Informação para o utilizador Fauldoxo 2 mg/ml Solução

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APROVADO EM
05-11-2011
INFARMED
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Fauldoxo 2 mg/ml Solução injectável
Doxorrubicina
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a utilizar este medicamento pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O
medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de
doença.
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.Ver secção 4.
O que contém este folheto:
1. O que é Fauldoxo e para que é utilizado
2. O que precisa de saber antes de utilizar Fauldoxo
3. Como utilizar Fauldoxo
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Fauldoxo
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
1. O que é Fauldoxo e para que é utilizado
Fauldoxo tem sido utilizado com sucesso no tratamento de diversas neoplasias, do
adulto e crianças, nomeadamente:
Carcinoma da mama
Carcinoma do pulmão
Tumores ginecológicos (carcinoma do ovário e endométrio)
Cancro das células transição da bexiga
Leucemias
Linfoma não-Hodgkin
Linfoma de Hodgkin
Sarcomas dos tecidos moles
Osteosarcoma
Carcinoma da tiroide
Carcinoma do estômago
Carcinoma hepatocelular primário
Carcinoma testicular não-seminomatoso
A Doxorrubicina pode ser utilizada no tratamento primário do carcinoma não
metastático da bexiga (Tis, T1 e T2), administrada por via vesical.
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2. O que precisa de saber antes de utilizar Fauldoxo
Não utilize Fauldoxo:
- se tem alergia (hipersensibilidade) à Doxorrubicina, outras antraciclinas e aos
hidroxibenzoatos, ou a qualquer outro componente deste medicamento (indicados na
secção 6).
- Doentes com acentuada mielossupressão, ulceração bucal ou sensação de queimadura
na boca, a qual pode preceder a ulceração.
- Doentes com insuficiência cardíaca de grau IV, enfarte de miocárdio recente, arritmias
graves.
- Doentes que receberam previamente dose cumulativa completa de Doxorrubicina e
Daunorubicina.
Advertências e precauções
Fale com o seu médico ou farmacêutico antes de utilizar Fauldoxo
Fauldoxo® deve ser utilizado somente por médicos especialistas em quimioterapia
antineoplásica.
O tratamento inicial com Doxorrubicina requer uma observação cuidada do doente e
extensa monitorização laboratorial
Recomenda-se, acentuadamente, que os doentes sejam hospitalizados durante a
primeira fase do tratamento. A contagem sanguínea e os testes da função hepática
devem ser realizados antes de cada tratamento com a Doxorrubicina
Cardiotoxicidade: deve-se prestar atenção especial à cardiotoxicidade da
Doxorrubicina, a qual se pode apresentar como taquicardia ou aparecimento de
alterações no ECG, inclusive taquicardia supraventricular. Ainda que rara, já tem
ocorrido insuficiência cardíaca grave sem prévios sinais de alteração no ECG.
Recomenda-se que a dose cumulativa total, durante a vida, de Doxorrubicina (incluindo
fármacos afins, tais como a Daunorubicina) não exceda 450 - 550 mg/m2 de superfície
corporal. Acima destas dosagens aumenta significativamente o risco de falha cardíaca
congestiva irreversível. O risco de cardiotoxicidade pode aumentar em doentes
previamente tratados com irradiação do mediastino ou pericárdio, em doentes
previamente tratados com outras antraciclinas e/ou antracenedionas, ou doentes com
histórico de doença cardíaca. A dose total de Doxorrubicina administrada a um doente
deve ter em consideração a terapêutica prévia ou concomitante de outros agentes
cardiotóxicos, tais como dose elevadas de Ciclofosfamida IV, irradiação do mediastino
ou compostos antraciclínicos tais como a Daunorrubicina.
Pode-se verificar insuficiência cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia várias semanas
após paragem da terapêutica com Doxorrubicina, e portanto deve ser tomado especial
cuidado no caso de doentes com doença cardíaca associada.
A insuficiência cardíaca muitas vezes não reage favoravelmente aos medicamentos ou
terapêutica física disponível para suporte cardíaco. Para que um tratamento com
digitálicos, diuréticos, dieta hipossalina e repouso, seja bem sucedido, parece essencial
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um diagnóstico precoce de insuficiência cardíaca causada pela fármaco. Pode ocorrer
repentinamente, sem alterações prévias de ECG, cardiotoxicidade grave. Deve-se ter a
precaução de verificar o ECG antes do tratamento, e periodicamente durante o
tratamento, logo após as administrações.
Alterações no ECG tais como depressão ou onda T negativa, diminuição do segmento
ST ou arritmias são geralmente sinais de efeito tóxico agudo mas transitório (reversível)
e não são consideradas indicações para suspensão da terapêutica com Doxorrubicina.
No entanto, a redução na amplitude da onda QRS e o prolongamento do intervalo
sistólico são considerados mais indicativos de cardiotoxicidade induzida pela
antraciclina
Se tal ocorrer, deve-se avaliar cuidadosamente se o benefício de continuar a terapêutica
se sobrepõe ao risco de causar dano cardíaco irreversível.
O risco de cardiotoxicidade poderá ser maior em doentes anteriormente tratados com
antraciclinas.
O melhor fator preditivo de cardiomiopatia é uma redução na fração de ejeção
ventricular esquerda (LVEF) determinada por ultrassons ou cintigrafia cardíaca.
