DISPOSITIVOS DE SECCIONAMENTO E PROTEÇÃO 3-DISJUNTORES Os disjuntores são, simultaneamente, dispositivos de proteção e de manobra, e exercem, a princípio, três funções básicas: a)-promovem a proteção elétrica de um circuito, por meio da detecção de sobrecorrentes e/ou curto-circuito e a consequente abertura do circuito. b)-permitem comandar, por meio da abertura ou do fechamento voluntário, sob carga, circuitos ou equipamentos. c)-promovem o seccionamento de um circuito na medida em que, ao abrir um circuito, asseguram isolamento adequado. A instalação de disjuntor é uma questão de segurança e, portanto, deve ser levada muito a sério nas instalações. Dimensionar corretamente um disjuntor é muito mais que simplesmente saber qual a corrente do equipamento, circuito ou instalação ao qual se quer proteger. É preciso saber exatamente qual tipo de carga será instalada. 3.1-NÍVEIS DE PROTEÇÃO Os disjuntores possuem, em geral, pelo menos dois níveis de proteção em relação às correntes: a)-proteção contra correntes de sobrecarga. b)- proteção contra correntes de curto-circuito. Os disjuntores de baixa tensão mais comuns operam com disparadores térmicos e eletromagnéticos; são os disjuntores termomagnéticos. A atuação do disparador térmico é normalmente devida a presença de sobrecorrentes (correntes de sobrecarga). Por sua vez, a atuação do disparador magnético ocorre em correntes superiores às correntes de sobrecarga, em geral correntes de curto-circuito. 3.2-CURVAS DE DISJUNTORES Para cada tipo de carga foi estipulado uma curva de ruptura para os disjuntores e essas curvas foram separadas em categorias. A curva de ruptura do disjuntor apresenta o tempo que o disjuntor suporta uma corrente acima da corrente nominal. Quando se tem um equipamento de elevada sensibilidade é necessário que, quando a corrente ultrapassar o limite aceitável de operação, a interrupção do circuito seja rápida, para que o equipamento não seja danificado. Por outro lado, na partida de um motor, por exemplo, para que este saia do estado de inércia e chegue a sua velocidade máxima, uma grande corrente é necessária no instante da partida, muitas vezes maior do que a corrente exigida por este mesmo motor quando estiver em velocidade plena. Nestes casos o disjuntor tem que suportar a corrente alta durante um período de tempo maior. Além do período de tempo, as curvas de ruptura estipulam o quanto maior essas correntes podem ser em relação às correntes nominais. A figura abaixo apresenta as faixas de atuação de disjuntores, conforme a norma NBR NM 60898. Curva B: A curva de ruptura B para um disjuntor estipula que sua corrente de ruptura está compreendida entre 3 e 5 vezes a corrente nominal. Um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 30A a 50A. Os disjuntores de curva B são utilizados em redes de baixa intensidade (baixa demanda de corrente em caso de curto-circuito), como instalações elétricas residenciais, tomadas, equipamentos domésticos, chuveiro, entre outros. Curva C: A curva de ruptura C para um disjuntor estipula que sua corrente de ruptura está compreendida entre 5 e 10 vezes a corrente nominal. Um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 50A a 100A. Os disjuntores de curva C são utilizados em redes de média intensidade (média demanda de corrente em caso de curto circuito), como ligação de bobinas, motores, sistemas de comando, entre outros. Curva D: A curva de ruptura D para um disjuntor, estipula que sua corrente de ruptura está compreendida entre 10 e 20 vezes a corrente nominal. Um disjuntor de 10A nesta curva deve operar quando sua corrente atingir entre 100A a 200A. Os disjuntores de curva D são utilizados em redes de alta intensidade (alta demanda de corrente em caso de curto circuito), transformadores de grande porte, por exemplo.