unidade de cruz alta

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UNIDADE DE CRUZ ALTA
Juliana Barcelos Silveira
Cruz Alta, março de 2015
RESENHA
ESCOLA DA PONTE: DEFENDER A ESCOLA PÚBLICA
A escola da ponte é um livro organizado por Rui Canário, Filomena Matos e Rui
Trindade. Dividida em duas partes, na primeira Aprender com a escola da
ponte, reúne-se um conjunto de testemunhos sobre o projeto desenvolvido pela
Escola da Ponte solicitados a especialistas na área da educação,como João
Barroso, Maria Emília Brederode Santos, Rui Canário, Fernando lídio
Ferreira,Isabel Menezes, António Nóvoa, Manuel Sarmento, Rui Trindade
Ariana Cosme, Teresa Vasconcelos e José Pacheco na segunda parte.
Conhecedores diretos da experiência em causas e solidários com ela. Na
segunda parte, Fazer a ponte construir a memória, reúne-se um conjunto de
documentos para memória futura que incluem, nomeadamente, um texto que
apresenta a experiência da Escola da Ponte, bem como a cronologia dos
acontecimentos mais recentes. No primeiro momento, falam sobre o desejo de
construir uma escola pública aberta a todos os públicos, baseada nos valores
da democracia, da cidadania e da justiça, uma escola que proporcione
qualidade em sua educação , respeitando a capacidade individual de cada um,
também seus interesses.Todas as leis que falam de educação sugerem a
melhoria do ensino no pais com escolas de qualidade para todos, mas a
realidade
é cheia de desafios sem condições adequadas para atender,
assumir compreender e respeitar
as diferenças. Para que um dia essas
qualidades na educação sejam alcançadas é necessário que toda estrutura
educacional seja renovada, e se deixe o ensino e hajam novas propostas
educacionais para reinventar a escola. Devem formar propostas que
transformem a escola em um espaço de formação individual, que elabore
projetos de vida , onde os estudantes possam definir, planejar e executar seus
projetos, de maneira autônoma acompanhados da gestão escolar de forma
democrática e aberta. A escola com seus educadores devem orientar a
aprendizagem e inspirar seus alunos, só assim poderão transformar o ambiente
escolar e provocar uma revolução com educação de qualidade para todos.
O livro cita, a escola da ponte como a primeira a abordar projetos que
exterminem o modelo de escola tradicional que abandona e exclui a educação
individual, essa escola localizada na Vila Nova em Portugal hoje é reconhecida
por ousar implantar o modelo de “Revolução Educacional”.É preciso criar
teorias que transformem a educação para que a escola democrática seja o
caminho para o ensino de qualidade, e que respeite o educando como um ser
que é capaz de construir um aprendizado capaz de encontrar a
melhor
maneira para construir o conhecimento. Para isso o educador é que deve
proporcionar os meios de aprendizagem , a escola deve ser administrada pela
comunidade, buscando cada vez mais competência e compromisso com o seu
papel na sociedade, possibilitando educação de qualidade para todos.Há
necessidade
de
mudança
na
organização
escolar,
projetos
políticos
pedagógicos que conduzam o trabalho das instituições para uma melhora
futura na área da educação. Os profissionais de educação devem buscar uma
escola que esteja preparada para proporcionar um ensino de qualidade, e uma
educação com princípios democráticos. É um equívoco de quem pensa que
democracia é somente um sistema político, que organiza o estado através do
voto, pois democracia é uma forma de proporcionar a participação da
sociedade nas decisões que lhes dizem respeito, é um modo de concretizar as
experiências, defendendo o direito de participar de todas decisões que
favoreçam a qualidade de vida. A sociedade não conseguem adquirir
autonomia democrática, é preciso desenvolver autonomia nos grupos sociais e
isso deve ser incentivado já nas crianças desde a infância, para que aprendam
a tomar decisões, construam suas regras e assumam as consequência com
responsabilidade na vida adulta. A escola é fundamental para que isso
aconteça, pois é a escola que forma os cidadãos, que devem ser preparados
para assumir um papel democrático, que contribua com o desenvolvimento da
autonomia, grupos sociais e da consciência, assegurando e proporcionando
oportunidades para descobrir o que significa um modo de vida que se aprende
através de experiência e que tem a educação em comum. A escola deve mudar
toda sua estrutura e gerar a participação da sociedade em seus processos
educacionais, mas para isso é preciso prepara as novas gerações para
desenvolver a democracia, a escola democrática deve se basear em princípios
participativos dando direito de participação para estudantes, professores e
funcionários, onde os alunos são como atores centrais, e os educadores
participam facilitando as atividades de interesse dos alunos. Os estudantes da
escola democrática devem ser livres para escolher suas atividades, para que
aprendam a ter iniciativa e ganhem vantagem com a velocidade e
