ele e mim houver
de pronunciar" (Rui Barbosa);
b) "São assuntos que se podem tratar entre mim e ti"
(Machado de Assis).
3) Resuma-se com a precisa lição de Silveira Bueno, para
quem "os pronomes retos da primeira e da segunda
pessoa – eu, tu – não podem ser regidos por preposição.
Mas o pronome reto da terceira pessoa pode
perfeitamente".
4) Veja-se que, mesmo havendo outros substantivos, e
não pronomes, a situação não muda:
a) "O advogado sentou-se entre o desembargador e
mim";
b) "Houve um acordo entre os réus e mim".
5) Registre-se lição – que não há de merecer acolhida no
que concerne aos textos que devam submeter-se à norma
culta – de Domingos Paschoal Cegalla:
"Admite-se o pronome reto quando este se acha distante
da preposição entre: ‘Entre o local onde a ponte desabara
e eu, que vinha em alta velocidade, mediavam perto de
cem metros".
6) Observe-se, por fim, que você tanto pode vir com
preposição como sem ela, funcionando, assim, como
sujeito ou como complemento, de modo que são corretas
as expressões:
a) "Nada mais há entre mim e você";
b) "Nada mais há entre você e mim".
_____________________________________________
Cf. BUENO, Silveira. Português pelo Rádio. São
Paulo: Saraiva & Cia., 1938. p. 94.
Cf. CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de
Dificuldades da Língua Portuguesa. 2. ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1999. p. 143
RESUMINDO...
É comum surgirem equívocos no uso dos pronomes pessoais,
principalmente os do caso oblíquo. Contudo, uma dica
importante fará com que não haja mais dúvidas a respeito
desse assunto:
De acordo com a norma culta, após as preposições empregase a forma oblíqua dos pronomes pessoais. Veja:
1. Isso fica entre eu e ela. (Errado)
1. Isso fica entre mim e ela. (Certo) ou
2. Isso fica entre mim e ti.
Os pronomes do caso oblíquo exercem função de
complemento, enquanto os pronomes pessoais do caso reto,
de sujeito. Observe:
1. Ela olhou para mim com olhos amorosos (olhou para
quem? Complemento: mim.).
2. Por favor, traga minha roupa para eu passar (quem irá
praticar a ação de passar? Sujeito: eu.).
Vejamos a pergunta que dá título ao texto:
Entre eu e você ou entre mim e você?
Depois da explicação acima, constatamos que existe uma
preposição: entre. Então, o correto é
“Entre mim e você”, pois após a preposição usa-se pronome
pessoal do caso oblíquo.
Da mesma forma será com as demais preposições: para mim
e você, para mim e ti, sobre mim e ele, entre mim e ela,
contra mim, por mim, etc. Veja:
a) Ele trouxe bolo para mim e para ti.
b) Ninguém está contra mim.
c) Você pode fazer isso por mim?
d) Sobre mim e você há uma nuvem de muitas bênçãos.
AGORA, OBSERVE:
Preciso dos ingredientes para mim fazer o bolo. (Errado)
Existe a preposição “para”, no entanto, o pronome “mim”
está exercendo o papel de sujeito da segunda oração: para
mim fazer o bolo. Logo, o emprego do pronome oblíquo
está equivocado. O certo seria:
Preciso dos ingredientes para eu fazer o bolo. (Certo)
ENTRE MIM E TI OU ENTRE TU E EU
A forma correta é entre mim e ti.
Entre tu e eu está errado.
Eu e tu são pronomes pessoais retos e mim e ti são
pronomes pessoais oblíquos tônicos. Segundo as regras
gramaticais do português, apenas os pronomes pessoais
oblíquos tônicos são sempre precedidos de uma
preposição e devem ser usados quando, na frase, o
substantivo que substituem tem função de objeto indireto.
Assim, sempre que se utiliza a preposição entre, deverão ser
usados os pronomes pessoais oblíquos:
entre ti e mim
entre mim e ti
entre mim e ela
entre mim e você
Exemplos:

Esse assunto será resolvido apenas entre mim e ti.

Haverá sempre um grande amor entre ti e mim.

Nossa amizade acaba agora, nada mais haverá entre
mim e ti!
Fique sabendo mais!
Eu e tu são pronomes pessoais retos, devendo ser usados
quando, na frase, o substantivo que substituem tem função
de sujeito. Podem ser antecedidos de preposição, desde que
haja em seguida, uma ação, ou seja, um verbo no infinitivo,
fazendo com que o pronome pessoal reto assuma a função de
sujeito.
Exemplos:

Veja se tem algum erro para eu corrigir.

