Por. Semana 5 Eduardo Valladares (Bruna Basile)

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Semana 5
Eduardo Valladares
(Bruna Basile)
CRONOGRAMA
06/03
Aula de exercícios
com enfoque em
interpretação
de enunciados e
comandos
09:15
19:15
13/03
Estutura e
Formação de
palavras
09:15
19:15
20/03
Semântica das
palavras variáveis
(substantivo e
artigo)
09:15
19:15
27/03
Semântica das
palavras variáveis
(adjetivo e
numeral)
09:15
19:15
Estrutura e
formação de
palavras
01. Resumo 02. Exercício de Aula
03. Exercício de Casa
04. Questão Contexto
13
mar
RESUMO
Segundo o dicionário Michaelis, a palavra estrutura (sf) em uma das suas acepções possíveis significa
✓ Prefixal: Acréscimo de um prefixo à palavra pri-
“modo de construção de algo; formação”. Dessa for-
mitiva.
ma, podemos entender que toda construção é feita com algum tipo de elemento. E quando falamos
✓ Sufixal: Acréscimo de um sufixo à palavra primi-
em palavras possuímos elementos que compõem a
tiva.
sua estrutura e também alguns processos que as formam.
✓ Prefixal e sufixal: Acréscimo não simultâneo de
sufixo e prefixo à palavra primitiva.
Estrutura de palavras
✓ Imprópria: Mudança na classe gramatical da palavra.
femas que são as menores unidades possíveis que
✓ Regressiva: É a formação de uma palavra não por
podemos dividir a palavra, com o intuito de que cada
acréscimo, mas por redução.
uma dessas partes tenham um significado. São morfemas formadores de uma palavra:
✓ Parassintética: Acréscimo simultâneo de sufixo e
prefixo à palavra primitiva.
→ Radical: Parte da palavra que não se modifica, e
que indica a origem da palavra.
→ Composição: É o processo que forma palavras
compostas, a partir da junção de dois ou mais radi-
→ Vogal temática: Nos nomes, faz com que o radi-
cais.
cal possa ser uma palavra e nos verbos indica a conjugação a que o verbo pertence.
✓ Justaposição: Ocorre quando uma palavra resulta
da combinação de dois radicais e não sofre altera-
→ Desinências: Indicam a qualidade gramatical da
ção fonológica.
palavra, por exemplo, o gênero e o número nas estruturas nominais e nas estruturas verbais, o modo,
✓ Aglutinação: Combinação entre dois ou mais radi-
o tempo, a pessoa e o número.
cais que sofrem alteração na sua forma fonológica.
→ Afixos: São morfemas responsáveis por transfor-
→ Siglonimização: É o processo de redução de
mar uma palavra primitiva em uma derivada. Se sua
uma palavra pela transformação em uma sigla.
posição for antecedente ao radical, o afixo é chamado de prefixo e se sua posição for posterior ao radi-
→ Abreviação: Processo pelo qual uma palavra se
cal, ele é chamado de sufixo.
forma por eliminação de parte da palavra original.
Processos de formação de
palavras
→ Hibridismo: É a formação de uma palavra a partir
de elementos de duas línguas diferentes.
→ Neologismo: Criação de uma palavra nova para
→ Derivação: É o processo em que uma palavra
nova (derivada) é formada a partir de uma palavra já
existente (primitiva).
atender às necessidades dos falantes.
Por. 103
Para construirmos as palavras precisamos dos mor-
EXERCÍCIO DE AULA
1.
A forte presença de palavras indígenas e africanas e de termos trazidos pelos imigrantes a partir XIX é um dos traços que distinguem o português do
Brasil e o português de Portugal. Mas, olhando para a história dos empréstimos que o português brasileiro recebeu de línguas europeias a partir do
século XX, outra diferença também aparece: com a vinda ao Brasil da família
real portuguesa (1808) e, particularmente com a Independência, Portugal
deixou de ser o intermediário obrigatório da assimilação desses empréstimos
e, assim, Brasil e Portugal começaram a divergir, não só por terem sofrido
influências diferentes, mas também pela maneira como reagiram a elas.
(ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente: a língua que estudamos, a
língua que falamos. São Paulo: Contexto, 2006)
Os empréstimos linguísticos, recebidos de diversas línguas, são importantes na
constituição do Brasil porque
gração.
b) transformaram em um só idioma línguas diferentes, como as africanas, as
indígenas e as europeias.
c) promoveram uma língua acessível a falantes de origens distintas, como o africano, o indígena e o europeu.
d) guardaram uma relação de identidade entre os falantes do português do
Brasil e os do português de Portugal.
e) tornaram a língua do Brasil mais complexa do que as línguas de outros países
que também tiveram colonização portuguesa.
