Sociedade Universitária Redentor Faculdade Redentor Pós-Graduação Lato-Sensu em Saúde Coletiva CÂNCER DO COLO UTERINO: PREVENÇÃO E DIAGNÓSTICO CERVICAL CANCER: PREVENTION AND DIAGNOSIS Everton Elias Silva Enfermeiro - FaSaR Pós Graduado em Urgência e Emergência - FacRedentor Praça Henrique Penido, S/N Carijós – Belo Vale/MG Tel: (31) 9124-7865 [email protected] Gisele Simas dos Santos, M.Sc Orientadora Enfermeira – UFF Pós Graduada em Terapia Intensiva e Educação – UFJF Pós Graduada em Formação Pedagógica em Educação Profissional na Área de Saúde - ENSP/FIOCRUZ/UFF Mestre em Ciências da Saúde – UNIPLI Rodovia BR 356, Nº 25, Cidade Nova, Itaperuna-RJ, 28300-000 Tel: 32 99595254 [email protected] RESUMO A enfermagem contemporânea vem abrangendo cada vez mais conhecimento teórico-prático sobre a prevenção do câncer de colo uterino, conhecimento este, pautado em um rigor científico e um trabalho diferenciado através de ações educativas. Como o câncer uterino é uma doença de evolução lenta e progressiva com etapas definitivas, permitindo diante de um diagnóstico precoce, tratamento oportuno e cura, o presente estudo objetivou conhecer a atuação do enfermeiro do Programa Saúde da Família na prevenção e detecção precoce do câncer de colo uterino, principalmente no que concerne às atividades de educação em saúde. Tratou-se de uma pesquisa de campo, descritiva e abordagem quantitativa, referente à realização dos exames citopatológicos pelos profissionais de saúde das ESF, para detecção, prevenção e diagnóstico do câncer de colo do útero. Fizeram parte da pesquisa 23 profissionais, através da autorização do termo de consentimento livre e esclarecido e que posteriormente responderam o questionário. Observou-se que os profissionais estão graduados a quatro anos ou mais, e desses a maioria possuem especialização específica na área e trabalham na ESF a mais de quatro anos. Com relação à educação em saúde, nota-se que esta vem sendo realizada pelos profissionais de enfermagem individualmente no ato da coleta, pela falta de adesão da comunidade feminina as palestras coletivas. Dos profissionais pesquisados, relatam realizar o exame preventivo. Quanto ao protocolo/técnica, relatam seguir o protocolo proposto pelo Ministério da saúde. No período de julho de 2010 a julho de 2011 foram detectadas 125 células atípicas, 52 NIC I e 27 NIC II e NIC III neste município. Sugerem-se para uma melhor assistência desses profissionais, 2 treinamentos periódicos, capacitações constantes, e aprovação do protocolo municipal para que haja padronização nos exames preventivos. Palavras chaves: educação em saúde, câncer de colo de útero, enfermeiro, atenção primária. SUMMARY The cancer of the uterine lap is known all over the world as one of the most frequent causes of death in the feminine population: they are dear 500.000 new cases of the disease a year. Epidemic studies have been showing strong association among the infection for the human papilomavirus (HPV), disease viral sexually transmissible more common, and the cancer of uterine lap. Types of HPV of low risk are the agents causes of the genital warts, while the types of high risk are directly linked to the cancer. Recent progresses have been taking to a better understanding of like HPV it causes cancer at molecular level and of the immunological answer to the virus. In this literature revision, the prevention aspects, diagnosis and treatment of the cancer of uterus lap are discussed, such as the infection with types oncogenics of HPV, new rastreament strategies using molecular tests and other methods as adjuvants to the cytology, as well as the development of vaccines profilatics and therapeutics as an alternative in the prevention of the cervical carcinoma and their precursory lesions. Keywords: Cancer of the uterine lap; Prevention; Diagnosis; Treatment 1 INTRODUÇÃO O câncer do colo uterino é conhecido como uma das causas mais frequentes de óbito na população feminina em todo o mundo: são estimados 500.000 novos casos da doença por ano, dos quais 79% ocorrem nos países em desenvolvimento (BRASIL, 2006). O objetivo deste estudo foi analisar aspectos de prevenção e diagnóstico do câncer de colo de útero na atenção básica de saúde de um município do interior de Minas Gerais; Identificar as estratégias para a prevenção e detecção precoce do câncer de colo uterino; Verificar a assistência de enfermagem prestada a paciente em relação ao exame citopatológico; Correlacionar as atitudes dos profissionais de saúde com o protocolo proposto pelo ministério da saúde. No Brasil, a estimativa em 2006 foi de 19.260 novos casos de câncer do colo do útero. Sem considerar os tumores de pele não-melanomas, sendo o câncer do colo uterino o mais incidente na região Norte, o segundo tumor mais incidente nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste e o terceiro mais freqüente na região Sudeste (INCA, 2006). 