Para eu fazer isso, vou precisar da tua ajuda.
Pronomes pessoais retos:
Eu – 1ª pessoa do singular
Tu – 2ª pessoa do singular
Ele, ela – 3ª pessoa do singular
Nós – 1ª pessoa do plural
Vós – 2ª pessoa do plural
Eles, elas - 3ª pessoa do plural
_______________________________________
Os pronomes pessoais oblíquos tônicos são
sempre precedidos de uma preposição, como:
para, a, de e com.
Exemplos
tônicos:
1.ª pessoa
2.ª pessoa
3.ª pessoa
1.ª pessoa
2.ª pessoa
3.ª pessoa
de pronomes pessoais oblíquos
do
do
do
do
do
do
singular - mim, comigo
singular - ti, contigo
singular - si
plural - conosco
plural - convosco
plural - si
Pronomes pessoais oblíquos átonos
Os pronomes pessoais oblíquos átonos não são
precedidos de uma preposição. Podem ser usados
quando, na frase, o substantivo que substituem
tem função de objeto direto (o, a, os, as) ou de
objeto indireto (lhe, lhes).
Exemplos
átonos:
1.ª pessoa
2.ª pessoa
3.ª pessoa
1.ª pessoa
2.ª pessoa
3.ª pessoa
de pronomes pessoais oblíquos
do
do
do
do
do
do
singular - me
singular - te
singular - o, a, se, lhe
plural - nos
plural - vos
plural - os, as, se, lhes
____________________________________________
ADVÉRBIO é a palavra que indica as circunstâncias em
que se dá a ação verbal. Apesar disso, os advérbios de
intensidade também podem acompanhar, além dos
verbos, substantivos, adjetivos e outros advérbios.
Exemplos:




Falava muito.
Quase morto, andava a passos lentos pela rua.
As crianças possuem uma curiosidade muito grande.
Os seus pais passam muito bem.
O conjunto de duas ou mais palavras que têm valor de
advérbio denomina-se LOCUÇÃO ADVERBIAL.
Os advérbios e as locuções adverbiais são classificados de
acordo com o seu valor semântico, isto é, com o sentido
que apresentam ou a circunstância que indicam.
Alguns dos valores semânticos são: tempo, lugar, modo,
dúvida, afirmação e negação.
Além de ter esses valores semânticos, as locuções
adverbiais podem indicar ainda outras circunstâncias
como: assunto, companhia, fim, etc.
Há muitos tipos de advérbios:






de lugar: aqui, ali, lá, longe, perto, atrás, acima,
abaixo, à direita, à esquerda, ao lado, para dentro
etc.
de tempo: hoje, amanhã, ontem, jamais, nunca, de
vez em quando, de tempos em tempos etc.
de modo: assim, bem, mal, devagar,
silenciosamente, em silêncio, pausadamente etc.
de dúvida: talvez, acaso, provavelmente,
possivelmente etc.
de negação: não, nunca, jamais, de jeito algum, de
modo nenhum etc.
de intensidade: muito, pouco, bastante, bem, mais,
menos, demais, um bom tanto etc.

de afirmação: sim, com certeza, sem dúvida, etc.
Locução adverbial é um conjunto de duas ou mais
palavras que, juntas, atuam como um advérbio,
alterando o sentido de um verbo, de um adjetivo ou de
um advérbio. A maior parte das locuções adverbiais são
iniciadas por uma preposição.
Exemplos:










Eles virão com certeza.
Eles virão em breve.
Eles virão por ali.
Antônio construiu seu arraial popular ali.
Estradas tão ruins.
Meu pai foi caminhar na praia pela manhã.
Em silêncio, os alunos prosseguiram seus estudos.
De modo algum, você poderá contar com minha
participação.
Ele comeu em excesso.
Grande parte da população adulta lê muito mal.
Advérbio é a classe gramatical das palavras que
modifica um verbo, um adjetivo ou um outro advérbio.
Raramente modificam um substantivo.


