11.001 - ESTUDO DA CAPACIDADE FAGOCÍTICA DE CELOMÓCITOS DE OURIÇOS-DO-MAR Echinometra lucunter SUBMETIDOS A ESTRESSE SALINO Honorato, T. B. M. , DA SILVA, P. M., Marques-Santos, L. F., Departamento de Biologia Molecular - UFPB Introdução: Os celomócitos são células responsáveis pela imunidade inata e presentes no fluido celômico de equinodermos. Em ouriços-do-mar, tais células são encontradas na cavidade celômica perivisceral, no sistema vascular de água, no sistema circulatório, no tecido conjuntivo e em diversos órgãos; sendo constituídas por quatro subpopulações: fagócitos; células vibráteis; esferulócitos vermelhos; e esferulócitos incolores. Atualmente, os celomócitos têm sido estudados como bioindicadores em situações de estresse. Objetivos: O objetivo do presente trabalho foi investigar a capacidade fagocítica de celomócitos do ouriço-do-mar Echinometra lucunter (Linnaeus, 1758) submetidos a estresse salino. Métodos: Segundo a LEI Nº 11.794, de 8 de outubro de 2008, que regulamenta o inciso VII do §1o do art. 225 da Constituição Federal, estabelece que os procedimentos para o uso científico de animais, aplica-se somente aos animais das espécies classificadas como filo Chordata, subfilo Vertebrata (§3o, art. 2), portanto, não é necessária a aprovação do presente projeto pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Os animais foram coletados na costa de João Pessoa (Paraíba/Brasil), aclimatados por 24 horas em aquário, sob constante fluxo de ar, a 25oC e 35‰ e posteriormente submetido ao estresse salino em água do mar artificial, sob as salinidades experimentais de 25‰ (hipossalino), 35‰ ( controle ) e 45‰ (hipersalino) por até 48 horas. Os ensaios de fagocitose foram realizados 1, 6, 24 e 48 horas após o início do estresse. O fluido celômico foi obtido através de punção na membrana peristomial, utilizando uma seringa contendo ISO-EDTA. As células foram centrifugadas a 600g por 20 minutos e a suspensão de celomócitos ajustada para 500.000 células/mL em fluido celômico. Para o ensaio de fagocitose, 10 microlitros de microesferas de Fluoresbrite® Yellow Green (2,00 micrômetros) foram adicionadas para cada 100 microlitros de suspensão celular e a capacidade fagocítica analisada por citometria de fluxo. Resultados: A capacidade fagocítica dos celomócitos de animais submetidos a 48 horas de estresse hipossalino foi 42,62% maior do que o observado no grupo controle (47,08 ± 4,35% e 33,01± 4,19%, respectivamente). Por outro lado, a capacidade fagocítica dos celomócitos de animais submetidos ao estresse hipersalino apresentou uma diminuição de 48,19% após 48 horas do início do estresse quando comparado ao grupo controle (26,79 ± 3,35% e 51,71± 5,11%, respectivamente). Além disso, uma redução no índice fagocítico dos celomócitos foi observada quando os animais foram submetidos ao estresse hipersalino por 48 horas (6 ± 1 para 2,99 ± 1,55). Não houve diferença no índice fagocítico e na capacidade fagocítica nos demais intervalos de tempo monitorados em estresse hipossalino ou hipersalino quando comparado com o grupo controle. Conclusão: Os nossos dados demonstram que o estresse salino alterou a capacidade fagocítica após 48 horas do início do estímulo (em condições de hipossalinidade e hipersalinidade), e diminuiu o índice fagocítico de celomócitos de E. lucunter após 48 horas do início do estresse hipersalino. Células de organismos expostos ao estresse salino podem responder ao estresse por meio de alterações no volume celular ou produção de osmólitos compatíveis. Entretanto, as análises em microscopia óptica comum e citometria de fluxo não revelaram alterações morfológicas nas células de animais submetidos ao estresse salino. Estudos adicionais são necessários para