Investigações de LVEF são altamente recomendadas antes do tratamento e repetidas
após cada dose acumulada de cerca de 100 mg/m2 e em sinais clínicos de insuficiência
cardíaca. Como regra, uma diminuição absoluta com uma diminuição absoluta ³ 10%
ou uma diminuição abaixo de 50% em doentes com valores de LVEF iniciais normais, é
um sinal de pioria da função cardíaca. O tratamento continuado com Doxorrubicina
deve, nestes casos, ser cuidadosamente avaliado.
A insuficiência cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia podem ocorrer mesmo anos
depois da descontinuação da terapêutica por Doxorrubicina.
A função cardíaca deverá ser verificada antes do início do tratamento e cuidadosamente
monitorizada durante o período total do tratamento.
Mielossupressão: verificar-se uma alta incidência de depressão medular, principalmente
a nível dos leucócitos, que requer monitorização hematológica. Com o esquema
posológico recomendado, a leucopenia é geralmente transitória, alcançando o seu nadir
nos dias 10-14 após o tratamento, com recuperação a cerca do 21º dia. São de esperar
contagens leucocitárias da ordem dos 1000/mm3, durante o tratamento com as doses
recomendadas de Doxorrubicina. Também se devem efetuar contagens de eritrócitos e
plaquetas. A hemotoxicidade pode requerer redução da dose ou supressão ou atraso da
terapêutica com Doxorrubicina.
A administração não deve ser repetida em presença ou desenvolvimento de depressão
da medula óssea ou ulceração bucal. Esta última pode ser precedida de sensações
premonitórias de queimadura na boca e não se aconselha a repetição na presença deste
sintoma.
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Mielossupressão grave: uma mielossupressão grave e persistente pode resultar em
superinfeção ou hemorragia.
Imunodepressão: a Doxorrubicina é um poderoso agente imunodepressor, embora
temporário. Por isso, devem ser tomadas medidas adequadas para evitar uma infeção
secundária à terapêutica.
Toxicidade aumentada: tem sido referido que a Doxorrubicina pode intensificar a
gravidade da toxicidade das terapêuticas antineoplásicas, tais como a cistite
hemorrágica provocada pela ciclofosfamida, a mucosite induzida pela radioterapia e a
hepatotoxicidade causada pela 6-mercaptopurina.
Infertilidade: a Doxorrubicina pode causar infertilidade durante o tratamento. Ainda que
a ovulação e menstruação pareçam voltar após o terminus da terapêutica, não há
informação suficiente sobre a restauração da fertilidade masculina.
Insuficiência hepática: a toxicidade às doses recomendadas de Doxorrubicina é
intensificada por insuficiência hepática. Recomenda-se a avaliação da função hepática
antes de estabelecer a dose individual. Usam-se exames laboratoriais convencionais,
tais como AST, ALT, fosfatase alcalina, bilirrubina e BSP. Se necessário, as dosagens
devem ser reduzidas de acordo com os resultados obtidos.
Extravasamento: ao administrar a Doxorrubicina, o aparecimento de uma sensação de
queimadura significa extravasamento, pelo que a injeção ou perfusão deve ser
imediatamente suspensa, sendo a administração recomeçada noutra veia, mesmo que
volte a verificar-se o aparecimento de sangue por aspiração através da agulha. Em caso
de extravasamento e após interrupção do tratamento, aplicar blocos de gelo no local da
injeção. A injeção local de Dexametasona ou Hidrocortisona pode ser útil para
minimizar a necrose tecidular local. Pode, também, ser aplicado um creme de
Hidrocortisona a 1%, no local.
Outros medicamentos e Fauldoxo
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a utilizar, ou tiver utilizado
recentemente, ou se vier a utilizar outros medicamentos.
A Doxorrubicina não deve ser misturada com Heparina, uma vez que estes dois
fármacos são incompatíveis (formação de precipitado). Aliás, até que existam dados de
compatibilidade conclusivos, desaconselha-se a mistura da Doxorrubicina com
quaisquer outros fármacos.
A Doxorrubicina pode aumentar a gravidade da toxicidade de outras terapêuticas
antineoplásicas, tais como a Ciclofosfamida (ver secção 4.4.)
Doentes a tomar concomitantemente Doxorrubicina e Ciclosporina deverão ser
cuidadosamente monitorizados por efeitos secundários neurológicos.
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Gravidez, amamentação e fertilidade
Se está grávida ou a amamentar, se pensa estar grávida ou planeia engravidar, consulte
o seu médico ou farmacêutico antes de tomar este medicamento.
Gravidez
O fármaco é embriotóxico e teratogénico em ratos e embriotóxico e abortivo em
coelhos e quantidades vestigiais do fármaco foram encontradas em fetos de ratos e num
feto humano abortado. Embora não haja evidência conclusiva há dados que sugerem
que a Doxorrubicina pode ser perigosa para o feto. Deste modo recomenda-se que a
Doxorrubicina não seja administrada a mulheres grávidas.
Amamentação
A Doxorrubicina distribui-se no leite. Dados experimentais sugerem que a
Doxorrubicina pode ser perigosa para a criança e deste modo não deverá ser
administrada a mães que estejam a amamentar.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Devido à ocorrência frequente de náuseas e vómitos, não se aconselha conduzir e
utilizar máquinas.
3. Como utilizar Fauldoxo
Utilize este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico ou farmacêutico.
