a organização espacial do corede central/rs: perspectivas

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A ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DO COREDE CENTRAL/RS: PERSPECTIVAS DO
RURAL1
SACCOL, Paloma Tavares2; NASCIMENTO, Taiane Flores do3; BEZZI, Meri
Lourdes4
1
Trabalho de Pesquisa_ NERA/UFSM
Acadêmica do Curso Geografia Bacharelado da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Santa Maria, RS, Brasil
2
Acadêmica do Curso de Geografia Bacharelado da Universidade Federal de Santa Maria(UFSM).
Santa Maria, RS, Brasil
3
Professora Doutora do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Maria
(UFSM). Santa Maria, RS, Brasil
Iniciação Científica FAPERGS/PROBIC/UFSM
Email: [email protected]; [email protected]; [email protected]
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RESUMO
A pesquisa contribui com estudos voltados para a organização espacial do COREDE
Central/RS enfatizando o espaço rural. A dinâmica espacial se organiza e se (re)organiza
de acordo com as mudanças impostas pelo capital. Neste sentido, o trabalho tem como
objetivos: (a) analisar a formação regional do COREDE Central para a compreensão das
diferenciações econômicas e (b) identificar as principais atividades responsáveis pelo
desenvolvimento local/regional. Metodologicamente, revisaram-se as matrizes teóricas e,
paralelamente, realizou-se o trabalho de campo, o qual se constituiu na captura de
fotografias e de entrevistas realizadas nas Secretarias de Agricultura dos municípios. Neste
contexto, pode-se afirmar que a maioria das unidades territoriais apresenta sua dinâmica
econômica baseada na pecuária e nas monoculturas do arroz e da soja as quais são
responsáveis pela geração de capital que retroalimenta o espaço urbano destes municípios.
Palavras-chave: Organização espacial; COREDE Central; Espaço rural.
1. INTRODUÇÃO
O COREDE Central, assim como o Estado gaúcho, apresenta sua matriz econômica
alicerçada e dependente das atividades agrícolas. Está região corediana tem, na agricultura
e na pecuária, os condicionantes para o desenvolvimento do espaço rural e, através dessas
atividades, a sua inserção no mercado local/regional.
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A organização do espaço está atrelada a transformação e evolução da sociedade, a
qual se mantém em um processo contínuo de desenvolvimento. Enfatiza-se que a
organização do espaço é determinada pela tecnologia, cultura e nas relações sociais que
nela se desenvolvem. Dessa forma, sempre que a sociedade ou a relação sociedade x
natureza se alterar, no decorrer do tempo, a dinâmica espacial que reflete essas mudanças,
consequentemente, provocará sua reorganização espacial. (MORAES, 2009).
Destaca-se que o COREDE Central tem esta denominação por se localizar na região
central do Estado do Rio Grande do Sul, sendo constituído pelos seguintes municípios:
Agudo, Dilermando de Aguiar, Dona Francisca, Faxinal do Soturno, Formigueiro, Itaara,
Ivorá, Jari, Julio de Castilhos, Nova Palma, Pinhal Grande, Quevedos, Santa Maria, São
João do Polêsine, São Martinho da Serra, São Pedro do Sul, Silveira Martins, Toropi e
Tupanciretã. (MAPA 1).
Mapa 1: Localização do COREDE Central/RS. Fonte: Arcgis 10. Orgs: SCCOTI, Anderson
Augusto Volpato; VOIGT, Elizandra, 2011.
Os Conselhos Regionais de Desenvolvimento (COREDES) foram criados, pela
Secretaria de Coordenação e Planejamento do Rio Grande do Sul e se constituem em uma
das principais iniciativas no sentido de construir uma política regional. Com tal finalidade
foram criadas, 28 unidades que agregam grupos de municípios com perfil socioeconômico
semelhante.
