Biossegurança e Precauções Gerenciamento de Resíduos Controle

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Santa Casa de Misericórdia de Goiânia
Biossegurança e Precauções
Gerenciamento de Resíduos
I. BIOSSEGURANÇA
* DEFINIÇÃO: É o conjunto de normas e procedimentos
considerado seguro e adequado à manutenção da saúde em
atividade de risco de aquisição de doenças profissionais.
Controle de Pragas
* OBJETIVO: proteger a saúde e o bem estar do
Sorreylla Paulla S. Vasconcelos
Enfermeira Coordenadora / SCIH
Profª Andréa Batista Magalhães
trabalhador
contra
riscos
condicionados
pelo
ambiente de trabalho.
PUC Goiás – Departamento de Psicologia
II. PRECAUÇÕES PADRÃO:
* PRINCIPAIS TÉCNICAS DE PRECAUÇÕES PADRÃO:
* É um conjunto de técnicas realizadas para reduzir o risco de transmissão de
microrganismos de fontes de infecção, conhecidas ou não no hospital.
* INDICAÇÕES DE USO:
• Para todo e qualquer
1. Lavagem das mãos;
2. Uso de Equipamentos de Proteção Individual –
EPI;
3. Cuidados com Perfurocortante;
paciente independente do
diagnóstico;
Para todos equipamentos
4. Imunização.
• Vacina contra Hepatite B: 3 doses (0, 1, 6
ou artigos contaminados ou
meses);
sob
•
suspeita
de
contaminação.
1. LAVAGEM DAS MÃOS:
Vacina contra Tétano: 10 / 10 anos;
* Objetivos e Indicações:
• Prevenir as infecções hospitalares / Evitar infecção cruzada;
* DEFINIÇÃO: “Lavagem das mãos é a fricção manual
vigorosa de toda superfície das mãos e punhos, utilizando-se
sabão/detergente, seguida de enxágüe abundante em água
corrente”. Segundo Portaria 2.616 / 98.
* Material: Água, Sabão líquido, Papel toalha.
É tradicionalmente o ato mais importante para a
prevenção e o controle das infecções hospitalares .
• Retirar sujidade, suor e oleosidade;
• Remover a flora microbiana transitória da camada superficial da pele;
• Antes e após qualquer contato com o paciente;
• Entre diferentes procedimentos em um mesmo paciente (ex: aspirar secreção
traqueal e realizar curativo);
• Antes e após realização das atividades hospitalares
medicamentos, de nebulização, punção, sondagens, etc);
(preparo
de
• Antes e após a realização de atos fisiológicos e pessoais (alimentação /
pentear cabelo / assoar nariz / usar o banheiro);
• Após manipulação de materiais e equipamentos contaminados;
• Antes e após coleta de materiais para exame.
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* Recomendações Gerais:
* Técnica de Lavagem das Mãos:
• A lavagem das mãos e a troca de luvas devem ser realizadas tantas vezes quanto
necessária, durante a assistência a um único paciente, sempre que envolver contato com
diversos sítios corporais, entre cada uma das atividades;
•O uso de luvas não dispensa a lavagem das mãos. As luvas devem ser usadas como
1. Abrir a torneira, molhar as mãos e colocar o sabão líquido (+/- 2 ml);
2. Ensaboar e friccionar as mãos durante 30 a 60 segundos, em todas as suas
faces, espaços interdigitais, articulações, unhas e pontas dos dedos.
adjuntos e não como substituto da lavagem das mãos;
• As luvas de procedimentos e/ou estéreis devem ser usadas uma única vez;
3. Enxaguar as mãos retirando toda a espuma e resíduos de sabão;
• As luvas não devem ser lavadas para reutilização;
4. Enxugar as mãos com papel toalha;
• A luva deve ser utilizada somente na assistência direta ao paciente, não se deve
5. Fechar a torneira com o papel toalha, evitando assim recontaminar as
mãos.
portanto, sair do quarto com a luva, abrir portas, atender telefones, manusear papeletas,
usar a mesma luva para diversos pacientes.
É importante estabelecer uma seqüência a ser seguida sempre,
assim a lavagem das mãos ocorre automaticamente;
• Evite uso de anéis e adornos que dificultem a lavagem das mãos;
Touca
Óculos
Máscara
Luvas
Jaleco / Capote
Sapato fechado
02. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
PARAMENTAÇÃO RECOMENDADA DE ACORDO COM O PROCEDIMENTO:
• Curativos: Máscara, óculos, luvas e capote (se necessário);
2.1. Luvas: usadas ao manusear sangue, fluidos corpóreos e para a realização de
procedimentos ou contato com equipamentos contaminados.