3 Estudos epidemiológicos têm mostrado forte associação entre a infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e o câncer do colo uterino. O HPV está implicado em 99,7% dos casos de carcinoma cervical no mundo, podendo ser diagnosticado precocemente pelo exame citopatológico (INCA, 2006). Tipos de HPV de baixo risco são os agentes causadores das verrugas genitais, enquanto que os tipos de alto risco estão diretamente ligados ao câncer. Mais de 200 tipos de HPV foram identificados através da análise da sequência de DNA, e 85 genótipos do HPV foram bem caracterizados até agora. Estes diferentes tipos virais variam no seu tropismo tecidual, associações com diferentes lesões e potencial oncogênico (LIMA; GEBRIM e OLIVEIRA, 2005). Cerca de 35 tipos diferentes de HPV infectam o trato genital, e, pelo menos, 20 desses estão associados ao câncer de colo do útero (BRASIL, 2006). Os HPVs genitais podem infectar o epitélio escamoso e as membranas mucosas da cérvice, da vagina, da vulva, do pênis e da região perianal, podendo induzir ao aparecimento de verrugas anogenitais (condiloma acuminado), lesões intra-epiteliais escamosas pré-cancerosas ou cânceres (SILVA FILHO e LONGATTO FILHO, 2006). Dentre todos os tipos de cânceres, o câncer do colo do útero é o que apresenta um dos mais altos potenciais de prevenção e cura, chegando perto de 100%, quando diagnosticado precocemente. Seu pico de incidência situa-se entre 40 e 60 anos de idade e apenas uma pequena porcentagem ocorre abaixo dos 30 anos (INCA, 2006). O câncer de colo uterino ainda é um problema de saúde pública nos países em desenvolvimento, pois apresenta altas taxas de prevalência e mortalidade em mulheres de nível social e econômico baixo e em fase produtiva de suas vidas. Essas mulheres, uma vez doentes, ocupam leitos hospitalares, o que compromete seu papel no mercado de trabalho, privando-as do convívio familiar e acarretando um prejuízo social considerável. Esse quadro pode ser prevenido ou diagnosticado precocemente através do exame citopatológico de Papanicolau, que tem sido recomendado como método de rastreamento de grandes populações, a fim de detectar lesões pré-malignas e malignas (KURMAN e SOLOMON, 2003). Embora o exame citopatológico seja reconhecido como a razão primária para a drástica redução do câncer cervical, ele apresenta limitações com relação à 4 sensibilidade para a detecção das lesões pré-malignas. Além disso, a grande maioria das infecções por HPV genital é assintomática e autolimitada (SOLOMON e NAYAR , 2005). Somente 10 a 20% das mulheres HPV-positivas apresentam anormalidades citológicas. Atualmente, existe grande preocupação com a melhoria do diagnóstico das infecções por HPV, visto que, em países em desenvolvimento, a triagem citológica vem falhando em promover a redução na incidência de câncer cervical (COLLAÇO, 2006). Considerando as evidências do aumento de casos da doença no Brasil, e por essa ser uma das patologias que atualmente mais se leva o óbito, chama a atenção para o rastreamento feito pela equipe de saúde, na atenção primária através do exame preventivo. Nesse sentido, o profissional da enfermagem representa um papel importante para a identificação precoce e prevenção do câncer do colo do útero na rede básica, ou seja, dentro da Estratégia da Saúde da Família (ESF). Embora sendo o exame preventivo reconhecido como razão primária para a drástica redução do câncer cervical, é preciso que os profissionais de enfermagem estejam suficientemente capacitados para a realização do exame preventivo e apto para orientar a paciente e a comunidade quanto à prevenção, promovendo uma educação continuada em saúde. No entanto, outras infecções ginecológicas como o HPV estão associadas com o desenvolvimento do câncer de colo uterino detectável pelo exame preventivo, este estudo propõe analisar a atuação do enfermeiro na ESF verificando a assistência prestada em relação à prevenção e diagnóstico do câncer do colo do útero. 2 MATERIAIS E MÉTODOS Tratou-se de uma pesquisa de campo, descritiva e abordagem quantitativa, referente à realização dos exames citopatológicos pelos profissionais de saúde das ESF, para detecção, prevenção e diagnóstico do câncer de colo do útero de um município do interior de Minas Gerais. Além de identificar as estratégias para este fim, verificou a assistência de enfermagem prestada a paciente com alterações citopatológicas de acordo com o protocolo proposto pelo ministério da saúde. 