UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS FACULDADE DE GEOLOGIA GEOLOGIA GERAL A província Borborema: Contexto do Noroeste do Ceará Samuel dos Santos Lobato – 201608540006 Docentes: Dr. Francisco de Assis Matos de Abreu Monitores: Carlos Otávio Ferreira Puty Neto – 201508540001 Ranielly Souza Monteiro da Silva - 201508540033 BELÉM FEVEREIRO/2017 Introdução O contexto de análise para tal seminário é o sistema de formação de montanhas da província do Borborema, dando maior enfoque para a região Noroeste da província. Sendo assim, tal região apresenta distintas características tectônicas e mineralógicas, logo, abrangendo o setor setentrional da província, sendo este composto por cinco domínios, no entanto, o domínio que faz maior expressão na faixa noroeste é Médio Coreaú e Ceará Central, com rochas depositadas durante vários períodos. Setor Setentrional Faz parte desse contexto o setor setentrional da província Borborema, caracterizado em geral por embasamentos formados por largas faixas de rochas do paleoproterozoico geradas no ciclo Transamazônico e algumas porções do Arqueano do ciclo Jequiéte e Sobre ele desenvolveram-se supracrustais termotectonizadas do Evento Orós-Jaguaribe, assim como também do ciclo Brasiliano, com intrusões magmáticas associadas, destacadamente de granitoides. Domínio Médio Coreaú Este domínio aparece no extremo noroeste do estado do Ceará, e é deliminado pelas zonas de cisalhamento Sobral-Pedro II já o Domínio Ceará Central; estende-se da zona de cisalhamento Sobral-Pedro II até a zona Senador Pompeu, limitando se ao domínio Orós-Jaguaribe. No Contexto litológico, este domínio é composto diversas unidades, distribuídas nas respectivas idades geológicas. Arqueano (3,6 Ma): Unidade Granitoide Paleoproterozoico (2,5 a 1,6 Ma): Faz parte do ciclo transamazônico, apresentando unidades Metavulcanossetimentar, ou seja, rochas metamórficas de origem sedimentar e vulcânica. Formações Bonsucesso e Caraúbas, além disso, compõem os complexos Granulitico Granja e rochas granuliticas de Cariré. Paleoproterozoico (2,5 a 1,6 Ma) Pós-Transamazônico, composto por rochas Metavulcanossedimentar, com o complexo Saquinho de 1,8 Ga Mesoproterozoico (1,6 a 1,0 Ma) Unidade eclogítica Neoproterozoico (1,0 a 0,54 Ma) Unidades também metavulcanossedimentar, composto pelos grupos Martinópole e Ceará há também as unidades Metassedimentar, composta pelo grupo Ubajara. Outrossim é a unidade Granitoide sintectônica, unidade granitoide sin- a tarditectônica, unidade granitoide tardi- a pós tectônica e a unidade marfica. Cambriano-Ordoviciano (545 a 435 Ma) Caracterizada por unidades granitoides, vulcanossedimentar e unidades sedimentares ESTRUTURAÇÃO O domínio médio Coreaú apresenta diversos processos termotectônicos, sendo citados alguns como a tectônica tangencial, causando assim dobras recumbentes, empurrões, cavalgamentos de lascas apresentando mergulho na direção sudeste baixos e médios. Assim como, o início da colisão com os granitoides sintectônicos até 590Ma e o soeguimento no final, com a formação da bacia de Jaibaras e a intrusão dos granitos Mucambo e Meruoca. Na porção do Domínio Ceará Central, em decorrência de sua orientação, este gera estruturas internas de rochas na direção NE, assim como também se observa na região central e porções oeste e nordeste desvios significativos para direções variadas em torno do batólito Tamboril-Santa Quiteria. As lineações e estiramentos acompanham as movimentações dos descolamentos e arrastos, tendendo a se horizontalizar e paralelizar com as direções de cisalhamento transcorrente. CONCLUSÃO A porção noroeste da província Borborema, apresenta estruturas bastante importantes para a reconstrução da história que essa região passou durante os diversos períodos de sua formação, assim como também de sua de deposição dentro dos contextos estruturais geológicos-minerais. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS HASUI, Y.; CARNEIRO, C. D. R.; ALMEIDA, F. F. M.; BARTORELLI, A. 2012. Geologia do Brasil. Beca, São Paulo, pg. 260-261. Acessado em 16 de fevereiro de 2017.