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
Quando a Doxorrubicina for utilizada como agente único, o esquema posológico
recomendado é de 60-75 mg/m2 de superfície corporal, numa única injeção intravenosa
administrada a intervalos de 21 dias. Se para calcular a dose se utilizar o peso corporal,
então recomendam-se doses de 1,2 - 2,4 mg/kg.
A administração de uma dose única de Doxorrubicina, a cada 3 semanas, reduz
significativamente o seu efeito tóxico, a mucosite. No entanto, há alguns regimes em
que esta dose é dividida por três dias sucessivos (20 - 25 mg/m2 ou 0,4 - 0,8 mg/kg).
Pensa-se que este esquema tem maior eficiência mas a custo de uma maior toxicidade.
A administração de Doxorrubicina, num regime semanal demonstrou ser tão eficaz
como um regime de 3 semanas. A posologia recomendada é de 20 mg//m2 uma vez por
semana, no entanto as respostas objetivas têm sido observadas a 6 – 12 mg/ m2 . Este
regime semanal, também reduz a incidência de cardiotoxicidade.
É de particular importância a redução da dose de Doxorrubicina se utilizada em
associação com outros fármacos com um perfil de toxicidade semelhante. A dose limite
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acumulada recomendada é de 450 – 550 mg de Cloridrato de Doxorrubicina/ m2 de área
corporal.
Recomenda-se que a Doxorrubicina seja administrada lentamente, no tubo de um
sistema de perfusão intravenosa, de escoamento livre, contendo uma solução injectável
de Cloreto de Sódio a 0,9% ou de solução injectável de Dextrose a 5%. O sistema deve
estar ligado a uma agulha Butterfly introduzida, de preferência, numa veia grossa. A
velocidade de administração depende do tamanho da veia e da dose. Contudo, a dose
deve ser administrada em tempo inferior a 3-5 minutos.
A administração de uma perfusão intravenosa lenta não é recomendada devido ao risco
tecidular se a perfusão se infiltrar nos tecidos. Se se utilizar um cateter numa veia
central, recomenda-se a perfusão da Doxorrubicina em solução injectável de Cloreto de
sódio a 0,9%.
A Doxorrubicina não deve ser misturada com heparina, já que há relatos de estes
fármacos serem incompatíveis, pelo que pode haver precipitação. Não havendo dados
específicos de compatibilidade disponíveis, a Doxorrubicina não deve ser misturada
com outros fármacos.
Agente único, em ciclo a cada 3 semanas:
Quando a Doxorrubicina for utilizada como agente único, o esquema posológico
recomendado é de 60 - 75 mg/m2 de superfície corporal, numa única injeção
intravenosa administrada a intervalos de 21 dias. Se para calcular a dose se utilizar o
peso corporal, então recomendam-se doses de 1,2 - 2,4 mg/kg.
A dose mais baixa destina-se a doentes com reservas insuficientes de medula, devidas
por exemplo a idade avançada, terapêutica anterior ou infiltração neoplásica da medula.
Terapêutica combinada
Para doentes nos quais a Doxorrubicina faz parte de esquemas de quimioterapia
combinada, com agentes antineoplásicos com potencial aumento da toxicidade,
recomenda-se um esquema posológico alternativo de 30 – 60 mg/m2 de superfície
corporal, a cada três semanas.
É particularmente importante reduzir a dose de Doxorrubicina se esta for utilizada em
combinação com outros fármacos que tenham um perfil toxicológico similar.
Fracionamento da dose
Tem sido demonstrado que a Doxorrubicina administrada como dose única, a cada três
semanas reduz significativamente o efeito tóxico da mucosite. No entanto, há algumas
posologias que dividem a dose durante três dias sucessivos (20-25 mg/m2 ou 0,4-0,8
mg/kg). Pensa-se que este regime aumenta a eficácia, contudo a custo de uma maior
toxicidade.
Regimes de administração semanal
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A administração da Doxorrubicina uma vez por semana demonstrou ser tão eficaz como
o esquema de uma administração de três vezes por semana. A Dosagem recomendada é
de 20 mg/ m2 uma vez por semana, no entanto as respostas objetivas foram observadas
a 6 - 12 mg/m2. O esquema de administração uma vez por semana reduziu a incidência
de cardiotoxicidade.
Dose cumulativa
É muito importante reduzir a dose de Doxorrubicina quando esta é associada outros
fármacos com um perfil de toxicidade semelhante. A dose limite cumulativa,
recomendada por período de vida, é de 450- 550 mg de cloridrato de Doxorrubicina/m2
de superfície corporal.
Esquemas intensivos
No tratamento de leucemia aguda, o objetivo terapêutico é a aplasia da medula óssea e
utilizam-se esquemas intensivos de quimioterapia combinada. Nestas situações, a dose
recomendada de Doxorrubicina é de 2,4 mg/kg de peso corporal (cerca de 75-90
mg/m2) divididos por três dias sucessivos (um ciclo). O intervalo e dose do segundo
ciclo deve ser determinado pelo estado da medula óssea e figuras sanguíneas
periféricas. O intervalo entre os ciclos deve ser de pelo menos 10 dias.
Administração intravesical:
Esta técnica deve ser utilizada para o tratamento do carcinoma das células de transição,
tumores papilares e carcinoma da bexiga. Não deve ser utilizada para tumores invasivos
da bexiga que tenham penetração da parede da bexiga.
Recomenda-se o seguinte procedimento:
o doente deve ser instruído no sentido de beber líquidos nas 12 horas antes do exame
A bexiga deve ser cateterizada e esvaziada.