2.3. Óculos / Máscaras: Deve ser usado quando houver risco de contaminação de
mucosa da face (olhos, boca, nariz) com respingo de sangue ou outro fluido corporal .
2.4. Sapato Fechado: Devem ser usados por todos os profissionais que trabalham
no hospital, principalmente aqueles que lidam diretamente com o paciente, devido ao
risco de contaminação por secreções ou materiais perfurocortantes.
2.5. Capote: Deve ser de manga longa, utilizado para: contato direto com paciente
(risco de contaminação); procedimentos invasivos / cirúrgicos; assistência ao paciente
em precauções de contato.
O uso é único devendo ser desprezado a cada uso.
• Punção Lombar: Máscara, capote e luvas;
• Sutura: Máscara, luvas e óculos;
• Drenagem de Abscesso: Máscara, luvas, capote e óculos;
• Dissecção Venosa / Punção Venosa Central (Intracath): Máscara, luvas, capote estéril e
óculos;
• Punção Venosa: Luvas de procedimento;
• Sondagem Vesical: Máscara e luva estéril;
• Sondagem Gástrica: Máscara, óculos e luvas;
• Lavagem Gástrica e Esôfago: Máscara, luvas, óculos e capote;
• Reanimação: Máscara, luvas, capote e óculos;
• Manuseio com Paciente Drenando Solução Corpórea: Luvas, óculos, capote e máscara;
• Procedimentos Cirúrgicos: Unissex, sapato, propé, gorro, avental impermeável, capote
estéril, luva, máscara e óculos.
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III. ISOLAMENTOS:
PRECAUÇÕES POR MODO DE TRANSMISSÃO
3.1. PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA GOTÍCULAS
Meningite, Caxumba
Rubéola.
* ISOLAMENTO: O isolamento é realizado para evitar a
* QUARTO PRIVATIVO
transmissão direta ou indireta do agente infeccioso entre os
- Obrigatório (comum para pacientes com o mesmo
microorganismo);
pacientes, profissionais de saúde e visitantes.
PRECAUÇÃO ADICIONAL À PRECAUÇÃO PADRÃO
COLOCADA EM PRÁTICA DURANTE TODO O PERÍODO
DE TRANSMISSIBILIDADE.
* MÁSCARA
- Obrigatório uso de máscara cirúrgica (desprezada ao
sair do quarto);
* TRANSPORTE DO CLIENTE
- Deve ser evitado;
- Se necessário, colocar máscara cirúrgica no paciente.
3.2. PRECAUÇÕES RESPIRATÓRIAS PARA AEROSSÓIS
Sarampo, Varicela,Herpes Zoster,
Tuberculose(pulmonar).
* QUARTO PRIVATIVO
- Obrigatório, com porta fechada;
* MÁSCARA
- Obrigatório uso de máscara N95 (validade de 6 meses);
* TRANSPORTE DO CLIENTE
- Deve ser evitado;
- Se necessário, colocar máscara cirúrgica no paciente.
3.3. PRECAUÇÕES DE CONTATO
* QUARTO PRIVATIVO - Obrigatório
(comum para pacientes com o mesmo microorganismo);
* LUVAS
- Obrigatório para qualquer contato com o paciente (trocado
a cada uso);
- Desprezar no próprio quarto e lavar as mãos.
* AVENTAL / CAPOTE
- Usar para contato com o paciente (banho no leito, curativo,
etc.);
- Obrigatório ao entrar no quarto se o paciente estiver com
diarréia, colostomia ou ferida com secreção não contida por
curativo
* TRANSPORTE DO CLIENTE
- Deve ser evitado (se necessário, as precauções de contato em
todo o trajeto);
* ARTIGOS E EQUIPAMENTOS - Uso exclusivo;
Infecções por
Bactérias
multiresistente,
Infecções
Entéricas em
pacientes
incontinentes
, Herpes
Zoster,
pediculose,
escabiose,
Abscesso
extenso.
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IV. ACIDENTE COM MATERIAIS PERFUROCORTANTES E
EXPOSIÇÃO A MATERIAIS BIOLÓGICOS –
sangue e secreções
4.1. Perfurocortante:
* DEFINIÇÃO: São objetos e instrumentos contendo cantos, bordas,
partes ou protuberâncias rígidas e agudas, capazes de cortar ou perfurar.
