Informativo do Sistema Público da Agricultura - Ano I - Edição n° 04 - Brasília, 13 de novembro de 2012. Mulheres de área rural aprendem a fazer sacolas retornáveis Mulheres de seis comunidades participaram do curso na última semana S acos de farinha são matérias-primas que geram renda e uma nova ocupação para moradoras de comunidades rurais do Distrito Federal. Só neste ano, serão mais de 50 mulheres capacitadas para confecção de sacolas retornáveis e lixeiras para carros. A iniciativa faz parte das atividades propostas pelo GDF por meio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) para o desenvolvimento das famílias rurais. O curso começou em fevereiro nos assentamentos atendidos por convênio entre Emater e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Goiás, e agora se estende a diversos núcleos rurais do DF. Na semana passada, foram 13 participantes de comunidades atendidas pelos escritórios da Emater em Brasília, Ceilândia, Alexandre de Gusmão e Brazlândia. Até a pró- xima quarta-feira (21), são mais 10 mulheres das regiões do Paranoá, Sobradinho e núcleo rural Jardim. Segundo a economista doméstica da Emater-DF, Heloiza Helena Rodrigues, essa ação condiz com o cenário de substituição das sacolas plásticas pelas retornáveis. “A partir deste curso a Emater espera que as mulheres adquiram a habilidade de reciclar, sejam multiplicadoras do conhecimento em suas comunidades e gerem renda extra para suas famílias”, explicou Heloiza. Moradora do núcleo rural Capão da Erva, na região do Paranoá, Luciene Brito de Oliveira acredita que aprender a costurar é como aprender a ler. “É uma descoberta maravilhosa. Agora estou aperfeiçoando meu conhecimento com materiais e modelos diferentes de sacolas”, diz. Parceria – O material para confecção das sacolas é adquirido por meio de parcerias com instituições públicas e privadas. Atualmente, uma padaria do DF faz a doação de sacos de fibra, que costumam ser utilizados para carregar farinha. A ideia é aumentar o número de parceiros e obter mais materiais para confecção. Além da Emater-DF, a ação é desenvolvida com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que promove o curso com a professora Idalina Maria Rodrigues. Agroindústrias artesanais são opção para o aumento da renda na área rural Equipe da Secretaria de Agricultura visita agroindústria artesanal O Distrito Federal encerra o ano com 20 agroindústrias artesanais em funcionamento. Em 2011 foram oito autorizadas a funcionar – o que significa que 2012 teve um crescimento acima de 100% na abertura de novos estabelecimentos, em relação ao ano passado. O crescimento se deve aos esforços da Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural o DF e da Emater-DF em aplicar e lei sobre o segmento, existente desde 2008, para expandir o setor, e dos produtores e moradores da área rural, que arregaçaram as mangas para agregar valor aos alimentos, ao invés de vendê-los in-natura. Os produtos são bastante variados, indo de pães a sorvetes – passando por processamento de alimentos como castanha de baru, araticum, frutas passas, entre outros. Também são produzidos biscoitos, frutas desidratadas, bolos, amendoins e mais uma infinidade de produtos. Os alimentos beneficiados nas agroindústrias artesanais também fortalecem a manutenção das tradições culturais das popu- Requisitos para a agroindústria artesanal - Produzir em conformidade com Lei nº 4096/2008 e o Decreto nº 29813/2008; - Gerar renda bruta anual de até R$ 120 mil reais; - Possuir registro nos órgãos sanitários (Diretoria de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal e Animal – Dipova e Diretoria de Vigilância Sanitária – Divisa) lações do Distrito Federal, pois, para se adequar ao conceito de artesanal, os produtos devem ter papel cultural, além do alimentar. Podem ser usados alimentos de origem animal – como carnes, leite, pescados e apícolas – e de origem vegetal – como frutas, hortaliças, raízes, cana-de-açúcar, grãos e cereais, desde que devidamente aprovados pelos órgãos sanitários competentes. “Hoje, com a produção que tenho, a vida está melhor”, diz Cosma Pitangui, produtora artesanal. Benefícios do registro de estabelecimento artesanal - Disponibilização de pontos de comercialização pelo GDF; - Tratamento diferenciado e simplificado nas seguintes áreas: • fiscal e tributária; • crédito; • análises laboratoriais; • organização social e econômica; • produção e comercialização dos produtos permitidos na legislação do setor. Emater aperfeiçoa formação de vaqueiros P rodutores de núcleos rurais do Distrito Federal concluíram, nesta terça-feira (13), o último módulo do curso Vaqueiro Competente, no Centro de Treinamento da Emater/DF, localizado no Instituto Federal de Educação de Brasília, em Planaltina. Foram cinco módulos com conteúdos que objetivam o aperfeiçoamento do desempenho dos trabalhadores que se dedicam a essa atividade, sejam eles proprietários ou empregados em propriedades produtoras de leite. A programação, dividida em aulas teóricas e práticas, teve o objetivo de capacitar em diversas áreas de atuação — como criação de bovinos, gestão de propriedades, higiene e controle de ordenha, fabricação de queijo, noção de eletricidade e hidráulica, legislação ambiental Técnico em laticínios da Emater, José Roberto, explica sobre fabricação de queijo e sanitária, entre outros. Os temas são escolhidos em função do que os produtores