Rússia deve atingir pico de exportações de armas este ano

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Rússia deve atingir pico de
exportações de armas este ano
Segundo o diretor-geral da Rosoboronexport, a maior
exportadora de armas no país, um dos principais objetivos da
nova estratégia da empresa é ampliar a geografia das
exportações e da lista de serviços.
Com o volume de trocas no mercado mundial de armas crescendo,
a participação russa nas vendas internacionais de equipamentos
militares atingiu seu auge. Em um futuro próximo, o principal
desafio dos exportadores de armas russos será manter os
indicadores alcançados e buscar novos parceiros comerciais
promissores, dizem especialistas. Nos últimos anos, as
exportações militares russas quadruplicaram e tendem a atingir
o pico neste ano, afirmam os executivos da Rosoboronexport, a
maior exportadora de armas no país.
Segundo a nova estratégia da empresa, com duração até 2020,
entre 2013 e 2016, as exportações militares russas
permanecerão na faixa de US$ 13 bilhões por ano. Segundo
estimativas, em 2013, as exportações de helicópteros crescerão
20% e as de sistemas de defesa antiaérea, 30%.
“Monitoramos todos os mercados, analisamos as necessidades de
diferentes países em helicópteros, aviões e blindados e
compreendemos suas tendências de desenvolvimento. O mercado
mundial está mudando, mas não esperamos mudanças drásticas.
Por isso, não esperamos grandes avanços nos próximos anos. Não
dizemos que o volume de vendas diminuirá nem podemos afirmar
que ele crescerá”, disse o porta-voz da empresa, Viatcheslav
Davidenko.
Segundo o diretor-geral da Rosoboronexport, Anatóli Issáikin,
um dos principais objetivos da nova estratégia da empresa é
ampliar a geografia das exportações e da lista de serviços. A
empresa pretende aumentar sua presença na cooperação técnicomilitar internacional. Para tanto, propõe conceder às empresas
aliadas o direito de prestar diretamente os serviços pós-venda
aos clientes estrangeiros. Além disso, a empresa planeja
fortalecer seus laços com empresas da indústria armamentista,
estimular as atividades de pesquisa e desenvolvimento de novos
tipos de armas e elaborar programas para a modernização e
sucateamento de armas exportadas anteriormente.
No entanto, os especialistas estão céticos em relação à
possibilidade da Rússia de entrar em novos mercados de armas.
“Não há novos mercados para nós. Poderíamos operar em mercados
africanos, onde há demanda, mas não há dinheiro”, disse o
diretor do departamento de análise do Instituto de Análise
Política e Militar, Aleksandr Khramtchíkhin.
“Ninguém pode garantir que as exportações de armas irão
crescer porque este mercado é altamente competitivo e conta
com novos participantes”, diz o especialista.
Nesse caso, seria lógico operar em vertentes tradicionais como
o Vietnã e a Índia. “A Índia reclama da qualidade de nossos
produtos embora seja nosso principal cliente. O Vietnã é nosso
cliente permanente. Portanto, não vejo grandes problemas nesse
mercado. Os nossos demais clientes compram nossos produtos
militares em quantidades muito menores”, diz Khramtchíkhin.
Na sua opinião, em um futuro próximo, a Venezuela se tornará
não-competitiva, pois pode enfrentar, em breve, um colapso
financeiro e a mudança do poder. A Argélia comprou tanto que
não precisa mais de armas russas, completa. “Eu também não
diria que a Rússia está recuperando seus contatos anteriores
com a China em termos de compras de armas. Desde 2007, o
volume de vendas de armas à China diminuiu significativamente
e não tem nenhuma chance de se recuperar”, adiantou o
especialista.
Enquanto isso, de acordo com estimativas internacionais, os
principais compradores de produtos militares são países
orientais e do Pacífico Asiático.
“Alguns produtos russos, como, por exemplo, o avião de caça de
quarta geração Su-35, não têm pares no mundo. Em um futuro
próximo, o país planeja começar a exportar os novos
helicópteros Mi-17, Mi- 38 e Ka-62”, disse o primeiro vicepresidente da organização não-governamental União Russa de
Engenheiros, Ivan Andriévskii.
Portanto, os planos políticos e os novos programas técnicomilitares do país podem servir de estímulo para o aumento do
potencial de exportações militares russas.
Fonte: Gazeta Russa
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