Estudo de genotoxidade por ensaio do Micronúcleo em eritrócitos

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51º Congresso Brasileiro de Genética
Resumos do 51º Congresso Brasileiro de Genética • 7 a 10 de setembro de 2005
Hotel Monte Real • Águas de Lindóia • São Paulo • Brasil
www.sbg.org.br - ISBN 85-89109-05-4
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Palavras-chave: Micronúcleo em peixes, Oreochromis niloticus, Parque Metropolitano de Pituaçu
Mourão, RSN1,2, Moreira, LMA1
1
Laboratório de Citogenética, Genética Humana e Genética de Populações da Universidade Federal da Bahia – Instituto de Biologia
da Universidade Federal da Bahia (BA); 2 Universidade Católica do Salvador (BA).
Estudo de genotoxidade por ensaio
do Micronúcleo em eritrócitos de
Oreochromis niloticus (Linnaeus, 1758)
(Chordata; Pisces) na Lagoa do Parque
Metropolitano de Pituaçu, Salvador-Bahia
O Teste do Micronúcleo é o ensaio in vivo mais amplamente utilizado para a detecção de agentes clastogênicos
(que quebram cromossomos), e de agentes aneugênicos (que induzem aneuploidia ou segregação cromossômica
anormal). A análise do micronúcleo em peixes vem sendo crescentemente utilizada no biomonitoramento
de mananciais, pois constitui um indicador de danos genéticos associados à poluição. A exemplo de Brasília,
onde os efeitos da contaminação por agrotóxicos foram estudados com o sistema-teste MN em peixes
(GRISOLIA e STARLING, 2001), esta técnica tem sido utilizada em outros estados do país, não tendo sido
ainda implementada no Estado da Bahia. O seu uso pode constituir uma forma inovadora e de baixo custo
para o monitoramento da qualidade de água e por isso, este projeto propõe aplicá-la no estudo da Lagoa de
Pituaçu. A tilápia nilótica (Oreochromis niloticus) é uma espécie de peixe herbívoro que foi introduzido no Brasil
em 1971 e é considerado um organismo sentinela nos estudos de toxicologia genética (GRISOLIA, 2001). De
acordo com o Parecer Técnico do Ministério Público sobre a ecotoxicologia da Lagoa do Parque Metropolitano
de Pituaçu em 2003, as análises de microcistinas realizadas a partir de janeiro de 2003, mostram resultados que
levam à proibição total de qualquer contato primário, ou de consumo da água e de peixes da Lagoa de Pituaçu.
Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência do ensaio do micronúcleo em eritrócitos de peixes como
biomarcador de genotoxidade, na Lagoa do Parque Metropolitano de Pituaçu. Para cada avaliação foram tomados
10 exemplares de tilápias, coletados na Lagoa do Parque Metropolitano de Pituaçu, nas quatro estações do ano.
Foram obtidos esfregaços de eritrócitos por punção nas brânquias, com seringa heparinizada de 1ml e posterior
gotejamento em lâmina de microcóspio, sem sacrifício dos animais. As lâminas foram secas ao ar por 24h e
então fixadas em solução de metanol a 70% em tampão fosfato pH 6,8 (Sorensen), por 7 minutos e em seguida
coradas com Giemsa 1:20 no tampão Sorensen (SCHIMIDT, 1975). A análise e classificação dos micronúcleos
e anormalidades nucleares seguiram os critérios de Çavas & Ergene-Gözükara (2003). De cada peixe foram
analisados 3000 eritrócitos bem evidentes e sem sobreposição, 1000 por lâmina, em microscópio com lente
de imersão (100X). Foram calculados as médias e desvios padrões, assim como, preparados tabelas e gráficos.
Os dados obtidos foram agrupados e submetidos a análises estatísticas do teste “t”, realizadas no programa
GraphPad. O nível de significância escolhido para todas as comparações foi o de 5 %. Em regiões antropizadas
tais como o PMP torna-se fundamental a ampliação de todas as informações possíveis dos ecossistemas, uma
vez que sua conservação e manejo dependem do conhecimento e monitoramento.
Apoio financeiro: FAPESB.
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