4.2. Material biológico envolvido:
* Fluídos biológicos de risco: sangue,outros líquidos potencialmente infectantes
(sêmen, secreção vaginal, liquor, líquido sinovial, peritoneal, pericárdico e amniótico);
* Suor, lágrima, fezes, urina e saliva são líquidos biológicos sem risco de transmissão
ocupacional do HIV. Quimioprofilaxia e o acompanhamento sorológico não
recomendados.
4.3. Cuidados Básicos com Perfurocortantes:
Devem ser manipulados com todo cuidado para evitar
exposições acidentais;
4.4. Orientações para as Vítimas de Acidentes:
a. Lavar local com água e sabão;
b. Comunicar Professor ou Supervisão do setor
c. Professor ou Supervisão do setor:
• Não reencapar agulhas e nem quebrá-las ou tentar
desconectar ou tentar desconectar da seringa;
• Orientar o acidentado;
• Desprezar agulhas e outros materiais perfurocortantes em
• Acionar o Laboratório;
• Solicitar testes rápidos para HIV;
locais próprios;
• Utilizar recipiente de paredes rígidas, preenchendo somente
•Preencher formulário de Acidente com Material
Biológico;
2/3 de sua capacidade;
d. Laboratório:
V. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS
• Colher testes rápidos e informar o resultado em até 30 minutos (após
coleta).
• Se teste rápido para HIV (+) encaminhar o aluno para uma das unidades
sentinela : Ciams do Novo Horizonte, Cais Novo Mundo, Cais Cândida de
Morais, Nascer Cidadão.
e. Vítima / Estagiário:
5.1. RESÍDUO DE SERVIÇOS DE SAÚDE – RSS.
* CONCEITO: Todo Resíduo gerado por Estabelecimento de
Saúde. Oferecem Riscos a Saúde Pública e ao Meio Ambiente se
Manejo Inadequado.
• Procurar o SCIH imediatamente;
• Fazer acompanhamento conforme indicação;
• Manter vacinação em dias;
• Cuidados com Perfurocortante;
• Usar EPI’s.
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* DIRETRIZES DE MANEJO DOS RESÍDUOS:
5.2. CLASSIFICAÇÃO DOS RSS – 05 GRUPOS
 SEGREGAÇÃO.
 ACONDICIONAMENTO.
• Grupo A: Resíduo Potencialmente Infectante;
• Grupo B: Resíduo Químico;
• Grupo C: Resíduo Radioativo;
• Grupo D: Resíduo Comum;
• Grupo E: Resíduo Perfurocortante.
 IDENTIFICAÇÃO.
 TRANSPORTE INTERNO.
 TRATAMENTO.
 ARMAZENAMENTO EXTERNO.
 COLETA EXTERNA.
 TRANSPORTE EXTERNO.
 TRATAMENTO.
 DESTINAÇÃO FINAL.
* RESÍDUOS POTENCIALMENTE INFECTANTES:
SUBGRUPO A1 – MATERIAL BIOLÓGICO:
- materiais utilizados na assistência com presença de sangue ou líquidos corpóreos
Grupo A: Resíduos com a possível presença de agentes
na forma livre.
biológicos que podem apresentar risco de infecção. (ex:
* Resíduos Autoclaváveis => Recipiente branco => Saco Vermelho => Saco para
bolsas de sangue, peças anatômicas, kits de hemodiálise,
autoclave
etc.).
SUBGRUPO A3 – MATERIAL CIRÚRGICO E ANATOMOPATOLÓGICO.
* O resíduo do tipo "infectante", apresenta um potencial de risco em três
níveis:
* Sepultamento.
• Saúde ocupacional de quem manipula este resíduo;
• Taxa de infecção hospitalar;
• Meio ambiente.
SUBGRUPO A4 – MATERIAL BIOLÓGICO:
Saco Branco
* RESÍDUO QUÍMICOS:
- Kit de hemodiálise; - bolsas de sangue vazias;
- amostras de laboratório com fezes, urina e secreções;
Grupo B: Resíduos contendo substâncias químicas que
representam riscos a saúde pública ou ao meio
- materiais utilizados na assistência que não contenham sangue
ou líquidos corpóreos na forma livre.
ambiente, independente de suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade.
