Diverticulite - Dr. Leo Kahn Diverticulite Diverticulite é uma inflamação que se manifesta basicamente no intestino grosso, responsável pela absorção de água, armazenamento e eliminação dos resíduos da digestão, o intestino grosso começa no íleo (porção final do intestino delgado) e é dividido nos seguintes segmentos: ceco, cólon ascendente, cólon transverso e cólon descendente que desemboca no cólon sigmóide, reto e canal anal. O intestino grosso é formado por diferentes camadas de tecido. Na superfície externa, existe uma camada translúcida, bem fininha, chamada serosa. Depois, vem a camada formada por músculos lisos que comprimem e empurram o bolo alimentar para expulsá-lo através do ânus. A camada mais interna é constituída por uma mucosa cheia de glândulas e preparada para produzir muco, enzimas e anticorpos que vão defender esse órgão de substâncias estranhas e agentes agressores. A mucosa é irrigada por vasos existentes na camada serosa e que atravessam a camada muscular. Isso cria um ponto de fragilidade no músculo e, em determinadas condições, a mucosa pode formar uma hérnia, semelhante a um dedo de luva invertido: é o divertículo. A presença de numerosos divertículos no intestino recebe o nome de diverticulose. A doença atinge 8% da população mundial e aumenta progressivamente com a idade. Sabe-se que um terço das pessoas com mais de 60 anos apresentam divertículos intestinais. Em contrapartida, é menos frequente em pessoas com idade inferior a 40 anos (2% a 5%). É igualmente comum nas mulheres e nos homens. Aproximadamente 10% a 25% das pessoas com esta condição desenvolvem diverticulite. Esta doença é a inflamação ou a infecção de um ou mais divertículos, é menos comum em indivíduos com menos de 40 anos do que naqueles com mais idade. No entanto, ela pode ser grave em indivíduos de qualquer idade. Os homens com menos de 50 anos necessitam de cirurgia em uma frequência três vezes maior que as mulheres. Acima dos 70 anos, são as mulheres que requerem cirurgia três vezes mais que os homens. A diverticulite pode levar a complicações sérias como abscesso (coleção de pus), perfuração, obstrução intestinal por aderências ou fístula, que é uma comunicação anormal entre dois órgãos (como um túnel). Uma complicação rara, mas ameaçadora à vida, chamada peritonite, pode acontecer quando o divertículo se rompe, espalhando a infecção (pus) na cavidade abdominal. Sintomas: - A maioria das pessoas que têm diverticulose não têm nenhum sintoma, enquanto outros têm cólicas moderadas, constipação intestinal ou distensão do abdome. A diverticulite tem sintomas muito mais severos: dor abdominal importante, sensibilidade à pressão no abdômen inferior, febre, náuseas, vômitos, calafrios, tremores, mudanças no hábito intestinal (constipação ou diarréia) e hemorragia retal. - O exame de sangue (hemograma) mostra um aumento das células de defesa (leucócitos), podendo ser este aumento discreto (diverticulite leve) ou intenso (abscesso e peritonite). - A ultrassonografia e a tomografia computadorizada do abdome são métodos úteis no diagnóstico da diverticulite aguda, pois mostram a inflamação da parede do intestino grosso, além da presença do abscesso. - Um outro exame importante no diagnóstico da diverticulite é o enema opaco. Neste exame injeta-se contraste no interior do intestino e, desta forma, o exame mostra a presença dos divertículos, do processo inflamatório na parede do intestino grosso, além da diminuição do calibre do intestino. No entanto, este exame só pode ser realizado por médico experiente, pois a colocação do contraste no intestino gera um aumento da pressão em seu interior, o que levaria ao risco de perfuração do divertículo. Dicas: - Tipicamente, os sintomas iniciais são dor abdominal espontânea, dor à palpação (geralmente na parte baixa esquerda do abdómen) e febre. - A diverticulite é a inflamação ou a infecção de um ou de mais divertículos. - A diverticulite é menos frequente em pessoas com menos de 40 anos do que nas que