UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR

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A PERCEPÇÃO DO ACOMPANHANTE SOBRE O ATENDIMENTO HUMANIZADO
EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA
Fabiana Rodrigues Costa¹
Louise Araujo Lisboa de Oliveira²
Ana Marcia Mendes Castillo³
RESUMO
Introdução: A humanização da assistência à criança hospitalizada busca atualmente
envolver cada vez mais a família nos cuidados prestados à criança. Dessa forma,
valorizar a presença do acompanhante na instituição hospitalar e apreender sua
percepção é fator crucial para o alcance de uma prática assistencial realmente
humanizada. Objetivo: Compreender a percepção do acompanhante da criança
hospitalizada acerca do atendimento humanizado no contexto da unidade de terapia
intensiva pediátrica. Metodologia: Estudo descritivo e exploratório com abordagem
qualitativa, desenvolvido na unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de um Hospital
Pediátrico em Salvador, onde foram entrevistados os acompanhantes das crianças
hospitalizadas. Os depoimentos foram analisados através da Técnica de Análise de
Conteúdo. As categorias identificadas foram: o cuidado humanizado; a percepção do
sofrimento. Resultados: As percepções dos familiares associam o significado de
cuidado humanizado a um carinho e atenção maiores; valorizam as orientações dadas
pela equipe de saúde, corroborando a importância da veracidade das informações.
Enfatizam a importância da sua presença durante toda assistência, desempenhando o
seu papel de cuidador. As inquietações acerca do “não cuidado” são oriundas do
sofrimento inerente à própria situação da criança. Conclusão: Atualmente, a proposta
de humanização em UTI tem um horizonte mais amplo, englobando desde o ambiente
físico até as relações entre os profissionais de saúde. Compreender a percepção do
acompanhante significa estar alerta às suas reais necessidades, a fim de promover uma
assistência de maior qualidade.
Palavras-chave: Humanização. Acompanhante. Unidade de Terapia Intensiva
Pediátrica.
¹Enfermeira especialista em Enfermagem Pediátrica e Neonatal pela Atualiza Pós Graduação
E-mail:[email protected]
² Enfermeira especialista em Enfermagem Pediátrica e Neonatal pela Atualiza Pós Graduação
E-mail:[email protected]
³Enfermeira doutoranda em Enfermagem pela Universidade de São Paulo. Professora Orientadora.
1 INTRODUÇÃO
Humanizar é cuidar, compreender e valorizar o paciente. O ambiente hospitalar e a
internação são situações delicadas para qualquer paciente, especialmente os mais
indefesos, como crianças e recém-nascidos. Esse processo vem se intensificando
devido aos esforços conjuntos do Ministério da Saúde e, principalmente, da sociedade.
As políticas de humanização foram implantadas com o objetivo de melhorar a
assistência prestada pelos serviços de saúde. Assim surgiram a Política de
Humanização da Assistência Hospitalar, o Programa Mãe Canguru e o Hospital Amigo
da Criança.
Dentro deste panorama, a humanização da assistência à criança hospitalizada busca
atualmente envolver a família cada vez mais nos cuidados dispensados ao pequeno
paciente. Hoje, a família é mais atuante e muito mais participante, tanto do
planejamento como da assistência.
Mas, que visão de humanização da assistência tem a família de uma criança internada
em uma unidade de terapia intensiva? Qual o significado de uma assistência
humanizada?
O presente trabalho se propõe a contribuir com reflexões em torno desses
questionamentos e busca compreender a percepção do acompanhante da criança
hospitalizada acerca do atendimento humanizado no contexto da unidade de terapia
intensiva pediátrica (UTIP).
Para responder a esses questionamentos, tem-se por objetivo no presente trabalho,
compreender a percepção do acompanhante da criança hospitalizada acerca do
atendimento humanizado no contexto da unidade de terapia intensiva pediátrica. Dessa
forma, poder-se-á decodificar como o acompanhante percebe os cuidados dispensados
à criança internada em unidade de terapia intensiva sob a ótica da humanização.
