31 de Julho a 02 de Agosto de 2008 ESTUDO ANALÍTICO DA UTILIZAÇÃO DO GÁS NATURAL VEICULAR COMO ALTERNATIVA DE COMBUSTÍVEL VIÁVEL PARA CARROS POPULARES NO MUNICÍPIO DO NATAL - RN José Padilha Chrispim Neto (FARN) [email protected] Dieggo Maia de Araújo (FARN) [email protected] Itamoary de Jesus Barros Neto (FARN) [email protected] Carlos Eduardo Marinho Diniz (UFRN) [email protected] Resumo Há alguns anos atrás o Brasil era um país extremamente dependente de petróleo importado do exterior, tendo sua economia afetada em certos momentos em função da volatilidade do preço do produto devido a crises internacionais. Para minimizar esta dependência, o país decidiu investir em outras fontes energéticas, como o etanol através do PROÁLCOOL, estimulado desde a década de 80. A partir da metade da década de 90 o gás natural foi inserido definitivamente no mercado, sendo usado inclusive para consumo veicular devido ao preço de venda atrativo. Graças à diversificação de sua matriz energética por meio do estímulo a utilização de combustíveis alternativos, o Brasil alcançou a auto-suficiência na produção de petróleo e também alterou o comportamento dos consumidores de automóveis, ao qual, puderam ter a vantagem de analisar a viabilidade em utilizar veículos movidos a álcool ou em optar pela conversão do motor de seus carros ao gás natural veicular (GNV), oferecida nos postos desde 2002. A metodologia utilizada neste estudo baseou-se em pesquisa exploratória, bibliográfica e quantitativa, tendo como objetivo constatar se o emprego do GNV, em automóveis de pequeno porte, é uma alternativa viável para seus consumidores frente aos demais combustíveis existentes para este segmento de veículos. Abstract Few years ago Brazil was a highly dependent country on imported oil from abroad, and its economy was sometimes affected depending on IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 the volatility of product’s price due to international crises. To minimize this dependency, Brazil decided to invest in other energy sources such as ethanol by PROÁLCOOL, stimulated since the 80’s. From the middle of the decade of 90 natural gas was finally inserted in the market, including being used for vehicular consumption due to attractive sales price. Thanks to the diversification of its energy matrix by stimulating the use of alternative fuels, Brazil has reached selfsufficiency in oil production and also changed the behavior of people who buy cars, of which, could have the advantage of analyzing the viability in use vehicles using ethanol or opt for engine’s conversion to vehicle natural gas (VNG), offered since 2002 at oil stations. The methodology used in this study was based on exploratory, literature and quantitative research, with the aim to see if the use of VNG in cars is a viable alternative for their customers compared to other existing fuels for this segment of vehicles. Palavras-chaves: gás natural veicular, combustíveis, viabilidade. IV CNEG 2 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 1. INTRODUÇÃO O mercado brasileiro de combustíveis a partir de 2002 vivenciou a entrada de uma nova opção nas bombas dos postos espalhados pelo país, o gás natural, que chegou a alcançar patamares inesperados na composição da matriz energética nacional, inserindo-se de forma a concorrer, nos postos de combustíveis, com os dois principais combustíveis para veículos de pequeno porte, o álcool e a gasolina, influenciando a partir daí em aspectos como a produção da cana-de-açúcar nacional, o preço dos combustíveis nas bombas dos postos, e principalmente no comportamento do usuário de automóveis em todo país, que a partir de então pararam para analisar a viabilidade em converter seus veículos para o gás natural veicular. Para os que acompanharam a introdução do gás natural na matriz energética nacional em 2002, focando-se prioritariamente no gás natural veicular (GNV), é notório que desde o surgimento desta nova opção de combustível, e da vantagem “visível”, em relação às demais opções de combustíveis para veículos automotores, a demanda por gás natural foi crescente a cada ano. Estas vantagens do GNV no Brasil sobre os demais combustíveis, se deram principalmente, por causa dos estímulos criados pelo governo, para a criação e aumento da demanda pelo gás. A partir de então muitos consumidores aderiram ao novo combustível existente no mercado, de tal forma que o crescimento da demanda pelo produto começou a preocupar Governo e Petrobrás, que optaram por criar ações de controle ao