Dissolver 50 mg de Doxorrubicina em 50 ml de soro fisiológico. Instilar a solução
obtida, na bexiga, através do cateter.
Após a instilação, o cateter deve ser removido e o doente instruído no sentido de se
deitar de lado, e de se virar para o lado oposto de 15 em 15 minutos, durante o período
de 1 hora.
O doente deve ser avisado de que não pode urinar durante o referido período (1 hora),
após o qual a bexiga pode ser esvaziada.
Este procedimento deve ser repetido a intervalos de um mês.
Administração intra-arterial
A Doxorrubicina pode também ser administrada por via intra-arterial na tentativa de
produzir uma atividade local intensa com redução da toxicidade geral nos doentes com
carcinoma hepatocelular. Dado que esta técnica é potencialmente perigosa e pode
originar necroses disseminadas nos tecidos perfundidos, a administração intra-arterial
deve ser efetuada por médicos que estão bem treinados nesta técnica de administração.
Utilização em crianças e adolescentes
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Os esquemas posológicos referidos para os adultos, podem ser utilizados em pediatria,
contudo pode haver necessidade de em alguns casos reduzir as doses. A dose
cumulativa no período de vida deve ser de 400 mg de Cloridrato de Doxorrubicina/m2
de superfície corporal.
Idosos:
Deve-se fazer o ajustamento da dose total tendo em conta a condição física do doente
idoso. Recomenda-se que a dose total cumulativa de Doxorrubicina, para doentes com
70 anos ou mais, seja limitada a 450mg/m2 de superfície corporal. As doses para
adultos são adequadas para os idosos contudo poderá haver situações que requeiram
redução das mesmas.
Doentes com insuficiência hepática:
A Doxorrubicina é metabolizada no fígado e excretada na bílis. Uma insuficiência
hepática resulta em excreção mais lenta e consequente aumento de retenção e
acumulação do fármaco no plasma e tecidos, o que provoca um aumento de toxicidade.
No caso de insuficiência hepática a dose de FauldoxoÒ deve ser reduzida de acordo
com o seguinte esquema:
Bilirrubina sérica
20-50 mmol/1
Acima de 50 mmol/1
Retenção de BSP
9 – 15%
Acima de 15%
Dose recomendada
1/2 da dose normal
1/4 da dose normal
Doentes com insuficiência renal:
Não há indicações claras de que a farmacocinética ou a toxicidade da Doxorrubicina
seja alterada em doentes com insuficiência renal, uma vez que a Doxorrubicina e os
seus metabolitos sofrem uma reduzida excreção urinária.
Se utilizar mais Fauldoxo do que deveria
4. Efeitos secundários possíveis
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários,
embora estes não se manifestem em todas as pessoas.
Se ocorrer qualquer um dos seguintes, informe o seu médico imediatamente
Cardiopatias: cardiotoxicidade, sob a forma de cardiomiopatia, insuficiência cardíaca
congestiva, alterações do ECG incluindo taquicardia supraventricular.
Falha cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia pode ocorrer mesmo alguns anos após a
descontinuação da terapêutica com Doxorrubicina.
Vasculopatias: Flebite e flebosclerose. Rubor facial (se a injeção for administrada
rapidamente).
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Afeções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: por vezes resultantes do extravasamento
do fármaco, manifestando-se sob a forma de necrose cutânea, celulite, vesículas.
Aparecimento de faixa eritematosa ao longo da veia próxima do local da injeção.
Alopecia reversível, incluindo interrupção do crescimento de barba. Urticária,
hiperpigmentação das unhas, rugas.
As reações dermatológicas ocorrem principalmente nas crianças..
Doenças gastrointestinais: náuseas e vómitos, diarreia, mucosite (estomatite e esofagite)
e diarreia . A mucosite é um efeito secundário frequente e doloroso, do tratamento com
Doxorrubicina, que se desenvolve 5 a 10 dias após o tratamento, e que começa,
tipicamente, com uma sensação de queimadura na boca e faringe. A mucosite pode
atingir a vagina, o reto, o esófago, e a ulceração pode originar infeção secundária,
desaparecendo geralmente em 10 dias. Um estudo retrospetivo da incidência de
mucosite sugere que esta é menos frequente quando o intervalo entre as doses aumenta.
A mucosite pode ser grave em doentes submetidos previamente a irradiação das
mucosas.
Doenças do sangue e do sistema linfático: mielossupressão, leucopenia,
trombocitopenia, anemia.
A mielossupressão é mais comum nos doentes que se submeteram a radioterapia
extensa, infiltração óssea do tumor, insuficiência hepática (quando não foi realizada a
redução de dose adequada. Ver Como utilizar Fauldoxo: doentes com insuficiência
hepática) e simultaneamente tratamento com outros agentes mielossupressores. O nadir
(tempo de tratamento para evidência de mielossupressão máxima no sangue periférico)
de leucopenia e trombocitopenia é de 10 a 15 dias após o tratamento, e as contagens
voltam ao normal antes do dia 21. Tem sido raramente reportada leucemia secundária
com tratamento concomitante com Doxorrubicina e agentes alquilantes.. As
consequências clinicas da toxicidade hematológica/medula óssea da Doxorrubicina
podem ser febre, infeções, sépsis/septicemia, choque séptico, hemorragias, hipoxia
tecidular ou morte.
Perturbações gerais e alterações no local de administração: Arrepios e febre.
Doenças do sistema nervoso: sonolência.