e trabalhadores definem como os mais importantes para se ter sucesso na produção leiteira. Para o produtor da região de São Sebastião, Ismael Lima Primo, informação nunca é demais. “Entrego leite para a cooperativa da região e a qualidade do leite é muito importante. O que vi aqui vai ajudar a melhorar meu trabalho”, disse. No último módulo do curso, os participantes foram orientados pelo técnico em laticínios da Emater-DF, José Roberto de Oliveira, sobre boas práticas de fabricação e técnicas de produção dos queijos minas frescal, minas padrão e ricota. Seminário debate agroecologia no DF S oberania alimentar e autonomia dos agricultores: esse é o tema do 3º Seminário de Agroecologia do Distrito Federal, promovido pela Emater-DF, que acontece na próxima semana, entre os dias 20 e 22 (terça e quinta-feira). O evento, voltado para produtores rurais, técnicos, estudantes e demais interessados, será realizado no campus da Universidade de Brasília (UnB) em Planaltina. Para o engenheiro agrônomo Roberto Guimarães Carneiro, coordenador do programa de Agroecologia da Emater-DF, o seminário é uma excelente oportunidade para promover a interação técnico-científica na área. “Há uma importante troca de experiências que deve fortalecer a atividade agroecológica no Distrito Federal”, aponta Roberto. Ele lembra ainda que, para este ano, o seminário traz uma novidade: serão apresentados 45 trabalhos por estudiosos de vários pontos do país. “Quando abrimos as inscrições, não imaginávamos que a procura seria tão grande”, afirma Roberto, constatando o sucesso da iniciativa. Além dos debates, palestras e mesas-redondas, o seminário contará também com uma programação cultural, com apresentações musicais e exibição de filmes. Confira a programação: www.seagri.df.gov.br www.fup.unb.br Informações: 3340-3098 ou 3107-8058 Combate ao desperdício na Ceasa-DF abastece o Banco de Alimentos Para amenizar e combater os problemas de segurança alimentar e a extrema pobreza, a CeasaDF busca alternativas como o Programa Desperdício Zero - que visa à redução das perdas de alimentos, tanto na produção quanto na comercialização. Os produtos que não atendem aos padrões comerciais, mas que são próprios para o consumo, são doados por comerciantes e produtores ao Banco de Alimentos. Até agora, já foram arrecadadas 18 toneladas de alimentos, que foram distribuídas a mais de 290 entidades socioasssitenciais. A Ceasa pretende intensificar a campanha junto aos empresários e produtores, além de ampliá-la para as redes de hipermercados, sacolões e demais estabelecimentos comerciais que trabalham com produtos alimentícios. O Banco de Alimentos também funciona como ponto de apoio para a recepção e distribuição dos produtos adquiridos pelo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Programa- O PAA é um programa do governo federal, exe- cutado por meio de um convênio entre o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome (MDS) e a Secretária de Agricultura e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF), que permite a compra direta dos produtos da agricultura familiar do DF e Entorno. Esses produtos são doados às entidades socioassistenciais previamente cadastradas no Banco de Alimentos da CeasaDF. São distribuídas em média, por mês, 95 toneladas de alimentos adquiridos por meio do PAA - o que significa um investimento de mais de R$ 5 milhões na área rural do Distrito Federal e atendimento a mais de 23 mil pessoas em situação vulnerabilidade social. Nutrição - A variedade de produtos é importante para possibilitar uma alimentação balanceada. Por isso, o Banco trabalha com mais de 80 tipos de legumes, verduras, hortaliças e frutas, além de produtos lácteos e carnes. Para o presidente da CeasaDF, Wilder Santos, as principais causas do desperdício dentro da Ceasa estão no uso de embalagens inadequadas, no manuseio incorreto, no acondicionamento e na conservação inadequados, além da dificuldade de padronização e seleção. “O desperdício é um problema mundial e na Ceasa não é diferente, por isso precisamos de ações efetivas para combater esses problemas”, ressaltou Wilder. Segundo o presidente, os desafios da Ceasa para minimizar esse desperdício envolvem ações como a adoção de padronização de embalagens, implantação de boas práticas no manuseio dos alimentos, modernização da infraestrutura - com a instalação de câmaras frias e locais adequados para higienização e manipulação dos produtos -, implantação do programa de resíduos sólidos e ações permanentes de educação e conscientização para todos os usuários da Ceasa. Além desses desafios, é necessário que os produtores adotem procedimentos e práticas que mantenham a qualidade dos alimentos entre a colheita e a entrada na Ceasa. O risco de desperdiçar o alimento continua, mesmo depois da comercialização, por isso, os cuidados para preservar esses produtos também devem ser seguidos nos mercados, sacolões, restaurantes e na manipulação em casa. “Se todos esses procedimentos forem adotados, conseguiremos reduzir consideravelmente o desperdício de alimentos no DF”, afirmou Wilder. Informativo produzido pelas assessorias de comunicação social: Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri-DF) - 3051-6347 Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-DF) - 3340-3002 Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF) - 3363-1024 Secretaria de Agricultura e Desenvolvimento Rural