crescimento da demanda por gás natural, priorizando o uso do combustível na indústria. De acordo com o DETRAN-RN até 15/05/08, 6,66% da frota de veículos do Rio Grande do Norte utilizava GNV, percentual que corresponde a 39.630 veículos convertidos a gás natural no Rio Grande do Norte. A Potigás, distribuidora de gás natural do estado do Rio Grande do Norte, afirma que o GNV vem se popularizando cada vez mais e que este combustível pode proporcionar até 70% de economia para o consumidor final e dessa forma gerar certas vantagens, principalmente para os profissionais do ramo de transportes, como aumento da vida útil do IV CNEG 3 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 motor do veículo, economia de gastos com combustível e redução do custo de manutenção, por propiciar maior intervalo na troca de velas, óleo lubrificante e tubos de escapamento. Quanto ao acesso do consumidor final ao combustível, o Rio Grande do Norte já possui 56 postos que dispõem do GNV em suas bombas, comercializando cerca de 210 mil m³ ao dia. Dentre os 56 postos de gás natural veicular, 46 estão localizados na Grande Natal, conforme dados fornecidos pela Potigás. Através da análise histórica da utilização do gás natural veicular no Brasil, da avaliação das estratégias do Governo e Petrobrás quanto às tentativas de estímulo e controle da sua demanda e finalmente, a partir da elaboração de simulações baseadas em preço, rendimento de cada combustível, custo do kit de conversão e tipo do veículo a utilizar o GNV este estudo visa constatar se o emprego do mesmo, em automóveis de pequeno porte, é uma alternativa viável para seus consumidores frente aos demais combustíveis existentes para este segmento de veículos. 1.1. Gás natural A utilização do gás natural quer seja na indústria, ou como combustível para veículos automotores é bastante recente no Brasil, sua intensificação ocorreu em meados de 2002. A Companhia de Gás de Minas Gerais - GASMIG assim apresenta o conceito desse combustível: “O Gás Natural é um combustível fóssil, com constituição semelhante à do petróleo e pode ser encontrado no subsolo ou no fundo do mar, em depósitos naturais de rochas sedimentares, associado ou não ao petróleo. Sua origem é da decomposição de plantas e animais, resultado de um processo de milhões anos.” (GASMIG, 2008) De acordo com Peruzzo e Canto (2000), combustível é todo material ou substância que reage na presença de oxigênio emitindo uma grande quantidade de energia, e liberando luz e calor. Desta forma o gás natural é uma substância capaz de reagir com o oxigênio liberando energia, a qual, segundo SCARLATO et al, 1998, significa ação. Com estas propriedades o gás natural entrou no mercado brasileiro, e também no mercado do Rio Grande do Norte, de forma que, conforme dados publicados pela Agência IV CNEG 4 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 Nacional do Petróleo (ANP), em 2007, o estado foi responsável pela produção de 4650 bep¹, o que representa 2,1% dos 22.136.431 bep da produção nacional. A Potigás publicou que em 2007, 49% da produção de Gás Natural do Rio Grande do Norte, cerca de 173 mil m³/dia é destinada para a indústria, composta de 55 empresas, enquanto os demais 51%, cerca de 217 mil m³/dia é destinado para o setor automotivo, composto por 53 postos distribuídos pelo estado. “Mercado é toda instituição social na qual bens e serviços, assim como os fatores produtivos, são trocados livremente” (TROSTER, 1999, p. 46). Tabela 1 – Consumo anual das fontes de energia no setor de transportes. SETOR DE TRANSPORTES IDENTIFICAÇÃO GÁS NATURAL UNIDADE: 10³ bep 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 116 140 275 503 862 1.169 1.390 1.711 2.030 CARVÃO VAPOR 0 0 0 0 0 0 0 0 0 LENHA 0 0 0 0 0 0 0 0 0 23.100 23.395 24.090 24.840 25.834 25.058 26.810 26.685 27.112 ÓLEO DIESEL ÓLEO COMBUSTÍVEL GASOLINA AUTOMOTIVA GASOLINA DE AVIAÇÃO QUEROSENE ELETRICIDADE 773 755 648 712 742 699 782 806 733 14.772 13.770 13.261 12.995 12.426 13.115 13.560 13.595 14.440 62 58 58 56 42 47 47 42 54 3.145 2.931 3.124 3.215 3.092 2.194 2.345 2.553 2.381 101 101 107 103 81 84 89 102 126 ÁLCOOL ETÍLICO 6.783 6.798 5.820 5.377 6.085 5.794 6.445 6.963 6.395 ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO 2.850 3.205 3.046 3.208 3.871 3.875 3.979 4.079 2.777 ÁLCOOL ETÍLICO HIDRATADO 3.933 3.594 2.774 2.170 2.214 1.919 2.466 2.885 3.618 0 0 0 0 0 0 0 0 0 48.852 47.949 47.385 47.802 49.163 48.160 51.469 52.459 53.270 OUTRAS SECUNDÁRIAS DE PETRÓLEO TOTAL Fonte: Balanço Energético