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Os resultados desse estudo beneficiam tanto profissionais de saúde como as
comunidades acadêmicas e leigas. O trabalho propicia aos profissionais de saúde um
embasamento para a prática da atenção humanizada junto à criança hospitalizada em
UTIP. Já a comunidade acadêmica passa a contar com mais uma fonte de pesquisa
sobre o assunto. Por fim, a comunidade leiga, e que é usuária dos serviços de saúde,
através destes resultados, pode passar a conhecer mais sobre a assistência
humanizada à criança internada em unidade de terapia intensiva.
2 METODOLOGIA
O estudo em questão se desenvolveu na área de Pediatria (atenção à criança). A
investigação foi realizada através de uma pesquisa de campo com abordagem
qualitativa e teve como campo de estudo a unidade de Terapia Intensiva Pediátrica de
um Hospital Pediátrico em Salvador.
A população do presente estudo foi composta por familiares de crianças internadas na
Unidade de Terapia Intensiva independente do diagnóstico pelo qual foram internados e
o tempo de internação na referida unidade. Durante o período da coleta de dados foram
entrevistados acompanhantes que estavam presentes no momento da coleta e que
concordaram em participar da pesquisa assinando o Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido (Apêndice B).
Dessa forma, foram excluídos da pesquisa familiares de crianças que estavam
internadas em unidades outras que não a de terapia intensiva e também os familiares
de pacientes internados na unidade de terapia intensiva pediátrica que não atenderam
ao critério de serem pais e/ou avós dos pacientes e que não aceitaram em participar da
pesquisa ou em assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
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A coleta de dados foi feita por uma das autoras após o projeto ter sido aprovado pela
Comissão de Ética e Pesquisa do referido Hospital (Apêndice G) e ocorreu durante os
meses de junho e julho de 2010, durante a visita dos familiares à unidade intensiva.
Para este propósito foram utilizadas perguntas norteadoras que abordavam aspectos
relativos ao tema abordado pelo estudo, incluindo o que o acompanhante entende
sobre humanização e a percepção que eles têm do cuidado humanizado realizado na
unidade (Apêndice C).
A análise e discussão dos resultados foram feitas após a leitura exaustiva das falas dos
sujeitos e as informações foram organizadas através dos seguintes passos: ordenação
dos dados coletados, releitura do material e organização dos relatos e classificação dos
dados através de categorias.
Para a construção das categorias, as falas foram submetidas a um processo de
codificação. Foram destacados os elementos significativos de cada uma das falas, os
quais receberam um código. Os códigos afins foram reunidos em categorias. A análise
e interpretação dos dados categorizados foram feitas através da análise de conteúdo.
Toda a coleta de dados e sua posterior apresentação se basearam nos princípios éticos
contemplados pela Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que incorpora os
quatro referenciais básicos da bioética: autonomia, não maleficência, beneficência e
justiça e visa assegurar direitos e deveres da comunidade científica e dos sujeitos de
pesquisa envolvidos no estudo.
Sendo assim, a pesquisa científica que envolva seres humanos deve seguir apenas
quando houver o consentimento destes (autonomia), além de ponderar riscos e
benefícios (beneficência), evitando a ocorrência de danos previsíveis (não maleficência)
e que a pesquisa tenha uma relevância social (justiça).
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Além disso, o estudo também foi respaldado pelo Código de Ética de Enfermagem, que
em seu artigo 37 obriga o pesquisador a ser honesto no relatório dos resultados da
pesquisa e que em seu artigo 56 proíbe o uso, sem referência ao autor ou sem
autorização prévia, de dados, informações ou opiniões ainda não publicadas.
3 ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS
De acordo com Waldow (2001), o cuidado humano é “uma atitude ética em que seres
humanos percebem e reconhecem os direitos uns dos outros”. No cuidado humano há
um compromisso com o outro, uma responsabilidade em estar no mundo.
