Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas Relatório de Atividades 2013.2014 1 INCT PARA MUDANÇAS CLIMÁTICAS RELATÓRIO FINAL DE ATIVIDADES 2013 . 2014 Organização, elaboração, revisão e edição de textos Ana Paula Soares Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas http://inct.ccst.inpe.br Revisão técnica Coordenadores dos subprojetos, Carlos Nobre e José Marengo Sede Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE Avenida dos Astronautas, 1758 Jardim da Granja 12227-010 – São José dos Campos – SP www.inpe.br Design gráfico Magno Studio 2 Comitê Executivo Carlos A. Nobre, Cemaden Carlos Garcia, FURG José A. Marengo, Cemaden Luiz Pinguelli Rosa, UFRJ Mercedes Bustamante, UnB Paulo Artaxo, USP Os textos referentes aos subprojetos de pesquisa foram submetidos por seus coordenadores Apoio Parcerias Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas 2013.2014 Relatório de Atividades APRESENTAÇÃO Temos o prazer de apresentar o 4º Relatório de Atividades do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Mudanças Climáticas (INCT para MC), que resume os destaques científicos de seus 26 subprojetos de pesquisa, no período de abril de 2013 a agosto de 2014. O documento traz ainda uma descrição resumida dos objetivos, da organização, da infraestrutura e do processo de formação de recursos humanos desta que constitui a maior e mais abrangente rede interdisciplinar de instituições de pesquisa em meio ambiente no Brasil. 4 Envolvendo mais de 90 grupos de pesquisa de 108 instituições e universidades brasileiras e estrangeiras, com cerca de 400 participantes, é um ambicioso empreendimento científico criado para prover informações de alta qualidade relevantes para ajudar o Brasil a cumprir os objetivos do seu Plano Nacional sobre Mudança do Clima. A fim de informar os cientistas, os responsáveis pelas políticas públicas, os meios de comunicação e o público em geral, o INCT para Mudanças Climáticas publica relatórios periódicos. Informações detalhadas deste Instituto podem ser encontradas em http://inct.ccst.inpe.br . Os Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia foram instituídos em 2008 pelo então Ministério da Ciência e Tecnologia, hoje Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). São financiados pelo Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do MCTI, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), do Ministério da Educação (MEC), e por agências estaduais de fomento. Os INCTs do Estado de São Paulo recebem financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). São 122 INCTs em 17 estados brasileiros, cobrindo a maior parte das áreas da Ciência e da Tecnologia. É muito importante para nós conhecer os seus comentários, sugestões, perguntas e críticas relacionadas a quaisquer partes deste relatório. Suas contribuições certamente nos ajudarão a cumprir nossos objetivos científicos e de difusão de conhecimento, garantindo que os produtos gerados pelo INCT para Mudanças Climáticas não apenas satisfaçam os mais altos padrões de qualidade, mas sejam de fácil compreensão para o público e para os responsáveis pelas políticas públicas. Com os meus sinceros cumprimentos, Carlos A. Nobre Coordenador Científico do INCT para Mudanças Climáticas SUMÁRIO 08 6 08 Introdução e Objetivos 16 Distribuição Espacial das Instituições Científicas 17 Grupos de Pesquisa de Instituições no Exterior e Rede de INCT’s 18 Destaques Científicos 28 Infraestrutura e Formação de Recursos Humanos 30 O INCT para Mudanças Climáticas em Números 34 50 34 Detecção, Atribuição e 50 Cenários de Mudanças 36 Amazônia 38 Mudanças dos Usos da 42 Oceanos 44 Gases de Efeito Estufa 46 Interações Biosfera- 52 Agricultura 54 Recursos Hídricos 58 Energias Renováveis 60 Biodiversidade 64 Saúde 66 Zonas Costeiras 70 Urbanização e Atmosfera Megacidades 48 Cenários Climáticos 72 Economia das Mudanças A Base Científica Variabilidade Natural do Clima Terra 40 Ciclos Biogeoquímicos Globais Futuros e Redução de Incertezas Estudos de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade Climáticas para o Século XXI Climáticas 74 Estudos de Ciência, Tecnologia e Políticas Públicas INCT para Mudanças Climáticas Relatório de Atividades 2013 . 2014 76 84 95 76 Emissões de Lagos e 84 Modelo Brasileiro do 95 Comitê Científico e 80 Processos de Combustão 82 Redução de Emissões por 86 Modelo de Circulação 96 Publicações Selecionadas Mitigação Reservatórios Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) Produtos Tecnológicos Sistema Terrestre (BESM) Global da Atmosfera do CPTEC 88 Modelagem de Múltiplas Escalas: Desafios para o Futuro 92 Tecnologias Observacionais para Mudanças Climáticas 94 Sistema de Informações para a Redução de Riscos de Desastres Naturais Secretaria Executiva 7 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 8 O INCT para Mudanças Climáticas foi criado visando à implantação e desenvolvimento de uma abrangente rede de pesquisas interdisciplinares em mudanças climáticas. Inicialmente, embasou-se na cooperação de 90 grupos de pesquisa nacionais de todas as regiões e 16 grupos de pesquisa internacionais. Após cinco anos de atuação, chegou a 108 instituições, sendo 18 delas internacionais, da África do Sul, Argentina, Chile, EUA, Japão, Holanda, Índia, Reino Unido e Uruguai, envolvendo na sua totalidade cerca de 400 pesquisadores, estudantes e técnicos e constituindo-se na maior rede de pesquisas ambientais já desenvolvida no Brasil. Mais de 1.500 publicações, entre livros, capítulos de livro e artigos em revistas nacionais e internacionais foram geradas. Espelhando-se na estrutura do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas IPCC, o Programa se organiza em três eixos científicos principais (base científica das mudanças ambientais globais; impactosadaptação-vulnerabilidade; mitigação) e contém também esforços de inovação tecnológica em modelos do sistema climático, geo sensores e sistema de prevenção de desastres naturais. Esta temática científica foi organizada em 26 subprojetos de pesquisa. O INCT para Mudanças Climáticas vincula-se estreitamente a pelo menos duas outras redes de pesquisa em mudanças climáticas. Em primeiro lugar, está diretamente associado à Rede Brasileira de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais (Rede CLIMA), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, e sua estrutura cobre todos os aspectos científicos e tecnológicos de interesse à Rede. Adicionalmente, fornece articulação, integração e coesividade científica. Em contrapartida, mecanismos financeiros existentes para a Rede CLIMA fornecem financiamento suplementar para a implementação bem sucedida deste INCT. Ele igualmente está associado ao Programa FAPESP de Pesquisas sobre Mudanças Climáticas Globais. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais abriga as Secretarias Executivas do INCT para Mudanças Climáticas e da Rede CLIMA e recursos físicos e computacionais que apoiam as pesquisas do INCT e da Rede CLIMA. O INCT para Mudanças Climáticas se propôs ainda a promover a formação de algumas dezenas de mestres e doutores em suas linhas temáticas, no intervalo de 5 anos. Atualmente, há 141 mestrados em andamento, 191 mestrados concluídos, 160 doutorados em andamento, 70 doutorados concluídos, 58 pós-doutorados em andamento e 46 pós-doutorados concluídos. Espera-se que a geração de novos conhecimentos e a capacitação de recursos humanos permita reforçar o papel do Brasil na definição da agenda ambiental em âmbito global. Outrossim, espera-se gerar conhecimentos e informações cada vez mais qualificadas, para que as ações de desenvolvimento social e econômico do país se deem de forma ambientalmente sustentáveis. No importante quesito das políticas públicas, o INCT para Mudanças Climáticas, em parceria com a Rede CLIMA e com programas estaduais e internacionais de pesquisas em mudanças climáticas, contribui como pilar de pesquisa e desenvolvimento do Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Também apoia os trabalhos científicos relevantes para a elaboração do Plano Nacional de Adaptação as Mudanças Climáticas. Forneceu subsídios científicos úteis para a preparação do Quinto Relatório Cientifico do IPCC (IPCC AR5) e do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas PBMC - ambos publicados em 2014 - e para os estudos de impactos das mudanças climáticas e análise de vulnerabilidade setorial para a preparação da Terceira Comunicação Nacional (TCN) do Brasil na Convenção Quadro das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (UNFCC), apresentados na Conferência das Partes (COP-20) em Lima em 2014. Em resumo, o desenvolvimento da agenda científica proposta forneceu condições ótimas ao país para o desenvolvimento de excelência científica nas várias áreas das mudanças ambientais globais e sobre suas implicações para o desenvolvimento sustentável, principalmente quando se leva em consideração que a economia de nações em desenvolvimento é fortemente ligada a recursos naturais renováveis, como é marcantemente o caso do Brasil. Os objetivos iniciais do INCT para Mudanças Climáticas dividiram-se em cinco pontos a saber: (i) detectar mudanças ambientais no Brasil e América do Sul, especialmente as mudanças climáticas, atribuir causas às mudanças observadas (aquecimento global, mudanças dos usos da terra, urbanização, etc.) 9 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 10 Neste contexto, as pesquisas deste INCT têm detectado tendências importantes de chuvas, temperatura, hidrologia, oceanográficas e de nível do mar em várias regiões do país. Houve mudanças na variabilidade hidrológica na Amazônia, onde seis eventos extremos (secas e enchentes) aconteceram em um período de sete anos, indicando alterações em relação aos extremos nesta região. Isso coincide com uma tendência de acréscimo na duração da estação seca no sul da Amazônia. Em outras regiões, devido à falta de dados, não foi possível identificar tendências de longo prazo em chuva, mas ficou claro um aumento nas chuvas e vazões no sudeste e sul do Brasil durante os últimos 50 anos, variações decadais das chuvas no nordeste e centro oeste, e em todas as regiões um aumento na temperatura média anual do ar de até 0,7° C durante os últimos 50 anos, sendo o aquecimento maior no inverno (até 1° C). Os extremos de chuva têm aumentado nas regiões metropolitanas de SP e RJ, o que tem gerado um aumento no risco de enchentes e deslizamentos de terra, e tudo isso devido mais à urbanização e mudanças dos usos da terra do que ao aquecimento global. Um evento de grande destaque é a seca que atualmente está afetando o sudeste do Brasil, onde as consequências de uma estação chuvosa de verão deficiente (choveu menos de 30% do normal) têm gerado uma crise hídrica sem precedentes na história climática de São Paulo. Os reservatórios da Cantareira, que abastecem as grandes cidades da Região Metropolitana de São Paulo e regiões próximas, chegaram a liberar o volume morto para poder evitar uma falta de água, e o racionamento de água para a população parece iminente. Em algumas regiões, tem-se detectado aumento no nível do mar, o que afeta as zonas costeiras, principalmente a biodiversidade de água doce nos deltas dos rios e as cidades costeiras, como a Baixada Fluminense. Em outras áreas costeiras no sul do Brasil, variações nos ciclones extratropicais estão afetando as populações e ecossistemas de zonas costeiras. Observações oceanográficas têm sido complementadas com a instalação de boias oceanográficas no Atlântico Tropical e Sul, o que permite um melhor conhecimento da estrutura térmica dos oceanos e dos padrões de circulação atmosférica e os seus impactos nos extremos de tempo e clima na região. Em relação aos gases de efeito estufa (metano (CH4), carbônico (CO2), ozônio (O3) e óxido nitroso (N2O)), dados recentes mostram que liberações podem ocorrer em níveis altos em reservatórios hidrelétricos, especialmente em países tropicais, como o Brasil, ou seja, estes não representam 100% “energia limpa” ou “energia verde”. (ii) desenvolver modelos globais e regionais do Sistema Climático Global e desenvolver cenários de mudanças ambientais globais e regionais, particularmente cenários em alta resolução espacial de mudanças climáticas e de usos da terra para o Século XXI A partir de 2009, o INCT iniciou a geração de cenários climáticos futuros até 2100, usando técnicas de regionalização (downscaling) dinâmicas, com modelos regionais de alta resolução (20, 40 km lat long de resolução espacial) forçados com modelos climáticos do Reino Unido, Japão e recentemente do Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre BESM (Brazilian Earth System Model) e regional RESM (Regional Modeling Environmental System). Esses cenários têm sido usados em vários estudos de impactos das mudanças de clima setorial no Brasil. Dezenas de estudos baseados nesse downscaling e nas análises