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O trabalho teve como objetivo geral, analisar a organização espacial do COREDE
Central. Especificamente buscou-se: (a) analisar a formação regional do COREDE Central
para a compreensão das diferenciações econômicas e (b) identificar as principais atividades
responsáveis pelo desenvolvimento local/regional.
Dessa forma, a relevância da pesquisa está em fornecer subsídios à temática
agrária, através do estudo do COREDE Central, considerando as atividades agrícolas
tradicionais que juntamente com a inserção de novos cultivos, proporcionam a
reestruturação na matriz produtiva das unidades territoriais que fazem parte do mesmo.
1.1 A organização espacial do COREDE Central
A Geografia tem como preocupação central a relação sociedade e natureza e como
elas se distribuem no espaço geográfico. Neste sentido, viabiliza suas análises através da
organização espacial. (MORAES, 2009).
Além de se constituir o foco central dos estudos geográficos, a estrutura espacial,
expressa um fenômeno social, pois se refere à materialidade da relação sociedadenatureza, uma vez que os arranjos espaciais refletem as práticas socioculturais dos homens
em relação ao meio.
Nesse sentido, resgata-se Corrêa (2003, p. 53), quando o autor aponta
Como materialidade, a organização espacial é uma dimensão da totalidade
social construída pelo homem ao fazer a sua própria história. Ela é, no
processo de transformação da sociedade, modificada ou congelada e, por
sua vez, também modifica e congela. A organização espacial é a própria
sociedade espacializada.
A partir das necessidades humanas, verifica-se uma intervenção na natureza. Assim,
se estabelece uma divisão do trabalho e de como será a produção, surgindo, também,
relações sociais alicerçadas na produção. É no trabalho social que o homem estabelece
relações entre si e o meio. (CORRÊA, 2003).
O homem consegue organizar o espaço em que vive a partir do momento em que ele
consegue dominar. Ele organiza e reorganiza o espaço para introduzir estruturas que
facilitem o seu desenvolvimento.
A organização espacial, representada pelo conjunto de objetos criados pelo homem
e dispostos na superfície terrestre, não é somente um reflexo do trabalho humano. Enquanto
reflexo passa a ser um meio de vida no presente (produção) e uma condição para o futuro
da sociedade (reprodução social). Assim, a organização espacial refletirá a identidade
cultural do grupo que a criou. (CORRÊA, 2003).
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De acordo com suas crenças e valores, os grupos sociais imprimem suas
características no espaço, originando-se formas singulares, dotadas de significados para tal
comunidade. A diversidade de culturas existentes no globo resulta numa variedade de
formas de organização do espaço.
Para Santos (1996, p.162), é relevante colocar que
Cada atividade tem um lugar próprio no tempo e um lugar próprio no
espaço. Essa ordem espácio-temporal não é aleatória, ela é um resultado
das necessidades próprias à produção. Isso explica porque o uso do tempo
e do espaço não é feito jamais da mesma maneira, segundo os períodos
históricos e segundo os lugares e muda, igualmente, com os tipos de
produção.
Destaca-se que o espaço geográfico pode ser visto como produto histórico que
sofreu e sofre um processo de acumulação técnico-cultural. Apresentam em cada momento
histórico as características da sociedade que o produz e/ou reproduz. (MORAES, 2009).
Resgata-se, mais uma vez, Corrêa (2003, p. 63) quando o autor comenta
Ao introduzirem um novo produto agrícola e a modernização tecnológica em
uma área rural, as grandes corporações podem, direta ou indiretamente,
alterar sua estrutura agrária: concentração fundiária, mudança nas relações
de produção com uma nova força de trabalho constituída por boias-frias,
emigração do excedente demográfico, etc. Aceleram, ainda, o processo de
exaustão dos solos e, em relação às cidades da área, alteram as suas
funções, pela diminuição da produção de sua área de influência e pelo novo
modelo de demanda rural.
As transformações no processo produtivo e a modernização da agropecuária,
representada pelo uso de tecnologias modernas, do capital, inserção de novos cultivos e
mudanças nas relações de trabalho, influenciam na organização e reorganização do espaço
rural.
