Fisiologia de plantas forrageiras

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27/09/2013
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias
DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA
Aula 3
Fisiologia de plantas forrageiras
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Os fracassos quanto à persistência de plantas forrageiras são,
possivelmente, devido à não observância do comportamento fisiológico
das espécies em uso.
Fisiologia de plantas forrageiras
FOTOSSÍNTESE
Crescimento das plantas
Processo no qual plantas oxidam a água e reduzem o CO2 para
formar compostos orgânicos, como os carboidratos, usando a
energia proveniente da luz.
•
É condicionado à obtenção de energia da
radiação solar, por meio da interceptação e
utilização no processo de fotossíntese.
• Principal meio fisiológico de da planta
garantir sua perenidade
• Onde ocorre:
Folha  Mesófilo  Cloroplasto  Clorofila
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Fisiologia de plantas forrageiras
Fisiologia de plantas forrageiras
FOTOSSÍNTESE
FOTOSSÍNTESE
• Equação geral:
Corte transversal
epiderme
células
fotossintetizadoras
epiderme
6 CO2 + 12 H2O
luz
cloroplasto
CO2
luz
cloroplasto
estroma
tilacóide
interior do
tilacóide
C6H12O6 + 6 H2O + 6 O2
H2 O
O2
• Três processos interdependentes:
• Processo
DIFUSO
• Processo
FOTOQUÍMICO
• Processo
BIOQUÍMICO
CO2
H2 O
clorofila
ATP
fluxo de
elétrons
no
tilacóide
ADP + Pi
NADPH2
tilacóide
NADP +
CH2 O
fase de escuro
(no estroma)
fase de claro
(nos tilacóides)
Folha  Mesófilo  Cloroplasto  Clorofila
ciclo das pentoses
(Calvin-Benson)
no estroma
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glicose
Fisiologia de plantas forrageiras
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Fisiologia de plantas forrageiras
FOTOSSÍNTESE
FOTOSSÍNTESE
1. Processo difuso:
2. Processo fotoquímico:
Resumo
• Transporte de CO2 do ar até os centros de carboxilação no cloroplasto
• Resistência → ar, estômato, cutícula, espaço intercelular e mesófilo
Radiação
fotossinteticamente
ativa
(45 %)
Radiação solar
(100 %)
400-700 nm
fóton
Liberação de elétrons e prótons
NADP+
Clorofilas em estado excitado
H+
Força motriz
Energia para o centro de reação
NADPH
ADP + Pi = ATP
OXIDAÇÃO DA ÁGUA
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Fisiologia de plantas forrageiras
FOTOSSÍNTESE
2. Processo fotoquímico:
• Radiação fotossinteticamente ativa
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Fisiologia de plantas forrageiras
FOTOSSÍNTESE
2. Processo fotoquímico:
• A luz é formada por fótons que é absorvida pelos pigmentos: CLOROFILA
• Pigmentos estão nos cloroplastos
• Clorofila fica em estado excitado
• Funcionam como complexo antena:
Coletando luz e transferindo a
energia para o complexo dos
centros de reação
A clorofila absorve mais os comprimentos de onda vermelho e violeta, e o
que não é absorvido, verde e amarelo, é refletido.
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Reações químicas de oxidação da água
Clorofila
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Fisiologia de plantas forrageiras
Fisiologia de plantas forrageiras
FOTOSSÍNTESE
FOTOSSÍNTESE
2. Processo fotoquímico:
• FSI e FSII operam em série
tilacóide
estroma
carboidratos
ADP + Pi
reações
da fase
de escuro
ATP
3. Processo bioquímico:
NADP
• O CO2 é fixado e reduzido a carboidratos
• Existem 3 rotas:
reações
da fase
de claro
NADPH2
CO2
• Ciclo de Calvin-Benson ou Ciclo C3
O2
H2 O
• Ciclo Hatch-Slack ou Ciclo C4
• Produção de NADPH e ATP
• Metabolismo Ácido das Crassuláceas
• Ciclo de Calvin
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Fisiologia de plantas forrageiras
Anatomia da folha C3
FOTOSSÍNTESE
3. Processo bioquímico:
Células do
mesófilo
Células da bainha
do feixe vascular
• Ciclo de Calvin-Benson ou Ciclo C3
• Leguminosas e gramíneas temperada
• Ocorre no mesófilo
• A fixação do CO2 ocorre
Rubisco
inicialmente pela Rubisco
RuBP (5 C)
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Fisiologia de plantas forrageiras
FOTOSSÍNTESE
Anatomia da folha C4
(anatomia de KRANZ)
Células do mesófilo/
Bainha parenquimática
3. Processo bioquímico:
• Ciclo de Hatch-Slack ou Ciclo C4
• Gramíneas tropicais, milho, cana