Vila e Rossi (2002) dizem que o cuidar envolve uma ação interativa calcada em valores
e no conhecimento do ser que cuida para e com o ser que é cuidado. O cuidado
desperta sentimento de compaixão, solidariedade e ajuda. Na saúde, o cuidado
humanizado visa o bem-estar do paciente, sua integridade moral e sua dignidade como
pessoa.
A partir dos achados obtidos durante a pesquisa, fez-se necessário pautar esse estudo
nos seguintes aspectos: O cuidado humanizado; A percepção do sofrimento, todos
descritos e apresentados em suas respectivas categorias.
3.1 O CUIDADO HUMANIZADO
Cuidar de maneira humanizada é uma necessidade atual, visto que por muitas vezes
ele acaba se tornando mera aplicação de técnicas. É, antes de tudo, perceber que o ser
ao qual se aplica essas técnicas é um agente biopsicossocial. (BARBOSA; SILVA,
2007)
O cuidado humano envolve ética, princípios e valores. Ele não pode ser prescrito, pois
é sentido, vivido e exercitado. Cuidar então fica entendido como “uma ação e um
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comportamento de assistir, administrar e ensinar com zelo, mantendo o bem-estar.”.
(WALDOW, 2001)
Nota-se, a partir das falas, que os acompanhantes entrevistados associam o significado
de cuidado humanizado a um carinho e atenção maiores.
Onix – “Acho que cuidado humanizado é ser bem cuidado”.
Ametista - “É quando cuidam muito bem, dar carinho.”
De acordo com Oliveira et al (2006), em determinado momento da história, a saúde
passa a ser valorizada como um bem acima de qualquer discussão. Sendo assim,
humanizar na saúde implica aceitar e reconhecer que nessa área subsistem problemas
e carências. Humanizar não é apenas “amenizar” a convivência hospitalar, mas sim
colocar-se no lugar do outro e dar lugar à sua palavra.
Considera-se de extrema importância e como parte de uma humanização da
assistência a orientação dada pela equipe sobre procedimentos realizados com o
paciente, bem como sobre a situação deste. Nota-se pela fala de Esmeralda como é
dada importância a tal situação.
Esmeralda – “Cuidar envolve responsabilidade, ser responsável, saber ouvir, dar
informações pra gente, cuidar em geral...”
Assim, Paterson e Zderad (1988) dizem que o ato do cuidar humanístico revela-se
concretamente quando a enfermeira, embasada em sua competência técnica, porém
sem perder a ternura, busca transmitir a essa mãe informações de que ela necessita
para se tranqüilizar.
Freitas et al (2007) complementam que a falta de informação e a incerteza constituem
importantes fontes de ansiedade em pacientes e em seus acompanhantes. A incerteza
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normalmente causa apreensão e ansiedade na família, que esperam aflitos o momento
da visita para retirarem as suas dúvidas e, de preferência, receberem boas notícias.
Rubi – “Desde que ela chegou aqui, fazem o possível e o impossível, elas dão banho,
trocam soro e ficam observando tudo, explicando tudo, isso ajuda muito”.
Cristal – “Eu quero saber de tudo, preciso saber, eles tem que saber como vão dar a
notícia”.
Os pais percebem a hospitalização do filho através da interação com os membros da
equipe de saúde e do cuidado prestado ao filho. Valorizam a tecnologia e a dedicação
dos profissionais, mas, acima de tudo, as atitudes de respeito e consideração, julgandoas indispensáveis na relação interpessoal. (MOLINA et al., 2007)
Pôde-se comprovar isso através das falas dos acompanhantes entrevistados durante a
pesquisa. A maioria deles considera como conceito para cuidado humanizado as
atitudes tomadas pelos profissionais que propiciem carinho e atenção dispensados a
elas e a seus pequenos pacientes.
Onix – “Aqui elas tratam bem. Quando ele sente alguma coisa tem sempre alguém do
lado”.
Diamante – “É tratar bem sempre, entendem a dor da minha filha, entendem a minha
dor e respeitam isso. Em alguns você vê que trabalham por amor”.