5 O estudo foi desenvolvido nas 24 ESF e no Centro de Promoção a Saúde de uma cidade do interior de Minas Gerais. A população do estudo foi constituída por enfermeiros que atuam nas ESF e no Centro de Promoção a Saúde. A escolha desses profissionais deve-se ao fato de estarem diretamente envolvidos na realização do exame citopatológico, que é primordial para a detecção e prevenção do câncer do colo uterino, bem como de promover uma assistência de qualidade as pacientes, utilizando a educação continuada em saúde através de palestras educativas, consultas de enfermagem e treinamento dos ACS, para conscientizar a população da importância da realização anual do exame citopatológico. A coleta de dados ocorreu mediante agendamento prévio com os enfermeiros das ESF e do Centro de Promoção a Saúde. Os questionários foram aplicados pelo próprio pesquisador após apresentação do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE I) e autorização do participante da ESF. Foi utilizado um questionário semi-estruturado na coleta de dados para os enfermeiros das ESF (APÊNDICE II), voltadas para dados demográficos como: tempo de formação profissional, tempo que trabalha na ESF e se possui alguma especialização no mesmo, e dados relacionados ao atendimento do profissional quanto a realização do exame citopatológico como orientações de prevenção se faz palestras educativas para sua comunidade. No Centro de Promoção a Saúde, foram pesquisados dados sobre alterações citopatológicas e a procedência relacionada à ESF no segundo período de julho de 2010 a julho de 2011. Após a coleta dos dados, esses foram codificados e digitados, utilizando o programa Microsoft Office Excel 7.0. Posteriormente os dados foram analisados e correlacionados com as preconizações do Manual Técnico: Prevenção do Câncer do Colo do Útero, Organizando a Assistência do Ministério da Saúde, 2002 (Anexo I). 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Este estudo apresentou como sujeito 19 (83%) enfermeiras e 4 (17%) enfermeiros, que compõem as equipes da ESF nas unidades pesquisadas. Em um estudo realizado no estado do Mato Grosso, ao traçar o perfil dos profissionais, destacou-se o predomínio do sexo feminino (59%), trabalhando nas 6 unidades básicas de saúde, confirmando a tendência nacional da feminilização da força de trabalho na enfermagem (CONESQUI e SPPNELLI, 2006). Como objeto deste estudo, foram selecionados as 24 ESF desse município, sendo excluído desta pesquisa apenas um profissional, pois ele encontrava-se de férias. Na ESF, a principal estratégia de prevenção está na educação em saúde que é fundamentada pelo Ministério da Saúde (1999), ressaltando a importância do profissional de enfermagem nos programas junto à população, não só como técnico, mas, sobretudo, como educador e conselheiro, apresentando-nos a campanha de combate ao câncer de colo uterino realizada pelo Ministério da Saúde em 1998. Esta campanha contou com a participação efetiva do enfermeiro, e, ao ser avaliado pelo próprio Ministério, foi considerada uma de suas melhores campanhas, tendo em vista que suas metas foram alcançadas, a prevenção e combate ao câncer de colo uterino (DIÓGENES; REZENDE e PASSOS, 2001). No que concerne ao tempo de graduação, categorizou-se de um a dois anos (9%) dois a quatro anos (26%) quatro anos ou mais (65%). 65% Um a dois anos Dois a quatro anos 26% Quatro anos ou mais 9% Gráfico 1 - Distribuição da frequência do tempo de formação dos profissionais das ESF do município de Conselheiro Lafaiete, 2012. Destes 74% são especialistas em Saúde da Família, e os 26% demais têm o curso de especialização em andamento, demonstrando, assim, a preocupação do profissional em respaldar-se cientificamente, para uma qualificação específica no desempenho de suas atividades. 7 26% Possui Não possui 74% Gráfico 2 – Distribuição da freqüência em especialização na área específica dos profisssionais das ESF do município de Conselheiro Lafaiete, 2012. De acordo com Melo (2008), “A qualificação dos profissionais através de cursos de pós-graduação em especial na área da saúde da família é uma forma de trazer conhecimentos não obtidos na graduação e que vão contribuir para qualificar a prática profissional”. O investimento em educação continuada da equipe de saúde e em informação em saúde destinado para população, tem surtido efeitos positivos no que se refere à qualidade da prática assistencial e à adoção de hábitos e comportamentos mais saudáveis por parte da população (SOUSA, 2001). Estes têm buscado cada vez mais se especializarem em saúde pública ou coletiva, ao longo de sua atuação na ESF (GIL, 2005). Assim posto, analisam-se algumas características sobre a preocupação dos profissionais em envolver-se em treinamentos, cursos de formação adicionais e reciclagens para a melhoria de seu conhecimento e serviço prestado à comunidade com a qual trabalham. Os profissionais pesquisados demonstraram também esta preocupação devido à maioria (74%) terem se especializado na área específica de atuação. De acordo com os dados obtidos observa-se que 61% dos pesquisados trabalham a mais de quatro anos na ESF, sendo que outros 26% estão na área a dois ou quatro anos e 13% entre um a dois anos de atuação. 