aproveitamento da aprendizagem, pois serão os responsáveis pelo processo
de aprender e poderão dirigir seus estudos. Desde 1976 a Escola da Ponte
vem construindo sua gestão democrática e deve servir de inspiração para as
escolas brasileiras, e a característica marcante desse tipo de escola é o dialogo
que envolve todos: estudantes, pais, educadores, que se reúnem e “discutem”
o que é necessário para a escola. O livro refere que a escola publica é de um
fato histórico muito importante, mas enfrenta criticas que dizem respeito a
atualidade de seus conteúdos pois trouxe consigo novas exigências e deve
preparar o aluno para ser inserido no mundo, conhecer e atuar permitindo o
acesso as tecnologias.E que a escola precisa evoluir sua realidade social, sem
esquecer a cultura clássica, universal e permanente das produções, só assim
encontrará equilíbrio entre as coisas novas e as tradicionais, pois a educação
implica entre conservar e criar, por isso deve ser trazido para a escola o novo,
o atual, o real, mas deve ser conservado e valorizado que com o passar do
tempo se tornou clássico.Por isso a escola persiste com equilíbrio e autonomia,
o educador não perde o valor de mestre pela capacidade que a escola tem de
produzir a humanidade, defender a escola pública não pode aprisionar o modo
de concretizar os ideais que concretizam e organizam as estruturas e
atividades, pois a preservação da escola publica serve-se da capacidade de se
atualizar às mudanças que ocorrem ao longo do tempo sem esquecer o papel
do estado, professores, alunos e sociedade em geral deste processo.O livro
nos menciona também que Os estudantes da escola democrática devem ser
livres para escolher suas atividades, para que aprendam a ter iniciativa e
ganhem vantagem com a velocidade e aproveitamento da aprendizagem, pois
serão os responsáveis pelo processo de aprender e poderão dirigir seus
estudos. A lerem por desejo e vontade de decifrar as palavras, cada um no seu
tempo e ritmo de aprendizagem. Os alunos podem gerar espaços autônomos e
decidem onde encontrar as informações que precisam, deve ser adotada a
cultura colaborativa, onde as aulas são criadas a partir das necessidades do
estudante, garantindo assim um processo de autonomia em todos os
processos da escola, estudantes, pais professores, e funcionários que
participam de assembleias periódicas.Para validar os processos e envolver a
comunidade como um todo, a escola publica deve reunir todos os documentos
e realizar anualmente uma minuciosa auto avaliação, que se debruça sobre os
profissionais, os estudantes e evolução da aprendizagem de cada um e sobre
as decisões e processos democráticos. Com metodologia estruturada, a auto
avaliação é um processo bastante significativo para a comunidade como um
todo, que assume o tempo e a importância de refletir sobre si mesma. Construir
a escola da ponte argumenta um projeto que tem valores acima de todos
Solidariedade e Democratismo, Autonomia, Liberdade, Responsabilidade e
Cooperação, norteando-se por vários princípios, os quais são responsáveis
pela criação de uma grande diversidade de dispositivos pedagógicos. No seu
conjunto, estes suportam toda a dinâmica de trabalho e promovem uma
autonomia responsável e solidária, exercitando-se permanentemente o uso da
palavra como instrumento autônomo da Cidadania. Os encarregados pela
educação são implicados para o processo de aprendizagem contando assim o
que é necessário para orientação e avaliação diária das atividades realizadas.
Deve ser disponibilizado atividades de enriquecimento do currículo, como apoio
ao estudo, oferecendo acompanhamento pedagógico, onde os alunos
cumprem horários com organização e apoio, uma organização que permite dar
resposta à escola a tempo inteiro, não se verificando assim
ausência de
orientadores educativos.A escola inclusiva é uma escola que esteja preparada
para receber e cumprir seu papel de proporcionar um ensino de qualidade para
todos, que contemple todos os educando, onde o aluno tenha não só direito de
frequentá-la, mas dentro de suas capacidades, progredir moral, cultural e
socialmente.A escola democrática rompe os paradigmas não só da educação
tradicional, mas como da sociedade tradicional, que não está acostumada a
participar das decisões coletivas e respeitar a diversidade de opiniões.
Gerando um sistema de educação revolucionário, que deixa para trás a
individualidade e a segregação, onde só alguns vencem os obstáculos
impostos pelo sistemas educacionais e a grande maioria se sente derrotado
por não conseguir ser igual, e aprender da mesma maneiram, na mesma hora
e os mesmos conteúdos.
O livro Escola da ponte nos enriquece com suas informações preciosas em
relação a educação ao todo dando ciência a uma nova
ótica democrática
pedagógica, para obtermos um melhor resultados nas práticas educacionais, e
nos tornando educadores diferenciados aos impostos pelos sistemas.
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