investigar os mecanismos moleculares envolvidos na resposta ao estresse salino. Os nossos dados sugerem que a fagocitose mediada pelos celomócitos possa ser utilizada como um parâmetro celular no monitoramento ambiental, destacando os celomócitos como promissores bioindicadores. Apoio Financeiro: Apoio Financeiro: CNPq Gerado em: 2014-5-21 16:22:44 11.002 - A influência do hormônio do crescimento sobre a interação de células epiteliais tímicas e timócitos humanos in vitro Lins, M. P. , Vieira, L. F. A. , Smaniotto, S. , Laboratório de Biologia Celular - UFAL Introdução: O hormônio do crescimento (GH), um polipeptídio com propriedades imunomoduladoras, apresenta efeitos sobre células e órgãos do sistema imune, particularmente sobre o timo. Dados da literatura indicam que o GH modula a migração de timócitos e que moléculas de matriz extracelular estão envolvidas no processo. Objetivos: Avaliar os efeitos do GH sobre a expressão de ligantes e receptores de matriz extracelular em células epiteliais tímicas e o fenótipo CD4/CD8 dos timócitos humanos após a cocultura com células epiteliais tímicas. Métodos: 028370/2010-07 Para o estudo, foi utilizada a linhagem epitelial tímica humana (TEC) e timócitos humanos isolados a partir de fragmentos tímicos obtidos de crianças, ambos os sexos, com idade de até 10 anos, que sofreram cirurgia para correção de malformações cardíacas no Hospital da Santa Casa de Misericórdia de Maceió. As células foram tratadas in vitro com GH na concentração de 100 ng/mL. Para avaliar a deposição de moléculas de matriz extracelular, laminina e fibronectina, as TEC foram cultivadas em lâminas de vidro lab-tek, tratadas com GH por 24 horas e submetidas ao ensaio de imunocitoquímica indireta, sendo a intensidade de fluorescência quantificada pelo programa ImageJ. Para demonstrar a expressão dos receptores de matriz, as integrinas VLA-5 e VLA-6, pelas TEC foi utilizada a citometria de fluxo. Os ensaios de cocultura foram realizados em placas de 24 poços, na proporção de 100 timócitos para cada TEC. Após o tratamento com GH, por 24 e 48 horas, foi avaliado o fenótipo CD4/CD8 dos timócitos e a expressão de VLA5 e VLA-6 pelas TEC por citofluorometria. Os resultados foram representados como média ± erro padrão da média, e avaliados estatisticamente através do teste t de Student com significância quando p<0,05. Todos os procedimentos foram aprovados pelo Comitê de Ética em pesquisa da UFAL sob o protocolo nº 028370/2010-07. Resultados: A imunocitoquímica revelou que as TEC tratados com GH exibiram um aumento na deposição de laminina quando comparados ao grupo controle (4,16±0,16 vs. 3,64±0,08). No entanto, a deposição de fibronectina não foi modulada na presença do GH. Ainda, verificou-se que o tratamento com GH não alterou o percentual de TEC que expressaram o receptor para fibronectina, a integrina VLA-5, e o receptor para laminina, a integrina VLA-6. No modelo de cocultura TEC-timócitos, foi observado que o tratamento com GH promoveu um aumento na porcentagem de timócitos na subpopulação imatura CD4-CD8- (2,00±0,32 vs. 1,12±0,07) e também de timócitos maduros CD4+ (15,38±0,48 vs. 13,23±0,52) e CD8+ (13,98±1,81 vs. 9,10±0,76). Na subpopulação imatura CD4+CD8+, foi constatado uma diminuição na porcentagem celular (68,63±1,85 vs. 77,13±1,01). Resultados semelhantes também foram observados após 48 horas de cocultura, com exceção da subpopulação CD4+ que não foi alterada. Por fim, a expressão do receptor VLA-5 pelas TEC, após 48 horas de cocultivo com timócitos na presença do GH demonstraram um aumento na expressão deste receptor, (67,24±1,53 vs. 55,08±1,64). Entretanto, a expressão do receptor VLA-6 foi reduzida após 24 horas de cocultivo (88,05±0,86 vs. 92,40±0,66). Conclusão: Os resultados obtidos mostraram que o GH influenciou a expressão de ligantes e receptores de matriz extracelular pelas células epiteliais tímicas e modulou de maneira positiva a porcentagem de timócitos duplo-negativos e maduros simples positivos durante o cocultivo com TEC in vitro, sugerindo um importante papel deste hormônio na fisiologia tímica. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES, FAPEAL. Gerado em: 2014-5-21 16:22:44 11.003 - TREINAMENTO FÍSICO MODERADO MODULA O PERFIL DE LINFÓCITOS DO BAÇO DE RATOS ADULTOS ENDOTOXÊMICOS SUBMETIDOS À DIETA HIPOPROTEICA NO PERÍODO PERINATAL Lopes, D. A. P. , Senna, S. M. , Torres, M. K. , Lira, M. C. A. , Moura, D. , Pereira, V. R. A. , Ferraz, J. C. , Leandro, C. V. G. , Laboratório de Estudos em Nutrição e Instrumentaçã - UFPE PósGraduação em Nutrição, Atividade Física e Plas - CAV Pós-graduação em Nutrição - UFPE Departamento de Imunologia - CPqAM/FIOCRUZ Introdução: Segundo a OMS, a desnutrição perinatal (DP) ainda é um problema de saúde pública em países em desenvolvimento. Vários estudos indicam que a DP leve a moderada predispõe ao desenvolvimento de doenças crônicas na fase adulta, e muitas dessas doenças podem ter origem em uma função imunológica deficiente. Dentre os fatores ambientais capazes de modular positivamente a resposta imunológica está o exercício físico em intensidade moderada (TFM). Demonstramos anteriormente que o TFM reduziu os efeitos da DP sobre a morfologia do baço de animais adultos. Assim, sugerimos que a DP altera o perfil de linfócitos de animais adultos e que o TFM reverte esse quadro. Objetivos: Avaliar os subtipos de linfócitos do baço de ratos adultos previamente desnutridos submetidos ao TFM. Métodos: CEUA/UFPE (23076.021093/2011-99) Projeto aprovado pela CEUA/UFPE (23076.021093/2011-99). Ratas Wistar prenhes (~60 dias de idade, 200 a 220g) receberam dieta normoproteica (caseína a 17%) ou dieta hipoproteica (caseína a 8%) até o desmame. Aos 60 dias de vida os filhotes machos iniciaram TFM em esteira (~70% VO2max, 1 hora/dia, 5 dias/semana, 8 semanas). 24h após o final do treinamento os ratos receberam injeção intraperitoneal de água destilada (AD) ou lipopolissacarídeo (LPS) (1mg/Kg de peso corporal, i.p.), e foram sacrificados 24 horas depois. Os esplenócitos foram processados e incubados com anticorpos anti-CD3, anti-CD45R e antiCD161 para leitura em citômetro de fluxo. Análise estatística: ANOVA twoway e teste de Bonferroni (p<0,05). Resultados: Na situação basal (AD), TFM elevou a quantidade de células T no baço dos animais desnutridos quando comparados com os animais normonutridos treinados ou com os animais desnutridos sedentários (DT=53,94%±1,92 n=8; DS=47,57%±2,05 n=7; NT=45,34%±1,92 n=8). Para as células B, o efeito do TFM foi oposto, pois os animais desnutridos treinados apresentaram menor número após o treinamento (DT=32,72%±1,65 n=8; NT=38,15%±1,65 n=8). O TFM, associado à DP, reduziu o número de células Nk no baço dos animais desnutridos treinados em relação ao grupo desnutrido sedentário e ao grupo normonutrido treinado (DT=2,76%±0,3 n=8; DS=4,60%±0,35 n=7; NT=4,09%±0,30 n=8). Após o estímulo com LPS, somente as células Nk sofreram alterações causadas pela DP (DS-=3,33%±0,32 n=7; NS=1,98%±0,36 n=6), situação que foi revertida pelo TFM (DT=1,82%±0,27 n=9; DS=3,33±0,32 n=7). Conclusão: O TFM modula os efeitos da DP sobre o perfil de linfócitos do baço de ratos adultos, endotoxêmicos ou não. Apoio Financeiro: CNPq, FACEPE, CAPES, Propesq/UFPE. Gerado em: 2014-5-21 16:22:44 11.004 - Envolvimento da via TLR2/MyD88/NF-kB regulando a expressão de IL-18 na patogênese da mucosite intestinal induzida pelo irinotecano