8 61% Mais de quatro anos Dois a quatro anos Um a dois anos 26% 13% Gráfico 3 – Distribuição da frequência do tempo de trabalho dos profissionais das ESF do municipio de Conselheiro. Lafaiete, 2012. Dados encontrados em um estudo revelam profissionais com até 5 anos de formados, inseridos nas equipes de saúde da família (GIL, 2005). Outra preocupação está nas ações realizadas pelos enfermeiros do Programa Saúde da Família, no que concerne à prevenção e detecção precoce do câncer de colo do útero. A maioria dos enfermeiros (96%), informaram realizar a ação preventiva do câncer de colo de útero, com exceção de um profissional que trabalha em uma das unidades, onde existe a rotina da coleta de material preventivo sendo esta delegada para o técnico de enfermagem. As atividades da coleta do material cervical e confecção do esfregaço em mulheres sem queixas ou doença ginecológica e pela realização das ações educativas conforme a lei nº. 7498/86, pode e deve ser do profissional de enfermagem. Já o auxiliar ou o técnico de enfermagem só poderá realizar o exame de papanicolau se estiver devidamente capacitado e supervisionado pelo enfermeiro (BRASIL, 2005). Conforme Merighi, Hoga e Praça (1997), vêm reforçar esta premissa dizendo que o êxito da prática do exame de prevenção do câncer cérvico-uterino está embasado na característica dos profissionais que o realizam, os quais devem possuir atributos como empatia, calor humano, simplicidade, além de ser capaz de transmitir confiança e segurança à mulher. Diante do exposto, questiona-se a delegação desse procedimento em uma das unidades pesquisadas, no que se refere à realização do exame preventivo, uma vez que não se sabe, se ele fora treinado e supervisionado para tal fim. 9 Além da coleta do material, a consulta ginecológica é o momento devido e oportuno para o enfermeiro identificar alterações teciduais mais visíveis do colo do útero; DST e encaminhá-los a consulta médica, ou exames laboratoriais, interferindo diretamente no índice de detecção precoce (DIÓGENES; REZENDE e PASSOS, 2001). Estas atividades encontram barreiras nas atitudes das mulheres brasileiras quanto à prevenção, e o não atendimento aos programas de captação, mostram que as principais causas de resistência estariam ligadas às questões culturais, tais como, medo de doer, vergonha, religião, desconhecimento do exame e onde realizá-lo e o parceiro que não permite que a mulher realize o exame preventivo (GAMARRA; PAZ e GRIEP, 2005). O medo pode estar também relacionado com a possibilidade do resultado ser positivo para câncer. Nesses casos, a mulher realiza o exame e não retorna para saber do resultado. Outro ponto dificultador está na submissão aos maridos reprimindo a formação de uma atitude adequada em relação ao preventivo. Nesse sentido, as atividades educativas da equipe de saúde devem ser ampliadas aos casais com o objetivo de conscientizar os parceiros para a estimulação e facilitação das mulheres a atitudes femininas favoráveis ao exame. De acordo com o TABELA 1, observar-se a variação do número de mulheres atendidas semanalmente para realização do exame preventivo. Percebe-se que o profissional do sexo masculino não influencia na baixa adesão das mulheres para a realização do exame preventivo. Em relação ao tempo de formação profissional com o tempo de trabalho na ESF nota-se que esta questão não interferiu nos resultados. Todavia, os enfermeiros devem compreender que isto envolve mudança em hábitos, crenças e valores arraigados durante toda a vida, exigindo desta forma que o enfermeiro trabalhe mais de forma dinâmica, criativa, interativa, para assim convencer as mulheres sobre a importância da realização do exame preventivo. Essas atitudes necessitam de uma intervenção maior pelos enfermeiros nas ESF I, IV, V, VI, VIII, IX, XI, XIV, XVI, XIX e XXII, pois realizam menos de 20 exames citopatológicos/mês, diferenciando dos demais que conseguem mais de 20 exames/mês. 10 ESF Tempo de formação profissional Tempo que trabalha no ESF I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII *XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX XXI XXII XXIII 4 anos ou mais 2 a 4 anos 4 anos ou mais 4 anos ou mais 4 anos ou mais 2 a 4 anos 1 a 2 anos 4 anos ou mais 4 anos ou mais 4 anos ou mais 2 a 4 anos 4 anos ou mais 4 anos ou mais 2 a 4 anos 4 anos ou mais 4 anos ou mais 4 anos ou mais 1 a 2 anos 2 a 4 anos 4 anos ou mais 4 anos ou mais 2 a 4 anos 4 anos ou mais 1 a dois anos 2 a 4 anos Mais de 4 anos Mais de 4 anos Mais de 4 anos 2 a 4 anos 1 a 2 anos Mais de 4 anos Mais de 4 anos Mais de 4 anos 2 a 4 anos Mais de 4 anos Mais de 4 anos 2 a 4 anos Mais de 4 anos Mais de 4 anos Mais de 4 anos 1 a 2 anos 2 a 4 anos Mais de 4 anos Mais de 4 anos 2 a 4 anos Mais de 4 anos Sexo do profissional F F F F F M F M F M F M F F F F F F F F F F F Quantidade de exames/ mês 15 a 20 Mais de 20 Mais de 20 15 a 20 15 a 20 15 a 20 Mais de 20 15 a 20 15 a 20 Mais de 20 10 a 15 Mais de 20 Mais de 20 15 a 20 Mais de 20 15 a 20 Mais de 20 Mais de 20 15 a 20 Mais de 20 Mais de 20 15 a 20 Mais de 20 * ESF onde o exame preventivo é delegado para o técnico de enfermagem Tabela 