Afeções oculares: conjuntivite, aumento da lacrimação.
Doenças renais e urinárias: alterações da função renal. Urina vermelha resultante da
administração do fármaco. Os doentes devem ser informados de que isto não é caso
para alarme.
Sistema reprodutor e distúrbios da mama: infertilidade
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Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incluindo quistos e polipos): a
leucemia secundária tem sido raramente reportada com o tratamento com a
Doxorrubicina e agentes alquilantes.
Doenças do sistema imunitário: reações anafilácticas
Doenças do metabolismo e da nutrição: Anorexia, desidratação.
Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações: Reação
reaparecimento dos efeitos da radiação (dermatológica)
de
Comunicação de efeitos secundários
Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não
indicados neste folheto, fale com o seu médico oufarmacêutico ou enfermeiro.
Também poderá comunicar efeitos secundários diretamente ao INFARMED, I.P.
através dos contactos abaixo. Ao comunicar efeitos secundários, estará a ajudar a
fornecer mais informações sobre a segurança deste medicamento.
INFARMED, I.P.
Direção de Gestão do Risco de Medicamentos
Parque da Saúde de Lisboa, Av. Brasil 53
1749-004 Lisboa
Tel: +351 21 798 71 40
Fax: + 351 21 798 73 97
Sítio da internet: http://extranet.infarmed.pt/page.seram.frontoffice.seramhomepage
E-mail: [email protected]
5. Como conservar Fauldoxo
Proteger da luz, armazenar entre 2-8ºC. As porções remanescentes de frascos abertos ou
as infusões preparadas por diluição, devem ser guardadas entre 2-8ºC, por um período
máximo de 24 horas.
A solução de Doxorrubicina a 2mg/ml, mantida em seringas de polipropileno (Terumo),
à temperatura ambiente, é estável durante um período de 48 horas.
Manter este medicamento fora da vista e do alcance das crianças.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem
exterior, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
6. Conteúdo da embalagem e outras informações
Qual a composição de Fauldoxo
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- A substância ativa é a Doxorrubicina
- Os outros componentes são Cloreto de sódio e água para preparações injectáveis
Qual o aspeto de Fauldoxo e conteúdo da embalagem
Acondicionamento primário: frascos de vidro incolor sem ou com revestimento
plástico termoajustável (Onco-tain), com rolha de borracha e cápsula de alumínio, com
dispositivo de plástico de abertura fácil do tipo "flip-off".
Acondicionamento secundário: Caixas de cartolina.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Hospira Portugal, Lda.
Av. José Malhoa, n.º 14 - 4ºB
1070-158 Lisboa
Portugal
Fabricante
Hospira UK Limited
Este folheto foi revisto pela última vez em
Fauldoxo 2 mg/ml Solução injectável
Doxorrubicina
Folheto técnico
Este é um extrato do Resumo de Características do Medicamento para ajudar na
administração de Doxorrubicina. O utilizador deve ter experiência na manipulação e
utilização de agentes citotóxicos e estar familiarizado com todo o conteúdo do RCM.
Deve também fazer-se referência às diretrizes de política local quanto à manipulação
segura de agentes citotóxicos.
Para perfusão intravenosa
Incompatibilidades
A Doxorrubicina é incompatível com a Heparina, originando a formação de um
precipitado. Pode também ser incompatível com o alumínio, com a aminofilina, a
cefalotina sódica, a dexametasona, o fluorouracilo e a hidrocortisona.
Precauções especiais de eliminação e manuseamento
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A Doxorrubicina só deve ser administrada sob supervisão de um médico com
experiência no uso de agentes quimioterapêuticos.
O tratamento inicial com Doxorrubicina requer uma observação cuidadosa do doente e
um rigoroso controlo laboratorial.
Recomenda-se que os doentes sejam hospitalizados, pelo menos na primeira fase do
tratamento. Antes de cada tratamento com Doxorrubicina devem-se efetuar contagens
de glóbulos e testes de função hepática.
Quando a Doxorrubicina é utilizada por administração intravesical, recomenda-se
proceder mensalmente a exames citológicos a intervalos regulares.
A possibilidade de ocorrer infiltração será reduzida se houver um cuidado especial na
administração da Doxorrubicina. Também diminuirão probabilidades de reações locais,
tais como urticária e estrias eritematosas.
A perfusão intravenosa não é aconselhada devido aos danos que pode causar nos
tecidos, se ocorrer infiltração da solução de perfusão. No entanto, se for usado um
cateter introduzido numa veia central, é aconselhável utilizar uma perfusão de
Doxorrubicina em solução de NaCI a 0,9%. Esta solução é quimicamente estável
durante sete dias, quando conservada à temperatura de 2-8ºC, ao abrigo da luz.
Posologia e modo de administração
Quando a Doxorrubicina for utilizada como agente único, o esquema posológico
recomendado é de 60-75 mg/m2 de superfície corporal, numa única injeção intravenosa
administrada a intervalos de 21 dias. Se para calcular a dose se utilizar o peso corporal,
então recomendam-se doses de 1,2 - 2,4 mg/kg.
A administração de uma dose única de Doxorrubicina, a cada 3 semanas, reduz
significativamente o seu efeito tóxico, a mucosite. No entanto, há alguns regimes em
que esta dose é dividida por três dias sucessivos (20 - 25 mg/m2 ou 0,4 - 0,8 mg/kg).
Pensa-se que este esquema tem maior eficiência mas a custo de uma maior toxicidade.