Wong, D. V. T. , Wanderley, C. W. S. , Borges, V. F. , Bem, A. X. C. , Batista, G. L. P. , Costa, E. L. F. , Brito, G. A. , , Cunha, F. Q. , Ribeiro, R. A. , Lima-Junior, R. C. P. , Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC 1 Departamento de Fisiologia e Farmacologia - UFC 2 Departamento de Morfologia - UFC 3 Departamento de Farmacologia - FMRP -USP Introdução: A diarréia grave e mucosite intestinal (MI) associada são efeitos colaterais comuns (15-25%) da terapia com irinotecano (IRI) para o câncer colorretal. A lesão intestinal induzida por agentes quimioterápicos pode provocar a translocação bacteriana/endotoxinas do intestino para a circulação sistêmica. O reconhecimento desses patógenos é em parte possível devido à ativação de receptores conhecidos como receptores toll-like (TLR) pelos padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs). Além disso, Padrões Moleculares Associados ao Dano (DAMPs), liberados pelas células necróticas e da matriz extracelular, ativam a síntese de mediadores pró-inflamatórios através da sinalização de TLRs causando lesão intestinal. Temos demonstrado a importante participação de TNF-α, IL-1β, IL-8, IL-18 e óxido nítrico na patogênese da mucosite intestinal induzida por irinotecanoe que este fármaco é capaz de induzir um significativo dano sobre o trato gastrintestinal seguida de translocação bacteriana para órgãos periféricos. Contudo, o papel de receptores toll-like, que reconhecem PAMPs e DAMPs ainda foi pouco estudado na MI por IRI. Objetivos: Avaliar o envolvimento da via TLR2/MyD88/NF-kB e o papel da IL18 na patogênese da mucosite intestinal induzida por irinotecano. Métodos: CEPA 99/10 Animais knockout para TLR2 (TLR2-/-), MyD88 (MyD88-/-) e C57BL/6 (WT), 20-24g, (n=6-7/grupo) receberam salina 0,9% ou irinotecano (75mg/kg,i.p./ 4 dias). No sétimo dia, avaliou-se a perda de peso, diarreia e bacteremia (Log UFC/mL de sangue). Após a eutanásia, as amostras de íleo foram colhidos paradosagem de mieloperoxidase (MPO, neutrófilos/mg tecido), análise morfométrica, imunohistoquimica para NF?B e PCR em tempo real para NF?B e Iinterleucina 18 (IL18). Na análise estatística realizou-se o teste de Kruskal Wallis/Dunn ou ANOVA/Bonferroni. P<0,05foi aceito. (CEPA 99/10). Resultados: O irinotecano induziu uma significativa perda de peso, diarreia, redução da contagem de leucócitos no sangue, o aumento da bacteremia, aumento atividade MPO e alterações morfométricas em amostras intestinais de animais quando comparado com o grupo salina (P<0,05). Por outro lado, o irinotecano administrados emcamundongos geneticamente deficientes para MyD88 ou TLR2, mostrou uma perda de peso (103,9 e 94,7, respectivamente) e diarreia (0[0-1]; 0[0-1], respectivamente) (p<0,05) mais atenuada, quando comparado com os controles WT irinotecano (peso: 89,5; diarreia:2[2-3]). Além disso, estes animais também apresentaram menor infiltração intestinal de neutrófilosvscamundongos WT irinotecano (1888±545; 1310±443vs. 4700±1231)(P<0,05). Além disso, camundongos TLR2 -/- e MyD88 -/-, que receberam irinotecano exibiram uma menor bacteremia (0,68 e 1,93, respectivamente), diminuição da expressão do RNAm de NF?B (1,75±0,1 e 1,06±0,07, respectivamente) e IL18 (2,67±0,4 e2,52±0,6, respectivamente)quando comparados ao animais WT injectados com o irinotecano (bacteremia: 5,31; NF?B: 2,0±0,23; IL18: 3,25±0,38) (P<0,05). Conclusão: Este estudo sugere a participação da via TLR2/MyD88/NF-kB regulando a expressão da IL-18 na patogênese da mucosite intestinal induzida por irinotecano. Apoio Financeiro: CNPq, CAPES e FUNCAP. Gerado em: 2014-5-21 16:22:44 11.005 - ATIVIDADE DO GAMA-TERPINENO NA INFLAMAÇÃO AGUDA EM CAMUNDONGOS SWISS Ramalho, T. R. O. , Oliveira, M. T. P. , Lima, A. L. A. , Santos, C. R. B. , Piuvezam, M. R. , Departamento