1: Distribuição do número de exames encaminhados ao mês de cada ESF Fonte: ESF do município De acordo com o grupo de enfermeiros pesquisados, ainda existe pouco interesse das mulheres no que diz respeito à importância do exame de prevenção enquanto primórdio para o controle do câncer de colo uterino, sendo que essa doença vem alarmando o mundo com um número cada vez maior de vítimas. Sabe-se que não pode responsabilizar apenas as mulheres por essa falta ou pouco interesse na participação de grupos. A equipe de saúde e suas formas/estratégias de aproximação com os usuários também merecem ser analisadas. É sabido que quanto mais efetivas essas estratégias, maior participação acontece. Com esse intuito a enfermagem desde a década de 80, vem atuando mais intensamente na área ginecológica e embora sejam notáveis seus feitos, muito ainda se tem a realizar, pois, a essa profissão cabe toda uma amplitude de deveres seja realizando a coleta do material citopatológico, ou seja, orientando a clientela sobre a necessidade de efetuar tal exame, ou ainda, contemplando juntamente com a população requisitos básicos para que haja uma comunicação eficaz com 11 assimilação de ensinamentos e habilidades inerentes ao auto-cuidado pelas clientes (BRASIL, 2001). Sassaki e Frechi (1999) colocam inclusos como principal requisitos, entrar em contato com a cliente, considerando seu referencial, suas reais necessidades, ou seja, realizar a busca ativa. Repensar as formas de conhecer, sondar e agir, significa sermos sensíveis à dimensão social do humano, para que através destas condutas consigamos considerar as crenças presentes. No entanto, deve-se desmistificar no momento e de maneira apropriada para que não haja divergências entre as práticas familiares populacionais e as recomendações feitas por profissionais de saúde, trabalhando assim, a mentalidade preventiva da nossa população. A pouca conscientização das clientes contribui para fazer com que estas só procurem o serviço de saúde quando já apresentam alguma sintomatologia. Ilich (1981 apud SOUSA, 2001), alerta que o modelo biomédico que ainda predomina em nossa sociedade gera a ilusão ao indivíduo que ele tem a sua disposição um serviço assistencial com poderes de curá-lo de qualquer doença ou mesmo salvá-lo da morte. As pessoas ainda não estão prontas para proverem a autopromoção de sua saúde precisando assim de profissionais que construam junto com elas outro paradigma. Para Smeltzer e Bare (1999) o exame preventivo, é um dos maiores aliados dos profissionais de saúde na prevenção do câncer colo uterino, tendo em vista que sua eficácia é confiável e seu custo financeiro é baixo, tornando-se o método de escolha para a detecção precoce do câncer de colo uterino nas mulheres de todo país. No Sistema Único de Saúde (SUS), o preventivo é oferecido gratuitamente a todas as mulheres, que têm ou já teve atividade sexual, estão na faixa etária entre os 25 a 59 anos de idade e também para todas as mulheres que desejam realizar o exame preventivo, bastando apenas agendar o exame em sua área de abrangência. Para que esse exame seja padronizado deve existir um protocolo/técnica para realização da coleta do material citopatológico. No atual estudo, 65% responderam seguir o protocolo do Ministério da Saúde, outros 35% relatam não seguir protocolo ou técnica alguma, pelo fato de estarem aguardando o protocolo municipal que ainda está em andamento, sendo sua referência o aprendizado oferecido na graduação durante os estágios curriculares. 12 35% Segue Não segue 65% Gráfico 4 – Distribuição da frequência dos profissionais das ESF que seguem algum protocolo ou técnica do município de Conselheiro Lafaiete, 2012. Uma pesquisa recente revelou que em relação ao protocolo municipal da saúde da mulher, existe um pequeno descontentamento dos profissionais em relação às limitações, como prescrição de enfermagem para o correto tratamento entre outras impostas pelo mesmo (PRIMO e BOM, 2008). Sobre os pesquisados, 91% tiveram algum tipo de treinamento para realização do exame preventivo, enquanto 9% dos entrevistados relatam não terem recebido treinamento algum, o que leva a questionar o fato da grande maioria (91%) dizer ter recebido treinamento para o exame preventivo, o que contradiz o que foi referido anteriormente pelos entrevistados, onde 65% não seguem protocolo/técnica alguma. Nota-se que não existe padronização ou orientação para realização do exame preventivo nas ESF desse município. 9% Sim Não 91% Gráfico 5 – Distribuição da frequência dos profissionais das ESF que tiveram algum treinamento para realizar exame preventivo e orientação do câncer de colo de útero do município Conselheiro Lafaiete, 2012 Mendes, Silveira e Paredes (2004) apontam ainda que deve ser uma preocupação permanente a qualidade da coleta do material cérvico-vaginal e, para tanto, os autores sugerem que os profissionais envolvidos nesse processo mantenham-se constantemente em treinamento, tanto para a descrição das informações pertinentes quanto para a devida coleta e fixação do material. 