(luvas contaminadas, material de sondagens, sondas e drenos em
geral, equipos de soros, bolsas de sangue vazias, restos de
curativos, qualquer material com presença de sangue ou
secreções, etc)
* Descartados sem tratamento prévio =>
Saco Preto
* Descartados sem tratamento prévio => Recipiente Branco =>
Saco Branco Leitoso.
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* EXEMPLOS DE RESÍDUOS QUÍMICOS:
Produtos Farmacêuticos;
Medicamentos Vencidos;
Tudo que entrar em contato com quimioterápicos;
* RESÍDUOS COMUNS:
Grupo D: todos os resíduos que, por suas características, não
necessitam
de
processos
diferenciados
relacionados
ao
condicionamento, identificação e tratamento. (ex: lixo de
Formol / Formalina;
Glutaraldeído a 2%;
Hipoclorito de sódio;
Ácido peracético;
Água oxigenada;
Álcool etílico;
Azul de metileno;
Desincrustante;
Glicerina;
Hipoclorito de sódio;
Sabão enzimático;
Sabão neutro e
Vaselina líquida.
banheiro, papéis, impressos, restos alimentares, etc).
• Descartados sem tratamento prévio => Saco Azul.
Saco Azul.
• Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98:
psicotrópicos, entorpecentes, imunossupressores
GERENCIAMENTO DE RESÍDUO
* RESÍDUOS PERFUROCORTANTE:
Grupo E: objetos e instrumentos contendo
-
INFECTANTE : Luvas, curativos, bolsas de sangue, equipos de
soros, seringas sem agulhas, kit de hemodiálise, drenos, SVD, SVA,
SNE, SNG, etc.
SACO BRANCO
-
COMUM: Lixo de banheiro, papéis e impressos em geral, papel
toalha, embalagens de seringas, embalagens de material estéril,
plásticos, carbono, restos alimentares, etc.
SACO
AZUL
-
PERFUROCORTANTE: Agulhas, seringas com agulhas, lâminas de
bisturi, ampolas de medicamentos, etc.
RECIPIENTE PRÓPRIO
PARA PERFUROCORTANTE.
-
RESÍDUO QUÍMICO: Medicamentos vencidos, quimioterápicos
SACO PRETO
cantos, bordas, partes ou protuberâncias
rígidas e agudas, capazes de cortar ou
perfurar.
* Recipiente próprio para perfurocortante
6.2. Consumo de Alimentos no Ambiente Hospitalar:
VI. ROTINA DE CONTROLE DE VETORES NO
AMBIENTE HOSPITALAR
É proibido a permanência e o consumo de alimentos fora do refeitório,
lanchonete e copas:
• Outros
ambientes do hospital possuem condições inadequadas para o
consumo de alimentos;
6.1. Dedetização e Desratização do Ambiente Hospitalar:
• Realizadas trimestralmente (3 / 3 meses);
•Realizado também a higienização dos reservatórios e caixas d’água;
• Aumento da proliferação de vetores no ambiente hospitalar;
• Aumento da transmissão de doenças infecciosas por vetores no ambiente
hospitalar incluindo as Infecções Hospitalares;
• Aumento da resistência dos insetos aos pesticidas utilizados na dedetização:
• Diminuição do intervalo de aplicação
• Maior risco de toxicidade para a comunidade hospitalar
• Maior custo operacional do processo;
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• Produção de resíduos alimentares em locais inadequados,
dificultando a segregação dos mesmos;
• Higienização dos vasilhames em locais inadequados (pia de
lavagem de mãos, pia de banheiro);
6.3. HORÁRIOS ALTERNATIVOS
HORÁRIO
REFEIÇÃO
6:30 – 8:00
Desjejum
9:00 – 10:00
Horário alternativo
intoxicação alimentar;
11:00 – 13:30
Almoço
• Uso inadequado de geladeiras de guarda de materiais
15:00 – 16:00
Lanche
16:30 – 18:00
Horário alternativo
19:00 – 20:00
Horário alternativo
• Conservação inadequada dos alimentos favorecendo a
hospitalares ou substâncias químicas, para conservação de
alimentos;
• Cumprir a determinação da Vigilância Sanitária em restringir
21:00 – 22:30
Jantar
22:30 – 23:30
Horário alternativo
o consumo de alimentos apenas ao refeitório, lanchonete e copas;
OBS: O auditório pode ser usado eventualmente para eventos
com consumo de alimentos, desde que o responsável comunique
previamente o serviço de higienização e nutrição.
Obrigada.
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