De acordo com Pauli e Bousso (2003), trazer a mãe ou responsável para a unidade não
é uma questão simples, pois implica reorganização do processo de trabalho em níveis
teóricos e práticos. Um fato a se considerar é que a permanência dos pais está
imprimindo outra dinâmica ao processo, pois eles não estão desenvolvendo apenas
habilidades técnicas, mas conhecendo o cotidiano do hospital e da terapêutica.
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Discurso esse corroborado pela fala de Esmeralda, onde a mesma afirma que
humanizar é muito mais do que dar carinho, é poder estar presente durante toda a
assistência, desempenhando o seu papel de cuidador.
Esmeralda – “É poder participar desse cuidado, entender a doença, certo que para ficar
aqui e ver tudo isso é difícil, nunca vi meu filho assim (...), mas prefiro estar aqui do lado
dele, não conseguiria ficar em outro lugar”.
Rossato-Abéde e Ângelo (2002) constatam que à medida que os pais freqüentam mais
a unidade, passam a confiar cada vez mais na equipe que presta assistência a essa
criança, diminuindo assim a ansiedade transmitida pelo ambiente.
Dessa forma, ratificando a idéia encontrada na fala dos acompanhantes entrevistados,
Kamada e Rocha (2005) dizem que para a família, o que realmente importa é o cuidado
dispensado ao paciente e se este é carinhoso ou não. O stress próprio da situação e a
dificuldade de enfrentamento são amenizados pelo tratamento dispensado ao paciente
por parte da equipe. Assim, não há como promover o cuidado humanizado sem a
inclusão da família.
Comprovando o que foi encontrado, Oliveira et al (2006) afirmam que o cuidado
humanizado só existirá de fato quando a equipe de saúde desenvolver ações que
busquem humanizar o cuidado. Deve-se compreender a criança como um ser que
sente, chora, mas não fala. Além disso, é parte de um núcleo familiar que sofre,
necessitando ainda de acolhimento e amparo.
De tal modo, o paciente passa a receber os cuidados merecidos por mãos humanas e
que propiciem a ele um trabalho digno de ser humano.
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3.2 A PERCEPÇÃO DO SOFRIMENTO
Direcionando o nosso interesse para a vivência dos acompanhantes e analisando os
diálogos ocorridos durante as entrevistas, percebemos que as inquietações acerca do
“não cuidado” são oriundas do sofrimento inerente à própria situação da criança.
Onix – “É muito exame. Ele chora muito”.
Rubi – “Todo dia vem alguém tirar sangue dela. Isso dói”.
Esmeralda – ”Vê meu filho sem poder falar, sem comer, sem nem respirar sozinho, é
muito sofrimento para uma criança”.
Nesta categoria, constata-se que a principal inquietação dos acompanhantes refere-se
ao excessivo número de procedimentos. As expressões revelam que não existe uma
associação entre o sofrimento causado pelos procedimentos e uma possível falta de
cuidados por parte dos profissionais.
Para Cunha (2000), a experiência de ter um filho hospitalizado é bastante dolorosa
tanto para a criança como para seus pais. Por isso, há por parte dos profissionais que
atuam nessa área a preocupação inerente em assistir as famílias de maneira
humanizada. Em seu estudo, esse autor demonstra a necessidade das enfermeiras
estarem conscientes da importância do apoio dado aos pais durante este momento.
Através da fala de Diamante percebe-se que existe essa preocupação por parte de
alguns profissionais.
Diamante – “Acho que aqui não tem nada de ruim não, eles fazem tudo certo (...). Se
preocupam com nossos filhos, se preocupam com a gente, isso é suficiente”.
A união da tecnologia e do cuidado humanizado transforma um lugar de dor e
sofrimento num ambiente capaz de inspirar esperança em um futuro no qual a criança e
seus pais tenham uma vida digna. Compreender as condições da criança e dos pais
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não é suficiente, é preciso buscar a superação das adversidades decorrentes do
processo de doença e hospitalização. (MOLINA et al., 2007)
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Atualmente, a proposta de humanização em UTI tem um horizonte mais amplo,
englobando desde o ambiente físico até as relações entre os profissionais de saúde. A
filosofia da humanização vem ganhando espaço na percepção das unidades de terapia
intensiva, sendo mais compreendida como um local que possibilita a recuperação dos
pacientes e não um lugar destinado necessariamente a pacientes sem chances de
sobrevivência.