Nacional – BEN, 2007, CAP. 3. No mercado de combustíveis veiculares o gás natural, agora conhecido como Gás Natural Veicular (GNV) surgiu, ainda que discretamente, a partir de meados de 1998 e 1999, conforme a tabela 1, referente ao consumo de energia no setor de transportes. Segundo Almeida, 2007, até a década de 1990, o gás natural tinha um papel secundário na política energética nacional, mas o governo Fernando Henrique Cardoso adotou uma política energética que buscou elevar a participação do gás na matriz energética nacional e a partir da negociação para importação de gás boliviano, adotou-se a meta de uma participação do gás natural correspondente a 12% da matriz energética brasileira. Para tanto, Petrobrás e governos estaduais criaram uma estrutura de incentivos que permitiu, em poucos anos, criar o segundo maior mercado de GNV no mundo, de acordo com Almeida, 2007, ou IV CNEG 5 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 seja, a partir da possibilidade que o país possuía em ofertar gás natural veicular, incentivou-se a criação de uma demanda para o produto, resultando em uma adaptação do mercado de combustíveis com o surgimento de postos de gás natural veicular e empresas que instalassem Kits de GNV nos veículos. “A curva de demanda de mercado mostra a relação entre a quantidade demandada de um bem por todos os indivíduos e seu preço, mantendo constantes outros fatores (gosto, renda, preço de bens relacionados)” (TROSTER, 1999, P. 50). “A curva de oferta de mercado mostra a relação entre a quantidade de um bem oferecido por todos os produtores e seu preço, mantendo constantes os outros fatores (tecnologia, preço de fatores produtivos etc.)” (TROSTER, 1999, p. 51). Com isso preços baixos foram oferecidos, como mostra a tabela 2, de forma que o mercado tendesse à alcançar seu preço de equilíbrio, que para TROSTER, 1999, é aquele em que coincidem os planos dos demandantes ou consumidores e dos ofertantes ou produtores. Da mesma forma que “Preço é o valor estabelecido pelo vendedor para efetuar a transferência da propriedade de um bem” (DUTRA, 1995, P.27). Tabela 2 – Preços médios dos combustíveis no Brasil PREÇOS MÉDIOS CORRENTES DE FONTES DE ENERGIA (1) IDENTIFICAÇÃO UNIDADE: US$ / Unidade Física UNIDADE UNIDADE 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 GASOLINA (2) m³ 828 706 592 682 712 957 1.166 ÁLCOOL (2) m³ 540 436 354 443 414 567 769 GÁS NATURAL COMBUSTÍVEL (3) 10³ m³ 163 144 140 144 176 243 321 Dolar/venda(media do ano) Moeda BR/US$ 1,83 2,35 2,93 3,04 2,93 2,43 2,18 (1) Moeda nacional corrente convertida a dólar corrente pela taxa média anual do câmbio. Preços ao consumidor com impostos. (2) Cotações do Rio de janeiro, até 2004. Média Brasil a partir de 2005. (3) Até 1994, preço de venda da Petrobrás a consumidores industriais. A partir de 1995, cotações de indústrias de vários estados (4) Preços médios nacionais (5) Cotações de indústrias de vários Estados. (6) Preço médio no Rio de Janeiro. Fonte: Balanço Energético Nacional – BEN, 2007, CAP. 3. Neste contexto surgiram muitos consumidores interessados em converter seus veículos para o gás natural veicular, pelas tantas vantagens que o combustível oferecia na época.. “O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) já iniciou a contagem regressiva para alcançar a marca de 1 milhão de veículos leves movidos a GNV no país, conforme IV CNEG 6 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 previsto para segundo semestre desse ano. Em março, a frota nacional somou 898.161 veículos, faltando, portanto, pouco mais de 100 mil conversões para se chegar à meta. Somente no primeiro semestre, as conversões cresceram 55%, para 62.202, de 40.173 em igual período do ano passado. O setor também registrou o melhor resultado de março de todos os tempos, quando mais 20.800 veículos passaram a rodar com o combustível. Esse total representou um crescimento de 43% sobre igual mês do ano passado” (LIMA, 2005). Segundo WESTON e BRIGHAM, 2000, risco é a possibilidade de que algum acontecimento desfavorável venha a ocorrer enquanto a taxa de retorno é o valor médio da distribuição de probabilidades de resultados possíveis. Da mesma forma, rentabilidade é o “Grau de êxito econômico obtido por uma empresa em relação ao capital nela investido” (BRAGA, 1995, P. 30), seguido pelo lucro que segundo SANDRONI, 2003, consiste na diferença entre receitas e despesas de uma empresa em determinado período (um ano, um semestre etc). Nestes moldes os brasileiros arriscaram seguir as