13 Acredita-se que seja de interesse profissional e municipal a capacitação e reciclagem desses profissionais periodicamente, a fim de que se possa reavaliar sempre a realidade da assistência à saúde da mulher que vem sendo oferecida, no que se refere ao exame de prevenção do câncer de colo uterino, o que possibilitaria inclusive propor medidas assistenciais cada vez mais efetivas. Todos os entrevistados dizem fazer orientações ao paciente ao perceber alterações no ato da coleta preventivo ou após o resultado do exame. Afirmam ainda realizar as ações de controle, prevenção e detecção precoce que são de suas competências, discriminadas pelo Ministério da Saúde; como consulta clínico ginecológica, coleta do material para esfregaço cérvico-uterino (exame preventivo), tratamento de alguns processos inflamatórios, esclarecimentos de dúvidas individuais durante a consulta e encaminhamentos para a referência, de acordo com a rotina estabelecidas nestas unidades. O Ministério da Saúde preconiza nesses casos, marcar consulta com especialista para essa paciente e encaminhá-la para o local de referência do município, para confirmação das lesões. Sobre os pesquisadores que ministram palestras 96%, educação continuada com frequência para a comunidade sobre a prevenção, mas percebe-se pela amostra que outros 4% não realizam nenhuma ação preventiva. 96% Sim Não 4% Gráfico 6 – Distribuição da freqüência em relação a palestras ou educação em saúde dos profissionais das ESF do município de Conselheiro Lafaiete, 2012 Segundo relatos dos profissionais, palestras coletivas não surgem efeitos, pelo fato da não participação da comunidade, esses então fazem suas orientações de prevenção individualmente no ato da coleta, na consulta de enfermagem, e na entrega dos resultados. 14 Observa-se que faltam iniciativas dos enfermeiros das unidades que não realizam atividade alguma para conscientizar a comunidade da importância da realização do exame preventivo, sendo que todas as unidades devem buscar alternativas de educação em saúde, para abranger não somente as mulheres que realizam o exame preventivo regularmente, mas também aquelas que não têm conhecimento do exame e sua importância. Assim, segundo as preconizações, nenhuma ação de controle do câncer do colo uterino avançará sem a participação do componente educativo que atinja a população de mulheres e os profissionais de saúde. Essas ações devem ser oferecidas a todas as mulheres que buscam os serviços de saúde, por qualquer motivo, ações educativas individuais ou em grupos de reflexão sobre os benefícios que decorrem destas atividades (BRASIL, 2002). Segundo o estudo de Rosso e Collet (1999) se compreendemos que saúde não é simplesmente a ausência de doença, e que novas concepções do processo saúde-doença norteiam muitas das ações educativas, essas deveriam ser contempladas ao invés da realização de práticas educativas obsoletas. Faz-se necessário um saber mais sistematizado sobre educação em saúde, vislumbrando práticas que incluam o cidadão no processo enquanto ator social, reflexivo e instrumentalizado com seu saber, para contribuir no processo de mudança social. Não bastam informações. É preciso compreender a comunidade como unidade, criando, no coletivo, propostas capazes de atingir cada um de seus segmentos, segundo suas naturezas e carências. A importância fundamental de educação em saúde na prevenção do câncer do colo uterino pode ser explicitada por dados de uma pesquisa realizada por Lopes e Sousa (1996) sobre o comportamento da população feminina brasileira em relação ao câncer do colo uterino em que detectaram que das mulheres entrevistadas, 76% já tinham algum conhecimento acerca do exame preventivo, todavia 16% destas, mesmo conhecendo o teste, nunca se submeteram ao exame. A frequência das palestras e educação continuada em saúde são bastante variadas, sendo que 9% dos profissionais o realizam semanalmente, 59% os realizam mensalmente, 5% trimestralmente, 18% semestralmente, e os outros 9%, até mais de seis meses. 15 59% Semanal Mensal Trimestral Semestral Ou mais 18% 9% 9% 5% Gráfico 7 – Distribuição da freqüência que são realizadas palestras ou educação em saúde pelos profissionais das ESF do município Conselheiro Lafaiete, 2012 Portanto, os profissionais de saúde que realizam o exame preventivo, ao atenderem as mulheres, deveriam ir ao encontro do que elas pensam e esperam da realização desse exame, buscando alcançar medidas preventivas, baseadas no desenvolvimento de uma consciência crítica, com vistas a mudanças no quadro epidemiológico de morbimortalidade feminina. O presente estudo possibilitou à enfermagem o poder de vislumbrar uma ampla atuação nesta área, a partir do desenvolvimento de ações que levem em consideração as necessidades das mulheres, criando condições para que estas