Hepatites Virais

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HIV/AIDS – Fluxo entre as Unidades Primárias e os Serviços Especializados
– Utilização dos CER, Central de Internações Eletivas e SISREG
Versão preliminar
Considerações gerais
O papel da Atenção Primária no atendimento em HIV/AIDS
A maioria dos pacientes com diagnóstico conhecido de
HIV/AIDS já estão em uso regular de antirretrovirais, mantendo
quadro clinico estabilizado, com a infecção controlada (com a carga
viral do HIV < limite mínimo) por muitos anos.
Esses pacientes já estão em acompanhamento em Unidades
de Referência com atendimento na especialidade de Infectologia,
com
consultas
agendadas
por
períodos
determinados
pelo
especialista. O acompanhamento destes pacientes na fase estável e
o manejo de algumas intercorrências clínicas simples e comorbidades como hipertensão arterial sistêmica e diabetes podem e
devem ser feitos nas unidades de Atenção Primária. Por isso é
fundamental o acompanhamento conjunto do paciente tanto pela
rede de atenção primária quanto pelos serviços especializados
Da mesma forma, os pacientes que fazem o diagnóstico da
infecção pelo HIV na rede primária, e que portanto ainda não estão
inseridos nos serviços especializados, devem receber na atenção
primária o acolhimento e o aconselhamento por Profissionais de
Saúde de nível superior capacitados. Também devem passar por
avaliações clínicas iniciais e realização de exames complementares.
Devem ser acompanhados até que sejam detectados critérios para
encaminhamento para os serviços especializados.
Tendo em vista o acompanhamento simultâneo, faz-se
necessário o estabelecimento de um fluxo seguro e claro de
encaminhamento dos pacientes.
Também não podemos esquecer que ocorrências urgentes
acontecem e que requerem atendimento imediato, devendo ser
conhecidas as modalidades de avaliação de emergência (vaga zero)
e o sistema para internações sem urgência.
1 Encaminhamento para a rede básica
Os serviços especializados poderão encaminhar para as CF os
pacientes residentes nas áreas de cobertura das equipes-destino,
através de guia de referência. É fundamental encaminhar em anexo
um relatório descrevendo a situação atual do paciente, medicações
em uso e comorbidades que devam ser acompanhadas (ex:
dislipidemia, diabetes, etc).
2 Encaminhamento para os serviços especializados e situações de
emergência
Os casos de HIV/AIDS atendidos na rede básica que
necessitarem de atendimento em nível de complexidade mais
elevado (todos os casos de pacientes com diagnóstico confirmado
da infecção pelo HIV e apresentando sintomatologia da doença e de
doenças oportunistas), terão 3 modalidades de encaminhamento:
através do SISREG, através da Central de Internações eletivas e
através dos CER - Coordenações de Emergência Regional.
2.1 Encaminhamento para avaliação ambulatorial especializada
Deverá ser realizado através do SISREG, e é destinado aos
casos
em
que
a
avaliação
ambulatorial
pelo
especialista
infectologista é necessária (vide os materiais de capacitação
fornecidos pela gerência de DST/AIDS e Hepatites Virais e pelas
CAP). NUNCA ENCAMINHAR CASOS DE EMERGÊNCIA E
INTERNAÇÂO PELO SISREG.
Deve-se inserir o caso através do NIR de cada Unidade e a
regulação é feita pelo Médico regulador também da própria Unidade.
INSERIR SEMPRE EM REGULAÇÃO, NUNCA EM FILA DE
ESPERA. 100% DAS VAGAS ESTÂO EM REGULAÇÂO. (NÃO
EXISTE MAIS FILA DE ESPERA NO ÂMBITO DA SMSDC/RJ).
 Não agendar pacientes fora dos critérios estabelecidos. O agendamento
equivocado onera o paciente e desperdiça as vagas ambulatoriais do
sistema.
 No momento da inclusão no SISREG o caso deve ser bem detalhado, com
resumo da clínica, principais exames complementares, história da conduta e
do manejo anterior. A inclusão criteriosa do caso auxilia o médico regulador
na tomada de decisão, evitando a devolução da solicitação e otimizando a
utilização da rede.