tendências do mercado na expectativa de realizar um negócio rentável, ou seja, atingir lucro em relação ao tipo de combustível que utilizavam em seus veículos, o que os motivou a converterem seus veículos para o GNV, resultando no aumento do consumo deste, como apresenta a tabela 1. “Um investimento é o comprometimento atual de dinheiro ou de outros recursos na expectativa de colher benefícios futuros”. (BODIE, 2000, P. 23). Após toda essa movimentação no mercado de combustíveis brasileiro, ocorreu a crise da indústria enérgica atingindo de forma clara o mercado de GNV nacional. Conforme notícia publicada no site DreaMule News, 2007, o ministro de Minas e Energia à época, Nelson Hubner, disse que não aconselhava novas conversões de carros para o uso de GNV (Gás Natural Veicular). “O que não dá é para a gente abandonar estas pessoas que de boa fé fizeram todo este investimento, elas vão continuar tendo gás, até porque as distribuidoras têm um contrato com a Petrobrás”. (Hubner apud DreaMule News, 2007) A partir desta mudança no mercado do GNV nacional, vários consumidores se questionaram sobre a viabilidade do investimento em conversão de veículos para o gás natural veicular. IV CNEG 7 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 2. MATERIAL E MÉTODO Com base em todas as informações acima o delineamento desta pesquisa para obtenção de dados classifica-se como Pesquisa Bibliográfica, segundo a classificação de CERVO, 1996, pois procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em documentos. Quanto à classificação do objetivo específico enquadra-se como um estudo exploratório, que segundo CERVO, 1996 realiza descrições precisas da situação e quer descobrir as relações existentes entre os elementos componentes da mesma, classificando-se quanto a sua natureza como pesquisa quantitativa por serem feitas análises numéricas, apresentação de dados quantificáveis, planilhas, tabelas e gráficos. “O Quantitativo, conforme o próprio termo indica, significa quantificar opiniões, dados (...)” (OLIVEIRA, 1998, p. 115). O universo da pesquisa será composto pelos proprietários de veículos que utilizam GNV, no estado do Rio Grande do Norte. Os dados foram analisados através da elaboração do simulador que forneceu planilhas e gráficos presentes nesta pesquisa, possibilitando a simulação de ambientes / cenários, que possibilitaram a constatação dos limites de viabilidade do gás natural veicular em Natal/RN. 3. RESULTADOS 3.1 Simulador A base principal para a apresentação das análises de viabilidade neste artigo foi a construção do simulador utilizando o software Microsoft Excel 2003, no qual foram gerados os gráficos das análises com base nos dados inseridos. Nos cálculos realizados pelo simulador levaram-se em conta as seguintes variáveis: 1. Preços atuais dos combustíveis, IV CNEG 8 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 2. Preço do kit de conversão, 3. Consumo de combustível por quilômetro, 4. Quilometragem diária percorrida e, 5. Relação de autonomia entre o GNV e os demais combustíveis. Tabela 3 – Síntese dos Preços Praticados no Brasil para Gasolina R$/l, Álcool R$/l e GNV R$/m³. PREÇO PREÇO MÉDIO MÉDIO GASOLINA ÁLCOOL ACRE R$ 2,94 R$ 2,08 - ALAGOAS R$ 2,77 R$ 1,67 R$ 1,76 AMAPÁ R$ 2,58 R$ 2,03 - AMAZONAS R$ 2,42 R$ 1,77 R$ 1,40 BAHIA R$ 2,66 R$ 1,73 R$ 1,66 CEARÁ R$ 2,38 R$ 1,71 R$ 1,75 DISTRITO FEDERAL R$ 2,54 R$ 1,86 - ESPÍRITO SANTO R$ 2,61 R$ 1,74 R$ 1,57 GOIÁS R$ 2,37 R$ 1,46 - MARANHÃO R$ 2,64 R$ 1,73 - MATO GROSSO R$ 2,78 R$ 1,41 R$ 1,52 MATO GROSSO DO SUL R$ 2,62 R$ 1,69 R$ 1,59 MINAS GERAIS R$ 2,37 R$ 1,59 R$ 1,59 PARANÁ R$ 2,40 R$ 1,41 R$ 1,45 PARAÍBA R$ 2,42 R$ 1,67 R$ 1,62 PARÁ R$ 2,69 R$ 2,12 - PERNAMBUCO R$ 2,59 R$ 1,53 R$ 1,70 PIAUÍ R$ 2,57 R$ 1,85 - RIO DE JANEIRO R$ 2,51 R$ 1,63 R$ 1,45 RIO GRANDE DO NORTE R$ 2,41 R$ 1,71 R$ 1,58 RIO GRANDE DO SUL R$ 2,52 R$ 1,75 R$ 1,74 RONDÔNIA R$ 2,65 R$ 1,83 - RORAIMA R$ 2,67 R$ 2,15 - SANTA CATARINA R$ 2,52 R$ 1,70 R$ 1,67 SERGIPE R$ 2,52 R$ 1,81 R$ 1,77 SÃO PAULO R$ 2,38 R$ 1,26 R$ 1,16 TOCANTINS R$ 2,75 R$ 1,79 - ESTADO IV CNEG PREÇO MÉDIO GNV 9 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 O cálculo do preço médio foi baseado nas vendas de Data de combustíveis informadas pelas distribuidoras à ANP no ano de Emissão 2004, através do DCP (Demonstrativo de Controle de Produtos). 