das projeções de clima do IPCC para a América do Sul têm permitido identificar projeções de clima para as próximas décadas até 2100. Aumentos de até 6° C na Amazônia e 4° C no restante do país, e aumentos de chuva no sul de até 20%, e reduções de chuva no nordeste e Amazônia de até 30% sugerem um cenário de clima que pode afetar a população e os sistemas naturais. Aumento na frequência de extremos de chuva projetados no sul e sudeste do Brasil podem afetar os grandes conglomerados urbanos, aumentando o risco de desastres naturais de origem hidrometeorológica. Desde 2010, o subprojeto de modelagem do sistema terrestre do INCT, contando também com colaboração da FAPESP e da Rede CLIMA, trabalha no desenvolvimento do BESM, com o objetivo de gerar cenários futuros de clima em alta resolução, que estão sendo usados para preparar a Terceira Comunicação Nacional do Brasil à UNFCCC. Esses cenários serão disponibilizados para a comunidade científica e governo, para possibilitar o entendimento das mudanças do clima e o desenvolvimento de uma agenda governamental de adaptação e mitigação, visando assim enfrentar os impactos das mudanças globais. O BESM incorpora o melhor da tecnologia e conhecimento de processos anteriormente pouco conhecidos, como o fogo, química da atmosfera, processos de superfície e descargas fluviais. O BESM também ajuda a quebrar a dependência tecnológica, pois o downscaling dinâmico RESM usando o modelo regional Eta utilizará o modelo global BESM e não mais modelos do exterior. O esquema de superfície INLAND no BESM representa um aspecto inovador na modelagem do sistema terrestre, pois além do BESM incluir cenários de emissão de gases de efeito estufa, o INLAND inclui um modelo estado da arte de mudanças do uso da terra, que permite que o clima futuro seja modelado e projetado considerando não somente as mudanças na concentração de gases de efeito estufa mas também mudança do uso da terra na América do Sul. Resultados do BESM considerando o acoplamento oceano-atmosfera já estão 11 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS disponíveis e representam a contribuição do Brasil ao “clube” de modelos do IPCC AR5. Acoplamentos do INLAND e do modelo de química da atmosfera estão em fase de testes. O BESM deverá estar completo até meados de 2015. (iii) aumentar significativamente os conhecimentos sobre impactos das mudanças climáticas e identificar as principais vulnerabilidades do Brasil nos seguintes setores e sistemas: ecossistemas e biodiversidade, agricultura, recursos hídricos, saúde humana, cidades, zonas costeiras, energias renováveis e economia 12 As variações de longo prazo observadas no clima e na hidrologia têm impactos na saúde, ecossistemas, populações em áreas vulneráveis, agricultura familiar, assim como na economia e nos riscos de desastres naturais. Impactos de eventos extremos observados no presente têm mostrado a vulnerabilidade da sociedade, particularmente aos extremos de clima e hidrologia. As secas na Amazônia têm tido um grande impacto na saúde da população, devido ao efeito da fumaça e a problemas no transporte de alimento e combustível às populações ribeirinhas. No caso de enchentes, sejam em áreas urbanas nas megacidades ou nas áreas rurais da Amazônia ou do Nordeste, os impactos são claros, tanto na qualidade e quantidade de água disponível quanto na incidência de doenças como cólera ou leptospirose. Esses problemas podem também gerar crises sociais associadas à migração. As possibilidades de que extremos climáticos sejam mais intensos e frequentes no futuro confirmam que o Brasil é vulnerável às mudanças de clima e aos impactos dela derivados. Vários estudos já têm usado os cenários de clima gerados no contexto do INCT para Mudanças Climáticas para avaliar projeções de mudanças de clima na segurança hídrica, energética e alimentar no Brasil e na América do Sul. Os mesmos cenários têm sido usados em estudos sobre economia das mudanças de clima, com resultados interessantes em que o clima passa a ter um papel importante na economia local, regional e continental. Projeções de vazões, vento e energia solar têm ajudado a estimar mudanças nos potenciais de geração de energia hídrica, solar e eólica no país nas próximas décadas, o que de fato tem grande impacto na geração futura de energia. (iv) desenvolver estudos e tecnologias de mitigação das emissões de gases de efeito estufa Na parte deste INCT que se ocupa de aplicações, e quanto à pesquisa sobre a mitigação das emissões de gases de efeito de estufa, uma iniciativa tecnológica promissora envolve a substituição do O2 do ar por aquele contido nos óxidos metálicos (transportadores de O2), a fim de que hidrogênio, ao invés de CO2, seja um produto final em processos de combustão em geral. Nos experimentos, o óxido de níquel teve o melhor desempenho através de CLQ (combustão por looping químico, uma nova tecnologia de combustão com separação intrínseca do CO2 causador do efeito estufa) e RLQ (reforma por looping químico, uma nova técnica de looping químico que produz gás de síntese e hidrogênio). Na pesquisa de novos materiais, resultados de estudos demonstram que a oxidação orgânica e a redução de nitrato, incluindo o tratamento de superfície por micro / nanocristais de boro ou filmes dopados com nitrogênio (BDDN), possuem um enorme potencial para aplicações. Recentemente, foram desenvolvidos sensores eletroquímicos de diamante e materiais carbonosos, com o intuito de produzir dispositivos para a detecção de compostos orgânicos e inorgânicos, além de reatores que aumentem a eficiência do tratamento de efluentes. Sensores de umidade relativa feitos de cerâmica e com alta precisão também estão em fase de desenvolvimento. climáticos e a desastres naturais gerados por esses extremos. Uma das consequências dos estudos derivados do INCT para Mudanças Climáticas, em relação a tendências observadas e projetadas de extremos de chuva, e também do projeto de Megacidades RMSP, foi a criação do Cemaden - Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais. Resultados do INCT para Mudanças Climáticas foram apresentados na Conferência Rio+20 e utilizados na elaboração de estudos do IPCC AR5 e do PBMC, e também em grandes debates nacionais, como o do Código Florestal e nos grandes empreendimentos hidrelétricos na Amazônia, assim como na elaboração do Plano Nacional de Adaptação as mudanças de clima (PNA). (v) fornecer informações científicas de qualidade para subsidiar políticas públicas de adaptação e mitigação Pela primeira vez, modelos climáticos brasileiros (BESM) estão sendo considerados no arquivo de dados do IPCC AR5, e o desenvolvimento do BESM já faz parte de uma política ambiental e objetivo estratégico do MCTI. Esses cenários estão sendo usados em estudos de impactos e vulnerabilidade desenvolvidos pela Rede CLIMA para a TCN do Brasil a UNFCCC. Estudos científicos derivados do INCT para Mudanças Climáticas têm ajudado a detectar tendências de extremos de chuva na região sudeste do Brasil. Eventos como o da região serrana do Rio de Janeiro em 2011 têm levado a refletir sobre a real vulnerabilidade de grandes áreas do Brasil a extremos No desenvolvimento de estudos referentes a medidas de biogeoquímica ambiental, o Laboratório de Biogeoquímica/CCST realizou um trabalho conjunto com o Observatório Nacional (ON) para estudo da emissão de gases de efeito estufa na Lagoa Rodrigo de Freitas, Rio de Janeiro, RJ. 13 INTRODUÇÃO E OBJETIVOS 14 Recentemente, foi criada no INPE a Rede Nitrogênio/Carbono América Latina (Nnet), que trabalha nas escalas continental, regional e local, para determinar a deposição atmosférica em diferentes ambientes atmosféricos no Estado de São Paulo, e para acompanhar os processos de recuperação ambiental através de plantio de mudas de espécies vegetais do bioma Mata Atlântica. O desenvolvimento do Modelo de Emissões do INPE (INPE-EM) permite estimar níveis de gases de efeito estufa dos diversos ecossistemas, o que vai ajudar na elaboração do Inventario Nacional de Gases de Efeito Estufa. Mecanismos de mitigação em termos de ações voltadas à redução das emissões por meio de mecanismos de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal) têm levado a uma abordagem de fluxo de ações para a atribuição dos benefícios de REDD no Brasil, e isso de fato poderia fornecer um mecanismo formal pelo qual os estados amazônicos com baixas taxas de desmatamento poderiam participar ativamente do processo de mitigação das mudanças climáticas. w Estrutura Organizacional e Funcional Comitê Científico Escritório do Projeto Conselho Executivo Sistema de Dados Apoio para Modelagem e Supercomputação Comunicação e Rede Secretaria Executiva do INCT-MC Apoio Administrativo Comunicação Institucional e Divulgação Científica Projetos de Pesquisa Científicos e Tecnológicos A Base Científica Estudos de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade Mitigação Produtos Tecnológicos (Modelos, Geo-Sensores, Riscos de Desastres Naturais) Projetos Projetos Projetos Projetos 1. Detecção, Atribuição e Variabilidade Natural do Clima 9. Cenários de Mudanças Climáticas para o Século XXI 19. Emissões de Lagos e Reservatórios 22. Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre (BESM) 2. Amazônia 10. Agricultura 3. Mudanças dos Usos da Terra 11. Recursos Hídricos 4. Ciclos Biogeoquímicos Globais 12. Energias Renováveis 5. Oceanos 6. Gases de Efeito Estufa 13. Biodiversidade 14. Saúde Humana 15. Zonas Costeiras 7. Interações Biosfera-Atmosfera 16. Urbanização e Megacidades 8. Cenários Climáticos Futuros e Redução de Incertezas 17. Economia das Mudanças Climáticas 18. Estudos de Ciência, Tecnologia e Políticas Públicas 20. Processos de Combustão 21. Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) 23. Modelo de Circulação Global da Atmosfera do CPTEC 24. Modelagem de Múltiplas Escalas: Desafios para o Futuro 25. Tecnologias Observacionais para Mudanças Climáticas 26. Sistema de Informações para a Redução de Riscos de Desastres Naturais 15 Instituições participantes O INCT para Mudanças Climáticas é uma das maiores redes de pesquisa ambiental da América Latina, com 108 instituições nacionais participantes. REGIÃO SUDESTE São Paulo, SP EACH/USP FEA/USP IAG/USP IB/USP IF/USP IO/USP 16 Juiz de Fora, MG UFJF Viçosa, MG UFV Vitória, ES UFES Belo Horizonte, MG São Vicente, SP CEDEPLAR/UFMG UNESP Itajubá, MG Santos, SP UNIFEI Instituto de Pesca Taubaté, SP Ubatuba, SP UNITAU Inst. Costa Brasilis S. J. dos Campos, SP Guaratinguetá, SP CCST/INPE IAE/DCTA FEG/UNESP Seropédica, RJ UFRRF Rio de Janeiro, RJ ANA COPPE/UFRJ FIOCRUZ IBGE IME IPEA Jardim Botânico UERJ UGF Niterói, RJ UFF DHN C. dos Goytacazes, RJ UENF Petrópolis, RJ LNCC Lavras, MG UFLA Guarulhos, SP UNIFESP Campinas, SP EMBRAPA IB/UNICAMP IFICH/UNICAMP PUC REGIÃO NORDESTE Fortaleza, CE UECE UFC FUNCEME REGIÃO CENTRO-OESTE Alta Floresta, MT REGIÃO SUL UNEMAT Curitiba, PR Recife, PE Tangará da Serra, MT UFPR CENA / USP ITEP - LAMEPE UFFE UFRPE UNEMAT ESALQ/USP Salvador, BA Pres. Prudente, SP UFBA UNESP São Cristóvão, SE São Carlos, SP UFS CGVAM/SVS/MS ICB/UNB IREL/UNB OPAS SEAP SIPAM UFSCAR João Pessoa, PB Goiânia, GO Ribeirão Preto, SP UFPB UFG FEA-RP/USP Natal, RN Corumbá, MS UFRN EMBRAPA Campina Grande, PB Piracicaba, SP Cachoeira Paulista, SP CEMADEN/MCTI CPTEC/INPE LCP/INPE CCST/INPE Brasília, DF Itajaí, SC UNIVALI Pontal do Sul, PR CEM - UFPR REGIÃO NORTE Rio Grande, RS Manaus, AM FURG Florianópolis, SC INPA UEA UFSC Ji-Paraná, RO Pelotas, RS UNIR UFPEL Cruzeiro do Sul, AC Cuiabá, MT Porto Alegre, RS UFAC UFCG UFMT UFRGS Belém, PA Maceió, AL Campo Grande, MS Santa Maria, RS UFAL UEMS UFSM IPAM NAFA/UFPA Grupos de Pesquisa de instituições estrangeiras Argentina,Chile, Uruguai, EUA, Alemanha, Holanda, África do Sul, Índia e Japão Além das colaborações com instituições brasileiras o INCT para Mudanças Climáticas colabora com 18 instituições de 10 outros países. Santa Barbara University of California Santa Barbara/Institute for Computational Earth System Science Toledo University of Maryland/ Earth System Science Interdisciplinary Cambrige Harvard University/ Department of Earth and Planetary Sciences Harvard Kennedy School Bloomington Indiana University/ Office of Research Administration Boulder University of Colorado at Boulder/Center for Science and Technology Policy Research United Kingdom - Exeter University of Exeter Met Office/Hadley Centre Holland – Amsterdam Vrije Universiteit/Faculty of Earth and Life Sciences Japan - Tsukuba Meteorological Research Institute (MRI) Holland – Wageningen Wageningen University and Research Center Germany - Mainz Max Planck Institute for Chemisrty/Biogeochemistry Department India - Pune Indian Institute for Tropical Meteorology Argentina – Buenos Aires University of Buenos Aires/ Research Center for the Sea and the Atmosphere Uruguay- Montevideo Ministerio de Defesa / Hidrografia Naval South