 As Gestantes com diagnóstico confirmado de infecção pelo HIV ou com pelo
menos uma sorologia anti-HIV positiva, devem ser encaminhadas com
URGÊNCIA para os Centros de Referência já estabelecidos pelas CAP
(tentar sempre atendimento em até sete dias pelo SISREG).
‘
VERMELHO
Agendar em até 7 dias - Os pacientes sintomáticos, que não tem
indicação de internação hospitalar; gestantes; crianças
sintomáticas; assintomáticos sem tratamento com CD4 < 200;
pacientes com intolerância e eventos adversos (ex; rash cutâneo)
aos antirretrovirais, necessitando da avaliação do especialista o
mais rápido possível .
Agendar em até 30 dias - Pacientes com diagnóstico confirmado do
HIV, sem tratamento, com critérios de início de TARV (como CD4 <
500, CV > 100.000 cp/ml, idade > 55 anos, elevado risco de doença
cardiovascular, co-infectados com HBV e HCV); crianças
assintomáticas; pacientes em uso regular de TARV, assintomáticos
e apresentando falha virológica (ver critérios acima).
AMARELO
VERDE
Pacientes com diagnóstico confirmado do HIV, assintomáticos, sem
TARV, que não apresentam critérios para inicio da terapia, mas que
desejam iniciar o uso do seu esquema antirretroviral. Casais
sorodiscordantes que desejam iniciar TARV para o (a) parceiro(a)
com HIV.
Pacientes com diagnóstico confirmado do HIV, em tratamento,
assintomáticos, em uso regular de TARV e carga viral indetectável.
AZUL
Indicações de encaminhamento via SISREG
Toda situação em que a avaliação do especialista seja necessária e que
não se constitua em potencial urgência / emergência. Quadros clínicos com
sinais de gravidade devem ser encaminhados para UPA ou Emergência de
Hospital através de pedido de “VAGA ZERO” via Coordenação de
Emergência regional - CER.
Situações que não necessitam de encaminhamento
Toda situação que possa ser manejada na APS como:
 Diagnóstico da infecção pelo HIV;
 Pacientes assintomáticos sem critérios de início da TARV (como CD4 > 500);
 Pacientes em uso de TARV (carga viral indetectável) ou não, com
intercorrências clínicas sem complicações (como: infecção urinária não
complicada, gripe, sinusite, dermatofitoses, presença de DST não
complicada, etc);
 Pacientes HIV positivos, assintomáticos, com Radiografia de tórax normal e
com PPD > 5mm. Pode ser realizada a profilaxia com Isoniazida na Unidade
Primária;
 Pacientes em uso de TARV, assintomáticos, com carga viral indetectável
(infecção
controlada), apresentando
alterações metabólicas
não
complicadas (como hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, hiperglicemia),
devem ser orientados em relação a dieta, exercícios, mudança dos hábitos
alimentares, interrupção do tabagismo, uso de hipolipemiantes. O
acompanhamento de doenças como diabetes, hipertensão arterial,
dislipidemias pode ser realizado na Unidade Primária;
2.1 ENCAMINHAMENTO PARA INTERNAÇÃO E CASOS DE EMERGÊNCIA.
Em situações clínicas graves e potencialmente ameaçadoras à vida, o
paciente necessitará primariamernte de atendimento de emergência e logo
após, provavelmente de internação hospitalar.
O médico responsável deverá fazer a avaliação inicial e defiinir se há
necessidade de avaliação imediata em emergência, ou se o paciente
precisa de internação hospitalar sem urgência (quando há indicação de
hospitalização mas o peciente não tem nenhuma condição de ameaça
imediata à vida).
Se houver necessidade de atendimento em emergência, contactar o CER,
pedindo "vaga zero".
Se houver necessidade de internação sem urgência configurada, fazer
contato com a CENTRAL DE INTERNAÇÕES ELETIVAS. NÃO
ENCAMINHAR VIA SISREG AMBULATORIAL!!!
Exemplos:
Avaliação de emergência:
●
Crises convulsivas, queda do nível de consciência, sintomas de doença
avançada com sinais de instabilidade hemodinâmica, anemia grave com
repercussão sistêmica importante, dor abdominal aguda e intensa;
Necessidade de internação sem urgência
●
Tratamento de infecção oportunista com intolerância da medicação por via
oral, anemia grave sem repercussão sistêmica importante, debilidade física
importante dificultando o tratamento do paciente em casa, internações
sociais, etc.
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