têm mais de 40. - Até 85 % dos pacientes se recuperam com repouso na cama, dieta líquida e antibióticos. Às vezes não chegam a ter um segundo episódio de diverticulite. - Pessoas que têm grandes quantidades de fibra na dieta são menos propícias a desenvolver a doença diverticular. - Recomenda-se 20 a 35 gramas de fibra ao dia, preferivelmente através de frutas, legumes e cereais. Seu médico também pode recomendar o farelo de trigo não processado ou um produto à base de fibra. Calvície Calvície A calvície é um tipo específico de queda de cabelos, de caráter hereditário e progressivo. A presença de uma enzima, determinada geneticamente, resulta na produção de uma substância chamada DHT (dihidrotestosterona), que age sobre o folículo do cabelo. Essa substância provoca o afinamento progressivo dos fios. Nos homens, essa perda segue um padrão claro, configurando a calvície verdadeira. Nas mulheres, a causa é a mesma, mas o afinamento e diminuição ocorrem de maneira mais difusa e raramente provocam a calvície total. A queda de cabelos é um problema que afeta homens e mulheres em diversas fases da vida e podem ocorrer por vários motivos, como doenças, medicamentos, agressões químicas e carência de nutrientes, por exemplo. Já a calvície propriamente dita é restrita àquelas pessoas com predisposição genética para tal. Nos homens: - A quase totalidade dos casos de calvície masculina é de origem genética e hormonal, sendo chamada de alopecia androgenética masculina. - Ela pode-se iniciar logo após a puberdade, sendo mais evidente após os 25 anos. - A característica básica é o afinamento progressivo dos fios de cabelo nas entradas, topo e coroa e cabelos normais nas regiões laterais e posterior. - Nos locais atingidos pela calvície os cabelos podem apresentar menor volume ou diminuição na velocidade de crescimento. Nas mulheres: - Como ocorre na alopecia androgênica masculina, na mulher a calvície também pode iniciar-se logo após a puberdade. - Estas mulheres jovens iniciam um afinamento do cabelo, em geral na parte anterior e superior da cabeça. - No começo é visível apenas na ‘risca’ do cabelo e percebe-se um cabelo com pouco volume e crescimento lento. - Depois, uma rarefação mais difusa começa a ser percebida. Por fim uma certa transparência é notada, permitindo observar o contorno da cabeça através do cabelo, que se torna fino, quebradiço, e também mais claro. No caso da alopecia androgênica feminina, a linha anterior (onde inicia o cabelo) em geral é poupada, assim como a região posterior da cabeça. - Toda queda de cabelo, para ser corretamente avaliada, deve ser examinada por um médico. - Ele irá observar o cabelo e o couro cabeludo, analisar o histórico do paciente e solicitar exames relevantes como, por exemplo, taxas de hormônio ou outros dados. - Essa avaliação é fundamental para determinar as possíveis causas e os tratamentos que podem surtir efeito. Dicas: - No ciclo de existência do fio de cabelo há três fases: crescimento, dormência e morte. - Os fios da cabeça não estão todos na mesma fase ao mesmo tempo. - É por isso que todos os dias alguns fios caem; - O uso de xampus antiqueda quase sempre tem resultados ínfimos, ou nenhum, na queda de cabelos, particularmente se for o caso da calvície; - Apesar de ser extremamente desgastante e angustiante para a maioria das pessoas, em especial as mulheres, existem soluções, mesmo que parciais. - Medicamentos, transplantes capilares, próteses e outros recursos podem ser utilizados, dependendo do caso; - O importante é procurar ajuda de especialistas idôneos e fugir de promessas mirabolantes cujos resultados dificilmente se sustentam. - É importante tentar manter a calma, pois o estresse emocional com certeza só agrava as circunstâncias; - Embora algumas mulheres apresentem distúrbios hormonais originando a calvície, na maioria dos casos a dosagem hormonal se mostra normal. - Nestes casos a calvície da mulher pode ser explicada por uma ‘alta sensibilidade’ dos receptores hormonais (localizados no cabelo) aos hormônios masculinos; - O diagnóstico exige exame dermatológico criterioso para diferenciar entre os quadros. - Por isso não faça automedicação sem conhecer a causa do problema. - Hoje existem tratamentos que podem controlar ou suspender o processo da queda dos cabelos. - Esses medicamentos devem ter uso contínuo já que a causa (a presença do DHT) não é eliminada – se o tratamento é interrompido, o DHT volta a agir. - E preciso paciência, pois os resultados demoram um pouco para aparecer. - É importante lembrar que nem todos podem fazer uso dos medicamentos mais indicados, devendo ser analisado junto com o médico; - O transplante capilar está indicado para os casos mais avançados (graus II e III) e sempre simultâneo ao tratamento clínico para impedir a evolução da queda. - O transplante se encarregará de aumentar o volume capilar e o tratamento clínico de estabilizar a queda. Tensão Pré Menstrual - TPM Tensão Pré Menstrual Também chamada de TPM (Tensão Pré Menstrual), é o conjunto de sinais e sintomas do período que precede a menstruação e geralmente desaparece no primeiro dia do fluxo menstrual, mas em algumas mulheres é interrompido somente com o fim do fluxo. Durante a vida reprodutiva da mulher, a concentração dos hormônios sexuais varia ao longo de cada ciclo menstrual, que tem em média 28 dias e pode variar de 21 a 35 dias. As adolescentes com menarca recente podem ter ciclos de até 45 dias, pois seu sistema reprodutor ainda está amadurecendo. As fases do ciclo menstrual são divididas em fase folicular, que começa no primeiro dia da menstruação e dura em torno de 12 dias; depois vem a ovulatória, com duração média de oito dias, mas tem seu pico no 14º dia a partir do início da menstruação (em ciclo de 28 dias); e a lútea, com dez dias e que prepara o útero para o começo da próxima menstruação. Lembrando que a menstruação é o descolamento do revestimento do útero, caracterizada por sangramento vaginal que ocorre por cerca de cinco a sete dias todos os meses. Em relação aos hormônios, a partir da menstruação o nível do estrogênio começa a crescer e atinge o pico por volta do 14º ou 15º dia. Depois vai caindo e a mulher começa a produzir a progesterona. Os níveis desses dois hormônios praticamente chegam a zero durante a menstruação. A principal causa da Tensão Pré Menstrual é essa alteração do nível hormonal, que interfere no sistema nervoso central, onde parece haver uma conexão entre os hormônios e as endorfinas (substâncias naturais ligadas à sensação de prazer), diminuindo os níveis de serotonina nas terminações nervosas. Sinais e Sintomas da Tensão Pré Menstrual: - Depressão e dificuldade de concentração; - Vontade de chorar; - Irritabilidade; - Ansiedade; - Fadiga; - Distúrbio do sono; - Acne; - Aumento de apetite; - Desejos por alguns alimentos, como chocolates e doces; - Aumento de peso e inchaço; - Desconforto abdominal; - Cefaleia; - Edema das mamas. O diagnóstico geralmente é realizado pela própria paciente por meio da anotação dos seus sintomas e sua intensidade durante o ciclo menstrual e se estes desaparecem imediatamente após a menstruação. SAIBA MAIS SOBRE TENSÃO PRÉ MENSTRUAL: - Estudos demonstraram que a síndrome pode ocorrer de forma moderada em 30% e intensa de 5 a 8% das mulheres durante a fase reprodutiva. - Filhas de mulheres com Tensão Pré Menstrual ou depressão tem maior probabilidade de desenvolver os sintomas. - Fatores externos como situações difíceis, doença na família, dificuldades econômicas, divórcio, pressão no trabalho, podem diminuir o nível da serotonina, levando ao quadro de Tensão Pré Menstrual. - Há mulheres mais sensíveis a mudanças hormonais e outras menos sensíveis. - Não fume. - Evite consumo excessivo de carboidratos e açúcares, substitua o doce por um alimento adocicado que não contenha açúcar, tais como frutas secas e frutas bem doces. - Faça dieta com verdura, frutas e legumes. - Alguns alimentos que ajudam a diminuir o inchaço, aumentando a diurese: chuchu, morango, melancia, salsa e agrião. - Diminua o sal da refeição. - Evite temperos prontos industrializados. - Procure atividades relaxantes e prazerosas. - Pratique exercícios físicos. - Evite compromissos importantes nesses dias que antecedem a menstruação. Procure a ajuda do médico ginecologista. Câncer de Pele Câncer de Pele É o tipo de câncer mais comum, acomete as células mais superficiais da pele, sendo responsável por mais da metade dos diagnósticos de câncer em geral no mundo. Há dois tipos básicos de câncer de pele, os não-melanoma, geralmente das células basais ou das escamosas e os melanomas que têm origem nas células produtoras da melanina, este é produzido pela multiplicação descontrolada dos melanócitos responsável pelo bronzeado podendo sofrer um processo de expansão através dos vasos linfáticos ou do sangue. Mais comum em pessoas acima de 40 anos sendo relativamente raro em crianças e negros, sem distinção de sexo. Entre as causas mais comuns podemos citar ainda a exposição prolongada ao sol, pele clara, ter sofrido graves queimaduras de sol durante a vida, já ter sofrido de melanoma, pintas, histórico familiar, Xeroderma Pigmentoso e Imunossuprimidos. Ocorrem mais de um milhão de novos casos por ano nos Estados Unidos e cerca de 120 mil novos casos no Brasil, cerca de 5% são melanomas os principais responsáveis por mortes por câncer de pele. Sinais e Sintomas: - Pode se manifestar de muitas maneiras diferentes, mas o sinal mais comum é uma mudança na pele, uma ferida que não cicatriza, uma pequena dureza suave e brilhante, cor avermelhada escura, ou uma região achatada de cor vermelha. Os sinais de um possível melanoma são mudanças na aparência de pintas (endurecimento, edema, mudanças da cor) com coceira, secreção ou sangramento. Os homens têm maior incidência de melanomas no tronco, na cabeça ou no pescoço, enquanto que as mulheres geralmente os apresentam nos braços e nas pernas. - O diagnóstico é feito pelo histórico da mudança da pele, se ela aumentou de tamanho ou mudou de aparência, se alguém mais em sua família teve câncer de pele e sobre a sua exposição aos fatores de risco. - O especialista deverá também observar tamanho, forma, cor, textura da lesão, se ela sangra ou descama. Ele vai checar se há outras manchas e pintas suspeitas e verificar se há aumento dos gânglios linfáticos do pescoço, axilas, virilha, que pode indicar que o melanoma se espalhou. - A confirmação é feito através de biópsia, sempre feitas com anestesia e a opção vai depender do tamanho da lesão e de sua localização no corpo. Nos casos de suspeita de melanoma, os especialistas geralmente removem todo tumor durante a biópsia, método chamado biópsia excisional. SAIBA MAIS: - A pele é o maior órgão do corpo humano. - Ensine as crianças a protegerem-se do sol desde cedo. - 90% dos casos estão relacionados à exposição excessiva aos raios nocivos do sol (ultravioletas) e seus efeitos cumulativos. - Esteja atento a qualquer mudança na sua pele. - Protetor solar não confere proteção absoluta contra as queimaduras ou Ca de pele. - Reduza seu tempo de exposição ao sol e evite exposição solar entre 10 e 15 h. - Com protetor solar de pelo menos FPS – 15, a pessoa está protegida por 2 horas e meia. - Aplique o protetor solar 30 minutos antes de se expor, é preciso tempo para que o filtro comece a agir. - Reaplique o protetor solar quando você permanecer mais de 2 horas ao sol ou quando o filtro for retirado por contato com a água, suor etc. Existem também produtos à prova d água. - Para quem trabalho ao sol cubra-se: use calças, camisas de manga comprida, chapéu de aba larga e óculos escuros de boa qualidade com proteção ultravioleta (UV). - Mesmo nos dias nublados (mormaço), sob a água ou através do vidro nos carros com a janela fechada a radiação solar está presente. - Proteja as orelhas, lábios, pescoço, dorso das mãos e dos pés e onde o cabelo está rarefeito. - Procure um departamento especializado em oncogenética ou oncologia cutânea