2. METODOLOGIA
A pesquisa, ao direcionar seu enfoque investigativo para o COREDE Central/RS,
estruturou-se metodologicamente em etapas. Na primeira, fez-se um levantamento
bibliográfico para estabelecer o referencial teórico-metodológico do trabalho, através de
bibliografias específicas sobre a temática em estudo.
Definidas as matrizes teóricas, a segunda fase, se consistiu na coleta de dados
relativos às principais produções primárias desenvolvidas na região corediana. Deste modo,
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foram coletados dados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
correspondente à pecuária (número de cabeças) e na agricultura (área, produção e
produtividade) das principais culturas, ou seja, a soja, o arroz, o milho, o fumo entre outras.
Na terceira da pesquisa foi realizado o trabalho de campo com intuito de observar in
loco a problemática em estudo. Neste sentido, elaborou-se um questionário, instrumento
utilizado para as entrevistas, com questões específicas sobre a temática desta investigação,
direcionados às Secretarias de Agricultura dos municípios pertencentes ao COREDE
Central/RS.
Nesta perspectiva, aliando os conceitos aos dados coletados e a observação in loco,
pode-se interpretar e analisar a atual configuração socioespacial das unidades territoriais
que compõe o COREDE Central em análise, com ênfase para as principais atividades
primárias desenvolvidas neste recorte espacial.
3. RESULTADOS E DISCUSSÔES
O setor primário pode ser definido como aquele onde as atividades estão
relacionadas à utilização dos recursos naturais, representado por atividades extrativas ou
manejo destes recursos. (FERRO,2009)
O Rio Grande do Sul apresenta características propícias ao desenvolvimento do
setor primário, uma vez que suas potencialidades físico-naturais proporcionam solos férteis,
favoráveis para ao desenvolvimento da agricultura e da pecuária contribuindo para o setor
primário ser o principal na economia do estado gaúcho. (FERRO, 2009).
Com relação à agricultura do COREDE Central, a mesma está alicerçada na
produção de monoculturas como a soja e o arroz. Por outro lado, a pecuária se baseia na
criação de bovinos, sendo destaque em escala estadual. Observou-se, que na atualidade a
estrutura fundiária das unidades territoriais do COREDE Central apresenta uma
desconcentração da terra com o predomínio da pequena propriedade baseada na
agricultura familiar. Tal fato é justificado pela partilha da terra por herança ou pela venda da
mesma.
A chegada dos imigrantes alemães ao Estado gaúcho, em 1824 objetivando
fortalecer a ocupação e incentivar a produção agrícola se expandiu pelo interior do Rio
Grande do Sul estendendo-se até a porção central, contribuindo para a formação e
organização espacial do COREDE Central. Parte dos imigrantes instalou-se na área, onde
hoje se situa o município de São Pedro do Sul e Itaara, contribuindo para a caracterização
do setor primário da região corediana em estudo, através da produção de milho e fumo, bem
como no desenvolvimento de uma rede de comércio de produtos coloniais.
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Essa forma de ocupação proporcionou o desenvolvimento da agricultura de
subsistência, visto que os colonos cultivavam variados produtos, sendo obrigados a utilizar
somente a mão de obra familiar devido à demora, por parte do governo, em fornecer
subsídios.
Por um período de quarenta anos a partir do momento em que os imigrantes
alemães aqui se instalaram, a atividade agrícola constituiu-se na única fonte de renda dos
proprietários dos lotes recebidos ou comprados. Entre os principais produtos agrícolas
cultivados, pode-se destacar o milho, o feijão, a batata, a mandioca e o fumo. Assim, a
diversificação de gêneros alimentícios produzidos pelos colonos desenvolveu um mercado
interno lucrativo, através da comercialização dos produtos coloniais, gerando a circulação e
acúmulo de capital.