possam repensar os significados que atribuem ao seu corpo e aos seus direitos e deveres com relação a sua saúde. O exame citopatológico para prevenção do câncer de colo de útero e de outras patologias deve ser valorizado pelos profissionais de saúde, priorizando ações que levem em consideração as necessidades das mulheres, considerando-as ativas e responsáveis pelo cuidado com sua saúde, com vistas ao desenvolvimento de uma consciência crítica a respeito da relevância de se realizar efetivamente a prevenção (BRITO, NERY e TORRES, 2007). Mesmo com os esforços e empreendimentos desenvolvidos pelos profissionais preocupados com a saúde da mulher, o câncer do colo uterino constitui-se ainda, um grande desafio para a saúde pública, tendo em vista que a sua prevenção e cura dependem de inúmeros fatores como: serviços assistenciais adequados; recursos humanos treinados; e a participação da comunidade de forma consciente, na aplicação de medidas que elevem a atual qualidade de vida. A tabela 2 foi categorizada de acordo com as alterações celulares registradas no Centro de Promoção a Saúde, que é o local de referência para alterações dos 16 exames citopatológicos do município. Tendo como alterações, células atípicas, NIC I, NIC II e NIC III. Sugere-se que nas ESF II, V, XIV e XXIV, onde ocorreram maior número de alterações do tipo NIC II e NIC III, seja necessário maior intervenção do enfermeiro para uma prevenção mais eficaz, alertando as mulheres sobre a importância e regularidade do exame preventivo, evitando assim, que elas somente procurem a unidade de saúde quando já apresentam sinais e sintomas da doença. Acredita-se que seja interessante a aplicação periódica deste estudo, a fim de que se possa reavaliar sempre a realidade da assistência à saúde da mulher que vem sendo oferecida, no que se refere ao exame de prevenção do câncer de colo uterino, o que possibilitaria inclusive propor medidas assistenciais cada vez mais efetivas. ESF Células atípicas NIC I NIC II e III I II III IV V VI VII VIII IX X XI XII XIII XIV XV XVI XVII XVIII XIX XX XXI XXII XXIII XXIV 4 13 3 1 5 1 3 8 4 4 7 6 3 9 3 2 4 4 15 1 10 3 1 12 1 4 0 2 3 0 0 0 0 3 2 3 4 1 2 1 5 0 11 2 2 1 1 4 0 6 0 1 3 0 0 0 0 1 0 2 1 3 0 0 0 1 1 0 1 1 0 6 Total 125 62% 52 25% 27 13% Tabela 2: Distribuição das alterações citopatológicas Fonte: ESF do Município Dessa forma, as análises dos exames de prevenção realizadas neste estudo, permitiram sugerir algumas propostas de melhoria da assistência à saúde da mulher nas ESF estudados. Dentre eles, o planejamento de ações que estimulem as mulheres a realizarem com regularidade o exame de prevenção do câncer de colo do útero, e a promoção de palestras para a comunidade para adesão e 17 conhecimento coletivo da importância da realização desse exame. Haja visto, esta preocupação faz-se necessário devido a população feminina constituir o grupo de maior risco para esse tipo de neoplasia, (BRASIL, 2005; BRASIL, 2004; DAVIM, 2005). Isso também está referenciado pelo Ministério da Saúde quando aponta que a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento do câncer ginecológico requerem a implantação articulada de medidas como sensibilização e mobilização da população feminina (BRASIL, 2004). 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com a realização do presente estudo, foi possível conhecer as ações de prevenção e detecção nas unidades pesquisadas, principalmente no que concerne as atividades de educação em saúde realizadas pelas ESF como estratégias utilizadas para rastreamento do câncer uterino. Com isso, os profissionais estão se especializando, buscando conhecimentos não aprendidos na graduação que os embasam para um melhor atendimento nas ações de prevenção, promoção e tratamento da saúde da mulher. Foi possível também identificar como principais estratégias na prevenção do câncer de colo de útero o exame preventivo e educação em saúde, que deveriam ser realizados coletivamente e individuais, mas infere-se a falta de adesão das usuárias nas palestras ou uma deficiência na atuação direta do profissional de enfermagem, com isso essas atividades tornam-se prejudicadas. Reflete-se portanto, sobre o papel do enfermeiro na execução das ações em saúde, com o protocolo proposto pelo Ministério da Saúde. Neste sentido nota -se que as atitudes dos profissionais pesquisados estão de acordo com o que é proposto, sendo necessário proporcionar melhores condições de trabalho para os referidos profissionais, bem como treinamentos, protocolo municipal e capacitações constantes. Em relação à assistência prestada as pacientes, durante o exame preventivo, nota-se que o atendimento é humanizado, promove laços de confiança e acolhimento, contemplando as orientações que norteiam a intimidade da mulher, bem como encaminhando-as ao centro de referência para confirmação diagnóstica e posterior tratamento. 