Chegaram tarde para o Jantar; Queremos agora →
Era a moça mais bonita da festa →
Não há sinais morfológicos (morfologia= estudo da
forma, da aparência) definidores de advérbios. O único
consenso a esse respeito é que eles são invariáveis. Isto
é, advérbios não flexionam em gênero e número. Os
autores que defendem a existência de flexões de grau,
afirmam que alguns advérbios passam por esse
processo. Contudo, os estudos mais modernos indicam
que não existe flexão de grau, mas derivação de grau
com acréscimo do sufixo ( -inho (a)) como em: cedinho,
agorinha, à tardezinha e etc.
ADVÉRBIO MODIFICANDO SUBSTANTIVO
ATENÇÃO! SE A PALAVRA QUE REFERE-SE AO
SUBSTANTIVO ESTIVER "INTENSIFICANDO" O MESMO
E FOR INVARIÁVEL, ESSA SERÁ ADVÉRBIO. SE A
PALAVRA PUDER FLEXIONAR-SE, SERÁ PRONOME
INDEFINIDO.
Maria traga mais cadeiras. Advérbio = não flexiona-se.
Compramos muito(s) livro(s). Pronome indefinido
indicando quantidade inexata, imprecisa. Flexiona-se.
Menos palavras e mais ações. Advérbios = não flexionase.
Você deve saber que os advérbios não sofrem variação
quanto ao gênero nem quanto ao número, ou seja, não
variam para o feminino nem para o plural. Apesar disso,
há casos em que ALGUNS TERMOS podem ser
confundidos com advérbios, mas precisam passar por
UMA ANÁLISE IMPORTANTE relativa à possibilidade de
variação; se NÃO variarem, SÃO ADVÉRBIOS.
É o que acontece com a palavra MUITO. Há situações
em que ela NÃO PODE VARIAR. Ex.: Ela está
MUITO bem. / Veja que não seria cabível dizer ou
escrever “Ela está MUITA bem”!
Nesse caso, vê-se claramente que se trata do ADVÉRBIO
DE INTENSIDADE: MUITO, que é INVARIÁVEL.
Certinho?
Diferente disso, existe a expressão MUITA, termo
feminino, variável quanto ao gênero e quanto ao
número [MUITO/MUITOS/MUITAS]. Essa possibilidade
de variação indica que essa palavra não pode ser um
advérbio, mas sim um PRONOME INDEFINIDO,
empregado para designar uma GRANDE quantidade ou
volume de alguma coisa.
Ex.: Tenho MUITAS novidades.
Não quero MUITA comida!/ Recebi MUITOS amigos.
Resumindo: MUITO sem poder variar é ADVÉRBIO DE
INTENSIDADE; e MUITA, que é variável quanto ao
gênero e quanto ao número, é PRONOME INDEFINIDO.
DIFERENÇA ENTRE COORDENADAS E SUBORDINADAS?
Se você está aprendendo sobre "Orações Coordenadas" e "Orações
Subordinadas" pode estar se perguntando como diferenciar uma coisa
da outra.
Orações COORDENADAS são orações completas que se juntam.
"Completas" quer dizer que elas têm tudo direitinho... sujeito,
predicado, objeto direto e tal.
Já as orações SUBORDINADAS servem justamente para completar ou
complementar uma outra oração (em que falta algum pedaço: sujeito,
objeto direto, predicativo, adjunto, etc)
Dois exemplos pra você ver:
Hoje eu comprei um tênis/ porque o outro ficou velho.
duas orações
1ª oração: eu comprei um tênis
2ª oração: o outro ficou velho
Cada uma tem sujeito e predicado completo. Elas são COORDENADAS.
NOTE:
Hoje eu quero /que compre um tênis novo.
Tenho necessidade/ de que me ajude.
duas orações
1ª oração: hoje eu quero/ tenho necessidade
2ª oração: que compre um tênis novo/ de que me ajude
Hoje eu quero o quê? O verbo "querer" pede um objeto.
"comprar um tênis novo" é o objeto, mas está em forma de oração.
Esta oração é SUBORDINADA. (não faz sentido sozinha).
Tenho necessidade de quê? O nome “necessidade” pede complemento
nominal.“ De que me ajude“ é complemento nominal, mas está em
forma de oração. Esta oração é SUBORDINADA.
O Período Composto se caracteriza por possuir mais de uma oração
em sua composição.
Sendo Assim:
 Eu irei à praia. (Período Simples)
 Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período
Composto)
 Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um protetor solar.
(Período Composto).
Cada verbo ou locução verbal destacados acima corresponde a
uma oração. Isso significa que o primeiro exemplo é um período
simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros exemplos
são períodos compostos, pois têm mais de uma oração.
Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as orações
de um período composto: uma relação de coordenação ou uma relação
de subordinação.
Duas orações são coordenadas quando estão juntas em um mesmo
período, (ou seja, em um mesmo bloco de informações ou em uma
mesma frase verbal marcada pela pontuação final), mas têm, ambas,
estruturas individuais, como é o exemplo de:

Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período
Composto)
Podemos dizer:
1ª oração: Estou comprando um protetor solar.
2ª oração: Irei à praia.
Separando as duas, vemos que elas são independentes.
É desse tipo de período que iremos falar agora: o Período Composto
por Coordenação.
Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois tipos:
Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas.
Coordenadas Assindéticas
São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através
de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
Coordenadas Sindéticas
Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que
são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse caráter vai
trazer para esse tipo de oração uma classificação:
As orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos:
aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.
Vejamos exemplos de cada uma delas:
Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: e, nem, não só… mas
também, não só… como, assim… como.
- Nem comprei o protetor solar,/ nem fui à praia.
- Comprei o protetor solar/ e fui à praia.
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: mas, contudo,
todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda.
- Fiquei muito cansada, / contudo me diverti bastante.
- Gosto de sair, no entanto ficarei em casa.
- Não comprei o protetor solar,/ mas mesmo assim fui à praia.
Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: ou… ou; ora…ora;
quer…quer.
- Ou uso o protetor solar,/ ou uso o óleo bronzeador.
- Ora sei que carreira seguir,/ ora penso em várias carreiras
diferentes.
- Quer eu durma/ quer eu fique acordado, ficarei no quarto.
Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: logo, portanto, por
fim, por conseguinte, consequentemente, pois=portanto(sempre
depois do verbo da segunda oração).
- Passei no vestibular, portanto irei comemorar.
- Conclui o meu projeto, logo posso descansar.
- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada.
Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: isto é, ou seja, a
saber, na verdade, pois=porque(sempre iniciando a oração).
- Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo.
- Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domingo.
CONCLUSIVA ( pois depois do verbo que introduz da oração)
- Não fui à praia, queria, pois, descansar.
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