Africa- Pretoria Council for Scientific and Industrial Research (CSIR) Universidad de la República/ Faculdad de Ciencias/Unidad de Ciencias de la Atmósfera Chile - Santiago Universidad de Chile / Departamento de Geofísica Rede de INCTs INCTs com os quais o INCT para Mudanças Climáticas tem mantido colaborações científicas Pará Ceará INCT em Biodiversidade e Uso da Terra na Amazônia-Museu Paraense Emilio Goeldi (Belém, Pará) INCT de Transferência de Materiais Continente-Oceano - Universidade Federal do Ceará – UFC (Fortaleza, CE) São Paulo INCT para Mudanças Climáticas - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE (São José dos Campos, SP) Rio Grande do Sul Rio de Janeiro INCT da Criosfera - Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS (Porto Alegre, RS) INCT de Matemática – Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada - IMPA (Rio de Janeiro, RJ) INCT do Mar – Centro de Oceanografia Integrada - Universidade Federal do Rio Grande – FURG (Rio Grande, RS) INCT Antártico de Pesquisas Ambientais – Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ (Rio de Janeiro, RJ) 17 DESTAQUES CIENTÍFICOS 18 Após cinco anos de funcionamento, o INCT para Mudanças Climáticas apresenta contribuições significativas em termos de produção científica em nível nacional e internacional, permitindo uma maior compreensão das mudanças climáticas e seus impactos, especialmente sobre biodiversidade, megacidades, desastres naturais, segurança alimentar, energética e hídrica, economia e qualidade de vida. Isso tem permitido um maior conhecimento acerca das vulnerabilidades dos diferentes setores das mudanças de clima e ajudado a gerar mecanismos de adaptação e mitigação. A produção científica do INCT para Mudanças Climáticas pode se resumir em aproximadamente 1.500 publicações, entre livros e capítulos de livros, artigos em revistas nacionais e internacionais e notas de imprensa. Um sumário dos principais resultados produzidos durante os cinco anos do projeto é apresentado a seguir. Detecção, atribuição e variabilidade natural do clima Foram desenvolvidas análises da alteração no regime (ocorrência) de bloqueios atmosféricos e sistemas frontais em cenários de mudanças climáticas, assim como a associação dos bloqueios com anomalias de TSM no Oceano Pacífico. Os bloqueios, marcados pela sua estacionariedade no tempo e no espaço, possuem uma frequência mais reduzida, sendo um fenômeno mais incomum de ser observado quando comparado aos sistemas frontais. As frentes frias são fenômenos frequentes e grandes moduladores do regime de chuvas e temperatura nas regiões analisadas. De maneira geral, foi observada corretamente a variação sazonal do número de bloqueios, sendo mais frequentes na estação de inverno e primavera. No entanto há uma superestimativa do HadGEM2-ES ao detectar os bloqueios considerando uma duração mínima de 3 dias e abrangência de, no mínimo, 10◦ de longitude. Em relação às projeções futuras, é observado que sobre o Pacífico Central há uma queda no número de casos nos cenários R4.5 e R8.5 (com uma redução mais acentuada em R4.5), nas outras duas regiões há uma ligeira tendência de aumento no número de eventos de bloqueio. Para a região do Pacífico Central a tendência é de diminuição, sugerindo um deslocamento da atividade de bloqueios mais a leste da linha internacional de data. Para as frentes frias na região sudeste foi utilizada a função frontogenética (FF), e esta também mostra corretamente o ciclo anual de sistemas frontais com um número mais expressivo durante o inverno e a primavera no período de referência. Em relação aos cenários futuros há indicativo de um pequeno aumento, na maioria dos meses, do número de frentes frias atuando sobre as regiões Sul e Sudeste do Brasil. Uma possível explicação estaria no fato de que a maioria dos modelos de mudança climática indica um fortalecimento do jato de baixos níveis, aumentando o escoamento de umidade proveniente da região da Bacia Amazônica em direção ao sul da América do Sul. Em relação à seca no sudeste do Brasil de 2014, as características sinóticas e dinâmicas de Períodos Extremos Secos sobre o Sudeste do Brasil e sua Relação com a TSM do Atlântico Sul foram avaliadas. A seca que vem ocorrendo sobre o sudeste do Brasil desde o início do verão de 2014 tem fomentado uma grande discussão tanto em termos acadêmicos quanto por parte da sociedade devido ao seu impacto socioeconômico. Resultados apresentados nos últimos relatórios do IPCC (2007, 2013) já indicavam que uma das consequências do aumento da temperatura média global é o aumento da variabilidade climática, particularmente o aumento da frequência de extremos, seja em termos de calor ou frio quanto em relação a inundações ou secas. O estudo de eventos extremos secos no sudeste do Brasil que ocorrem nas estações de outono, inverno e primavera e sua relação com anomalias de Temperatura da Superfície do Mar (TSM) no Oceano Atlântico Sul (OAS) ainda não é bem entendida. Desta forma, realizou-se um trabalho de detecção onde datas de eventos extremos secos para cinco regiões homogêneas em relação à precipitação no sudeste do Brasil foram determinadas para o período de 1982 a 2009 nas estações de inverno e de transição e as características sinóticas e dinâmicas destes períodos foram investigadas através da análise de anomalias de TSM, regiões fontes de umidade para o sudeste do Brasil, comportamento das frentes frias na América do Sul e posicionamento da Alta Subtropical do Atlântico Sul (ASAS). O inverno foi a estação que registrou maior número de eventos secos, seguido do outono e da primavera. As regiões localizadas na porção norte do sudeste foram as que apresentaram o maior número de eventos, sendo estes também os mais longos (chegando a 117 dias). As regiões na porção sul do sudeste foram caracterizadas por menos eventos, sendo estes também mais curtos (máximo de 30 dias). A região localizada no centro da região sudeste se caracterizou por ser uma região de transição. Para o período de ocorrência destes eventos foi construído um modelo conceitual dos padrões sinóticos e dinâmicos. Quando ocorrem estes eventos um padrão tipo tripolo (negativo/positivo/negativo) é visto para as anomalias de TSM no OAS, aumento das fontes de umidade próximo da anomalia positiva de TSM e uma diminuição nas regiões de anomalias negativas de TSM. A ASAS se apresenta posicionada próxima do continente, o que impede a progressão normal dos sistemas frontais para latitudes mais ao norte, sendo estes sistemas registrados em menor número sobre o sudeste do Brasil. As frentes frias tendem a ficar concentradas no sul da América do Sul. Para as duas regiões homogêneas do sudeste localizadas mais ao norte, a característica do modelo conceitual se apresenta deslocado para norte e a ASAS parece não influenciar estes eventos. O padrão de TSM encontrado observacionalmente foi testado em simulações numéricas com o modelo climático regional RegCM4.3, em que a mudança na TSM representando o padrão de tripolo no OAS foi utilizado para investigar as mudanças na precipitação, padrões de circulação e no comportamento dos eventos secos e frentes frias na América do Sul. Os resultados do modelo confirmaram o estudo observacional. Amazônia Desde o inicio do projeto, importantes avanços foram obtidos na compreensão do papel que a Amazônia desempenha no sistema climático, incluindo as emissões e a influência do clima, da atividade do fogo e do desmatamento no equilíbrio dos ecossistemas da floresta tropical. A agenda de pesquisa e os resultados deste subprojeto apresentam também interações importantes com o desenvolvimento do Modelo BESM, a Rede CLIMA e o Programa FAPESP em Mudanças Climáticas Globais As mudanças no clima e no uso do solo pode ter impactos importantes na Amazônia, com alterações na precipitação total e no comprimento da estação seca, e modificações nos valores de biomassa de florestas e gramíneas. Porém, isoladamente, a maior concentração de CO2 associado aos cenários climáticos futuros pode causar um aumento da biomassa de árvores. De fato estudos observacionais mostram que a duração da estação seca no sul da Amazônia tem aumentado em pelo menos um mês desde a década dos anos 1960, e isso pode ter graves impactos nos ecossistemas e no inicio da estação chuvosa. A geração de cenários de uso da terra para a Amazônia até 2100 para integração com modelos do sistema terrestre foram estimadas, utilizando o INPE-EM, as emissões de CO2 em decorrência das mudanças de uso da terra para estes cenários. O INCT para Mudanças Climáticas, que está intimamente ligado ao Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (Projeto LBA), tem contribuído para melhorar nossa compreensão do funcionamento dos ecossistemas amazônicos - em particular com relação aos ciclos de água, energia, carbono, liberação de gases de efeito estufa por queimadas, assim como as mudanças de uso da terra e sua influência no clima regional. Tem-se mostrado que a fumaça da queima florestal pode reduzir em até 60% as taxas fotossintéticas em algumas regiões da Amazônia. Por sua vez, a expansão do plantio da soja tem aumentado a insolação sobre a superfície. Além dos efeitos dessa maior variação sobre a dinâmica da atmosfera próxima à superfície, a substituição de árvores por soja tem também levado a diminuições na evapotranspiração, nas taxas fotossintéticas e na assimilação de carbono na região. Foram também realizadas medidas intensivas com balão cativo e radiossondagem, além de medidas contínuas de propriedades físicoquímicas de aerossóis e medidas de gases de efeito estufa no sítio ATTO, próximo a Manaus. O aumento da concentração de aerossóis, tanto de origem natural como antrópica na região próxima a Manaus, produz um resfriamento da superfície, bem como o aumento da cobertura de nuvens. Entretanto, é difícil quantificar estes efeitos pois eles são complexos e interagem entre si. Para aumentar este conhecimento da associação atmosfera-aerossóisnuvens, são necessárias medidas observacionais e conhecimentos oriundos de modelagem numérica e ensaios em laboratórios. O experimento GoAmazon 2014 (acrônimo de Green Ocean Amazon) busca investigar o estado natural de uma área na Amazônia central e contribuir para este avanço científico. Duas operações intensivas de coleta de dados realizadas em Manaus – a primeira entre fevereiro e março de 2014 e a segunda entre setembro e outubro do mesmo ano, no âmbito do GoAmazon e contou com dois aviões voando em diferentes alturas para acompanhar a pluma de poluição emitida pela região metropolitana de Manaus. O objetivo era avaliar a interação entre os poluentes e os compostos emitidos pela floresta, bem como seu impacto nas propriedades de nuvem. Em condições livres de poluição, as nuvens da Amazônia apresentam altura máxima entre 3 e 4 km. Mas, quando há partículas de aerossóis em grandes quantidades, elas adquirem uma força incomum de crescimento, o que altera todo o balanço de radiação, o ciclo hidrológico e as propriedades termodinâmicas da atmosfera. A componente Amazônia do INCT Mudanças Climáticas está participando ativamente deste esforço, através da inserção dos pesquisadores envolvidos, bem como do apoio financeiro nas atividades de campo e reuniões preparatórias, em como do apoio financeiro nas campanhas de campo e de organização do experimento. O projeto CHUVA (Cloud processes of tHe main precipitation systems 19 in Brazil: A contribUtion to cloud resolVing modeling and to the GPM (GlobAl Precipitation Measurement) tem o objetivo de reduzir as incertezas na estimativa da precipitação e progredir no conhecimento dos processos das nuvens, principalmente das nuvens quentes. Em relação ao projeto CHUVA, os resultados estão ajudando muito a entender melhor como funciona o ciclo de chuvas na região, e como a presença da área urbana de Manaus afeta o clima local. Isso também esta ajudando o Go-Amazon, e também a melhorar o skill dos modelos do CPTEC devido a que os dados gerados pelo experimento estão sendo assimilados nos modelos do CPTEC. Das 8 campanhas de campo, 2 de elas aconteceram na Amazônia (Manaus e Belém ) uma terceira foi durante a implementação do Go Amazon no verão de 2014. Biodiversidade 20 Os biomas Cerrado e Mata Atlântica são hotspots de biodiversidade áreas de alta riqueza de espécies e níveis de endemismo, sujeitas a uma perda rápida e extensiva dos habitats. A principal motivação deste subprojeto é avaliar os impactos potenciais das mudanças climáticas sobre a distribuição dos grupos funcionais e sobre o funcionamento destes ecossistemas naturais. Compilamos informações secundárias e imagens de satélite para elaborar um amplo banco de dados. A base de dados de imagens e informações secundárias, a princípio para os biomas Cerrado e Mata Atlântica, hoje expandida para todo o Brasil. A base de imagens está disponível, através das plataformas de pesquisa LAPIG Maps