de Biologia Celular e Molecular - UFPB Programa de Pósgraduação em Produtos Naturais Sin - UFPB Departamento de Fisiologia e Patologia - UFPB Introdução: O gama-terpineno (GT) é um monoterpeno sintético encontrado na sua forma natural em óleos essenciais de diversas plantas incluindo as do gênero Eucalyptus. O óleo essencial dessa planta demonstrou atividade antiinflamatória. Objetivos: Avaliar a atividade do GT sintético em modelos experimentais de inflamação aguda tais como edema de pata induzido por carragenina ou prostaglandina; celularidade e citocinas em modelo experimental de peritonite induzido por carragenina. Métodos: 0205/13 Camundongos Swiss fêmeas (n=6, 6-7 semanas) foram tratados com GT (25 ou 50mg/kg), veículo (óleo de soja), indometacina (1mg/kg) ou dexametasona (0,5mg/kg),1 hora (h) antes da indução do processo inflamatório. O edema de pata induzido por carragenina (EPC) (500μg/pata) foi mensurado (mm) após 1, 2, 3, 4 e 24h do desafio e o edema de pata induzido por prostaglandina (EPPGE) (5nmol/pata) foi avaliado após 15 e 30 min. do desafio. Na peritonite, após 4h do desafio com carragenina (1%), foi realizado o lavado peritoneal para contagem de leucócitos totais e diferenciais, e para dosagem das citocinas IL-1β, TNF-α e IL-6. Os protocolos foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais/UFPB (0205/13). Os dados foram analisados pelo teste ANOVA oneway/pós-teste Bonferronni. Resultados: Animais tratados com GT 25 ou 50mg/kg diminuíram (p<0,05, p<0,001) o EPC na segunda hora após o desafio em 43,3% (0,45mm±0,09) e 47,4% (0,41mm±0,05), respectivamente, o que se se repetiu na terceira (48,86% 0,45mm±0,12 e 50% - 0,44mm±0,11, respectivamente), e na quarta hora após o desafio (70% -0,25mm±0,02 e 62% - 0,33mm±0,08, respectivamente). Após 24 horas, não houve diminuição do edema de pata. Os grupos tratados com GT foram comparados com o grupo controle positivo (CTR+, 90,6% 0,75mm±0,14) que manteve edema por 24h quando comparado com o controle negativo (CTR-). No EPPGE, ambas as doses do GT diminuíram o edema (p<0,001) em 50,9% (0,52mm±0,04) e 51,9% (0,51mm±0,07) após 15 min. do desafio, o que se manteve em 30 min. (44,3% - 0,44mm±0,03 e 48,1% - 0,41mm±0,04). Os grupos que receberam indometacina no EPC ou dexametasona no EPPGE, diminuíram o edema como esperado. Na peritonite, o GT (25mg/kg) reduziu (p<0,05, p<-0,001) o número de leucócitos totais em 29,24% (5,5 célulasx105±0,7) e polimorfonucleares em 32,3% (3,07 célulasx105±0,5), quando comparado com o CTR+ (leucócitos totais, 56,41% - 7,7 célulasx105±0,8 e células polimorfonucleares, 94,2% - 4,5 célulasx105±0,5) quando comparado com o grupo CTR-. Em adição, o GT diminuiu (p<0,05, p<0,001) os níveis de IL-1β em 64,4% (139,5pg/mL±7,7) e TNF-α em 62,3% (116,6pg/mL±24,91) quando comparados com os do grupo CTR+ que apresentou aumento de 98% (391,7pg/mL±9,6) nos níveis de IL-1β e 92,5% (309,5pg/mL±19,4) nos níveis de TNF-α quando comparados com o grupo CTR-. Conclusão: Os dados apresentados demonstraram que o GT diminuiu vários parâmetros da inflamação aguda tais como edema de pata, celularidade peritoneal e citocinas pró-inflamatórias, portanto podemos afirmar que esse monoterpeno possui atividade anti-inflamatória. Apoio Financeiro: CNPq/CAPES/INCTCancer Gerado em: 2014-5-21 16:22:44 11.006 - EFEITO DA ATIVIDADE DA DISCRETAMINA EM CÉLULAS RAW264.7 Lemos, D. E. C. V. , Lima, E. A. , Filho, J. M. B. , Mascarenhas, S. R. , Centro de Biotecnologia - UFPB Departamento de Biologia Celular e Molecular - UFPB Departamento de Ciências Farmacêuticas - UFPB Introdução: Pertencente à família Annonaceae, que possui 135 gêneros e 2.500 espécies, encontra-se o gênero Duguetia com 70 espécies, sendo 