2.
Carnavália
Repique tocou
O surdo escutou
E o meu corasamborim
Cuíca gemeu, será que era meu, quando ela passou por mim?
[…]
ANTUNES, A.; BROWN, C.; MONTE, M. Tribalistas, 2002 (fragmento)
No terceiro verso, o vocábulo “corasamborim”, que é a junção coração + samba
+ tamborim, refere-se, ao mesmo tempo, a elementos que compõem uma escola
de samba e a situação emocional em que se encontra o autor da mensagem, com
o coração no ritmo da percussão. Essa palavra corresponde a um(a)
a) estrangeirismo, uso de elementos linguísticos originados em outras línguas e
representativos de outras culturas.
b) neologismo, criação de novos itens linguísticos, pelos mecanismos que o sistema da língua disponibiliza.
c) gíria, que compõe uma linguagem originada em determinado grupo social e
que pode vir a se disseminar em uma comunidade mais ampla.
d) regionalismo, por ser palavra característica de determinada área geográfica.
e) termo técnico, dado que designa elemento de área específica de atividade.
Por. 104
a) deixaram marcas da história vivida pela nação, como a colonização e a imi-
3.
TEXTO I
Um ato de criatividade pode contudo gerar um modelo produtivo. Foi o que
ocorreu com a palavra sambódromo, criativamente formada com a terminação -(ó)dromo (= corrida), que figura em hipódromo, autódromo, cartódromo, formas que designam itens culturais da alta burguesia. Não demoraram
a circular, a partir de então, formas populares como rangódromo, beijódromo, camelódromo.
AZEREDO, J. C. Gramática Houaiss da língua portuguesa. São Paulo: Publifolha, 2008.
TEXTO II
Existe coisa mais descabida do que chamar de sambódromo uma passarela para desfile de escolas de samba? Em grego, -dromo quer dizer “ação de
correr, lugar de corrida”, daí as palavras autódromo e hipódromo. É certo
que, as vezes, durante o desfile, a escola se atrasa e eé obrigada a correr
para não perder pontos, mas não se desloca com a velocidade de um cavalo
GULLAR, F. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 3 ago.
2012.
Há nas línguas mecanismos geradores de palavras. Embora o Texto II apresente
um julgamento de valor sobre a formação da palavra sambódromo, o processo
de formação dessa palavra reflete
a) o dinamismo da língua na criação de novas palavras.
b) uma nova realidade limitando o aparecimento de novas palavras.
c) a apropriação inadequada de mecanismos de criação de palavras por leigos.
d) o reconhecimento da impropriedade semântica dos neologismos.
e) a restrição na produção de novas palavras com o radical grego.
4.
Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano resmungou, franziu a testa, achando
a frase extravagante. Aves matarem bois e cabras, que lembrança! Olhou a
mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando.
Graciliano Ramos, “Vidas secas”
O prefixo assinalado em “tresvariando” traduz ideia de:
a) substituição.
b) contiguidade.
c) privação.
d) inferioridade.
e) intensidade.
Por. 105
ou de um carro de Fórmula 1.
5.
Os homens aqui mudam de nome quando têm um filho homem. Maxi-hú é
o pai de Maxi-Teró por muito tempo foi Jaguarhú. Eu seria Iuicuihí se minha
filha se chamasse Iuicui? Ou Mairahú se meu filho pudesse chamar-se Maíra? Será que pode?
RIBEIRO, Darcy. Maíra. Rio de Janeiro: Record, 1990, p. 372-3.
Levando em conta apenas os substantivos próprios citados no trecho, é possível entender que, na língua dos mairuns, o novo nome do pai de um filho homem
contém:
a) o nome da criança seguido do morfema - hí
b) o nome do filho seguido do morfema - hú
c) o nome da mãe seguido do morfema - hí
d) o nome do pai seguido do morfema - hú
1.
Leia com atenção o texto:
[Em Portugal], você poderá ter alguns probleminhas se entrar numa loja de
roupas desconhecendo certas sutilezas da língua. Por exemplo, não adianta
pedir para ver os ternos — peça para ver os fatos. Paletó é casaco. Meias
são peúgas. Suéter é camisola — mas não se assuste, porque calcinhas femininas são cuecas. (Não é uma delícia?)
Ruy Castro. Viaje Bem. Ano VIII, no 3, 78.