16/05/2008 Fonte: ANP, 2008. De acordo com a ANP - Agência Nacional do Petróleo, na segunda semana de Maio deste ano, o preço médio do litro de gasolina foi de R$ 2,414/litro, enquanto o preço médio do litro do álcool estava a R$ 1,708 e o preço do m³ do GNV a R$ 1,583, conforme apresenta a tabela 3. Nas análises foram consideradas que os proprietários de veículos eram particulares e que os veículos eram populares. Foram considerados os preços atuais dos combustíveis em questão: álcool, gasolina e gás natural veicular. Conforme apresenta a conversora GásPoint, existem diferentes tipos de kits de conversão para GNV, que são classificados de acordo com a tecnologia empregada no veículo. O custo despendido com o Kit de Conversão é um dos gastos mais relevantes na hora de tomar a decisão entre converter ou não um veículo, onde este gasto aliado ao preço do m³ são as variáveis que viabilizam financeiramente, ou não, a conversão. Deste modo o simulador considera veículos populares mais novos, ou seja, que já possuem o sistema de injeção eletrônica. Para este tipo de tecnologia, consideramos um Kit de conversão de 5ª geração, o qual, segundo a Gáspoint, apresenta menor perda de potência do motor. Os valores de cada tipo de kit variam de acordo com a tecnologia utilizada, tamanho do cilindro e tipo do veículo. Segundo levantamento feito no mercado local, o preço do Kit de conversão de 5ª geração para veículos populares, como por exemplos Gol, Uno, Palio e Celta, variam de R$ 4.200,00 a R$ 5.100,00. Nesta simulação consideraremos um kit de conversão no valor de R$ 4.500,00. Tabela 4 – Comparação entre autonomia do GNV em relação à Gasolina e ao Álcool. Gasolina 5 7 10 12 15 18 km/litro Álcool 3,5 4,5 7 8,5 10,5 12,5 m³ 50 65 100 120 140 170 7,5 65 90 130 150 190 230 10 100 130 195 234 290 340 15 110 150 220 260 330 390 17 Autonomia média em quilômetros IV CNEG Tamanho do cilindro em m³ 10 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 Equivale à GNV 130 190 270 320 410 480 21 160 220 320 390 480 570 25 195 270 390 465 585 690 30 260 360 520 620 780 920 40 6,5 9 13 15,5 19,5 23,5 km/m³ Fonte: GásPoint, 2008. “O consumo varia em função do trânsito, de condutor para condutor e de carro para carro, utilizamos como referência de cálculo para o consumo ideal, o acréscimo de 20% na autonomia por litro de combustível líquido para 1 m³ de GNV.” (Globo Gás Brasil, 2006) Segundo o engenheiro Bastos, 2007, o rendimento do GNV é 20% superior à gasolina e até 40%, maior do que o do álcool. Conforme a Tabela 4, a autonomia do m³ de GNV pode ser 30% superior a gasolina e 50% ao álcool. Este artigo irá considerar em suas simulações, a autonomia do m³ do gás natural superior em 20% sobre a gasolina e 40% superior ao álcool. Conforme a revista Globo Gás Brasil em Novembro de 2006, um veículo popular percorre em média 10 km/litro de gasolina, desta forma, utilizaremos este dado como base para a construção das simulações, relacionando os percentuais de autonomia entre GNV, gasolina e álcool, a partir desta definição. Para especular as distâncias percorridas pelos proprietários de veículos em Natal/RN, consultamos o Google Maps Brasil em 15/05/08. A Cidade de Natal apresenta atualmente uma área metropolitana considerável, que pode ser comprovada através das distâncias entre determinados bairros como por exemplo, Cidade Satélite à Cidade Alta (aproximadamente 12 Km), Nova Parnamirim à Cidade Alta (aproximadamente 14 Km), Lagoa Azul ao Alecrim (aproximadamente 18 Km), Potengi à Candelária (aproximadamente 15 Km), Pajuçara a Ponta Negra (aproximadamente 25 Km), além de trechos feitos por moradores de cidades vizinhas que desenvolvem alguma atividade na capital, fazendo trechos como Parnamirim/RN a Cidade Alta (aproximadamente 18 Km) ou até mesmo Macaíba/RN a Natal (aproximadamente 20 Km). Partindo deste pressuposto, o simulador considera pessoas que utilizam seus veículos diariamente e almocem em casa, situação típica na cidade, ou, que trabalham e estudam em IV CNEG 11 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 outro turno, de forma que façam diversos percursos em seus veículos diariamente. Desta forma se considera nas simulações uma média de quilometragem de 80 Km/dia. A partir dessas variáveis, pode-se calcular o valor gasto com combustível (C), dividindo-se o resultado da multiplicação entre, a quilometragem da média percorrida diariamente (Km) e o período de tempo desejado (T), pela multiplicação entre rendimento da gasolina por litro (R) e o preço do litro do combustível (P) conforme pode ser observado na equação 1. C = Km x T / R x P (1) 3.2 Cenários Os cenários utilizados nessas simulações foram elaborados considerando a fixação dos preços do Álcool e da Gasolina, a média da distância percorrida diariamente, preço do Kit de conversão, autonomia dos combustíveis e simulação do valor do preço do metro cúbico do gás natural veicular, para, desta forma, detectar-se em quanto tempo o GNV torna-se viável. 