50 delas encontradas no Brasil. Apesar do alto número de espécies, há pouca informação sobre as suas possíveis atividades. Presente nos estados nordestinos da Bahia, Sergipe e Paraíba, a Duguetia moricandiana foi utilizada neste trabalho. Os estudos químicos detectaram a presença de alcaloides, onde o principal deles, encontrado em maior concentração, corresponde a discretamina. Estudos anteriores demonstraram a atividade antioxidante e também antinociceptiva em diferentes modelos experimentais. Objetivos: A avaliação da possível atividade antinflamatória da discretamina em células de linhagem raw 264.7 quanto sua viabilidade celular e produção de TNF-α e IL-6. Métodos: O experimento foi desenvolvido em cultura de macrófagos isolados de linhagem celular. Assim, sem nenhum uso animal ou humano. As células foram mantidas em meio RPMI suplementado com Soro Fetal Bovino a 10% e mantidas em estufa de CO2. Para os testes, as células foram plaqueadas em uma placa de 96 poços na concentração de 1x105 células/poço e incubadas com a discretamina nas concentrações de 200, 100, 50 e 10 µg/mL e LPS a 1 mg/mL por 24 horas. O efeito citotóxico da discretamina foi determinado através do teste de MTT, onde os cristais foram reduzidos a formazan e solubilizados em DMSO para avaliação colorimétrica de densidade óptica. As citocinas foram avaliadas através do Kit de ELISA e especificações de acordo com o fabricante. Resultados: De acordo com os resultados e nas concentrações utilizadas, a discretamina não apresentou citotoxicidade. O controle positivo com LPS foi capaz de aumentar a produção de TNF-α e IL-6, como esperado. Por outro lado, a discretamina não afetou a produção de TNF-α, mas foi capaz de interferir nos níveis da citocina IL-6. Foi possível observar que a discretamina, na concentração de 200 µg/mL, desencadeia um sinergismo na produção de IL-6 induzida por LPS (325%). Por outro lado, nas menores concentrações de 50 e 10 mg/mL, verificou-se diminuição da produção de IL-6 em 41 e 49%, respectivamente. Conclusão: Sugere-se que a discretamina atue de forma bifásica a depender da concentração utilizada. Na maior concentração, possui um efeito próinflamatório, estimulador da síntese de IL-6; nas menores concentrações de 50 e 10 mg/mL, apresenta um efeito anti-inflamatório. Estudos adicionais são necessários para um melhor entendimento de seu mecanismo de ação. Apoio Financeiro: CAPES e CNPq. Gerado em: 2014-5-22 11:32:06 11.007 - Avaliação dos níveis séricos de Galectina-3 em pacientes portadores de Esclerose Sistêmica Carvalho, L. V. N. , Lins, T. U. L. , Dantas, A. T. , Duarte, A. L. B. P. , Pitta, M. G. R. , Pereira, M. C. , Pitta, I. R. , Rego, M. J. B. M. , Laboratório de Novas Abordagens Terapêuticas - UFPE Serviço de Reumatologia - UFPE Introdução: A esclerose sistêmica é uma doença do tecido conjuntivo, caracterizada por fibrose progressiva de pele e órgãos, cuja patogênese ainda não é totalmente compreendida. Trata-se de uma doença de extrema importância, tendo em vista seu prognóstico reservado com altas taxas de morbidade e mortalidade. O comprometimento cutâneo, caracterizado principalmente pelo endurecimento progressivo da pele, representa a manifestação mais marcante e permite a classificação dos pacientes em duas formas cutâneas, de acordo com a extensão e localização do acometimento: a limitada e a difusa.A galectina-3 ( Gal 3) é uma lectina ligadora de galactosídeos. É conhecida por ser expressa em uma variedade de tecidos e células, incluindo monócitos, macrófagos, células dendríticas, eosinófilos e linfócitos B e T.Ela tem uma variedade de efeitos sobre processos patológicos e biológicos, incluindo inflamação, auto-imunidade,fibrose e adesão celular, proliferação, diferenciação