O texto destaca a diferença entre o português do Brasil e o de Portugal quanto
a) ao vocabulário.
b) à derivação.
c) à pronúncia.
d) ao gênero.
e) à sintaxe.
2.
Só os roçados da morte
compensam aqui cultivar,
e cultivá-los é fácil:
simples questão de plantar;
não se precisa de limpa,
de adubar nem de regar;
as estiagens e as pragas
fazem-nos mais prosperar;
e dão lucro imediato;
nem é preciso esperar
pela colheita: recebe-se
na hora mesma de semear.
João Cabral de Melo Neto, Morte e Vida Severina
Por. 106
EXERCÍCIO DE CASA
O mesmo processo de formação da palavra sublinhada em “não se precisa de
limpa” ocorre em:
a) “no mesmo ventre crescido”.
b) “iguais em tudo e na sina”.
c) “jamais o cruzei a nado”.
d) “na minha longa descida”.
e) “todo o velho contagia”.
3.
Leia a seguir um trecho de um bate-papo pela internet, retirado de uma das “salas” do UOL.
(04:01:51) LOIRA fala para E.F.S-MSN: NAO QUERO PAPO CONTIGO PQ VC PIZOU NA BOLA
(04:01:55) Alex entra na sala...
(04:02:02) Alex fala para Todos: Alguém quer teclar?
(04:02:04) A T I R A D O R fala para AG@SSI: QUEM E VC
(04:02:43) A T I R A D O R fala para LOIRA: eai princesa ta afim de tc
(04:02:56) LOIRA fala para AG@SSI: OI QTOS ANOS
Sobre a escrita no bate-papo, são feitas as quatro afirmações seguintes:
I. As palavras teclar e tc são formadas, respectivamente, por sufixação e redução.
II. Estão incorretamente grafadas as palavras pizou e emporta.
III. A pontuação está incorreta nas frases de Loira, Alex e Atirador.
IV. Alex e Atirador apresentam erros na acentuação de palavras.
Está correto apenas o que se afirma em
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) II e IV.
e) III e IV
4.
Sobre o trecho “As próprias plantas venenosas são úteis: a ciência faz do veneno
mais violento um meio destruidor de moléstias, regenerador da saúde, conservador da vida.”, é correto afirmar que:
I. O período é composto por duas orações.
II. Há somente três palavras formadas por sufixação.
III. A acentuação gráfica das palavras grifadas se justifica pela mesma regra.
a) apenas I é correta.
b) apenas II é correta.
c) apenas I e II são corretas.
d) apenas I e III são corretas.
e) apenas II e III são corretas.
Por. 107
(04:02:39) LOIRA fala para nois (Mô, Lê e Ti): APARENCIA NAO EMPORTA
5.
Tomando como referência os processos de formação de palavras, dada a relação
com o som produzido pelos equinos quando em movimento, a palavra Pocotó é
formada a partir de uma
a) prefixação.
b) sufixação.
d) justaposição.
e) aglutinação.
6.
Sempre que se agita esta questão das reivindicações femininas, escovam-se
os velhos chavões, e, com um grande ar de importância, os filósofos decidem
sem apelação que a mulher não pode ser mais do que o anjo do lar, a vestal
encarregada de vigiar o fogo sagrado, a depositária das tradições da família... e das chaves da despensa. Todo esse dispêndio de palavras inúteis serve apenas para encobrir a fealdade da única razão séria que podemos apresentar contra as pretensões das mulheres: o nosso egoísmo, o receio que
temos de que nos despojem das nossas prerrogativas seculares – o medo de
perder as posições, as regalias, as honras que o preconceito bárbaro confiou
exclusivamente ao nosso século. Compreende-se: quem se habituou a empunhar o bastão do comando não se resigna facilmente a passá-lo a outras
mãos: é mais fácil deixar a vida do que deixar o poder.
18/08/1901 - BILAC, Olavo. Vossa Insolência. São Paulo: Cia. das Letras,
1997, p. 313.
A palavra extraída do texto, cuja constituição mórfica está explicada corretamente, é:
a) “filósofos” = é formada por parassíntese
b) “depositária” = é composta por aglutinação
c) “inúteis” = tem prefixo de sentido negativo
d) “fealdade” = tem sufixo diminutivo
Por. 108
c) onomatopeia.
7.
O texto a seguir é um trecho de uma conversa por meio de um programa de
computador que permite comunicação direta pela Internet em tempo real, como
o MSN Messenger. Esse tipo de conversa, embora escrita, apresenta muitas
características da linguagem falada, segundo alguns linguistas. Uma delas é a
interação ao vivo e imediata, que permite ao interlocutor conhecer, quase instantaneamente, a reação do outro, por meio de suas respostas e dos famosos
emoticons (que podem ser definidos como “ícones que demonstram emoção”).