e LAPIG Database, desenvolvidas com o apoio deste INCT (www.lapig.iesa.ufg.br). A análise destes dados oferece informações sobre a distribuição de espécies vegetais, seus atributos funcionais e seu ambiente físico. O estudo da interação entre vegetação e funcionamento biogeoquímico dos ecossistemas permite delimitar grupos funcionais. Com isto, previsões de mudanças na composição de grupos funcionais em uma área indicariam alterações de processos ecossistêmicos. Tais informações contribuem por meio da interação com o componente de modelagem do INCT-Clima para caracterizar os biomas brasileiros e avaliar suas respostas à mudança climática. Foram incluídas de três novas linhas de pesquisa: 1. Abordagens funcionais e filogenéticas na estrutura de comunidades visa entender o papel de fatores históricos, condições ambientais e interações bióticas sobre os padrões de diversidade taxonômica, funcional e filogenética em comunidades de campos de altitude; 2. Conservação da diversidade evolutiva de árvores da Mata Atlântica visa gerar bases para a conservação de linhagens de espécies arbóreas ocorrentes na Mata Atlântica do estado do Rio de Janeiro avaliando o risco de extinção dessas espécies, utilizando-se relações espécies-área; 3. Padrões de endemismo de grupos taxonômicos selecionados no Estado do Rio de Janeiro. Visa detalhar uma das regiões de maior endemismo do Domínio Atlântico, o Corredor Central da Serra do Mar e discutir algumas possíveis causas ambientais para o padrão encontrado. Outras ações durante 2014 foram a construção de banco de dados sobre estoques de carbono, nitrogênio e fósforo em solos do Brasil. Mais de 100 artigos compilados entre 1987 e 2014 com informações de mais de 170 sítios, resultando em mais de 3100 entradas. No período 20132014 procurou-se atualizar o banco de dados de registros de ocorrência de palmeiras nativas do estado de São Paulo, com o objetivo de conhecer sua distribuição atual para posteriormente realizar exercícios de modelagem distribuição potencial dessas espécies considerando possíveis cenários de mudanças climáticas globais. Ciclos Biogeoquímicos A componente de ciclos biogeoquímicos conduziu seus trabalhos integrando vários aspectos da temática buscando trazer uma leitura transversal de diversas componentes da relação ambiente biológico e físico nos biomas brasileiros, sobretudo Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal. A estratégia incluiu produção de uma base de dados nacional, a partir de levantamentos bibliográficos, do conteúdo de carbono e nitrogênio em solo e plantas nestes diferentes biomas; consulta a pesquisadores de várias instituições nacionais e a realização de workshops temáticos, que levaram a produção de vários artigos científicos. Na coletânea de artigos produzidos objetivou-se apresentar o status atual da ciclagem biogeoquímica em ambientes como grandes bacias de drenagem, regiões estuarinas, biomas, e avaliar o impacto potencial dos cenários de mudanças climáticas a esta ciclagem. Os cenários climáticos regionais considerados nas análises foram aqueles produzidos dentro do âmbito do INCT-MC. Esta componente também gerou um marco de referência (Framework) com as potenciais interações positivas e negativas de variações na precipitação e temperatura na dinâmica biogeoquímica em bacias de drenagem. Este framework pode ser utilizado para outros ecossistemas com a adequação de algumas premissas. Esta componente propiciou o engajamento de vários estudantes, bolsistas e pesquisadores de instituições distribuídas nas regiões de estudo. Esta componente tem produzido uma base de dados nacional, a partir de levantamentos bibliográficos, do conteúdo de carbono e nitrogênio em solo e plantas nestes diferentes biomas; consulta a pesquisadores de várias instituições nacionais e a realização de workshops temáticos, que levaram a produção de vários artigos científicos. Ressalta-se a produção de um número especial de Brazilian Journal of Biology e a disponibilização à comunidade científica e em futuro breve da base de dados sobre conteúdo de carbono, nitrogênio e fósforo em sob diferentes tipos de manejo em biomas brasileiros Economia das Mudanças Climáticas Resultados preliminares sugerem que a mudança climática terá efeitos negativos sobre o crescimento do país e o bem-estar humano, embora alguns setores e regiões possam ser positivamente afetados. Além disso, uma questão a ser seriamente considerada é que as mudanças climáticas reforçarão as desigualdades econômicas regionais no Brasil, isto é, os pobres sofrerão mais drasticamente. A situação se torna ainda mais preocupante no contexto dos estudos da influência do clima sobre a transmissão de doenças e outros problemas de saúde humana. Estudos sugerem que as mudanças climáticas devem ser analisadas em conjunto à globalização (aumento das conexões entre as pessoas no comércio e na informação), às mudanças ambientais (degradação dos ecossistemas, redução da biodiversidade e acúmulo de substâncias tóxicas no meio ambiente), e ao enfraquecimento de sistemas de governança (via redução de investimentos na saúde, aumento da dependência com relação aos mercados e aumento das desigualdades sociais), uma vez que todos esses fatores interagem fortemente e de forma complexa. devem estar associadas a períodos mais longos de tempo; e metas menos ambiciosas a períodos mais curtos, devido à própria estrutura atual da matriz energética brasileira intensiva em fontes mais “limpas”. Os resultados apontados pela política de melhoria da eficiência energética, por seu turno, são promissores. Com a elevação da eficiência energética a economia passa a crescer mais, reduzindo suas emissões de GEE, mesmo considerando alguns de seus custos. Em resumo, a política de mitigação, (reduções de emissões de gases de efeito estufa no Brasil): a redução de emissões no Brasil pode ser atingida com pequenos custos em termos de perda de atividade econômica, embora metas mais ambiciosas tenham que ser adotadas a longo prazo. Análises dos impactos de eventos extremos: uma inundação severa na cidade de São Paulo, como a observada em 2008, representaria perdas totais de R$ 1,4 bilhões de reais, com 68% desse efeito na cidade de São Paulo, e 32% no restante do país. E, com o espraiamento dos efeitos pelas longas cadeias de produção e renda, o prejuízo vai a mais de R$ 762 milhões em escala nacional. Assim, as enchentes contribuem para reduzir o crescimento da cidade e o bem-estar da população. A ocorrência de frentes frias sobre o reservatório de Itumbiara impacta a circulação e mistura vertical da coluna d’água significativamente, e é responsável por intensificar o processo de resfriamento diferencial, gerando correntes de densidade que exportam água da região litoral (oxigenada e rica em nutrientes) para a zona pelágica. Estes podem ser processos chave que controlam a evasão de carbono em reservatórios sujeitos a passagem de frentes firas. Adicionalmente, os resultados obtidos neste estudo indicam que as mudanças potenciais na atividade de frentes frias sobre a América do Sul, devido à variabilidade do clima, podem levar a uma significante alteração das emissões de carbono por estes sistemas aquáticos. A política brasileira restritiva ao desmatamento na Amazônia e nos Cerrados, capaz de evitar a perda de 68 milhões de hectares de florestas e cerrados até 2050 deve gerar perdas econômicas pouco expressivas, de até 0,15% no PIB. A produção agropecuária sofreria perdas de até 1,9% na produção e de 4% nas exportações. Esses resultados sugerem custos econômicos pouco expressivos diante dos potenciais benefícios de preservação ambiental, e devemse em grande parte à capacidade de aumento em produtividade das pastagens brasileiras e conversão de áreas de vegetação secundária e subaproveitadas em cultivos agrícolas. No caso brasileiro, os estudos apontam que metas ambiciosas de redução de emissões por meio de políticas de taxação de carbono, Emissões de lagos e reservatórios Com a aquisição do modelo ELCOM-CAEDYM, iniciou-se experimentos numéricos com o objetivo de simular a dinâmica e as emissões de carbono por estes ambientes, e avaliar os impactos das mudanças climáticas sobre as emissões de carbono. Atualmente, os reservatórios Hidrelétricos Itumbiara, no bioma Cerrado, e Tucuruí, no bioma Amazônia estão sendo estudados. No reservatório de Funil foram desenvolvidos estudos, na área de bio-óptica, e tiveram como objetivo: quantificar a concentração de Clorofila-a no reservatório através de algoritmos e modelagem bio-optica; e identificar a floração de algas, principalmente cianobactérias (Ficocianina) utilizando modelagem bio-óptica e dados de sensoriamento remoto. Os resultados são importantes, pois se sabe que o crescimento dessas algas tem um impacto na saúde das pessoas e animais que vivem nas margens desses corpos d´água, podendo ser fatal. A floração de algas e as alterações no índice trófico nos reservatórios são de grande importância para a dinâmica do carbono nestes ambientes. Energias renováveis Economias emergentes como a do Brasil têm aumentado a demanda por recursos energéticos, especialmente ao longo das últimas décadas, o que causa preocupação diante dos cenários das Mudanças Globais apontados pelos relatórios do IPCC e do PBMC. Dentro desse contexto, o estudo de novas metodologias de levantamento dos recursos renováveis de energia assume grande importância. Esses estudos tiveram início em 2009, dentro do escopo do INCT para Mudanças Climáticas na área de energias renováveis. Os principais resultados obtidos estão relacionados à coleta de dados de superfície e modelos computacionais visando o levantamento dos recursos renováveis de energia e os impactos do clima sobre os mesmos, notoriamente as energias solar e eólica. Resultados deste subprojeto estão sendo usados na elaboração da segunda versão do Atlas de Energia Solar do Brasil. Artigos científicos sobre possíveis impactos das mudanças de clima no potencial eólico sugerem que a produção de energia eólica pode ser favorecida pela mudança de clima, particularmente no nordeste do Brasil, devido a um aumento projetado na velocidade dos ventos. De fato, as recentes projeções de potencial eólico derivados do downscaling do modelo inglês HadGEM2 ES com o modelo regional Eta mostram um aumento d velocidade do vento no litoral do Nordeste ate 2100. 21 Ciência, tecnologia e políticas públicas Explorando o papel da ciência e de “policy networks” (redes de atores) em políticas públicas de mudanças climáticas no Brasil, o projeto adotou uma variedade de métodos quantitativos e qualitativos. Foi analisado o conteúdo relacionado às mudanças climáticas em quatro grandes jornais nacionais de 2002 a 2012, com destaque central nos anos 2007, 2008 e 2011. Além disso, entrevistas foram feitas e respostas colhidas com um questionário, ambos explorando as ações e as posições de atores chaves nas discussões nacionais de políticas públicas do clima. 22 Como resultado, o projeto identificou os atores e os debates mais centrais nas discussões nacionais sobre as mudanças climáticas. O estudo da cobertura de mudanças climáticas em quatro grandes jornais brasileiros de 2002-2012 identificou um desajuste profundo entre a causa principal das emissões nacionais de gases de efeito estufa e as principais causas e soluções em foco em debates públicos e, portanto, em processos de tomada de decisão. As emissões nationais provêm centralmente do uso da terra e têm forte conexão com a produção de carne. Embora a ciência foque cada vez mais nos impactos ambientais negativos do alto nível de produção e consumo de carne em nível internaional, esse conchecimento crítico quase não se transmite para o público brasileiro pelos grandes jornais impressos estudados. O estudo identificou duas tendências que se destacam em intercomparação internacional: um forte foco em processos de decisão em nível internacional e uma relutância em vincular eventos de desastres naturais à mudança climática antrópica, em contraste com as tendências observadas em outros países, como por exemplo os Estados Unidos. Os resultados são analisados em dois manuscritos de artigos científicos. O tabu nacional quanto ao assunto de carne nas mídias nacionais destaca a necessidade de novas instituições para incentivar discussões e ações para a sustentabilidade ambiental, especialmente em áreas onde há fortes interesses econômicos, políticos e culturais contra uma mudança do status quo. A inovação institucional necessária tem que incluir mudança na economia política das mídias de comunicação. Gases de Efeito Estufa Foram obtidos avanços nos estudos sobre o comportamento dos gases metano (CH4), carbônico (CO2), ozônio (O3) e óxido nitroso (N2O), os quais estão diretamente relacionados ao aquecimento global. Observou-se que embora empreendimentos hidrelétricos sejam amplamente considerados pela opinião pública como fontes geradoras de “energia limpa” ou “energia verde” – em contraste a fontes geradoras que utilizam combustíveis fósseis -, dados recentes mostram que liberações de gases de efeito estufa podem ocorrer em níveis altos em reservatórios hidrelétricos, especialmente em países tropicais, como o Brasil. Esses eventos devem ser levados em consideração por políticas públicas, especialmente no que diz respeito a créditos de carbono, já que as emissões de dióxido de carbono e gás metano ocorrem em níveis consideráveis em lagos artificiais. Além disso, a redução da cobertura vegetal por consequência do alagamento aumenta a liberação de carbono – anteriormente fixado nas árvores – para atmosfera, parte dele na forma de metano. Recentemente, foi criada no INPE a Rede Nitrogênio/Carbono América Latina (Nnet), que trabalha nas escalas continental, regional e local, para determinar a deposição atmosférica em diferentes ambientes atmosféricos no Estado de São Paulo, e para acompanhar os processos de recuperação ambiental através de plantio de mudas de espécies vegetais do bioma Mata Atlântica. O projeto de Gases do Efeito Estufa (GEE) inicialmente esteve restito ao monitoramento dos gases do efeito estufa, em especial o metano, gás carbônico e óxido nitroso. Os pontos de coleta iniciais foram em Maxaranguape,RN, Cachoeira Paulista, São José dos Campos e no Pantanal. No decorrer do projeto iniciamos uma parceira com o INCT - Antártico para medidas de metano na região da Ilha do Rei Jorge. Em janeiro de 2014 tivemos outra colaboração com amostras coletadas na região Antártica, as quais estão em fase de analise final. Desde 2013 o projeto está monitorando o CO2 em uma torre na BEP da UFMS. Esta operação foi possível com uma parceria com a UFMS. Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global BESM O INPE lidera um projeto multiinstitucional para o desenvolvimento do Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global (chamado de BESM - Brazilian Earth System Model), que incorpora modelos-componentes da vegetação e de processos da terra, química da atmosfera e aerossóis, gelo marinho, biogeoquímica e vazão dos rios, ao Modelo Geral de Circulação com acoplamento oceano-atmosfera do INPE (GCM). O BESM constitui-se, de fato, um modelo de desenvolvimento comunitário nacional com suporte internacional. Por sua natureza transversal aos demais projetos de pesquisa relativos às mudanças climáticas, a construção do BESM constitui elemento fundamental para os projetos voltados desde a detecção, atribuição, até os impactos das mudanças climáticas globais e suas medidas de mitigação e adaptação. Dentre suas mais relevantes conquistas estão a participação pioneira do Brasil como nação contribuinte para os cenários globais de mudanças climáticas do projeto CMIP-5, base para a elaboração do quinto relatório do IPCC. Em 2014 foi gerada a segunda versão do BESM, baseada no acoplamento da versão 4.0 do modelo atmosférico global do CPTEC com microfísica de nuvens e modelo de vegetação dinâmica IBIS, ao modelo oceânico global do GFDL (MOM4 verão p1). Foram gerados novos cenários de mudanças climáticas para os perfiz de forçante radiativa RCP 8.5 e 6.5 do programa CMIP5. Os esforços brasileiros de pesquisa em modelagem do sistema climático global também incluem uma colaboração científica com um centro britânico de modelagem do clima, o Hadley Center for Climate Prediction do UK Met Office. O algoritmo de elevação de pluma térmica, criado no INPE, foi implementado no modelo HadGEM2-ES (Modelo Ambiental Global do Hadley Center – Sistema Terrestre-Hadley Centre Global Environmental Model versão 2 - Earth System), que está sem dúvida entre os mais sofisticados à disposição hoje em dia. Um projeto conjunto para o desenvolvimento e a implementação de um modelo de incêndio florestal no âmbito do HadGEM2-ES, que envolve a participação de pesquisadores do INPE que são membros do INCT para Mudanças Climáticas, está também em andamento. A nova versão do modelo foi denominada HadGEM2ES/INPE. O desenvolvimento do HadGEM2-ES/INPE passou pelas fases de planejamento, implementação do modelo de pluma térmica e desenvolvimento e validação do modelo de fogo. Agora está em curso a implementação desse conjunto operacional para o novo supercomputador (máquina Cray), classificado entre os mais poderosos do mundo. Mudanças do uso da terra O subprojeto teve como contribuição importante a geração de cenários de uso da terra para a Amazônia até 2100 para integração com modelos do sistema terrestre. Houve avanços nas análises estatísticas, como uma melhor distribuição dos dados do censo nas células e inferências espaço-temporais. Avaliamos os cenários presentes na literatura, observando que aqueles baseados apenas nos aspectos econômicos não conseguiram capturar as trajetórias observadas na Amazônia na última década. Analisamos também as interações entre o mercado global de commodities e as políticas regionais nas reduções de desmatamento desde 2004. Estes estudos possibilitaram a construção de modelos que procuraram discutir e preencher estas lacunas. Cenários para 2100 foram gerados para a Amazônia, visando integração com os modelos de sistema terrestre. Também foram estimadas, utilizando o INPE-EM, as emissões de CO2 em decorrência das mudanças de uso da terra para estes cenários. Em termos de ferramentas, foi publicado um artigo cientifico sobre o TerraME (www.terrame.org), ambiente para desenvolvimento de modelos de interação natureza sociedade, no qual nossos modelos e estudos são realizados. No ambiente TerraME em si, ocorreram evoluções importantes como a disponibilização do componente de visualização (OBSERVER), além de melhorias significativas no suporte à construção de modelos baseados em agentes. Avançamos também na integração dos arcabouços de modelagem de emissões INPE-EM (http://inpe-em.ccst.inpe.br/) e de mudanças de uso da terra LuccME (www.terrame.org/luccme), ambos construídos em ambiente TerraME, e desenvolvemos uma métrica de validação que utiliza a abordagem multi-resolução para que se possam considerar as dependências de escala nos padrões espaciais. Oceanos e zonas costeiras Com o intuito de aumentar a compreensão do papel dos oceanos no clima presente e futuro, alguns estudos dedicam-se a investigar o aumento da quantidade de águas salgadas e quentes que se originam no giro do Oceano Índico subtropical sul (a corrente das Agulhas) e adentram o Atlântico Sudoeste (o vazamento das Agulhas). Com base em estudos preliminares que sugerem que esse aumento pode estar causando mudanças no clima regional, os pesquisadores estão agora concentrados na detecção e compreensão dos mecanismos por trás de tais mudanças. Do ponto de vista dos resultados, mostrou-se como os ecossistemas da zona costeira - manguezais, estuários, praias, recifes de corais, pradarias de ervas e algas marinhas - são ambientes extremamente produtivos, com elevadas taxas de fotossíntese. Há neles, portanto, grande incorporação de biomassa, assim como liberação de altas concentrações de O2 e grande estoque e assimilação de carbono atmosférico. No que diz respeito à biodiversidade das zonas costeiras, na região de Santa Catarina as evidências sugerem que um processo de exclusão competitiva está ocorrendo. Macroalgas tropicais e/ou oportunistas estão levando espécies locais à extinção. O melhor entendimento das circulações oceânicas é muito importante para uma compreensão mais abrangente acerca das mudanças climáticas futuras. Para a obtenção de dados referentes a informações oceânicas e atmosféricas, foi realizada com sucesso a implantação da plataforma de observação meteorológica e oceanográfica ATLAS-B, no litoral de Santa Catarina. Serão fornecidos dados para o entendimento das interações ar-mar e a previsão de tempo e de eventos climáticos no Atlântico Sul. Os dados coletados serão transmitidos por satélite e disponibilizados de forma livre, em tempo real, pela internet. Com relação às zonas costeiras, resultados importantes foram obtidos em diversos ecossistemas marinhos, que incluem manguezais, estuários, praias, recifes de corais, pradarias de ervas e algas marinhas. Esses ambientes são extremamente produtivos, apresentando elevadas taxas de fotossíntese. Há neles, portanto, grande incorporação de biomassa, assim como liberação de altas concentrações de O2 e grande estoque e assimilação de carbono atmosférico. Tem sido realizado um monitoramento de habitats bentônicos em grande escala na costa brasileira. Adicionalmente, foram realizados importantes avanços em análises de séries temporais oceanográficas e no desenvolvimento de metodologia de análise de vulnerabilidades da costa e manguezais brasileiros às mudanças climáticas. Nos dois últimos anos, os trabalhos foram realizados em duas frentes: o desenvolvimento da plataforma de observação (boia Atlas-B) e o desenvolvimento de modelos numéricos. Na primeira, prosseguiuse com a finalização e o fundeioteste da primeira boia. Na segunda, foram realizados experimentos numéricos com modelo oceânico forçado (“stand-alone”) e acoplados oceano-atmosfera. Nas zonas costeiras, vários estudos têm mostrado os impactos de vários ciclones extratropicais que causaram erosão na costa do Rio Grande do Sul com efeito sobre balneários e 23 setores da costa específicos. Isso tem permitido uma melhor e maior quantificação da erosão e inundação causadas pelos mesmos. Realizaramse importantes avanços em análises de séries temporais oceanográficas e no desenvolvimento de metodologia de análise de vulnerabilidades da costa e manguezais brasileiros às mudanças climáticas. 24 Embora o prazo de vigência do INCT para Mudanças Climáticas encerre em dezembro de 2014, o subprojeto Zonas Costeiras pretende continuar com seus grupos de pesquisa e projetos e dar suporte científico à criação e/ou fortalecimento de redes de monitoramento e observacionais (ex., ReBentos e SiMCosta) e projetos integrados como aqueles vinculados ao PELD e INCTs. Os principais resultados gerados pelo subprojeto estão associados à elaboração de projetos em colaboração com instituições e grupos de pesquisa internacionais, nos mais diversos temas da área de mudanças climáticas em zonas costeiras e aprovação de diversos projetos de pesquisa submetidos aos editais do CNPq e FAP´s, por pesquisadores do subprojeto Zonas Costerias. Os temas dos projetos esão relacionados com mudanças climáticas, incluindo a formação de redes de pesquisa e monitoramento. A criação e/ ou fortalecimento de projetos integrados ao subprojeto, tais como o Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SiMCosta) e a Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros (ReBentos) são, por exemplo, produtos permanentes do subprojeto Zonas Costeiras. Outros estudos e/ou tópicos que merecem destaque: Avaliações e estudos de caso sobre as características geomorfológicas, litológicas e dinâmicas de diversas regiões e localidades da costa brasileira, com implicações sobre as previsões de elevação do nível do mar, mudanças no clima de ondas e impactos de eventos extremos; Enfoques metodológicos e aplicações de modelos preditivos para avaliar vulnerabilidades da linha da costa em regiões do Brasil (litorais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Bahia); Aplicações e produtos da modelagem oceânica dentro dos estudos de impactos da elevação do nível do mar e de eventos extremos; Variabilidade climática global e regional (modos climáticos) e seus efeitos sobre a Corrente do Brasil e sobre os grandes ecossistemas marinhos; Estudos preliminares sobre processos biogeofísicos e biogeoquímicos e suas relações com o sequestro de carbono em áreas costeiras do Brasil, incluindo áreas vegetadas e plumas de grandes rios; Avanços no monitoramento e estudos em corais de recife, incluindo projetos com experimentação de campo e laboratório, para testar os impactos da elevação da temperatura e acidificação dos oceanos sobre estes ambientes; Avanços nas pesquisas sobre vulnerabilidade das macroalgas aos impactos da urbanização e mudanças climáticas, incluindo observações de campo e experimentos de laboratório testando os efeitos de incremento de nutrientes, acidificação e aumento da precipitação; Avanços nos estudos sobre socioeconomia pesqueira e sobre a vulnerabilidade socioambiental das comunidades de pescadores em regiões estuarinas do Brasil. Cenários climáticos e recursos hídricos Desde 2007, cenários climáticos estão sendo produzidos pelo INPE, e estes cenários climáticos para a América do Sul do século XXI, sob diferentes concentrações de gases de efeito estufa, sugerem que as mudanças climáticas e seus impactos têm variação regional: projeta-se que áreas do norte do continente experimentarão deficiência de chuvas, enquanto áreas no sudeste deverão registrar aumento. Em 2014, os novos cenários foram derivados usando o modelo regional Eta com 20 km. Estes estudos avaliam