Porque o Dia Internacional da Mulher

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ESTADO DE SANTA CATARINA
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EIDEMIOLÓGICA
GERÊNCIA DE VIGILÂNCIA DAS DST/HIV/AIDS
8 de março: Dia Internacional da Mulher
Porque o Dia Internacional da Mulher? O dia 8 de Março é, desde 1975,
comemorado pelas Nações Unidas como Dia Internacional da Mulher. Atualmente tornouse uma data um tanto festiva, com flores e bombons para uns, para outros relembra sua
origem marcada por fortes movimentos de reivindicação política, trabalhista, greves e
passeatas. É uma data que simboliza a busca de igualdade social entre homens e
mulheres, em que as diferenças biológicas sejam respeitadas, mas não sirvam de
pretexto para subordinar e inferiorizar a mulher.
Qual é a intenção de celebrar o dia Internacional da Mulher? A celebração
desta data tem como objetivo principal destacar a importância do papel e a dignidade da
mulher na sociedade, contestando e revendo os preconceitos e limitações que ainda em
nossos dias continuam sendo impostos à mulher.
Mulher! Todo dia é dia de se cuidar. Cuide da sua saúde.
8 de março – Ações para o Dia Internacional da Mulher.
Lançamento do Plano Integrado para o enfrentamento da feminização da
epidemia. Será lançado como parte das atividades do Dia Internacional da Mulher, no
Rio de Janeiro.
O plano é a consolidação de uma política intersetorial para o enfrentamento da
epidemia de AIDS e a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis entre as
mulheres.
Tendo como objetivo geral, enfrentar a feminização da epidemia do HIV/Aids e
outras DST por meio da redução das vulnerabilidades que atingem as mulheres,
estabelecendo políticas de prevenção, promoção e atenção integral.
Mulher e Aids, Enfrentamento da Epidemia.
A partir da Constituição de 1988, que a saúde da mulher consolida-se como um
dever do estado, que deverá garantir acesso aos serviços de saúde.
A epidemia de AIDS apresenta pelo menos três fases, que poderiam ser descritas
como três diferentes epidemias:
A primeira é a epidemia da infecção pelo HIV, que passa muitas vezes despercebida;
A segunda é a da própria Aids, como síndrome de doenças infecciosas, decorrente da
infecção pelo HIV;
A terceira é a epidemia das reações sociais, culturais, econômicas e políticas à aids,
que são “tão fundamentais para o desafio global da Aids quanto à própria doença”.
A feminização da AIDS é um reflexo do comportamento social e sexual da
população associado ao aspecto de vulnerabilidade e gênero. As mulheres hoje,
principalmente em idade fértil, têm sido alvos da contaminação pelo vírus HIV,
consequentemente o aumento dos casos de Aids em crianças pela transmissão vertical.
Em 1984 ocorreu o primeiro casos notificado em Santa Catarina. Um homem
residente no município de Chapecó. Desde então foram notificados atualmente 18.057
casos de AIDS em adultos.
SEXO
Masculino
Feminino
Ignorado
Total
f
11.628
6.428
1
18.057
%
64,4
35,6
0,0
100,0
Casos notificados de AIDS em indivíduos com mais
de 13 anos de idade, segundo sexo, Santa
Catarina, 1984 a 2006.
Em 1987 ocorreu o primeiro caso notificado em mulheres. Desde então, o número
de casos em mulheres vem crescendo e a razão de masculinidade vem diminuindo a cada
ano.
O primeiro caso de AIDS notificado entre crianças (menores que 13 anos de idade)
foi em 1988. Foram notificados atualmente 887 casos em crianças, sendo destacada
uma alta taxa de transmissão vertical, que representa 92,5 dos casos notificados
em criança.
A faixa etária mais atingida pela epidemia, entre mulheres, é de 30 a 39 anos e o
surgimento mais tardio e aumento no período mais recente (de 1996 a 2005),
principalmente nas mulheres de 50 a 59 anos.
No sexo feminino se observa aumento da proporção de casos na categoria de
exposição heterossexual, principal categoria no sexo feminino, e redução na proporção
de casos por uso de drogas injetáveis.
A partir do ano de 2000, tornou-se a notificação de gestante HIV+ compulsória por
meio de Portaria Ministerial. Deste então, foram notificadas 2.646 gestantes HIV+ no
estado, conforme perfil epidemiológico disponível no site (www.dive.sc.gov.br).
Mulher! Exija os seus direitos, use camisinha em todas as relações sexuais, a
camisinha feminina está disponível na rede publica de serviços de saúde.
As ações de prevenção e assistência devem levar em conta como homens e mulheres
são socializados, como se relacionam e de que forma exercem sua sexualidade.
Desafios para o enfrentamento da feminização da epidemia:
Promover o acesso universal à atenção integral em DST/HIV/Aids para as mulheres;
Reduzir a morbidade das mulheres relacionadas às DST;
Reduzir os índices de violência sexual e doméstica contra as mulheres;
Reduzir a transmissão vertical do HIV e da Sífilis;
Promover a qualidade de vida das mulheres vivendo com HIV/Aids no âmbito dos
direitos humanos, direitos sexuais e direitos reprodutivos.
Nesse sentido, o compromisso dos gestores (federal, estadual e municipal) na
elaboração de políticas intersetoriais para as mulheres é fundamental para o
enfrentamento das múltiplas vulnerabilidades que contribuem para que as mulheres
estejam mais suscetíveis à infecção pelo vírus do HIV.
Lembre-se! mulher apaixonada e segura usa sempre camisinha!
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