A administração de Doxorrubicina, num regime semanal demonstrou ser tão eficaz
como um regime de 3 semanas. A posologia recomendada é de 20 mg/m2 uma vez por
semana, no entanto as respostas objetivas têm sido observadas a 6 – 12 mg/ m2. Este
regime semanal, também reduz a incidência de cardiotoxicidade.
É de particular importância a redução da dose de Doxorrubicina se utilizada em
associação com outros fármacos com um perfil de toxicidade semelhante. A dose limite
acumulada recomendada é de 450 – 550 mg de Cloridrato de Doxorrubicina/ m2 de área
corporal.
Recomenda-se que a Doxorrubicina seja administrada lentamente, no tubo de um
sistema de perfusão intravenosa, de escoamento livre, contendo uma solução injectável
de Cloreto de Sódio a 0,9% ou de solução injectável de Dextrose a 5%. O sistema deve
estar ligado a uma agulha Butterfly introduzida, de preferência, numa veia grossa. A
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velocidade de administração depende do tamanho da veia e da dose. Contudo, a dose
deve ser administrada em tempo inferior a 3-5 minutos.
A administração de uma perfusão intravenosa lenta não é recomendada devido ao risco
tecidular se a perfusão se infiltrar nos tecidos. Se se utilizar um cateter numa veia
central, recomenda-se a perfusão da Doxorrubicina em solução injectável de Cloreto de
sódio a 0,9%.
A Doxorrubicina não deve ser misturada com heparina, já que há relatos de estes
fármacos serem incompatíveis, pelo que pode haver precipitação. Não havendo dados
específicos de compatibilidade disponíveis, a Doxorrubicina não deve ser misturada
com outros fármacos.
Agente único, em ciclo a cada 3 semanas:
Quando a Doxorrubicina for utilizada como agente único, o esquema posológico
recomendado é de 60 - 75 mg/m2 de superfície corporal, numa única injeção
intravenosa administrada a intervalos de 21 dias. Se para calcular a dose se utilizar o
peso corporal, então recomendam-se doses de 1,2 - 2,4 mg/kg.
A dose mais baixa destina-se a doentes com reservas insuficientes de medula, devidas
por exemplo a idade avançada, terapêutica anterior ou infiltração neoplásica da medula.
Terapêutica combinada
Para doentes nos quais a Doxorrubicina faz parte de esquemas de quimioterapia
combinada, com agentes antineoplásicos com potencial aumento da toxicidade,
recomenda-se um esquema posológico alternativo de 30 – 60 mg/m2 de superfície
corporal, a cada três semanas.
É particularmente importante reduzir a dose de Doxorrubicina se esta for utilizada em
combinação com outros fármacos que tenham um perfil toxicológico similar.
Fracionamento da dose
Tem sido demonstrado que a Doxorrubicina administrada como dose única, a cada três
semanas reduz significativamente o efeito tóxico da mucosite. No entanto, há algumas
posologias que dividem a dose durante três dias sucessivos (20-25 mg/m2 ou 0,4-0,8
mg/kg). Pensa-se que este regime aumenta a eficácia, contudo a custo de uma maior
toxicidade.
Regimes de administração semanal
A administração da Doxorrubicina uma vez por semana demonstrou ser tão eficaz como
o esquema de uma administração de três vezes por semana. A Dosagem recomendada é
de 20 mg/ m2 uma vez por semana, no entanto as respostas objetivas foram observadas
a 6 - 12 mg/m2. O esquema de administração uma vez por semana reduziu a incidência
de cardiotoxicidade.
Dose cumulativa
APROVADO EM
05-11-2011
INFARMED
É muito importante reduzir a dose de Doxorrubicina quando esta é associada outros
fármacos com um perfil de toxicidade semelhante. A dose limite cumulativa,
recomendada por período de vida, é de 450- 550 mg de cloridrato de Doxorrubicina/m2
de superfície corporal.
Esquemas intensivos
No tratamento de leucemia aguda, o objetivo terapêutico é a aplasia da medula óssea e
utilizam-se esquemas intensivos de quimioterapia combinada. Nestas situações, a dose
recomendada de Doxorrubicina é de 2,4 mg/kg de peso corporal (cerca de 75-90
mg/m2) divididos por três dias sucessivos (um ciclo). O intervalo e dose do segundo
ciclo deve ser determinado pelo estado da medula óssea e figuras sanguíneas
periféricas. O intervalo entre os ciclos deve ser de pelo menos 10 dias.
Administração intravesical:
Esta técnica deve ser utilizada para o tratamento do carcinoma das células de transição,
tumores papilares e carcinoma da bexiga. Não deve ser utilizada para tumores invasivos
da bexiga que tenham penetração da parede da bexiga.
Recomenda-se o seguinte procedimento:
o doente deve ser instruído no sentido de beber líquidos nas 12 horas antes do exame
A bexiga deve ser cateterizada e esvaziada.
Dissolver 50 mg de Doxorrubicina em 50 ml de soro fisiológico. Instilar a solução
obtida, na bexiga, através do cateter.
Após a instilação, o cateter deve ser removido e o doente instruído no sentido de se
deitar de lado, e de se virar para o lado oposto de 15 em 15 minutos, durante o período
de 1 hora.
O doente deve ser avisado de que não pode urinar durante o referido período (1 hora),
após o qual a bexiga pode ser esvaziada.
Este procedimento deve ser repetido a intervalos de um mês.