projeções de clima até 2100 gerados pelo modelo Eta para América do Sul com ênfase nas grandes bacias que fazem parte do sistema hidroelétrico brasileiro. Análises de extremos de chuva e temperatura têm sido usadas em estudos de avaliação de risco aos extremos climáticos que podem gerar desastres naturais na América do Sul, com ênfase no sudeste do Brasil. Estes novos cenários do modelo Eta também indicam aumento generalizado dos eventos de precipitação intensa e seca extrema em algumas regiões, particularmente Sul e Sudeste do Brasil. As projeções do Eta também têm sido usadas na produção de relatórios do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas e do IPCC AR5 e da TCN do Brasil a UNFCCC. O INPE tem usado os modelos globais do IPCC AR5 do Japao (MIROC5) e do Reino Unido (HadGEM2 ES) para rodar o ETA 20 km para os cenários RCP 4.5 (emissões nédias) e RCP 8.5 (altas emissões), até 2100. Os modelos projetam aumento de chuvas (total e extremos) na região sul e no oeste da Amazônia, assim como reduções de chuva na Amazônia de leste e Nordeste, e aumentos significativos da temperatura, particularmente no Brasil tropical. A componente Recursos Hídricos é fortemente baseada no uso de modelos de simulação para representação do ciclo hidrológico e estimativa do escoamento nas bacias hidrográficas. Os resultados obtidos, através da aplicação dos cenários climáticos gerados pelo subprojeto Cenários de Mudanças Climáticas para o Século XXI, nas diversas regiões do Brasil permitem estabelecer um quadro dos impactos nos recursos hídricos em âmbito nacional. Na Bacia do Amazonas, as projeções hidrológicas baseadas no downscaling dinâmico do modelo Eta com o modelo global inglês HadCM3 indicam diminuição das vazões médias mensais em bacias do Amazonas do leste e sul até o final do século. Em geral, esta tendência é mantida durante a época de cheias nas projeções baseadas nos modelos globais. No entanto, existe uma maior variabilidade no que diz respeito às vazões mínimas. Também é possível observar variações na sazonalidade das vazões, com uma maior duração de vazões baixas e com o adiantamento, em alguns casos, do pico do hidrograma médio. As análises de vazões extremas máximas apresentam uma diminuição das vazões máximas com tempos de retorno até 10 anos, enquanto que há um incremento daquelas menos frequentes até o final do século. Foram realizadas análises dos impactos das mudanças climáticas projetadas pelos modelos atmosféricos na resposta hidrológica em bacias representativas dos biomas brasileiros, assim como estudos de eventos extremos observados e de seus impactos no médio ambiente. O Modelo Hidrológico Distribuído desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (MHD-INPE) foi aplicado em bacias Amazônicas, obtendo um bom desempenho na simulação do período histórico 1970-1990. No que se refere à modelagem hidrológica da bacia do rio Purus, encontra-se em fase de finalização a calibração das sub-bacias 9 a 11 e a preparação dos cenários futuros a partir da inclusão, no modelo, de cenários de mudanças climáticas. No que tange aos extremos hidrológicos, foram desenvolvidos trabalhos voltados a alerta de desastres. A partir da ocorrência de inundação catastrófica ocorrida em 2010 nas bacias hidrográficas da mata sul pernambucana e agreste meridional de Pernambuco/Alagoas, foi iniciada a implantação de sistema de alerta e controle de cheias nas bacias hidrográficas dos rios Una e Sirinhaém, em Pernambuco. Visando o controle de cheias em Pernambuco, foram ajustados modelos para simular ocorrências de cheias nas áreas mais afetadas por inundações. O relevo nos estirões dos rios e perímetros urbanos cortados por eles foi levantado a laser, o que auxilia o planejamento das intervenções a serem realizadas e os alertas para a ocorrência dos eventos extremos. A estrutura de governança é um elemento importante para adaptação às mudanças climáticas, especialmente na forma pela qual os princípios institucionais suportam o processo de adaptação em diferentes níveis. Além disso, foi identificado que compreender desafios relacionados com a governança da água pode contribuir para a adaptação proativa à variabilidade climática e, enquanto processo de aprendizagem, superar tais desafios pode contribuir para a adaptação proativa às mudanças climáticas. Entre as atividades da componente também consta o desenvolvimento do software livre TerraHidro. O mesmo tem por objetivo o uso de Sistemas de Informações Geográficas para a obtenção e manipulação das informações geomorfológicas das bacias. O software prove uma rápida interface com os modelos hidrológicos, facilitando sua implementação na bacia. REDD O Brasil consolidou sua posição de líder mundial nos esforços de redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas do desmatamento. Desde 2005, mais de 3,2 bilhões de toneladas de gás carbônico deixaram de ser emitidos para atmosfera por conta da redução da destruição e queima da floresta amazônica. Como consequência deste desempenho, o Brasil avançou no debate sobre o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD). Previsto no âmbito da Convenção Quadro da ONU sobre Mudança Climática, REDD poderá compensar aqueles países como o Brasil que empreenderem esforços de redução de emissões de desmatamento. Com o apoio do INCT, este subprojeto vem, nos últimos quatro anos, auxiliando o governo brasileiro, estados amazônicos (Acre, Mato Grosso e Pará) e a sociedade (Observatório do REDD) no debate e na construção da Estratégia Nacional de REDD+ (ENREDD). Os resultados obtidos com apoio do INCT foram importantes na construção dos critérios a implementação e operacionalização da ENREDD, atualmente em construção sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente. Também o subprojeto fez uma contribuição importante para a discussão sobre a repartição de benefícios de REDD entre povos indígenas da Amazônia. Várias importantes publicações oriundas deste subprojeto foram destaque, tanto no meio científico, como também serviram de fonte de informações para qualificar melhor o debate do governo brasileiro ao redor da ENREDD. No período, foram publicados dois artigos em revistas científicas e vários materiais (boletins) para a divulgação dos resultados. Ainda, um livro foi lançado trazendo, pela primeira vez, uma visão indígena mais aprofundada sobre a repartição de benefícios de REDD entre os povos indígenas da Amazônia brasileira. Saúde Humana Resultados publicados em parceria com a Fiocruz e o subprojeto Amazônia do INCT para Mudanças Climáticas elucidam efeitos, tanto diretos quanto indiretos, de partículas em suspensão (aerossóis) emitidas por queimadas de florestas tanto no clima (afetando o ciclo hidrológico) quanto na saúde da população local (aumentando doenças respiratórias). Mais ainda, resultados obtidos em colaboração com o subprojeto de modelagem climática (BESM) indicam que parte desse material particulado pode estar sendo transportado para as regiões sul e sudeste do Brasil. As mudanças ambientais e climáticas globais, que vêm se intensificando nas últimas décadas, podem produzir impactos sobre a saúde humana com diferentes vias e intensidades. Algumas dessas mudanças impactam de forma direta a saúde e bem estar da população como a ocorrência de eventos extremos. No entanto, na maior parte das vezes, esse impacto é indireto, sendo mediado por mudanças no ambiente como a alteração de ecossistemas, na atmosfera, na biodiversidade e nos ciclos biogeoquímicos, bem como as condições de vulnerabilidade dos territórios e populações. Alguns importantes estudos foram: as relações entre a variabilidade do nível dos rios da Amazônia e a incidência de doenças de veiculação hídrica; o papel do clima e das cidades na expansão da área de transmissão de dengue; a construção de modelos preditivos de dengue para as cidades brasileiras; a ocorrência de desastres, eventos climáticos extremos e suas consequências sobre a saúde; e os impactos da poluição atmosférica gerada por queimadas no perfil de morbidade e mortalidade da população. No sítio sentinela de Manaus foi observada uma relação entre níveis extremos das águas do Rio Negro 25 e a incidência de doenças como a leptospirose, malária e diarreia. 26 Estudos na Amazônia permitiram a qualificação e a quantificação do potencial risco carcinogênico oriundo dos compostos liberados pelas queimadas e de transmissão de dengue em cenários futuros. Esse estudo foi utilizado para avaliar o risco de epidemias durante a Copa do Mundo de Futebol de 2014. A polêmica levantada na imprensa internacional refletiu-se também nas revistas acadêmicas. A revista Nature publicou um artigo alarmista sobre a possibilidade de surtos de dengue durante a Copa, o que foi contestado por meio de artigo na revista Lancet Infectious Diseases. Outro destaque foi para o artigo publicado na revista Plos-one (2014) sobre os Efeitos agudos de material particulado e black carbon das queimadas na função respiratória de crianças (escolares) da Amazônia brasileira. O artigo recém publicado (2014) na revista Environmental Research sobre o dano genético do material particulado e Black carbon na Amazônia brasileira foi o primeiro estudo a iniciar o entendimento sobre os mecanismos de ação desses poluentes em células de humanos. Desastres Naturais Este subprojeto está avaliando a ocorrência de desastres do tipo deslizamentos e inundações associadas a eventos de precipitação no Estado de São Paulo durante os períodos de verão. Tem havido uma forte interação com o subprojeto Recursos Hídricos para atividades de modelagem hidrológica em estudos preditivos da ocorrência de enxurradas. Destaca-se que as pesquisas realizadas por este subprojeto foram centrais para a criação de um centro nacional de pesquisas, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), o mais novo instituto do MCTI. Isto é um exemplo da tradução dos resultados de pesquisa do INCT para Mudanças Climáticas em políticas públicas de diminuição das vulnerabilidades da população brasileira aos desastres naturais causados por extremos climáticos. Com a criação do CEMADEN, que coordenou as atividades no Ano 4 deste subprojeto, se desenvolveu e implementou um sistema semiautomático de previsões e informações hidrometeorológicas e ambientais em apoio ao processo de tomada de decisões para o gerenciamento de desastres naturais provocados por condições hidrometeorológicas e climáticas extremas. Atualmente, considerase dispor de sistema que permita que tomadores de decisão avaliem o impacto dos desastres sobre os sistemas sociais, econômicos e ambientais para subsidiar ações preventivas antecipadas. Esta plataforma, denominada Sistema de Alerta e Visualização de Condições de Risco – SALVAR, possibilita integrar, visualizar e manipular diversas informações em um único ambiente (dados pluviométricos, hidrológicos, meteorológicos, geotécnicos, descargas elétricas e alertas de descargas elétricas, etc) para melhorias na interface visual, mineração de redes sociais e futura emissão de alertas automáticos de desastres naturais. muito intensas concentrados em poucos dias e separados por períodos secos muito quentes. O calor mais intenso pode aumentar evaporação e déficit hídrico. As projeções apontam para uma situação similar, porem mais intensa no decorrer do Século XXI. Projeções mostram um aumento dos riscos de desastres naturais atingindo cada vez mais a população da RMSP, principalmente as mais vulneráveis. Os resultados do estudo da RMSP apontaram que os riscos de enchentes, inundações e de deslizamento de terra irão aumentar. Uma questão que traz ainda mais cautela é o impacto destas ocorrências na população, uma vez que a mancha urbana, em 2030, está projetada para aumentar e chegar ao dobro da atual. Assim o risco de desastres poderá atingir cada vez mais a população como um todo e, sobretudo, os mais pobres. Urbanização e Megacidades Uma questão importante que se coloca para as metrópoles brasileiras é se estão preparadas para enfrentar os impactos das mudanças climáticas. Durante os anos de 2008 a 2011, buscou-se lançar alguma luz sobre esse tema por meio de um estudo interdisciplinar cujo objetivo foi identificar as vulnerabilidades das duas principais megacidades brasileiras: as regiões metropolitanas de São Paulo (RMSP) e do Rio de Janeiro (RMRJ). No que diz respeito à RMSP, os estudos mostram que, em decorrência da expansão urbana, houve aumento de mais de 2° C nos últimos 50 anos no centro da cidade, e ocorrência duas a três vezes maior de fenômenos de chuvas intensas. Esse cenário se torna mais preocupante quando confrontado com projeções que indicam que, caso o padrão de expansão da RMSP seja mantido conforme registros históricos, em 2030 a mancha urbana será aproximadamente 38% maior do que a atual. Em segundo lugar, há interação desses riscos de origem local com o fenômeno de aquecimento da