Pedra por Pedra - Universidade de Brasília

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A tradução como projeto e
experiência
Os autores e dramaturgos dos países africanos
independentes, ex-colônias francesas e inglesas, se apropriaram da língua do ex-colono
e traduziram suas culturas. Assim, ouvindo o
francês de “À petites pierres”, escutamos ecos
de outra língua, de outras visões de mundos.
Nos deslocamos no que se deixa apreender
como língua francesa. A tradução que propomos busca provocar esse deslocamento na
nossa língua, estranhá-la para sentir o eco de
outra língua, de outro olhar. Optamos por não
adaptar a poética particular da escrita de Gustave Akapo. Esperamos que, mesmo causando
estranhamento, a tradução proporcione uma
experiência da alteridade, e a alteridade altera.
A música
Existe uma característica importante a respeito da arte, é que ela, além de
interdisciplinar, é plurissignificativa. Se é
interdisciplinar, dialo-ga com outros
conhecimentos além do seu próprio, e se é
plurissignificativa, pode nos trazer diversos
significados em diversos níveis de discurso. Há
muito Artes Plásticas, Artes Cênicas e as Artes
Musicais estiveram juntas como uma maneira
de se complementarem em significados, de
forma que se pudesse abranger uma expressão
mais forte, mais estruturada, e essa é a
importância da música para as outras artes, ela
é capaz de acrescentar sensações musicais
sensíveis tanto em relação ao efeito plástico
quanto ao cênico, enriquecendo assim,
qualquer que seja a arte expressada junto com
ela. Foi esta a proposta para a criação da
música na apresentação do grupo “Na classe e
em cena”.
Merlim Coppe
Programação
03/11/2014 - Cerimônia de Abertura
Local: Anf. 09 ICC Sul - UnB
14h30min - Mesa de abertura
15h
- Apresentação teatral
16h
- Mesa de depoimentos
17h30min - Encerramento
04 a 06/11/2014 - Apresentação de Pôsteres
Local: Centro Comunitário Athos Bulcão
12/11/2014 - Cerimônia de Premiação
Local: Anf. 09 ICC Sul - UnB
Programação completa e maiores informações:
http://www.unb.br/administracao/decanatos/
dpp/dific/congressoic2014.html
Conhecimento
para uma cultura de
PAZ
20ºCongresso de Iniciação Científica da UnB
11ºCongresso de Iniciação Científica do DF
Cerimônia de Abertura
Peça de Teatro
Pedra por Pedra
En classe et en scène
Data: 3 de novembro de 2014
(segunda-feira) às 14h30
Local: Anf. 9 ICC Sul - UnB
A Peça
A peça é baseada na história verídica, ocorrida
em 2002, de Amina Lawal, nigeriana
condenada pela Justiça do seu país a ser
apedrejada até a morte, por ter tido uma filha
fora do casamento.
Gustave Akakpo inspirado no fato real
escreveu uma farsa, na qual, em um vilarejo da
África, uma moça ingênua sucumbe às
investidas de um rapaz recém chegado ao seu
local de origem depois de fazer seus estudos na
Europa. O pai da moça descobre o adultério, já
que a jovem está prometida a outro rapaz, e ela
é condenada ao apedrejamento. Juntando o
ambiente de paródia com a crítica social e de
costumes, Gustave Akakpo faz um texto no
qual se misturam as questões de gênero, as
representações dos papéis do homem e da
mulher, da África e da Europa e do poder da
tradição. Dentro da temática deste ano do
Congresso de I.C. “Conhecimento para uma
cultura de paz” o grupo traz a sua contribuição
para uma reflexão sobre o papel da linguagem,
das línguas e da arte para a construção de uma
cultura de paz, por uma crítica bem-humorada
a um evento trágico que tem seu eco nas
violências quotidianas sofridas pelo mundo.
O autor
Gustave Akakpo nasceu em 1974 em Aneho
(Togo), é dramaturgo, ilustrador, contador de
histórias e ator. Recebeu em 1999 o primeiro
prêmio júnior “Plumas togolesas” no Festival
da Fraternidade, organizado em Lomé, no Togo.
Participou de várias residências de escrita no
Togo, na França, na Bélgica e na Síria. Recebeu o
prêmio de escrita teatral em 2006 por sua peça
“À petites pierres” que já foi montada em Paris
nos anos de 2011, 2013 e 2014, na região de
Limousin na França e em Brasília, no ano de
2013 e 2014, pelos componentes do grupo “Na
classe e em cena”. Gustave Akakpo esteve no
Brasil no ano de 2011 por ocasião da
apresentação da peça “Catharsis”, também
encenada sob a coordenação da profa. Maria da
Glória Magalhães dos Reis.
Elenco
Moça: Maria Luanny Tayllon
Rapaz: Danilo de Sousa (PIBIC 2013-2014 e
2014-2015)
Pai: Aline Bastos
Ex-futuro-sogro: Vinicius Guarilha
Ex-futuro-noivo: Igor Ferreira
Irmã: Íslia Vaz (PIBIC 2012-2013 – Prêmio
melhor trabalho da sessão e 2013-2014 – dois
artigos publicados)
Música: Merlim Coppe e Vinicius Campos
Coordenadora do projeto: Glória Magalhães
Direção : Glória Magalhães e Jérémy Lievens
Equipe de tradução
Coordenação: Profa. Dra. Alice Maria de Araújo
Fe r r e i r a ( p r o f e s s o r a d e t r a d u ç ã o d o
Departamento de Línguas Estrangeiras e
Tradução)
Dyhorrani Beira (PIBIC 2012-2013), Jana
Araujo et Rodrigo D'Avila.
O grupo
O grupo “Na classe e em cena”, coordenado pela
professora Maria da Glória Magalhães dos Reis,
do Departamento de Línguas Estrangeiras e
Tradução, apresenta a peça “Pedra por pedra” do
dramaturgo togolês Gustave Akakpo.
O texto, do original em francês “À petites
pierres”, foi traduzido por uma equipe de alunos
igualmente do Departamento de Línguas
Estrangeiras e Tradução, coordenada pela
professora Alice Maria de Araújo Ferreira.
O teatro como projeto de ensinoaprendizagem
A professora Glória Magalhães é originária de
São Paulo e tem formação em pedagogia pela
Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
tendo trabalhado em teatro sob a coordenação
de Antunes Filho e, atualmente atuando no
Departamento de Línguas Estrangeiras e
Tradução, desenvolve pesquisas no Programa de
Pós-Graduação em Literatura (PósLIT) e no
Programa de Pós-Graduação em Linguística
Aplicada (PPGLA) ambos do Instituto de Letras
da Universidade de Brasília. O principal objetivo
de suas pesquisas, que se propõe
interdisciplinares, é o de trabalhar com o
ensino-aprendizagem das línguas e literaturas
com base nas práticas teatrais. Esta
apresentação mostra-se então como um dos
resultados de várias pesquisas em torno das
línguas e da linguagem, propondo uma
experiência de aproximação entre uma temática
proposta por um autor togolês (em língua
francesa), de um evento que se passa na Nigéria
e sua releitura por alunos e professores do
Instituto de Letras da Universidade de Brasília.
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