3.2.1 Primeiro Cenário No primeiro cenário consideramos os preços atuais dos combustíveis: Gasolina R$ 2,414/litro, Álcool R$ 1,708/litro e GNV R$ 1,583/m³. O preço do Kit de conversão considerado é de R$ 4.500,00, a quilometragem diária é de 80 Km e o rendimento do veículo por se tratar de um veículo popular, consideramos 10 Km/litro de Gasolina, com base em pesquisa publicada pela Revista Globo Gás Brasil. Neste cenário o preço do GNV corresponde a aproximadamente 65,57 % do preço da Gasolina e 92,68% do preço do álcool. IV CNEG 12 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 30.000,00 Valores em R$ 25.000,00 20.000,00 15.000,00 10.000,00 5.000,00 0,00 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 Tempo (meses) Gasto com Gasolina Gasto GNV Gasto com Alcool Gráfico 1 – Primeira simulação de gastos entre GNV, Gasolina e Álcool, ao longo do tempo, considerando os preços atuais dos combustíveis. Fonte: Simulador, 2008. A partir dos dados citados anteriormente para o primeiro cenário, o gráfico 1 apresenta um ponto de equilíbrio de gastos entre GNV e Gasolina no décimo oitavo mês, onde acima deste ponto a utilização do gás natural veicular torna-se viável, ao contrário do comparativo de gastos com GNV em relação ao Álcool, onde a viabilidade inicia-se apenas em torno do vigésimo oitavo mês. R$ 10.000,00 R$ 8.000,00 Valores em R$ R$ 6.000,00 R$ 4.000,00 R$ 2.000,00 R$ 0,00 (R$ 2.000,00) 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 (R$ 4.000,00) (R$ 6.000,00) Tempo (meses) Economia GNV X Gasolina Economia GNV X Alcool Gráfico 2 – Primeiro comparativo entre a economia obtida entre um carro movido a álcool e outro a gasolina, ao longo do tempo, considerando os preços dos combustíveis atuais. Fonte: Simulador, 2008. IV CNEG 13 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 No gráfico 2 pode-se observar a diferença entre os patamares de economia na utilização do GNV em relação à Gasolina e em relação ao Álcool, onde ao final de quatro anos para um proprietário de veículo a Gasolina, nas condições simuladas, teria uma economia de R$ 8.112,48, enquanto um proprietário de veículo movido a Álcool, teria uma economia no mesmo período de quase R$ 3.451,62, menos de 50% do desempenho alcançado por veículos movidos a gasolina. 3.2.2 Segundo Cenário Neste cenário foi aumentado o valor do m³ do GNV em 10%, correspondendo ao valor de R$ 1,741/m³, valor que equivale a 72,12% do preço da Gasolina e ultrapassa o valor do litro do Álcool em 1,93%. 30.000,00 Valores em R$ 25.000,00 20.000,00 15.000,00 10.000,00 5.000,00 0,00 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 Tempo (meses) Gasto com Gasolina Gasto GNV Gasto com Alcool Gráfico 3 – Segunda simulação de gastos entre GNV, Gasolina e Álcool, ao longo do tempo, com aumento de 10% no preço inicial do GNV. Fonte: Simulador, 2008. Com base na representação gráfica 3, observa-se que para um aumento de 10% no preço do metro cúbico do GNV, a viabilidade deste em relação a gasolina é postergada em apenas dois meses, iniciando-se no vigésimo mês, por outro lado este aumento de preço em relação ao álcool, representa um aumento de 6 meses, sendo alcançado somente no trigésimo quarto mês. IV CNEG 14 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 8.000,00 Valores em R$ 6.000,00 4.000,00 2.000,00 0,00 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 (2.000,00) (4.000,00) (6.000,00) Tempo (meses) Economia GNV X Gasolina Economia GNV X Alcool Gráfico 4 – Segundo comparativo entre a economia obtida entre um carro movido a álcool e outro a gasolina, ao longo do tempo. Fonte: Simulador, Conforme o 2008. gráfico 4, a economia resultante da utilização do GNV em relação a Gasolina sofre uma redução de 18,70%, saindo de R$ 8.112,48 na primeira simulação para R$ 6.595,68. Porém esta redução em R$ 1.516,80 para um usuário do álcool é muito mais acentuada, pois, apesar de ser o mesmo valor representa 43,95% de redução. Desta forma o valor da economia alcançada pelo álcool corresponde a 29,33% da economia atingida por usuários de gasolina. 