UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – SCHLA DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA EMENTA DE DISCIPLINA Codigo HS070 Disciplina Tópicos Especiais em Antropologia VIII Teóricas 60 Ementa Estudos monográficos e/ou comparativos de autores e/ou temas Pré‐Requ em Antropologia e patrimônio cultural. Carga Horária Práticas ‐ Estágio ‐ Total 60 DOCENTE(S) Professor(a) EDILENE COFFACI DE LIMA VALIDADE Horário Validade 2º semestre / 2011 Quarta‐feira 13h30 ‐ 17h30 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Objetivo Na Antropologia, desde pelo menos os trabalhos pioneiros de F. Boas, B. Malinowski e M. Mauss, muito se tem escrito sobre como as relações sociais são mediadas por objetos. Copiados, roubados, comprados, zelosamente elaborados, recebidos como presentes ou convertidos em patrimônio cultural, os objetos contemporaneamente recebem atenção renovada da disciplina. Neste curso pretende‐se introduzir os alunos à temática, abordando desde a atenção das teorias antropológicas ao tema dos objetos como os processos através dos quais se alteram as próprias concepções que se têm sobre eles, além de sobre as próprias teorias. Programa Calendário Atividades Bibliografia Básica Bibliografia Complementar Formas de Avaliação ANTROPOLOGIA DOS OBJETOS Parte 1 – Introdução: os objetos na Antropologia GONÇALVES, J.R.S. (2007) “Teorias antropológicas e objetos materiais” In: Antropologia dos Objetos: coleções, museus e patrimônios. Rio de Janeiro: IPHAN / DEMU, Col. Museu, Memória e Cidadania. SAHLINS, Marshall. 2004 [2000]. “Cosmologias do capitalismo: o setor transpacífico do ‘sistema mundial’”. In. Cultura na prática. Rio de Janeiro: Editora da UFRJ. VAN VELTHEN, Lúcia (2009). “Mulheres de cera, argila e arumã: princípios criativos e fabricação material entre os Wayana”, Mana, 15 (1): 213‐236. Parte 2 – O consumo dos objetos DOUGLAS, Mary & ISHERWOOD, Baron (2009). O mundo dos bens. Para uma antropologia do consumo. Rio de Janeiro, Editora UFRJ. 2ª edição. [1ª parte] GELL, Alfred (2008). “Recém‐chegados ao mundo dos bens: o consumo entre os Gonde Muria”. In. Appadurai, A. A vida social das coisas. As mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: EDUFF. pp. 143‐178. Parte 3 – Objetos em contato: transformações VAN VELTHEN, Lúcia (2002). “’Feito por inimigos’. Os brancos e seus bens nas representações wayana do contato”. In. ALBERT, B. & RAMOS, A. Pacificando o branco. Cosmologias do contato no norte‐ amazônico. São Paulo: Editora da UNESP/Imprensa Oficial. HOWARD, Catherine (2002). “A domesticação das mercadorias: estratégias waiwai”. In. ALBERT, B. & RAMOS, A. Pacificando o branco. Cosmologias do contato no norte‐amazônico. São Paulo: Editora da UNESP/Imprensa Oficial. LIMA, Edilene C. (2010). “Kampu, kampô, kambô: o uso do sapo‐verde entre os Katukina. In. LIMA, Edilene C. & COELHO DE SOUZA, Marcela. Conhecimento e cultura: práticas de transformação no mundo indígena. Brasília: Athalaia gráfica e editora. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES – SCHLA DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA ASSIS, Valéria (2010). “Entre a objetificação e a subjetificação: estética e processos de produção e consumo de petyngua (cachimbo) nos Mbyá‐Guarani”. Anais da RBA 2010. Parte 4 ‐ Objetos rituais KARADIMAS, Dimitri (2007). “Yurupari ou les figures du diable”. Gradhiva, 6 (Voir et reconnaître: l’objet du malentendu). BARCELOS NETO, Aristóteles (2006). « Des villages indigènes aux musées d’anthropologie. De la propriété et la vente des objets rituels amazoniens », Gradhiva, 4 (Le commerce des cultures). BITTER, Daniel (2010). A bandeira e a máscara. A circulação de objetos rituais nas folias de reis. Rio de Janeiro: Sete Letras. Parte 5 – A biografia das coisas KOPYTOFF, Igor (2008). “A biografia cultural das coisas: a mercantilização como processo”. In. Appadurai, A. A vida social das coisas. As mercadorias sob uma perspectiva cultural. Niterói: EDUFF. pp. 143‐178. MELO, Jorge Henrique (2010). Kàjré: a vida social de uma machadinha krahó. Dissertação de Mestrado, PPGAS/UFRN. METODOLOGIA O curso baseia‐se na leitura orientada da bibliografia, a qual será objeto de análise em aulas expositivas e seminários (com apresentação oral e um trabalho escrito), realizados pelos alunos sob orientação da professora. Os horários para orientação individual deverão ser agendados diretamente com a professora. AVALIAÇÃO Participação na discussão durante as aulas. Uma prova individual, realizada sem consulta. Preparação e apresentação de um seminário (apresentação oral e escrita) ou de um trabalho final (individual) versando sobre tema de interesse do aluno, concernente ao tema do curso. Observação: pequenas alterações na bibliografia poderão ser indicadas ao longo do curso. Bibliografia complementar será indicada durante as aulas.