Pode-se dizer que a colonização europeia marcou profundamente a organização do
espaço primário gaúcho, sendo um fator fundamental na estruturação do setor primário do
Rio Grande do Sul e do COREDE Central.
Por basear-se na agricultura comercial e na pecuária, o COREDE Central passou a
destinar, mais recentemente, o uso de suas propriedades para a lavoura empresarial
altamente capitalizada, através de arrendamentos. Desse modo, as propriedades
direcionam sua produção para monoculturas da soja ou do arroz.
Destaca-se que atualmente a lavoura de soja é expressiva em todos os municípios
coredianos. Entre as unidades territoriais mais significativas na produção de soja salienta-se
Tupanciretã e Julio de Castilhos. Tupanciretã é considerado a capital da soja, devido a sua
expressiva produção, que é a maior do Rio Grande do Sul.
A produção de arroz dinamizou os municípios coredianos através da melhoria da
infraestrutura, pois houve a necessidade de viabilizar o escoamento da produção e
beneficiar a construção e o melhoramento das estradas de acesso às lavouras. As unidades
territoriais mais significativas na produção do arroz são Formigueiro, Agudo e Santa Maria.
Salienta-se também a presença de novas cadeias produtivas centrada na produção
de cítricos, como a laranja e a uva. Diferentemente das regiões produtoras situadas na
Serra Gaúcha, as mesmas não apresentam caráter industrial. A produção de frutas nesta
região corediana destina-se, principalmente, ao próprio consumo e a comercialização em
feiras locais, com ênfase para a fruta in natura e doces de fabricação caseira (compotas).
Sobre o desenvolvimento da pecuária no COREDE Central/RS, pode-se afirmar que
esta atividade seguiu os parâmetros estabelecidos pelo contexto regional ao qual se inseriu
esta atividade no Rio Grande do Sul, principalmente, na sua porção centro-sul, onde são
feitos investimentos para o gado de corte, considerado como o produto centralizador da
economia rio-grandense.
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Atualmente, os maiores rebanhos bovinos localizam-se nos municípios coredianos
como Santa Maria e Tupanciretã, com ênfase para a pecuária de corte, em regime de
criação extensiva. Embora a criação de bovinos de corte prevaleça como principal produto
da pecuária corediana, outras criações também se fazem presentes, como os suínos, ovinos
e as aves, entretanto, elas estão direcionadas para a agricultura familiar.
4. CONCLUSÕES
Considerando a estrutura produtiva das unidades territoriais que compõem o
COREDE Central este apresenta uma dicotomia entre a grande e a pequena propriedade.
Os pequenos estabelecimentos rurais baseiam-se na agricultura familiar e na
agroindústria, desenvolvidas, principalmente, em unidades territoriais com áreas pequenas a
maioria delas está situada na Quarta Colônia de Imigração Italiana. Destaca-se que a sua
principal contribuição é a produção de alimentos, geralmente, de milho e feijão, além do
cultivo de fumo. São nesses estabelecimentos que se encontram uma diversidade de
atividades agropecuárias, as quais visam novas oportunidades de renda, a fim de
agregarem valor à produção. Essa diversidade é representada principalmente pelo cultivo do
fumo, do milho e da mandioca e pelo desenvolvimento da pecuária leiteira. Essas atividades
proporcionam, aos produtores, uma menor dependência de que se houvesse apenas uma
cultura, como ocorre, geralmente, nos estabelecimentos de grandes e médias propriedades.
Nos médios e grandes estabelecimentos agropecuários, predominam as atividades
pecuaristas e as lavouras empresariais do arroz e da soja, estas têm valor comercial devido
aos preços favoráveis no mercado internacional e nacional. Os médios e grandes
estabelecimentos estão concentrados na porção norte do COREDE Central.