18 Com relação às alterações citopatológicas encontradas nas ESF do município, sugerem-se pesquisas minuciosas a fim de esclarecer a alta prevalência de NIC I detectada nas ESF do município estudado. Espero que o presente trabalho possa promover uma nova consciência entre as pessoas e como resultado, em médio prazo, sensibilizar aos profissionais de saúde e o município sobre a importância do seu trabalho na prevenção do câncer do colo de útero. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL, Ministério da Saúde. Ações de Enfermagem para o controle do câncer, v 85, nº16, p 122-123, 1996 ______. Ministério da Saúde – INCA. 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Sistema Bethesda para Citopatologia Cervicovaginal – Definições, Critérios e Notas Explicativas. 2. ed., Rio de Janeiro: Revinter, p. 67121, 2005. 22 APÊNDICES APÊNDICE I Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Você está sendo convidado a participar da pesquisa: “Câncer do Colo Uterino: Prevenção e Diagnóstico,” através do preenchimento do questionário em anexo. O projeto destina-se a identificar as estratégias para a prevenção e detecção precoce do câncer do colo uterino. Esta pesquisa permitirá ainda a verificação da assistência prestada pelo(a) enfermeiro(a) e correlacionar suas atitudes com o protocolo do ministério da saúde. Destaca-se, ainda, que a pesquisa em questão está fundamentada na Resolução 196/96, conforme preconizado pelo Conselho Nacional de Saúde para pesquisa em seres humanos. As informações obtidas através do questionário serão de caráter confidencial, garantindo o completo anonimato do participante. Declaro, portanto, que autorizo minha participação voluntária, livre de vícios como simulação, fraude ou erro, dependência, subordinação ou intimidação, pois fui informado (a) de forma clara e detalhada, compreendendo os objetivos, métodos, benefícios, riscos e importância dessa pesquisa. Estou ciente que poderei retirar meu consentimento a qualquer momento, sem constrangimento ou coerção. Conselheiro Lafaiete___/___/2012 ______________________________________Identidade: ________________ Participante da pesquisa ____________________________________ Gisele Simas ____________________________________ Everton Elias Silva Contatos do pesquisador: Pesquisador: Everton Elias Silva – 91247865 – [email protected] 23 APÊNDICE II Questionário Câncer de colo de útero Enfermeiro responsável / ESF 1 Quanto tempo de formação profissional ? ( ) Um a dois anos ( ) Dois a quatro anos ( ) Quatro anos ou mais 2 Quanto tempo trabalha no ESF? ( ) Um a dois anos ( ) Dois a quatro anos ( ) Mais de quatro anos 3 Possui alguma especialização em ESF? ( ) Sim ( ) Não 4 Quem realiza o exame Citopatológico no ESF? ( ) O enfermeiro ( ) O técnico ( ) Médico ( ) Outros 5 Em média quantos exames são realizados mensalmente? ( ) 5 a 10 ( ) 10 a 15 ( ) 15 a 20 ( ) Ou mais 6 Segue algum protocolo/ Técnica? ( )Sim. Qual? ____________________________ ( ) Não 7 Teve algum treinamento para realizar exames citopatológico e sobre orientações à câncer de colo do útero? ( ) Sim ( ) Não 8 Faz alguma orientação ao paciente quando percebe alterações no ato da coleta citopatológica, e após o resultado do NIC? ( ) Sim. Qual___________________ ( )Não? Por quê ?______________________ 9 Ministra palestras, educação continuada com freqüência, educação em saúde? ( )Sim. Qual_____________________ ( ) Não. Porquê?______________________ 10 Com qual freqüência? ( ) Semanal ( ) Mensal ( ) Trimestral ( ) Semestral ( ) Ou mais. 24 APÊNDICE III Autorização para pesquisa Conselheiro Lafaiete, 26 de março de 2012 Ao Centro de Promoção de Saúde de Conselheiro Lafaiete Nesta Viemos através deste, como pesquisadores do Projeto de Pesquisa intitulado "CÂNCER DO COLO UTERINO: Prevenção e Diagnóstico,", solicitar autorização para realizar pesquisa com profissionais que trabalham na ESF. Trata-se de um projeto de Trabalho de Conclusão de Curso, o qual pertence ao curso de PósGraduação em Saúde Coletiva, da FacRedentor. Esta pesquisa tem como intuito analisar aspecto de prevenção e diagnóstico do câncer do colo de útero. Levantaremos informações sobre o exame preventivo e orientações que os profissionais realizam às pacientes com alterações citopatológicas. Para tal solicitamos autorização desta instituição para realização desta pesquisa. Quaisquer dúvidas que existirem agora ou a qualquer momento, poderão ser esclarecidas, bastando entrar em contato pelo telefone abaixo mencionado. De acordo com estes termos, favor assinar abaixo. Uma cópia deste documento ficará com a instituição e outra com os pesquisadores. Desde já agradecemos. Contatos: Pesquisador: Everton Elias Silva 91247865. Pesquisadora (responsável): Gisele Simas Ciente e de acordo. _______________________________________________________________ Representante Legal do Centro de Promoção da Saúde 25 ANEXOS ANEXO I Prevenção do Câncer do Colo do Útero Manual Técnico Organizando a Assistência Ministério da Saúde Brasília, 2002