• Anatomia Kranz
Tecidos vasculares são rodeados
• Anel interno de células da bainha
do feixe vascular
• Anel externo de células do mesófilo
Células da bainha do feixe
vascular
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Fisiologia de plantas forrageiras
Diferenças entre plantas C3 e C4
FOTOSSÍNTESE
3. Processo bioquímico:
PEPcase
• Plantas
C3
Ciclo de Hatch-Slack ou Ciclo C4
• Melhor qualidade em termos de digestibilidade, consumo e teor de PB
• A fixação do CO2 ocorre nas células do
• Maior degradação ruminal
mesófilo e depois é transportado para a
• Tecidos rapidamente digeridos na lâmina foliar:
bainha do feixe vascular (BVF) :
• C3: 80 a 85% do total de tecidos
• C4: 30 a 35% do total de tecidos
CO2 + H2O  HCO3- + H+
PEPcase
Células do
mesófilo
OXALOACETATATO
• Malato é transportado para a BVF
Células da
bainha
onde o CO2 é liberado e fixado pela
Proporção de Tecidos em relação
Rubisco
ao seu potencial de digestão
• Semelhante ao Ciclo C3
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Fisiologia de plantas forrageiras
Fisiologia de plantas forrageiras
Diferenças entre plantas C3 e C4
• Plantas
Diferenças entre plantas C3 e C4
• Plantas
C3
C3
• Parede celular mais fina e maior conteúdo no mesófilo
• Valores médios de PB e digestibilidade de espécies forrageiras
Plantas C3
C3
C4 e
C3
Espécies
Digestibilidade
(% da MS)
Teor de PB
(% da MS)
Gramíneas de clima
temperado
67
11,7
Leguminosas de
clima temperado
61
17,5
Gramíneas de clima
tropical
54
9,2
Leguminosas de
clima tropical
57
16,5
Células epidérmicas com
paredes de superfície lisa:
junção FRACA
Nas lâminas os espaços
intercelulares representam de
10 a 35% da área do mesófilo.
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Fonte: Minson (1990)
Plantas C4
Células epidérmicas com
paredes de contorno sinuoso:
junção FORTE
Nas lâminas os espaços
intercelulares representam de
3 a 12% da área do mesófilo.
Permite aos microrganismos ruminais rápido acesso às PC das células
Akin (1976)
Fisiologia de plantas forrageiras
Fisiologia de plantas forrageiras
Diferenças entre plantas C3 e C4
• Plantas
Diferenças entre plantas C3 e C4
• As
plantas C3 São favorecidas pela combinação de ambientes
com baixa temperatura e elevado sombreamento (exceção às
leguminosas tropicais)
C3
• Parede celular mais fina e maior conteúdo no mesófilo
TVL (Tecido vascular lignificado)
BPF(Bainha parenquimática dos feixes)
ESC (Esclerênquima)
EPI(Epiderme)
•Por outro lado, As gramíneas C4 são
favorecidas em ambientes com as
combinações de temperatura alta, muita
luz e seco.
MES (Mesófilo)
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Fisiologia de plantas forrageiras
Fisiologia de plantas forrageiras
Diferenças entre plantas C3 e C4
Diferenças entre plantas C3 e C4
• Plantas
• Plantas
C4
C4
• A anatomia foliar da planta C4 pode ter consequências no VN:
• Maior eficiência fotossintética: mais produtiva em termos de MS
Relação: MORFOLOGIA x CONTEÚDO DE PB DA PLANTA
• Porém, a qualidade é inferior.
As lâminas foliares mais compridas das gramíneas tropicais requerem forte
estrutura de suporte (nervura central) para manter o crescimento ereto, e o
suporte é promovido pelo esclerênquima e tecido vascular associados que
são altamente lignificados.
Jovem
Outono
Idade avançada
Verão
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Paciullo (2000)
Fisiologia de plantas forrageiras
Fisiologia de plantas forrageiras
Diferenças entre plantas C3 e C4
• Plantas
Diferenças entre plantas C3 e C4
• Plantas
C4
C4
• São mais eficientes na utilização do N porque não precisam de grandes
• Utilizam uma via metabólica suplementar na fixação do CO 2 antes de
quantidades de Rubisco
ceder ao Ciclo de Calvin
• Rubisco: enzima que mais utiliza N nos tecidos foliares que são
• São plantas de clima quente: PEPcase
produzidas apenas nos cloroplastos das
trabalha bem em temp. acima de 30oC
células da BVF e não no mesófilo
• Vantagem em locais secos: fecham os
• A fotossíntese em plantas C4 é mais
estômatos nas horas mais quentes do dia
eficiente em condições de maior
e economizam CO2 e H2O
temperatura que as plantas C3
Plantas C4 são favorecidas em ambientes
com elevada temperatura e luminosidade
e seco.