A posição geográfica do COREDE Central, no Rio Grande do Sul atrelado aos
fatores históricos de povoamento em que se instalaram grandes propriedades pastoris e de
colonização (pequenas propriedades implantadas na Quarta Colônia de Imigração Italiana
no Rio Grande do Sul), fez com que o recorte espacial em análise apresenta-se algumas
particularidades referentes à sua organização espacial, tanto no rural quanto no urbano.
Observou-se através do trabalho de campo que a soja apresentou um crescimento
em área plantada e quantidade produzida em algumas unidades coredianas. A soja é o
produto mais valorizado e responsável pela modernização agrícola no COREDE Central.
Percebeu-se também que a utilização da terra é direcionada para as lavouras temporárias e
para a pecuária de corte. Outra questão abordada no trabalho de campo refere-se às
atividades paralelas desenvolvidas juntamente com a cultura da soja. É importante enfatizar
que esta cultura em alguns municípios é a principal e única cultura e, em outros, ela é
consorciada com o arroz.
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Através do processo de modernização agrícola, as atividades agropecuárias buscam
expandir a produção e elevar a produtividade. No COREDE Central a modernização do meio
rural é representada pela utilização dos equipamentos agrícolas. A modernização da
agricultura é um dos aspectos significativos, quando se analisam as lavouras comerciais,
principalmente, do arroz e da soja. Como nos estabelecimentos produtores desses cultivos
predominam as lavouras empresariais é necessário que os mesmos utilizem mecanização
para que os retornos sejam viáveis.
Convém enfatizar que, no COREDE Central, é destaque o município de Santa Maria,
unidade territorial que exerce forte polarização na região corediana em termos de empregos,
saúde, educação e prestação de serviços, contando com significativo potencial de geração
de inovações, as quais propiciam ao município, a possibilidade de se especializar na
prestação de serviços técnico-comerciais, baseados na modernização da agricultura e na
expansão do agronegócio.
Desse modo, este estudo buscou tornar-se relevante ao gerar e sintetizar resultados
condizentes com a realidade espacial do COREDE Central, visando à compreensão da
realidade em âmbito local/regional. Também se apresenta subsídios teóricos ao se analisar
o desenvolvimento do COREDE Central. Busca-se incentivar a prática acadêmica vinculada
à pesquisa e à extensão em recortes regionais que necessitam de avaliação quanto à suas
potencialidades econômicas ligadas aos seus espaços rurais, visto que as atividades do
setor primário passam por reestruturações resultantes das transformações socioeconômicas
que necessitam constantemente serem revistas e repensadas.
Evidencia-se, na perspectiva do rural, que existem “permanências” ou “resistências”
na esfera agropecuária do COREDE Central e as mesmas são resultados do processo de
povoamento que este recorte regional vivenciou, consolidando-se como “marcas” culturais
representativas. A pesquisa considera que o setor primário do COREDE Central apresentase como um dos principais atores no processo de reorganização deste recorte espacial.
Diante do exposto, aponta-se que a organização do espaço rural do COREDE
Central é decorrente dos reflexos das distintas atividades agropecuárias desenvolvidas no
mesmo. Elas proporcionam dinâmica à economia local, uma vez que o COREDE Central
tem no meio rural, a sua base econômica. A inter-relação das atividades tradicionais com a
inserção de novas cadeias produtivas e, também, com as atividades não agrícolas
apresentam-se como perspectivas para a diversidade produtiva.
Infere-se, também, que o espaço rural é o elemento fundamental para promover o
crescimento local/regional. Como perspectivas para alcançar o desenvolvimento do espaço
rural e, consequentemente, do COREDE Central, sugere-se que os produtores rurais e o
poder público local busquem investir em alternativas viáveis que atendam a diversidade da
produção, através do aperfeiçoamento das cadeias produtivas existentes com a utilização
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de técnicas de manejo modernas que proporcionem maior produtividade e qualidade dos
produtos. Também deve ser viabilizado o financiamento através de políticas de crédito
voltadas ao pequeno produtor além da melhoria da infraestrutura de transportes.
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