3.2.3 Terceiro Cenário Dando continuidade as simulações com aumento do preço de GNV, neste cenário o valor do m³ é superior em 20% ao preço da primeira simulação, correspondente a R$ 1,899/m³, valor que equivale a 78,66% do preço da gasolina e ultrapassa o valor do litro do álcool em 11,18%. IV CNEG 15 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 30.000,00 Valores em R$ 25.000,00 20.000,00 15.000,00 10.000,00 5.000,00 0,00 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 Tempo (meses) Gasto com Gasolina Gasto GNV Gasto com Alcool Gráfico 5 – Terceira simulação de gastos entre GNV, Gasolina e Álcool, ao longo do tempo, com aumento de 20% no preço inicial do GNV. Fonte: Simulador, 2008. Quanto maior o valor do m³ do GNV, maior o tempo para que este torne-se viável, conforme apresentado pelo gráfico 5, onde os gastos entre GNV e Gasolina se cruzam em torno dos meses 23 e 24, sendo a partir deste ponto que a utilização do GNV torna-se viável em relação a gasolina, sendo a partir do quadragésimo quarto mês para o álcool. 6.000,00 Valores em R$ 4.000,00 2.000,00 0,00 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 (2.000,00) (4.000,00) (6.000,00) Tempo (meses) Economia GNV X Gasolina Economia GNV X Alcool Gráfico 6 – Terceiro comparativo entre a economia obtida entre um carro movido a álcool e outro a gasolina, ao longo do tempo, com um aumento de 20% no preço do GNV. Fonte: Simulador, 2008. IV CNEG 16 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 Analisando-se o Gráfico 6 verifica-se que o gráfico de gastos entre GNV e gasolina torna-se positivo no mês 23, chegando a R$ 5.078,88 ao final do último mês, continuando a apresentar redução como na simulação anterior, correspondendo nesta a 22,99% em relação à simulação passada, o que torna o resultado 37,40% menor que o resultado obtido na primeira simulação. No caso do álcool o GNV torna-se cada vez mais inviável, apresentando desta vez um resultado de apenas R$ 418,02 ao final do período, o que representa uma queda de 87,89% no lucro da conversão do carro a álcool para gás natural veicular. 3.2.4 Quarto Cenário Esta simulação considera um acréscimo no valor do m³ do GNV em 30% do preço inicial do m³ da primeira simulação, o que corresponde a R$ 2,057/m³, valor este equivalente a 85,21% do preço da gasolina e superior em 20,43% ao valor do litro do álcool. 30.000,00 Valores em R$ 25.000,00 20.000,00 15.000,00 10.000,00 5.000,00 0,00 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 Tempo (meses) Gasto com Gasolina Gasto GNV Gasto com Alcool Gráfico 7 – Quarta simulação de gastos entre GNV, Gasolina e Álcool, ao longo do tempo, com aumento de 30% no preço inicial do GNV. Fonte: Simulador, 2008. Nesta simulação conforme o gráfico 7, observa-se que se distancia em nove meses, o resultado alcançado pela gasolina, em relação a primeira simulação feita, tornando-se viável a partir do vigésimo sétimo mês. O principal dado desta simulação é que com um aumento de 30% no preço de GNV em uma simulação compreendida em um período de 48 meses, o GNV IV CNEG 17 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 torna-se inviável para o usuário de álcool, atingindo um prejuízo de R$ 1.098,78 ao final do período de 48 meses. 4.000,00 3.000,00 Valores em R$ 2.000,00 1.000,00 0,00 1.000,00 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 2.000,00 3.000,00 4.000,00 5.000,00 Tempo (meses) Economia GNV X Gasolina Economia GNV X Alcool Gráfico 8– Quarta simulação de gastos entre GNV, Gasolina e Álcool, ao longo do tempo, com aumento de 30% no preço inicial do GNV. Fonte: Simulador, Conforme as2008. informações deste cenário, apresentadas no gráfico 8, o GNV para usuários de gasolina ainda possui uma posição de viabilidade atingindo um lucro no final do período de R$ 3.562,08, apresentando uma redução em 56,10% em relação ao lucro atingindo na primeira simulação. 3.2.5 Quinto Cenário Neste quinto e último cenário simulamos o preço do GNV no mesmo patamar que o preço da Gasolina, ou seja, R$ 2,414/m³ o que equivale a um aumento de 52,49% em relação ao seu preço inicial. IV CNEG 18 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 30.000,00 Valores em R$ 25.000,00 20.000,00 15.000,00 10.000,00 5.000,00 0,00 1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34 37 40 43 46 Tempo (meses) Gasto com Gasolina Gasto GNV Gasto com Alcool Gráfico 9 – Quinta simulação de gastos entre GNV, Gasolina e Álcool, ao longo do tempo, com aumento de 52,49% no preço inicial do GNV. Fonte: Simulador, 2008. De forma óbvia para usuários de veículos a álcool esta simulação é inviável, chegando a atingir um prejuízo de R$ 4.525,98 no final dos 48 meses. No caso da gasolina apesar de apresentar 98,34% de