se: - Você já teve melanoma - Se mais de uma pessoa de um lado da sua família tive melanoma - Você teve melanoma quando jovem - Você tem um tipo de pinta chamada nevus displásico ou atípico - As neoplasias cutâneas estão relacionadas a alguns fatores de risco, como o químico (arsênico), a radiação ionizante, processo irritativo crônico e outros. - Descoberto em seus estágios iniciais, o melanoma é quase sempre curável. - Uma pinta sem suspeita de malignidade é geralmente marrom ou preta, de coloração uniforme, chata ou levemente elevada em relação ao restante da pele. Nem todas as mudanças na pele são produto de um câncer, mas sempre é conveniente consultar o médico dermatologista. Dispepsia Dispepsia Também conhecida como indigestão, é uma síndrome caracterizada por sintomas que possuem relação com o aparelho digestivo alto, sendo uma manifestação de diferentes enfermidades, principalmente das doenças pépticas. Podemos destacar a gastrite e a úlcera péptica, durante a gastrite o estômago fica inflamado através do consumo de álcool, de medicamentos e até mesmo causado pela presença da bactéria H pylori. Já úlcera péptica ocorre devido à ação do ácido clorídrico na parede dos órgãos. Além disto, o estresse e o hábito de fumar são também fatores a serem levados em conta para o surgimento de dispepsia. Pode ser dividida em: - Dispepsia funcional é aquela na qual os sintomas não possuem relação com enfermidades de base orgânica. - Dispepsia orgânica é a que possui sinais vinculados a uma doença orgânica. - Dispepsia não diagnosticada é a que possui os sintomas ainda não investigados. A indigestão pode ser causada por excesso de álcool; alimentos condimentados e gordurosos; comer em excesso e muito rápido; estresse emocional ou nervosismo; alimentos com alto teor de fibras; tabagismo; excesso de cafeína; cálculos biliares; pancreatite, úlceras e pelo uso de certas drogas, como antibióticos, aspirina e drogas antiinflamatórias não esteroides. A dispepsia acomete mais de 25% da população dos países desenvolvidos, é diagnosticada em 10% da população dos EUA a cada ano, sendo mais comum em mulheres dos 16 a 60 anos e nos homens acima de 40 anos de idade. Sinais e Sintomas: - Queimação e dor no estômago; - Náuseas; - Plenitude gástrica após as refeições; - Sensação de que o estômago está distendido; - Azia; - Má digestão; - Excessos de arrotos; - Saciação precoce. O diagnóstico é feito pelo médico após realizar um cuidadoso exame físico com a finalidade de detectar sinais e sintomas de uma dispepsia. A história clínica do paciente também pode ajudar por este motivo uma conversa e o estudo de exames anteriores pode ser algo positivo. Pode solicitar um exame de fezes para fazer uma pesquisa de verminoses, a endoscopia digestiva com biópsia e ultrassonografia abdominal, para que outros órgãos possam ser avaliados, como o pâncreas e a vesícula biliar. SAIBA MAIS: - 15% das pessoas buscam atenção médica no prazo de 3 meses de início dos sintomas. - Os sintomas envolvidos são geralmente dores epigástricas e desconforto pós-prandial. - A dor epigástrica é uma sensação desagradável proveniente de lesão tecidual. - O desconforto pós-prandial é uma sensação estranha e parece que a comida ainda está no estômago mesmo após longos períodos. - Doenças que não estão relacionadas com o estômago podem provocar a dispepsia, como a síndrome do intestino irritável. - Mudar seus hábitos alimentares pode aliviar os sintomas. - Tenha tempo suficiente para as refeições. - Mastigue a comida com cuidado e completamente. - Evite discussões durante as refeições. - Evite excitação ou exercício logo após uma refeição. - Um ambiente calmo e descanso podem ajudar a aliviar a indigestão relacionada ao estresse. - Evite aspirina e outros antinlamatórios e se tiver que tomá-los, faça-o com o estômago cheio. - Uma vez que a indigestão pode ser um sinal de uma doença mais séria, pessoas devem ir ao médico se tiverem: vômito; perda de peso ou de apetite; sangue no vômito ou