e metátase tumoral. Objetivos: O presente trabalho teve como objetivo avaliar os níveis séricos de Galectina3 em pacientes com esclerose sistêmica e correlacionar com os aspectos clínicos da doença. Métodos: 0522.0.172.000-11 Considerando os dados demográficos, clínicos e laboratoriais dos pacientes atendidos no serviço de reumatologia do Hospital Das Clínicas- UFPE foram selecionados aleatoriamente 20 indivíduos de ambos os sexos, com idade acima de 18 anoscom diagnóstico de esclerose sistêmicasegundo os critérios do American College of Reumathology.Desses,10 eram portadores da forma difusa e 10 da forma limitada da doença.Além disso, 9 voluntários saudáveis foram incluídos no estudo. Foi realizada coleta de sangue total e o soro obtido foi utilizado para dosagem de Galectina-3 pela técnica de ELISA ( intevalo de detecção de 0,39 a 25,0 ng/mL) Os resultados obtidos estão expressos como média e desvio padrão. O teste Mann- Whitney foi utilizado como análise estatística considerando o valor de p < 0,05 como significativo. Resultados: As formas difusa ( 4,15+- 1,77ng/mL p= 0,08819) e a limitada (3,13+1,34ng/mL p=0,2404) não apresentaram diferenças significativas quando comparadas ao grupo controle (3,95+-1,72ng/mL). Conclusão: Os níveis séricos de Gal-3 não se mostraram diretamente correlacionados com a atividade da doença e com os indices de gravidade em ambos os grupos de pacientes. Apoio Financeiro: FACEPE Gerado em: 2014-5-22 11:32:06 11.008 - AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS SÉRICOS DE IL-35 EM PACIENTES BRASILEIROS COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO Neta, H. L. S. , Mariz, H. A. , Pereira, M. C. , Rêgo, M. J. B. M. , Júnior, L. F. R. , Pitta, I. R. , Duarte, A. L. B. P. , Dantas, A. T. , Pitta, M. G. R. , Laboratório de Imunomodulação e Novas Abordagens T - UFPE Hospital das Clínicas de Pernambuco - UFPE Introdução: A interleucina 35 (IL-35) é uma citocina imunomodulatória pertencente à família de citocinas heterodiméricas IL-12, com um perfil funcional distinto. IL-35 tem sido descrita na inibição da proliferação de células T e na conversão de células T naive em células T regulatórias induzidas produtoras de IL-35 (células iTr35). Estudos recentes evidenciam a relevância das células T regulatórias nas doenças autoimunes como o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e, apesar da potencial relevância da IL-35 neste contexto, o papel desta citocina no LES permanece desconhecido. Objetivos: Desta forma, o presente estudo objetiva avaliar os níveis séricos de IL-35 em pacientes portadores de LES do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Métodos: 256876 Para este estudo foram selecionados cinqüenta e três pacientes com LES que preencheram os critérios de classificação do American College of Rheumatology. Os parâmetros clínicos e laboratoriais foram registrados. As concentrações séricas de IL-35 foram determinadas através de kits específicos de ELISA (intervalo de detecção 0,781 - 100 pg/mL), de acordo com as recomendações do fabricante (eBiosciences). As análises estatísticas foram realizadas através do teste Mann-Whitney, considerando p < 0,05 como valor significativo. Resultados: Apenas 3 pacientes (5,66%) apresentaram níveis séricos de IL-35 na faixa de 72,645 a 230,064 pg/mL. A maioria dos pacientes (94,33%) apresentou níveis séricos de IL-35 inferiores a 0,781 pg/mL e não divergiu de forma significativa dos níveis detectados no grupo de indivíduos saudáveis (p= 0,547). Conclusão: Nossos resultados ressaltam que não houve correlação expressiva entre os níveis séricos de IL-35 e as manifestações clínicas do LES, porém estudos adicionais são necessários com análises que evidenciem o papel