redução no lucro ao final do período, a gasolina ainda apresenta uma lucratividade correspondente a R$ 134,88 ao final do quadragésimo oitavo mês. 4. CONCLUSÕES O estímulo dado pelo governo para utilização do GNV permitiu a criação de uma considerável frota veicular. A conversão dos veículos aliada à introdução de veículos triflexíves e quadri-flexíves, tendem a gerar um aumento de demanda de GNV de forma considerável. Neste contexto, a crise do gás boliviano criou uma situação onde há possibilidade de diminuição da oferta do Gás em um futuro próximo se o governo não fizer os investimentos necessários para se usar as reservas de gás da bacia de Campos e do Espírito Santo. Com um cenário de escassez para a frota em médio prazo e, baseado na lei da oferta e da procura que em situação de escassez há aumento de preços, foi elaborado neste trabalho cinco cenários sobre a viabilidade do GNV e sua conversão em relação a gasolina e ao álcool, IV CNEG 19 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 assim, podemos concluir que em todos os cenários a conversão do GNV em relação a gasolina é lucrativo e vale o investimento na conversão. Em relação ao álcool a conversão do veículo para GNV torna-se inviável a partir do terceiro cenário, onde o preço do GNV corresponde a 78,66% do preço atual da gasolina. Desta forma, se for levado em consideração o tempo de utilização do veículo pelo consumidor até sua próxima troca, normalmente, entre três ou quatro anos ou 36 a 48 meses, a conversão de veículos a álcool só valeria para os consumidores que desejassem ficar com o veículo pelo máximo de tempo possível. Por isso é factível afirmar que há viabilidade da conversão para GNV para veículos populares movidos a gasolina e/ou álcool. 5. REFERÊNCIAS AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO, GÁS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS. Disponível em: <http://www.anp.gov.br>. Acesso em: 16 maio 2008. ALMEIDA, EDMAR DE. Qual o papel do gás natural na indústria energética brasileira? Disponível em: <http://www.gasnet.com.br/novo_artigos.asp?cod=1353>. Acesso em: 03 de maio de 2008. BALANÇO ENERGÉTICO NACIONAL 2007. <www.ben.epe.gov.br/downloads>. Acesso em: 11 maio 2008. Disponível em: BODIE, ZUI; KANE, ALEX; MARCUS, ALAN J. Fundamentos de Investimentos. 3 ed. São Paulo: Bookman, 2000. BRAGA, ROBERTO. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1995. CERVO, AMADO LUIZ. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Makron Books, 1996. COMPANHIA DE GÁS DE MINAS GERAIS. Gás Natural: A energia do futuro. Disponível em: <http://www.gasmig.com.br/gasnatural/gasnatural_energianatureza.asp>. Acesso em: 03 abril 2008. COMPANHIA POTIGUAR DE GÁS. O Gás Natural. <http://www.potigas.com.br/gas_natural.php> Acesso em: 25 abril 2008. Disponível em: DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DO RIO GRANDE DO NORTE. Disponível em: <http://www.detran.rn.gov.br>. Acesso em: 15 maio 2008. DUTRA, RENÉ GOMES. Custos: Uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 1995. IV CNEG 20 IV CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO Responsabilidade Socioambiental das Organizações Brasileiras Niterói, RJ, Brasil, 31 de julho, 01 e 02 de agosto de 2008 DREAMULE.ORG. Ministro desaconselha conversão de carro para gás. Disponível em: <http://www.dreamule.org/noticias/Noticias/ministro-desaconselha-conversgo-de-carro-paraggs>. Acesso em: 04 maio 2008 GÁSPOINT CONVERTEDORA. Disponível em: <http://www.gaspoint.com.br> Acesso em: 12 maio 2008. GLOBO GÁS BRASIL. Revista Especializada em Gás e Energia. Ed. 59 – Novembro 2006. GOOGLE MAPS BRASIL. Disponível em: <http://maps.google.com.br> Acesso em: 12 maio 2008. LIMA, KELLY. Faltam 100 mil para 1 milhão. Disponível <http://www.gasnet.com.br/novo_artigos.asp?cod=659>. Acesso em: 07 maio 2008. em: OLIVEIRA, SILVIO LUIZ DE. Tratado de Metodologia Científica: Projetos de Pesquisas, TGI, TCC, Monografia, Dissertações e Teses. São Paulo: Pioneira, 1998. PERUZZO, FRANCISCO MIRAGAIA; CANTO, EDUARDO LEITE DO. Química: Na abordagem do Cotidiano. Vol. 3. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2000. SANDRONI, PAULO. Novíssimo Dicionário de Economia. São Paulo: Editora Best Seller, 2003. SCARLATO, FRANCISCO C.; PONTIN, JOOL A. Energia Para o Século XXI. São Paulo: Ática, 1998. TROSTER, ROBERTO LUÍS. MOCHÓN, FRANCISCO. Introdução à economia. São Paulo: Makron books, 1999. WESTON, FRED E BRIGHAM, EUGENE F. Fundamentos da Administração Financeira. São Paulo: Makron Books, 2000. IV CNEG 21