na evacuação; dor severa no abdômen superior direito; desconforto não relacionado a comer; indigestão acompanhada por falta de ar, suor, ou dor radiando para o maxilar, pescoço ou braço e se os sintomas de indigestão persistir por mais de duas semanas. O tratamento costuma ser efetivo e rápido, procure um médico gastroenterologista diante dos sinais clássicos. Pancreatite Aguda Pancreatite Aguda Inflamação e inchaço agudo do pâncreas, uma glândula grande que produz enzimas digestivas no intestino através do tubo pancreático, sendo que estas ajudam a digerir gorduras, proteínas e carboidratos dos alimentos. Geralmente essas enzimas digestivas não ficam ativas até alcançarem o intestino, onde começam a digerir o alimento, mas se elas ficarem ativas dentro do pâncreas começa a “digeri-lo”. A Pancreatite Aguda acontece derrepente e dura um curto período de tempo em que geralmente é resolvida, enquanto a Pancreatite Crônica não se resolve por si mesma e resulta da destruição lenta do pâncreas. Ambas as formas podem causar complicações severas como sangramento, danificação de tecido e infecção e, além disso, enzimas e toxinas podem entrar na corrente sangüínea, danificando o coração, pulmões, rins e outros órgãos. Acomete mais o sexo masculino e geralmente é causada por cálculo biliar ou muita ingestão de álcool (70% dos casos nos EUA), em alguns casos, a genética pode ser um fator. Outras condições associadas à pancreatite são: problemas autoimunes; bloqueio do duto pancreático ou do duto biliar comum; danos aos dutos ou ao pâncreas durante cirurgia; altos níveis no sangue de triglicerídeos; lesão no pâncreas por acidente; uso de determinados medicamentos (especialmente estrógenos, corticosteroides, diuréticos de tiazida e azatioprina); hiperparatireoidismo; infecções virais, inclusive caxumba, coxsackie B, pneumonia por micoplasma e campylobacter. Sinais e Sintomas: - O sintoma principal da pancreatite é dor abdominal sentida no lado esquerdo superior ou no centro do abdome. - Febre, - Náuseas, - Vomitos, - Sudorese, - Fezes com cor de argila, - Gazes, - Soluços, - Indigestão, - Amarelamento brando da pele e da parte branca dos olhos, - Erupção ou lesão na pele, - Abdome inchado. O médico realizará um histórico e exame físico minucioso no abdomen, testes laboratoriais que mostram a liberação de enzimas pancreáticas estão com alto nível de amilase no sangue, alto nível de lipase sérica no sangue e alto nível de amilase na urina. Poderá pedir ainda Ultrassom abdominal, Tomografia computadorizada abdominal e Ressonância magnética abdominal. SAIBA MAIS: - O pâncreas libera os hormônios insulina e glucagon na corrente sangüínea, que ajudam o corpo a usar glicose que obtém da comida em energia. - Algumas pessoas têm mais de um ataque de pancreatite aguda e recuperam-se completamente depois de cada um. Porém, pancreatite aguda pode ser uma doença grave com muitas complicações para o resto da vida. - Pode piorar minutos após comer ou beber, especialmente no caso de alimentos com altas quantidades de gordura, tornando-se constante e mais grave durante vários dias. - Também pode piorar ao deitar-se de costas. - Às vezes se irradia para as costas ou abaixo da escápula do ombro esquerdo. - O tratamento depende da gravidade do ataque de pancreatite aguda; se não ocorrer nenhuma complicação aos rins e pulmões, a pancreatite aguda geralmente melhora por si mesma. - Outras causas incluem: complicações da fibrose cística, Síndrome hemolítico-urêmica (SHU), Doença de Kawasaki e Síndrome de Reye. Prevenção: - Você pode reduzir o risco de episódios novos ou repetidos de pancreatite adotando as seguintes medidas: - Evite aspirina ao tratar de uma febre em crianças, especialmente se elas puderem ter uma doença viral, para reduzir o risco de síndrome de Reye. - Não beba álcool demais. - Certifique-se de que as crianças recebam vacinas para protegê-las contra caxumba e outras doenças da infância. Procure seu médico imediatamente ao apresentar os sintomas.