João diz: oi
Pedro diz: blz?
João diz: na paz e vc?
Pedro diz: tudo trank :)
João diz: oq vc ta fazendo?
[...]
Pedro diz: tenho q sair agora...
João diz: flw
Pedro diz: vlw, abc
Para que a comunicação, como no MSN Messenger se dê em tempo real, é ne-
a) frases completas, escritas cuidadosamente com acentos e letras maiúsculas
(como “oq vc ta fazendo?”).
b) frases curtas e simples (como “tudo trank”) com abreviaturas padronizadas
pelo uso (como “vc” – você – “vlw – valeu!).
c) uso de reticências no final da frase, para que não se tenha que escrever o resto
da informação.
d) estruturas coordenadas, como “na paz e vc”.
e) flexão verbal rica e substituição de dígrafos consonantais por consoantes simples (“qu” por “k”).
8.
Só falta o Senado aprovar o projeto de lei [sobre o uso de termos estrangeiros no Brasil] para que palavras como shopping center, delivery e drive-through sejam proibidas em nomes de estabelecimentos e marcas. Engajado nessa valorosa luta contra o inimigo ianque, que quer fazer área de livre
comércio com nosso inculto e belo idioma, venho sugerir algumas outras
medidas que serão de extrema importância para a preservação da soberania nacional, a saber:
[...]
→ Nenhum cidadão carioca ou gaúcho poderá dizer “Tu vai” em espaços
públicos do território nacional;
→ Nenhum cidadão paulista poderá dizer “Eu lhe amo” e retirar ou acrescentar o plural em sentenças como “Me vê um chopps e dois pastel”;
[...]
→ Nenhum dono de borracharia poderá escrever cartaz com a palavra “borracharia” e nenhum dono de banca de jornal anunciará “Vende-se cigarros”;
[...]
→ Nenhum livro de gramática obrigará os alunos a utilizar colocações pronominais como “casar-me-ei” ou “ver-se-ão”.
PIZA, Daniel. Uma proposta imodesta. O Estado de S. Paulo, São Paulo,
8/04/2001.
Por. 109
cessário que a escrita das informações seja rápida, o que é feito por meio de
No texto acima, o autor:
a) mostra-se favorável ao teor da proposta por entender que a língua portuguesa
deve ser protegida contra deturpações de uso.
b) ironiza o projeto de lei ao sugerir medidas que inibam determinados usos regionais e socioculturais da língua.
c) denuncia o desconhecimento de regras elementares de concordância verbal e
nominal pelo falante brasileiro.
d) revela-se preconceituoso em relação a certos registros linguísticos ao propor
medidas que os controlem.
e) defende o ensino rigoroso da gramática para que todos aprendam a empregar
corretamente os pronomes.
QUESTÃO CONTEXTO
Em vários textos e até mesmo em letras músicas podemos encontrar palavras de
Samba do Approach de Zeca Baleiro.
Venha provar meu brunch
Saiba que eu tenho approach
Na hora do lunch
Eu ando de ferryboat
Eu tenho savoir-faire
Meu temperamento é light
Minha casa é hi-tech
Toda hora rola um insight
Já fui fã do Jethro tull
Fonte: https://www.
vagalume.com.br/zecabaleiro/samba-do-approach.
html
Hoje me amarro no Slash
Minha vida agora é cool
Meu passado é que foi trash
No trecho apresentado podemos identificar palavras da língua francesa e inglesa. Dessa forma, explique porque encontramos empréstimos linguísticos (estrangeirismos) em nosso vocabulário da Língua Portuguesa.
Por. 110
outros idiomas incorporadas na Língua Portuguesa. Confira um trecho da música
GABARITO
01.
Exercício de aula
03.
Questão Contexto
1. a
2. b
Os empréstimos têm origem no contato entre as cul-
3.a
turas e na influência que uma cultura exerce sobre a
4. e
outra. Muitas vezes o que se toma emprestado é um
5.b
conceito ou uma ideia, ao qual se associa uma nova
palavra que costuma ser mantida em sua língua ori-
02.
ginal ou que sofre adaptações à ortografia do português, por exemplo, delete em inglês que se transfor-
Exercício de casa
mou em deletar em português.
1.a
2.c
3.a
4.
d
6.c
7.
b
8.b
Por. 111
5.c
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