Administração intra-arterial
A Doxorrubicina pode também ser administrada por via intra-arterial na tentativa de
produzir uma atividade local intensa com redução da toxicidade geral nos doentes com
carcinoma hepatocelular. Dado que esta técnica é potencialmente perigosa e pode
originar necroses disseminadas nos tecidos perfundidos, a administração intra-arterial
deve ser efetuada por médicos que estão bem treinados nesta técnica de administração.
Duração do tratamento:
Variável com a situação e o protocolo clínico utilizado.
Populações especiais:
População pediátrica
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05-11-2011
INFARMED
Os esquemas posológicos referidos para os adultos, podem ser utilizados em pediatria,
contudo pode haver necessidade de em alguns casos reduzir as doses. A dose
cumulativa no período de vida deve ser de 400 mg de Cloridrato de Doxorrubicina/m2
de superfície corporal
Idosos:
Deve-se fazer o ajustamento da dose total tendo em conta a condição física do doente
idoso. Recomenda-se que a dose total cumulativa de Doxorrubicina, para doentes com
70 anos ou mais, seja limitada a 450mg/m2 de superfície corporal. As doses para
adultos são adequadas para os idosos contudo poderá haver situações que requeiram
redução das mesmas.
Doentes com insuficiência hepática:
A Doxorrubicina é metabolizada no fígado e excretada na bílis. Uma insuficiência
hepática resulta em excreção mais lenta e consequente aumento de retenção e
acumulação do fármaco no plasma e tecidos, o que provoca um aumento de toxicidade.
No caso de insuficiência hepática, a dose de Fauldoxo deve ser reduzida de acordo com
o seguinte esquema:
Bilirrubina sérica
20-50 mmol/1
Acima de 50 mmol/1
Retenção de BSP
9 – 15%
Acima de 15%
Dose recomendada
1/2 da dose normal
1/4 da dose normal
Doentes com insuficiência renal:
Não há indicações claras de que a farmacocinética ou a toxicidade da Doxorrubicina
seja alterada em doentes com insuficiência renal, uma vez que a Doxorrubicina e os
seus metabolitos sofrem uma reduzida excreção urinária.
Advertências e precauções especiais de utilização
Fauldoxo deve ser utilizado somente por médicos especialistas em quimioterapia
antineoplásica.
O tratamento inicial com Doxorrubicina requer uma observação cuidada do doente e
extensa monitorização laboratorial
Recomenda-se, acentuadamente, que os doentes sejam hospitalizados durante a
primeira fase do tratamento. A contagem sanguínea e os testes da função hepática
devem ser realizados antes de cada tratamento com a Doxorrubicina
Cardiotoxicidade: deve-se prestar atenção especial à cardiotoxicidade da
Doxorrubicina, a qual se pode apresentar como taquicardia ou aparecimento de
alterações no ECG, inclusive taquicardia supraventricular. Ainda que rara, já tem
ocorrido insuficiência cardíaca grave sem prévios sinais de alteração no ECG.
Recomenda-se que a dose cumulativa total, durante a vida, de Doxorrubicina (incluindo
fármacos afins, tais como a Daunorubicina) não exceda 450 - 550 mg/m2 de superfície
corporal. Acima destas dosagens aumenta significativamente o risco de falha cardíaca
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05-11-2011
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congestiva irreversível. O risco de cardiotoxicidade pode aumentar em doentes
previamente tratados com irradiação do mediastino ou pericárdio, em doentes
previamente tratados com outras antraciclinas e/ou antracenedionas, ou doentes com
histórico de doença cardíaca. A dose total de Doxorrubicina administrada a um doente
deve ter em consideração a terapêutica prévia ou concomitante de outros agentes
cardiotóxicos, tais como doses elevadas de Ciclofosfamida IV, irradiação do mediastino
ou compostos antraciclínicos tais como a Daunorrubicina.
Pode-se verificar insuficiência cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia várias semanas
após paragem da terapêutica com Doxorrubicina, e portanto dever se tomado especial
cuidado no caso de doentes com doença cardíaca associada.
A insuficiência cardíaca muitas vezes não reage favoravelmente aos medicamentos ou
terapêutica física disponível para suporte cardíaco. Para que um tratamento com
digitálicos, diuréticos, dieta hipossalina e repouso, seja bem sucedido, parece essencial
um diagnóstico precoce de insuficiência cardíaca causada pelo fármaco. Pode ocorrer
repentinamente, sem alterações prévias de ECG, cardiotoxicidade grave. Deve-se ter a
precaução de verificar o ECG antes do tratamento, e periodicamente durante o
tratamento, logo após as administrações.
Alterações no ECG tais como depressão ou onda T negativa, diminuição do segmento
ST ou arritmias são geralmente sinais de efeito tóxico agudo mas transitório (reversível)
e não são consideradas indicações para suspensão da terapêutica com Doxorrubicina.
No entanto, a redução na amplitude da onda QRS e o prolongamento do intervalo
sistólico são considerados mais indicativos de cardiotoxicidade induzida pela
antraciclina
Se tal ocorrer, deve-se avaliar cuidadosamente se o benefício de continuar a terapêutica
se sobrepõe ao risco de causar dano cardíaco irreversível.
O risco de cardiotoxicidade poderá ser maior em doentes anteriormente tratados com
antraciclinas.
O melhor fator preditivo de cardiomiopatia é uma redução na fração de ejeção
ventricular esquerda (LVEF) determinada por ultrassons ou cintigrafia cardíaca.