Foi evidenciado através deste estudo que os acompanhantes percebem o conceito de
humanização como um conjunto de atitudes que envolvem atenção, zelo, preocupação
e muitas vezes até um envolvimento afetivo com o paciente.
Os mesmos revelam em seus depoimentos que apesar de se tratar de uma UTI, onde o
estresse do trabalho é grande, os profissionais envolvidos nesse ambiente de trabalho
atuam de forma humanizada, dão carinho, respeitam e compreendem a situação da
criança, possibilitando assim, uma aliança entre os recursos tecnológicos existentes e
uma assistência mais humanística.
A percepção do acompanhante contemplou a importância da prática de estratégias
como a escuta compreensiva, a comunicação verbal e não-verbal, a otimização das
informações entre membros da equipe, e desta com a criança/família. Ressaltando a
importância da honestidade dos profissionais nas informações, não escondendo nada a
respeito do tratamento de seus familiares.
O presente estudo, no qual se vislumbra o diagnóstico de uma dada realidade
assistencial, tem seus benefícios extensivos à própria equipe de saúde e instituição
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investigada, na medida em que fornece indícios para melhor compreender as
necessidades dos pacientes/familiares e conseqüentemente promover uma melhoria na
qualidade da assistência prestada, onde os avanços tecnológicos estejam articulados
com acolhimento e melhoria do ambiente de cuidado.
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LA PERCEPCIÓN DEL ACOMPAÑANTE EN SERVICIO HUMANIZADO DE TERAPIA
INTENSIVA PEDIÁTRICA
RESUMEN
Introducción: La humanización de la búsqueda de cuidado de niños hospitalizados hoy
en día cada vez involucran a la familia en el cuidado del niño. Por lo tanto, la valoración
de la presencia del acompañante en el hospital y para aprovechar su percepción es
fundamental para el logro de una práctica de atención verdaderamente humana.
Objetivo: Conocer la percepción de la compañía de los niños hospitalizados sobre la
atención humanizada en el contexto de la unidad de cuidados intensivos pediátricos.
Metodología: Este enfoque cualitativo, descriptivo y exploratorio, desarrollado en la
unidad de cuidados intensivos pediátricos de un hospital pediátrico en Salvador, donde
los encuestados fueron los acompañantes de niños hospitalizados. Las transcripciones
fueron analizadas utilizando la técnica de análisis de contenido. Las categorías
identificadas fueron: atención humanizada, la percepción del dolor. Resultados:
Percepción de los familiares de asociar el significado de la atención humanizada a un
mayor cuidado y atención; apreciar la orientación proporcionada por el equipo de salud,
apoyo a la importancia de la exactitud de la información. Hacer hincapié en la
importancia de su presencia durante todo el servicio, jugando su papel de cuidador. La
preocupación por el "no importa" es el sufrimiento inherente a la situación del niño.
Conclusión: En la actualidad, la propuesta de la humanización en la UCI tiene un
horizonte más amplio, que abarca desde el entorno físico de la relación entre los
profesionales de la salud. Comprender la percepción de la pareja significa estar atento
a sus necesidades, para promover una mayor calidad de la atención.
Palabras clave: Humanización. Compañero. Unidad Pediátrica de Cuidados Intensivos.
SITTER ON THE PERCEPTION OF THE SERVICE HUMANIZED IN PEDIATRIC
INTENSIVE CARE UNIT
ABSTRACT
Introduction: The humanization of the hospitalized child care search today increasingly
involve the family in care of the child. Thus, valuing the presence of the companion in
the hospital and to seize their perception is crucial for the achievement of a truly
humane care practice. Objective: To understand the perception of the hospitalized
child's companion on the humanized care in the context of pediatric intensive care unit.