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Fisiologia de plantas forrageiras
Fisiologia de plantas forrageiras
Diferenças entre plantas C3 e C4
• Anatomia
Diferenças entre plantas C3 e C4
• Anatomia
foliar Plantas C3 e Plantas C4
• Composto por 2 tipos de tecido:
• Mesófilo
• Bainha do feixe vascular
foliar Plantas C3 e Plantas C4
PLANTAS C3
PLANTAS C4
O mesófilo é ‘solto’ em espaços de ar
e a bainha do feixe vascular não tem
cloroplasto. De forma que a
fotossíntese ocorre no mesófilo
As células do mesófilo são presas
sem espaço de ar. Em volta das
células da BFV contém cloroplastos
onde ocorre a fotossíntese (não é no mesófilo)
Células da bainha
do feixe vascular
Células do mesófilo
Células do mesófilo
Células da BVF
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Fisiologia de plantas forrageiras
Fisiologia de plantas forrageiras
Diferenças entre plantas C3 e C4
• Anatomia
Diferenças entre plantas C3 e C4
• Anatomia
foliar Plantas C3 e Plantas C4
C3 as células da BFV formam apenas
uma bainha parcial, em volta do feixe
foliar Plantas C3 e Plantas C4
• A alta frequência de feixes vasculares associados e a espessura da
parede das células do feixe vascular ao redor de cada vaso, são
essenciais para o funcionamento do sistema em plantas C4
vascular. Apenas as células do
mesófilo, arranjadas radialmente estão
em contato com a bainha do feixe.
Aumentando o conteúdo de fibra da lâmina
foliar, com consequência redução na % de N
deste componente.
C4 os feixes vasculares são grandes e
rodeados pela BFV
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PARÂMETRO
FOTOSSÍNTESE C3
FOTOSSÍNTESE C4
Presente – 25-30% do
valor da fotossíntese
Presente – não
mensurável
Ácido3-fosfoglicérico
Alto (50-150 ppm CO2)
Ausência da bainha
vascular; qdo presente não
tem cloroplasto
RUDP-carboxilase
Ácido oxaloacético
Baixo (0-10 ppm CO2)
Diferenciação de célula do
mesófilo. Bainha vascular
contendo cloroplasto
PEP-carboxilase
Efeito do oxigênio sobre a
fotossíntese
Inibição
Sem efeito
Relação CO2:ATP:NADPH
Fotossíntese x Int.luz
1: 3: 2
Satura em comprimento
luz solar máxima
1: 5: 2
Não atinge a saturação
com o aumento da int. luz
~ 25C
~35C
Tx. Fotossíntese liq. em
condição de saturação luz
15-35 mg CO2 dm2 h-1
40-80 mg CO2 dm2 h-1
Consumo de água para
prod. MS
450-1000g H2O g peso
seco
250-350g H2O g peso
seco
6,5-7,5 g peso seco
3,0-4,5 g peso seco
Fotorrespiração
Primeiro produto estável
Ponto de compensação
Anatomia foliar
Enzima primária de
carboxilação
Temperatura ótima para
fotossíntese
Teor de N foliar para
fotossíntese máxima
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CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS DAS FORRAGEIRAS
Digestão dos tecidos
Digestão relativa
Tipos
de forrageiras
Rápida
Lenta a parcial
Não digestível
Folhas
de gramíneas
Tropicais C4
Mesofilo
Floema
Epiderme
Bainha
parenq. dos feixes
Xilema
Bainha
interna dos feixes
Folhas
de gramíneas
Temperadas C3
Mesofilo
Floema
Epiderme
Bainha
parenq. dos
feixes*
Bainha
parenq. dos feixes *
Xilema
Bainha
interna dos feixes
Colmos
de gramíneas
Floema
Parênquima
(imaturo)
Parênquima
(meia idade)
Folíolos
de leguminosas
Mesofilo
Colmos
Parênquima
Esclerênquima
Epiderme
Anel
esclerenquimático
Tecido
vascular
Parênquima
Xilema
*dependendo da espécie e condição de crescimento
Fonte: (AKIN, 1989)
Fisiologia de plantas forrageiras
Fatores que interferem na taxa fotossintética
C3
X
C4
• Fatores ambientais
• Luz, temperatura, umidade do solo e
• Fatores relacionados a planta:
1. REGIÕES DE CRESCIMENTO
• Meristema apical
• Gemas laterais ou gemas axilares, e gemas basais
• Meristema intercalar
2. PERFILHAMENTO
• Quanto a formação e emergência
• Quanto à duração
• Recuperação após o corte/pastejo
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