Investigações de LVEF são altamente recomendadas antes do tratamento e repetidas
após cada dose acumulada de cerca de 100 mg/m2 e em sinais clínicos de insuficiência
cardíaca. Como regra, uma diminuição absoluta com uma diminuição absoluta ³ 10%
ou uma diminuição abaixo de 50% em doentes com valores de LVEF iniciais normais, é
um sinal de pioria da função cardíaca. O tratamento continuado com Doxorrubicina
deve, nestes casos, ser cuidadosamente avaliado.
A insuficiência cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia podem ocorrer mesmo anos
depois da descontinuação da terapêutica por Doxorrubicina.
A função cardíaca deverá ser verificada antes do inicio do tratamento e cuidadosamente
monitorizada durante o período total do tratamento.
APROVADO EM
05-11-2011
INFARMED
Mielossupressão: verificar-se uma alta incidência de depressão medular, principalmente
a nível dos leucócitos, que requer monitorização hematológica. Com o esquema
posológico recomendado, a leucopenia é geralmente transitória, alcançando o seu nadir
nos dias 10-14 após o tratamento, com recuperação a cerca do 21º dia. São de esperar
contagens leucocitárias da ordem dos 1000/mm3, durante o tratamento com as doses
recomendadas de Doxorrubicina. Também se devem efetuar contagens de eritrócitos e
plaquetas. A hemotoxicidade pode requerer redução da dose ou supressão ou atraso da
terapêutica com Doxorrubicina.
A administração não deve ser repetida em presença ou desenvolvimento de depressão
da medula óssea ou ulceração bucal. Esta última pode ser precedida de sensações
premonitórias de queimadura na boca e não se aconselha a repetição na presença deste
sintoma.
Mielossupressão grave: uma mielossupressão grave e persistente pode resultar em
superinfeção ou hemorragia.
Imunodepressão: a Doxorrubicina é um poderoso agente imunodepressor, embora
temporário. Por isso, devem ser tomadas medidas adequadas para evitar uma infeção
secundária à terapêutica.
Toxicidade aumentada: tem sido referido que a Doxorrubicina pode intensificar a
gravidade da toxicidade das terapêuticas antineoplásicas, tais como a cistite
hemorrágica causada pela ciclofosfamida, a mucosite induzida pela radioterapia e a
hepatotoxicidade causada pela 6-mercaptopurina.
Infertilidade: a Doxorrubicina pode causar infertilidade durante o tratamento. Ainda que
a ovulação e menstruação pareçam voltar após o terminus da terapêutica, não há
informação suficiente sobre a restauração da fertilidade masculina.
Insuficiência hepática: a toxicidade às doses recomendadas de Doxorrubicina é
intensificada por insuficiência hepática. Recomenda-se a avaliação da função hepática
antes de estabelecer a dose individual. Usam-se exames laboratoriais convencionais,
tais como AST, ALT, fosfatase alcalina, bilirrubina e BSP. Se necessário, as dosagens
devem ser reduzidas de acordo com os resultados obtidos.
Extravasamento: ao administrar a Doxorrubicina, o aparecimento de uma sensação de
queimadura significa extravasamento, pelo que a injeção ou perfusão deve ser
imediatamente suspensa, sendo a administração recomeçada noutra veia, mesmo que
volte a verificar-se o aparecimento de sangue por aspiração através da agulha. Em caso
de extravasamento e após interrupção do tratamento, aplicar blocos de gelo no local da
injeção. A injeção local de Dexametasona ou Hidrocortisona pode ser útil para
minimizar a necrose tecidular local. Pode, também, ser aplicado um creme de
Hidrocortisona a 1%, no local.
APROVADO EM
05-11-2011
INFARMED
Sobredosagem
Aspetos clínicos: os sintomas de sobredosagem parecem ser uma extensão da ação
farmacológica da Doxorrubicina. Doses únicas de 250 mg e 500 mg de Doxorrubicina
provaram ser fatais. Tais doses podem causar degeneração miocárdica aguda em 24
horas e grave mielossupressão, cujos efeitos maiores são observados entre 10 a 15 dias
após a administração.
Falha cardíaca tardia pode ocorrer até seis meses após o tratamento. Os doentes devem
ser monitorizados cuidadosamente e se os sintomas aparecerem, iniciar o tratamento
convencional.
Tratamento: Devem ser tomadas medidas sintomáticas de suporte. Deve-se dar atenção
especial à prevenção e tratamento de possíveis hemorragias graves ou infeções
secundárias à depressão da medula óssea grave e persistente. Deve ser considerada a
transfusão sanguínea.
Precauções especiais de conservação
Proteger da luz, armazenar entre 2-8ºC. As porções remanescentes de frascos abertos ou
as infusões preparadas por diluição, devem ser guardadas entre 2-8ºC, por um período
máximo de 24 horas.
A solução de Doxorrubicina a 2mg/ml, mantida em seringas de polipropileno (Terumo),
à temperatura ambiente, é estável durante um período de 48 horas.
Precauções especiais de eliminação
Todas as seringas, frascos e materiais utilizados que tenham estado em contacto com a
Doxorrubicina devem ser colocados num saco e incinerados como acima se indica.
Titular da autorização de introdução no mercado
Hospira Portugal, Lda.
Av. José Malhoa, n.º 14 - 4ºB
1070-158 Lisboa,
Portugal
Data da revisão do texto
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