desta citocina nos mais diferentes graus de atividade da doença. Apoio Financeiro: CAPES, FACEPE, INCT-if Gerado em: 2014-5-22 11:32:06 11.009 - ACh MODULA A EXPRESSÃO DE Treg NA INFECÇÃO EXPERIMENTAL POR T. cruzi Lara, A. , Alcântara, T. , Barroso, A. , Brant, F. , Guimarães, D. , Resende, R. R. , Gomes, E. , Machado, F. S. , Guatimosim, S. , Fisiologia e Biofísica - UFMG Bioquímica e Imunologia - UFMG Biotecnologia - UFPB Introdução: ACh é um mediador do Sistema Imune, agindo negativamente em processos inflamatórios. Esse mecanismo é conhecido como via antiinflamatória colinérgica. Objetivos: Avaliar se ACh tem função no processo inflamatório cardíaco durante a infecção por T.cruzi. Métodos: 89/2010 Camundongos WT e VAChT KDHOM (redução de 65% na expressão do transportador vesicular de ACh (VAChT) e consequente redução na liberação de ACh) foram infectados com 50 tripomastigotas da cepa Colombiana de T. cruzi. A contagem dos parasitas circulantes foi feita por meio do sangue da veia caudal. O parasitismo, a expressão de Foxp3 e de iNOS no tecido cardíaco foram feitos por qPCR. A dosagem de citocinas foi feita por ELISA. A identificação de linfócitos T foi feita por FACS e a função cardíaca avaliada por ecocardiografia. Os resultados foram expressos pela média ± erro padrão. Foram utilizados teste t student e ANOVA two-away seguido do pós-teste de Bonferroni. A significância foi estabelecida para p<0.05. Resultados: Apesar de não ter sido observada diferença na parasitemia, o parasitismo cardíaco foi maior (~50%) nos camundongos VAChT KDHOM aos 35 dias pós infecção (dpi), sendo similar ao dos camundongos WT aos 40 e 55dpi. O aumento no parasitismo está associado com a redução na expressão de iNOS e com o aumento de infiltrado inflamatório. O controle do parasitismo ocorreu juntamente com o aumento na produção de IFN-γ no coração dos camundongos VAChT KDHOM. As dosagens de citocinas foram feitas aos 20, 35, 40 e 55 dpi e estão expressas em ng/mL. Não houve diferença na produção basal de citocinas. Entretanto, os níveis de TNF-α (WT=0.62±0.16; KD=2.00±0.26), IL-6 (WT=1.59±0.32; KD=3.20±0.14), IL-12 (WT=2.05±0.73; KD=3.69±0.37), IFN-γ (WT=0.682±0.13; KD=2.273±0.35) e TGF-β (WT=1.61±0.37; KD=5.12±0.67) foram maiores em corações dos camundongos VAChT KDHOM quando comparados aos corações de camundongos WT aos 55dpi. Contrariamente, os níveis de produção da IL-10 foram similares entre os grupos aos 55dpi (WT=0.81±0.17; KD=0.872±0.07). A expressão de Foxp-3 foi maior no coração dos camundongos VAChT KDHOM quando comparada aos WT em condições basais e durante a infecção por T. cruzi. A expressão de Treg tanto no timo (WT=1.09; KD=3.38) quanto no baço (WT=2.18; KD=68.5) foi maior nos camundongos VAChT KDHOM aos 35 dpi. A infecção aumentou a expressão de linfócitos T CD8+ no baço de camundongos VAChT KDHOM aos 55 dpi quando comparado aos camundongos WT (WT=2.13; KD=3.89). Para comprovar que as alterações celulares são consequência da redução na liberação de ACh, camundongos VAChT KDHOM infectados foram tratados por 55 dias com piridostigmina (PIR), um inibidor de colinesterase. O tratamento com PIR aumentou a expressão de Treg e simultaneamente reduziu a expressão de células T CD8+ produtoras de IFN-γ no baço de camundongos VAChT KDHOM para níveis semelhantes aos encontrados em camundongos WT infectados. A avaliação da função cardíaca revelou que infecção com T. cruzi causou um remodelamento menos evidente em camundongos VAChT KDHOM do que em camundongos WT. Conclusão: ACh tem papel determinante na resposta imune e na miocardite frente a infecção por T. cruzi. Isto está associado a modulação da expressão de Treg. Apoio Financeiro: CNPq, FAPEMIG, CAPES. Gerado em: 2014-5-22 11:32:06