Methodology: This descriptive and exploratory qualitative approach, developed in the
pediatric intensive care unit of a pediatric hospital in Salvador, where respondents were
the companions of hospitalized children. The transcripts were analyzed using content
analysis technique. The categories identified were: humanized care, the perception of
pain. Results: Perceptions of family members associate the meaning of humanized care
to a greater care and attention; appreciate the guidance provided by the health team,
supporting the importance of accuracy of the information. Emphasize the importance of
their presence during the entire service, playing his role as caretaker. Concerns about
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the "no care" is from the suffering inherent in the child's situation. Conclusion:
Currently, the proposal of humanization in the ICU has a broader horizon,
encompassing from the physical environment to the relationship between health
professionals. Understanding the perception of the partner means being alert to their
needs, to promote a higher quality of care.
Keywords:
Humanization.
Companion.
Pediatric
Intensive
Care
Unit.
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REFERÊNCIAS
BARBOSA, Ingrid de Almeida; SILVA, Maria Júlia Paes. Cuidado humanizado de
enfermagem: o agir com respeito em um hospital universitário. Rev.bras.enfermagem,
Brasília, v. 60, n. 5, p. 546-551, set./out. 2007. Disponível em:
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CUNHA, Maria Luzia Chollopetz da. Recém-nascidos hospitalizados: a vivência de pais
e mães. Rev. Gaúcha Enfermagem, Porto Alegre, v. 21, n. esp. p. 70-83, 2000.
Disponível em: seer.ufrgs.br/RevistaGauchadeEnfermagem/article/.../4328 Acesso em:
20/08/2010
FREITAS, K.S.; KIMURA, M.; FERREIRA, K.A.S.L. Necessidades de familiares de
pacientes em unidades de terapia intensiva: análise comparativa
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34, n. 15, p. 15-20, 2007. Disponível em: www.scielo.br/pdf/rlae/v15n1/pt_v15n1a13.pdf
Acesso em: 20/08/2010
KAMADA, Ivone; ROCHA, Semiramis. As expectativas de pais e profissionais de
enfermagem em relação ao trabalho da enfermeira em UTIN. Rev. Esc. Enfermagem
USP, São Paulo, v. 40, n. 3, p. 404-411, 2005. Disponível em:
www.scielo.br/pdf/reeusp/v40n3/v40n3a12.pdf Acesso em: 05/09/2010
MOLINA, Rosemeire Cristina Moretto et al. Presença da família nas unidades de
terapia intensiva pediátrica e neonatal: visão da equipe multidisciplinar. Rev.
Enfermagem Escola Anna Nery, Rio de Janeiro, v. 11, n.3, p. 437-444, 2007.
Disponível em: www.scielo.br/pdf/ean/v11n3/v11n3a07.pdf Acesso em: 05/09/2010
OLIVEIRA, Beatriz Rosana Gonçalves de et al. O processo de trabalho da equipe de
enfermagem na UTI Neonatal e o cuidar humanizado. Texto e contexto –
enfermagem, Florianópolis, v. 15, (Ed. Esp.), p. 105-113, 2006. Disponível em:
www.scielo.br/pdf/tce/v15nspe/v15nspea12.pdf Acesso em: 05/09/2010
PATERSON, J.G.; ZDERAD, L.T. Humanistic nursing. New York: National League for
Nursing; 1988.
PAULI, MC, BOUSSO, RS. Crenças que permeiam a humanização da assistência em
unidade de terapia intensiva pediátrica. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v.
11, n. 3, p. 280-6, maio-junho 2003. Disponível em: 10/09/2010
15
ROSSATO-ABÉDE, Lisabelle Mariano; ANGELO, Margareth. Crenças determinantes
da intenção da enfermeira acerca da presença dos pais em unidades neonatais de alto
risco. Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 10, n.1, p. 48-54, 2002.
Disponível em: www.scielo.br/pdf/rlae/v11n3/16535.pdf Acesso em: 10/09/2010
VILA, Vanessa da Silva Carvalho; ROSSI, Lídia Aparecida. O significado cultural do
cuidado humanizado em unidade de terapia intensiva: "muito falado e pouco vivido".
Rev.latino-am.enfermagem, Ribeirão Preto, v. 10, n. 2, p. 137-144, mar./abr. 2002.
Disponível em: www.scielo.br/pdf/rlae/v10n2/10506.pdf Acesso em: 10/09/2010
WALDOW, Vera Regina. Enfermagem e o cuidado: uma relação. In: Waldow, V. R.
Cuidado humano: o resgate necessário, 3.ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2001.
16
APÊNDICE A – INSTRUMENTO DE PESQUISA
I - Dados de Identificação:
1. Sexo:
F(
)
M(
)
2. Idade: _______
3. Grau de parentesco: ____________
4. Tempo de hospitalização da criança na unidade: ________
II – Perguntas Norteadoras:
1. O que você entende por cuidado humanizado?
2. Descreva alguma situação vivenciada na UTI que você considerou humanizada.
3. Descreva alguma situação vivenciada na UTI que você considerou não humanizada.
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APÊNDICE B – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Prezado (a) Senhor (a)
Solicito o seu consentimento para participar desta pesquisa cujo título é “O atendimento
humanizado em UTI pediátrica: percepção do acompanhante” que está sendo realizada
como trabalho de conclusão do curso de especialização em Enfermagem Pediátrica e
Neonatal da Associação Cultural Atualiza. Esta pesquisa tem como objetivo
compreender a percepção do acompanhante acerca do atendimento humanizado no
contexto da UTI pediátrica.
Para isso, será realizada uma pequena entrevista diretamente com o (a) senhor (a).
Todas as informações serão mantidas sob absoluto sigilo e seu nome jamais será
mencionado na divulgação dos resultados da pesquisa.
Lembro novamente que sua participação é absolutamente voluntária e a pesquisa não
apresenta nenhum tipo de risco ou constrangimento e caso não queira continuar sua
participação, poderá desistir a qualquer momento, mesmo após a realização da
entrevista.
Atenciosamente,
_______________________
Enfª Fabiana Rodrigues Costa
(Pesquisadora)
E-mail: [email protected]
________________________
Enfª Louise A. Lisboa de Oliveira
(Pesquisadora)
E-mail: [email protected]
Consentimento do entrevistado – De acordo:
___________________________________________ (Nome por extenso)
Salvador, ___/___/2010
18
APÊNDICE C – TERMO DE CONSENTIMENTO PARA A INSTITUIÇÃO
Título do Projeto: O atendimento humanizado em UTI pediátrica: percepção do
acompanhante
Autoras: Fabiana Rodrigues Costa / Louise Araujo Lisboa de Oliveira
Ao Ilmo. Srº Diretor,
Levamos ao conhecimento de V. Sª. o projeto de pesquisa intitulado “O atendimento
humanizado em UTI pediátrica: percepção do acompanhante” elaborado pelas
enfermeiras Fabiana Rodrigues Costa e Louise Araújo Lisboa de Oliveira para que seja
feita a apreciação por esta instituição como parte do estudo a ser realizado como
requisito para aquisição do título de Enfermeira especialista em Pediatria e
Neonatologia.
Informamos que todo o estudo será acompanhado pela professora orientadora Ana
Márcia Mendes Castillo em todas as suas fases de elaboração e reiteramos que uma
cópia do referido estudo será enviado, posteriormente, para essa instituição.
Solicitamos ainda que o parecer seja-nos enviado oficialmente a fim de que possamos
programar as atividades de campo.
Atenciosamente,
_____________________
Enfª Fabiana Rodrigues Costa
(Pesquisadora)
________________________
Enfª Louise A. Lisboa de Oliveira
(Pesquisadora)
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ANEXO – AUTORIZAÇÃO DO COMITÊ DE ÉTICA DA INSTITUIÇÃO
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