atmosfera em escala global. Na RMSP a chuva total esta aumentando desde 1961, e este aumento aparentemente corresponde a um aumento na frequência de dias chuvosos e muito chuvosos na região. A duração de períodos secos também está aumentando na região. Ou seja: chuvas estão ficando mais irregulares, com eventos de chuvas Na Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ), os potenciais impactos das mudanças climáticas também são diversos. A elevação do nível médio do mar, associado ao aumento de fenômenos climáticos extremos (chuvas e secas) e ao aumento dos ventos, indica que haverá uma mudança na linha da O sistema SALVAR utiliza avançada estrutura de bibliotecas geoespaciais e programas desenvolvidos especificamente para visualizar e integrar dados, a qual está sendo utilizada para monitorar e acompanhar condições de risco de desastres em diferentes localidades. Avaliação de um modelo de produtividade (milho e sorgo), utilizando o modelo de estimativa de água no solo do CPTEC-INPE e informações para estimativa de perda de rendimento de culturas, para algumas localidades da Região Nordeste do Brasil. Este estudo constituiu parte inicial para o desenvolvimento de um sistema de alerta baseado nas informações do modelo, que prevejam a possibilidade de ocorrência de colapso de safra agrícola usando informações em tempo real, e que possam subsidiar um melhor planejamento de ações de mitigação. costa por meio da intensificação dos processos de erosão costeira, e que as construções próximas à costa sofrerão com isso. Mais ainda, a elevação do nível médio do mar irá diminuir a facilidade do escoamento da água dos rios e esgotos para o oceano, o que aumentará o risco de enchentes – potencializadas por dias com chuvas mais intensas, que se tornarão mais frequentes. A água salgada também tenderá a invadir os estuários, afetando a biodiversidade local, e os manguezais sofrerão retração para áreas mais altas, onde as condições de salinidade em que eles ocorrem atualmente serão encontradas. Entretanto, a expansão urbana desordenada, se ocupar as regiões que os manguezais poderiam ocupar, impedirá a migração dos mesmos, e favorecerá o desaparecimento desses ecossistemas costeiros. Como os manguezais funcionam como área de abrigo, reprodução, desenvolvimento e alimentação de espécies marinhas, estuarinas, límnicas e terrestres, várias delas de interesse comercial, os efeitos de uma potencial redução na área de manguezais podem ser bem mais drásticos do que se imagina. Em adição aos efeitos descritos acima, haverá ainda o aumento nos riscos de doenças tais como dengue e leptospirose, decorrentes do efeito conjunto da má gestão do lixo, aumento na frequência de chuvas e alagamentos, saúde pública e saneamento ambiental precários. Em suma, a mudança climática por causas locais nas megacidades de São Paulo e Rio de Janeiro nos últimos 100 anos tem mudado drasticamente as condições ambientais e em parte explica o número crescente de catástrofes naturais. Esta componente desenvolve uma análise profunda das respostas sociais, econômicas e políticas da cidade para a mudança climática atual, a fim de compreender os fatores determinantes para a adaptação. Assim, foi possível avançar em termos de criação de uma metodologia para integração de dados de percepção social e dados físicos relativos à delimitação de áreas e populações vulneráveis aos efeitos a variações climáticas. Esses procedimentos poderão vir a ser utilizados em outras realidades urbanas do país. As avaliações realizadas por esta componente forneceram a base a partir da qual foi possível identificar e priorizar um conjunto de investimentos de adaptação ao clima e intervenções estratégicas de fortalecimento institucional que podem ser vinculados ou incorporados nas prioridades existentes, planos setoriais e instrumentos de planejamento. Os temas de planejamento que criam as bases para uma estratégia de adaptação à mudança climática, visando auxiliar a construção de sua resiliência contra inundações e deslizamentos de terra, agora e no futuro, são: (i) integração horizontal e vertical das práticas de gestão de riscos; (ii) mecanismos de coleta de dados, armazenamento e disseminação a serem criados e / ou melhorados para uma melhor monitoramento do clima, planejamento de risco e partilha de informação; (iii) melhoria dos mecanismos de seguro e financiamento climático para a recuperação em longo prazo e construção da resiliência contra inundações e deslizamentos de terra; e (iv) mudança de gestão de desastres para a redução de risco de longo prazo e adaptação às mudanças climáticas para garantir um sistema pró-ativo e voltada para o futuro da governança de risco. Agricultura Em cenários futuros de mudanças climáticas, o aumento da temperatura e o estresse hídrico em determinadas regiões do país são eventos esperados. Como consequência, pode haver queda da produtividade agrícola por reduções das taxas fotossintéticas e incorporação de biomassa. Para entender melhor como plantas de importância econômica responderão aos efeitos das mudanças climáticas, experimentos com diferentes cultivares agrícolas têm sido desenvolvidos em câmaras de topo aberto em que são simuladas atmosferas com altas concentrações de gás carbônico e solos com deficiência hídrica. Novas tecnologias de mitigação Considerando a estreita relação entre os recursos naturais e mudanças climáticas/ambientais, é crescente interesse para os setores acadêmicos, empresariais, ambientais e de política pública o desenvolvimento de novas tecnologias que possam atuar tanto como sensores como em processos de limpeza de água bem como as que permitem realizar observações de longo prazo de baixo custo, assim este subprojeto pode se relacionar aos subprojetos de: Mudanças dos Usos da Terra, Agricultura, Recursos Hídricos, Economia nas Mudanças Climáticas, Saúde Humana, Ciclos Biogequímicos Globais e Gases de Efeito Estufa. As conquistas relevantes associadas às tecnologias desenvolvidas neste Projeto são o desenvolvimento de eletrodos de diamante micro/nanocristalinos modificados ou não aplicados em escala de laboratório como sensores de fenol, sensores de metal pesado (cadmio e chumbo), remoção de poluentes orgânicos, como pesticidas e corantes, e remoção de nitrato em reatores eletroquímicos. Este subprojeto deu suporte ao desenvolvimento de um sistema de amostragem de gases e aerossóis utilizando tubos de adsorção. Entre os destaques principais de esta componente temos: degradação eletroquímica de pesticida à base de carbofurano utilizando reator de fluxo com quatro eletrodos de diamante dopados; detecção de cádmio em água com limites inferiores a 1 ppb; detecção de chumbo em água com limite de 1 ppb; Implantação de rede de observação de espécies de nitrogênio. Os resultados mais importantes incluim: Remoção de mais de 90% do carbono orgânico total na degradação de corante em célula eletroquímica; Remoção de mais de 90% do carbono orgânico total na degradação de pesticida em reator eletroquímico de fluxo; Obtenção de um Limite de Detecção para Cádmio menor que 1 ppb utilizando eletrodos de nanodiamante dopados (limite água potável Ministério da Saúde até 5 ppb); Obtenção de um Limite de Detecção para Chumbo de 1 ppb utilizando eletrodos de nanodiamante dopados (limite água potável Ministério da Saúde ate 10 ppb); Rede de observação de N-reativo implantada no Estado de São Paulo. 27 Infraestrutura e formação de Recursos Humanos 28 A interação e a integração dos subprojetos de pesquisa do INCT para Mudanças Climáticas dependem fortemente da eficiência da estrutura organizacional e da prestação de serviços que facilitem a comunicação. A magnitude deste INCT, que envolve mais de 90 grupos de pesquisa de 108 instituições nacionais e internacionais, e cerca de 400 participantes, impõe consideráveis desafios. O INCT para Mudanças Climáticas tem a seguinte estrutura organizacional: um Conselho Executivo supervisionando o desenvolvimento do projeto; uma secretaria executiva localizada em sua sede no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE); quatro unidades de coordenação lidando com dados e propriedade intelectual, comunicação, relação com as políticas públicas e modelagem; um Comitê Científico, que acompanha e coordena o andamento dos subprojetos de pesquisa e promove a comunicação entre eles. A Secretaria Executiva disponibiliza aos membros do INCT para Mudanças Climáticas os seguintes serviços e benefícios: a) acesso ao banco de dados e informações do INCT para Mudanças Climáticas, incluindo o acesso às projeções de cenários climáticos disponíveis no banco de dados; b) acesso ao ambiente de supercomputação, instalado na sede do INPE, com a possibilidade de utilizar modelos climáticos numéricos ou modelos desenhados para o estudo dos impactos das mudanças climáticas em setores e sistemas; c) apoio logístico para a organização de workshops, seminários, reuniões técnicas e científicas; d) organização de atividades de capacitação no uso de sistemas computacionais e modelos numéricos; e) criação e manutenção de portal na internet; f) divulgação e comunicação dos resultados das pesquisas para os diversos públicos; g) comunicação e ligação com as entidades governamentais relevantes para as questões pertinentes a políticas públicas. A parceria com a Rede CLIMA permite ao INCT para Mudanças Climáticas aumentar consideravelmente o número de bolsas para estudantes e jovens pesquisadores. No período de 2013-2014, os dois projetos financiaram um total de R$ 2.781.297,00, sendo R$ 176.737,00 via INCT para Mudanças Climáticas e R$ 2.604.560,00 por meio da Rede CLIMA. Ambiente de supercomputação O INPE oferece total apoio aos pesquisadores do INCT para Mudanças Climáticas, do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais e da Rede CLIMA para que utilizem o ambiente de supercomputação do INPERede CLIMA- Programa FAPESP. Esse ambiente consiste em um supercomputador Cray, estado da arte que lidera o caminho para uma nova era de avanços em pesquisas com complexos modelos numéricos dos sistemas terrestre e climático. Essa infraestrutura de supercomputação, a maior de seu gênero na América Latina e no Hemisfério Sul, e uma das mais poderosas do mundo para pesquisa em mudanças climáticas, permitirá que se atinja um nível competitivo nessa área da ciência e na produção de cenários do clima global. Permite também a colaboração com centros internacionais de excelência em modelagem climática. O INPE mantém uma equipe de pesquisadores e especialistas em informática para facilitar o uso de modelos climáticos no supercomputador. Ambiente de supercomputação 29º computador mais poderoso do mundo; 8º maior computador para mudanças climáticas. 29 TUPÃ = “Deus do Trovão” ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS CPUs Desempenho Disco Primário 1272 nós, cada um com dois núcleos Opteron 12 de 2GHz e velocidade máxima de 192 GFlops/s, 32 GB de memória de rede SeaStar2, totalizando 30528 núcleos. Máximo de 244 TFlops/s, Efetivo 15.8 TFlops/s Sistema de arquivos com 866 net TB, acessíveis a 320 GBs Armazenamento Secundário 3.84 Petabytes em discos SATA, biblioteca de fitas com 8.000 slots com 8.000 LTO4 fitas, 6 PB em fitas. Processamento Auxiliar 20 nós, cada um com 4 núcleos Opteron 4 de 2.7 GHz, 128 GB de memória com desempenho agregado de 3760 SPCE Acesso Interativo 13 nós, cada um com 4 núcleos Opteron 4 de 2.7 GHz, 128 GB de memória com performance agregada de 2444 SPCE Espaço Físico, Energia e Refrigeração Ocupa 100m2, requer 639 Kw de energia e refrigeração a ar com dissipação máxima de 550.000 Kcal/h INCT para Mudanças Climáticas em números FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 141 70 152 em andamento Concluídos Concluídas Mestrados Iniciações Científicas 191 58 299 concluídos Em andamento Concedidas 160 46 32 Mestrados 30 Doutorados Doutorados em andamento Pós-Doutorados Pós-Doutorados Concluídos Bolsas de nível técnico Programas de pós-graduação relacionados aos temas do INCT para Mudanças Climáticas PUBLICAÇÕES 521 215 Artigos Artigos em periódicos internacionais em periódicos brasileiros 37 Livros 112 Capítulos de livros TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO E TECNOLOGIA 01 02 com a indústria computacionais livres Projetos Aplicativos ATIVIDADES DE EXTENSÃO 06 Cursos 02 Cursos 08 de curta duração de longa duração (natureza diversa) 01 20 (livros paradidáticos, filmes, sistemas interativos etc.) e entrevistas para meios de comunicação Materiais educionais Reportagens Eventos 31 32 Estudos de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade A Base Científica Ciência Inovadora 34 50 76 84 Produtos Tecnológicos Mitigação 33 Detecção, Atribuição e Variabilidade Natural do Clima PALAVRAS-CHAVE mineração de dados meteorológicos, secas, dados de descargas de relâmpagos, extremos de precipitação, bloqueios atmosféricos, Célula de Hadley PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Existe alguma tendência na frequência ou intensidade de bloqueios atmosféricos e sistemas frontais em cenários de mudanças climáticas? • É possível monitorar de maneira eficiente a atividade convectiva a partir de dados de descargas elétricas atmosféricas? • É possível prever a ocorrência de atividade convectiva nas previsões de modelos numéricos? DESTAQUES 34 Desenvolvimento do software EDDACHUVA para estimação de acumulados de chuva convectiva usando dados de descargas nuvem-solo; Análise da alteração no regime (ocorrência) de bloqueios atmosféricos e sistemas frontais em cenários de mudanças climáticas, assim como a associação dos bloqueios com anomalias de TSM no oceano Pacífico. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES LAC/INPE, CPTEC/INPE, USP, UFSM O grande desafio da modelagem do clima, tanto para os modelos estatísticos quanto para os dinâmicos, reside em representar da melhor forma possível a distribuição e comportamento de sistemas climáticos. Com o advento da supercomputação, dos satélites ambientais e de uma rede integrada de observação meteorológica, foi possível melhorar a representação do sistema oceânico e atmosférico como um todo. Esta confiabilidade é quantificada pela validação, por meio da comparação com observações, da capacidade dos modelos em representar diversos sistemas atmosféricos como feito em inúmeros estudos. Ao longo deste trabalho serão investigados dois sistemas meteorológicos, a saber: bloqueios atmosféricos e sistemas frontais, através de índices objetivos de detecção, utilizando um modelo climático na replicação da climatologia observada e implicação para cenários futuros. Além disso, objetiva-se desenvolver, implementar e testar técnicas de mineração de dados para monitoramento e previsão e de eventos convectivos severos, de forma a disponibilizar ferramentas computacionais semiautomáticas que possam servir como auxílio ao meteorologista na própria previsão do tempo. DESTAQUES CIENTÍFICOS O software EDDA-CHUVA demonstra a viabilidade de se estimar acumulados de chuva convectiva a partir de dados de descargas nuvem-solo. Este software começou a ser avaliado pelo CEMADEN no início de 2014 e inclui as funcionalidades do software EDDA que gera campos de densidade de ocorrência de descargas para monitoramento em tempo quase-real da atividade convectiva (Veja Fig.2). Também foi demonstrado que podem ser encontrados padrões associados à ocorrência de atividade convectiva nas previsões de modelos numéricos de mesoescala sendo estes padrões compostos por variáveis meteorológicas e/ou índices de instabilidade definidos a partir de dados post-mortem de eventos convectivos. A análise da alteração no regime de bloqueios atmosféricos, utilizando dados provenientes do modelo Hadgem2 – ES, mostra que sobre o Pacífico Central se observa uma queda no número de casos nos cenários R45 e R85 (com uma redução mais acentuada em R45 – ver Fig.1). Para as frentes frias, em relação aos cenários futuros, o modelo indica um pequeno aumento, na maioria dos meses, no número de frentes frias atuando sobre as regiões Sul e Sudeste do Brasil. COORDENADORES TÉRCIO AMBRIZZI (1) [email protected] SIMONE T. FERRAZ (2) [email protected] (1) Universidade de São Paulo (USP) Rua do Matão, 1226 05508-090, São Paulo, SP, Brasil +5511 30914762. (2) Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) Roraima, 1000, Cidade Universitária 97105-900, Santa Maria, RS, Brasil +55 32208021 R 1040 Figura 1: Total de dias bloqueados/mês nos oceanos Pacífico e Atlântico, para o período de 2020-2049 (cenário R85), utilizando dados do HadGEM-ES. Adaptado de Pedroso (2014). Figura 2: Distribuição espacial da precipitação acumulada total estimada em 24 horas no dia 01 de janeiro de 2013 para o Sudeste Brasileiro: software EDDA-chuva (T) e MERGE (estimação a partir de pluviômetros e dados do satélite TRMM). FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS - João Victor Cal Garcia. Doutorado em Computação Aplicada -INPE, 2014 - Cesar Strauss. Doutorado em Computação Aplicada -INPE, 2013 - Diego Pedroso: Mestrado em Meteorologia -UFSM, 2014 - Nadiara Pereira: Mestrado em Meteorologia – IAG, 2013 - Thiago Souza Dias Degola: Mestrado em Meteorologia – IAG, 2013 - Maria de Souza Custódio: Doutorado em Meteorologia – IAG, 2013 - José Leandro Pereira Silveira Campos. Inter-relação da Temperatura da Superfície do Mar no Oceano Atlântico Sul e Eventos de Bloqueios Atmosféricos. 2014. Mestrado em Meteorologia – IAG CNPq. - Cristiano Prestrelo de Oliveira. Interação da Oscilação Madden-Julian com os Distúrbios Ondulatórios de Leste e sua relação com a Intensificação dos Alísios de Norte da América do Sul. 2014. Doutorado em Meteorologia - IAG CAPES. - Thaize Segura Baroni. Iniciação Científica. (Graduando em Bacharelado em Meteorologia) - IAG CNPq. FINANCIAMENTOS Projeto FINEP - Tempestades: desenvolvimento de um sistema dinamicamente adaptativo para produção de alertas para a região Sul/Sudeste (ADAPT) Projeto do Edital Universal (CNPq): CB-MINING: Mineração de dados associados a sistemas convectivos PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Lima GRT, Stephany S. A new classification approach for detecting severe weather patterns. Computers & Geosciences, v. 57, p. 158-165, 2013. Garcia JVC, Stephany S. D’Oliveira AB. Estimation of convective precipitation mass from lightning data using a temporal sliding-window for a series of thunderstorms in Southeastern Brazil. Atmospheric Science Letters, v. 14, p. 281-286, 2013. Strauss C, Rosa MB, Stephany S. Spatio-temporal clustering and density estimation of lightning data for the tracking of convective events. Atmospheric Research (Print), v. 134, p. 87-99, 2013. 35 Amazônia PALAVRAS-CHAVE Amazônia, desmatamento, clima, aerossóis, saúde, ciclos biogeoquímicos, LBA PRINCIPAL PERGUNTA DE PESQUISA Qual é o funcionamento da Amazônia como uma entidade única regional e como as mudanças no uso da terra e do clima afetam as suas funções nas áreas de meteorologia, hidrologia, química da atmosfera, saúde humana e impactos climáticos? Estas são as questões básicas do Programa LBA, iniciado no final da década de 90 e que e já produziu um grande legado científico. DESTAQUE O esforço em trazer uma nova ferramenta (modelo LES/PALM desenvolvido pela Universidade de Hannover, Alemanha), com o envio de um aluno de doutorado sanduíche (2012), de uma visita técnica de Gilberto Fisch (julho 2013) e da realização de um curso de treinamento para 20 alunos brasileiros (fevereiro 2015). O clima da Amazônia é muito dependente de algumas das características de sua atmosfera. Entre seus constituintes mais importante nesta determinação, pode-se citar as nuvens e os aerossóis atmosféricos. As partículas de aerossóis podem influenciar o clima, tanto diretamente pela absorção e reflexão da luz solar – que é a fonte principal de energia de todos os processos meteorológicos do planeta, como também de forma indireta, através das nuvens pela influência em sua coloração e tempo de vida. O aumento da concentração de aerossóis, tanto de origem natural como antrópica, produz um resfriamento da superfície, bem como o aumento da cobertura de nuvens. Entretanto, é difícil quantificar estes efeitos pois eles são complexos e interagem entre si. Para aumentar este conhecimento da associação atmosfera-aerossóis-nuvens, são necessárias medidas observacionais e conhecimentos oriundos de modelagem numérica e ensaios em laboratórios. O experimento Go Amazon 2014 (acrônimo de Green Ocean Amazon) busca investigar o estado natural de uma área na Amazônia central e contribuir para este avanço científico. O INCT MC/Amazônia está participando ativamente deste esforço, através da inserção dos pesquisadores envolvidos, bem como do apoio financeiro nas atividades de campo e reuniões preparatórias. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 36 IF/USP, IAE/DCTA, FIOCRUZ, INPE, INPA, UFPA, UFRA, UEA, CENA/USP, UFABC Vista panorâmica do sítio T3 com os instrumentos do AMF DESTAQUES CIENTÍFICOS COORDENADOR PAULO EDUARDO ARTAXO NETO(1) [email protected] GILBERTO FISCH(2) [email protected] (1) Universidade de São Paulo (USP) Rua do Matão, Travessa R 187 05508-090, São Paulo, SP, Brasil +5511 37141516 (2) Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) Praça Marechal Eduardo Gomes, 50 12228-904, São José dos Campos, SP, Brasil +5512 39474565 Início do experimento GoAmazon 2014, que é uma cooperação técnica-científica entre o Brasil-Estados Unidos, que visa conhecer as características da atmosfera na região tropical, próxima a cidade de Manaus. O experimento (foto 0), que iniciou em 01 de janeiro de 2014 e se estenderá até 31 de Dezembro de 2105, é composto de equipamentos/instrumentos altamente sofisticados, dentro dos quais pode-se citar o uso do sistema móvel de facilidades ARM (ARM Mobile Facility) (foto 2). Este inclui diferentes tipos de instrumentos (desde equipamentos de medidas in situ bem como de técnicas de sensoriamento remoto) para medir as propriedades das nuvens, a composição e química de aerossóis, variáveis meteorológicas (tanto na superfície como o perfil vertical), bem como para medições precisas dos componentes dos balanços de radiação (incidente e refletida das radiações solar e terrestre) e de energia (fluxos turbulentos de calor sensível, latente e energia armazenada na biomassa e conduzida ao solo) e que são completadas com medidas realizadas por um avião instrumentado G1 (foto 2). O INCT MC/Amazônia está participando ativamente deste esforço, através da inserção dos pesquisadores envolvidos, bem como do apoio financeiro nas campanhas de campo e de organização do experimento. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Gilberto Fisch (pós-graduação em Meteorologia INPE) 2 alunos de Doutorado e 1 aluno de Mestrado, versando sobre as características da Camada Limite (usando resultados do modelo LES/ PALM e observacionais (entranhamento) e da associação entre o fluxo de radiação solar e a cobertura de nuvens. Paulo Artaxo (Pós-Graduação Física/USP e Cliamb/INPA-UEA) 4 alunos de Doutorado e 4 alunos de Mestrado, versando sobre a presença de aerossóis na Amazônia: propriedades físico-químicas e óticas, produção, transporte e efeitos no clima e saúde humana. Rosa Maria do Nascimento Santos (UEA) 4 alunos de IC sobre características da Camada Limite. Trajetórias dos voos realizados durante o IOP1 FINANCIAMENTOS Os financiamentos das pesquisas são, além do INCT MC, oriundas de projetos individuais e temáticos aprovados junto ao CNPq, CAPES, FAPESP, FAPEAM no Brasil e agências externas (DOE-Estados Unidos, Max Planck-Alemanha, UKMeteorological Office – Reino Unido). 37 PRINCIPAIS EVENTOS Participação na reunião CONCLIMA, agosto 2013 em São Paulo Reunião do Projeto ATTO (novembro de 2013) e Go Amazon (fevereiro 2014) em Manaus Trajetórias reversas do escoamento do ar, a partir de dados coletados pelo LIDAR Raman estabelecido em Manaus (AM). Extraído de Barbosa et al., 2014. PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Arana A, Artaxo P. Elemental composition of the atmospheric aerosol in the central amazon basin. Química Nova (Impresso), v. 37, p. 268-276, 2014. Barbosa HMJ, Barja B, Pauliquevis T, Gouveia DA, ARtaxo P, Cirino GG, Santos RMN, Oliveira AB. A permanent Raman lidar station in the Amazon: description, characterization, and first results. Atmospheric Measurement Techniques, v. 7, p. 1745-1762, 2014. Brito J, Rizzo LV, Morgan WT, Coe H, Johnson B, Haywood J, Longo K, Freitas S, Andreae MO, Artaxo P. Ground based aerosol characterization during the South American Biomass Burning Analysis (SAMBBA) field experiment. Atmospheric Chemistry and Physics Discussion (Online), v. 14, p. 12279-12322, 2014. Cirino GG, Souza RAF, Adams DK, Artaxo P. The effect of atmospheric aerosol particles and clouds on net ecosystem exchange in the Amazon. Atmospheric Chemistry and Physics (Online), v. 14, p. 6523-6543, 2014. Sena ET, Artaxo P, Correia AL. Spatial variability of the direct radiative forcing of biomass burning aerosols and the effects of land use change in Amazonia. Atmospheric Chemistry and Physics (Online), v. 13, p. 1261-1275, 2013. Neves TTAT, Fisch G, Raasch S. Vertical Heat Flux Analysis over pasture and forest in Amazonia using LES model. Ciência e Natura, v. 35, p. 252-254, 2013. Mudanças dos Usos da Terra PALAVRAS-CHAVE mudança do uso da terra, arranjos institucionais, sensoriamento remoto, modelos computacionais, Amazônia, desmatamento, agricultura PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Quais são as causas da mudança de uso da terra no Brasil? • Qual a contribuição do desmatamento para as emissões brasileiras? • Quais podem ser as consequências de diferentes políticas de uso da terra no Brasil? • Como conciliar expansão do agronegócio com preservação ambiental? DESTAQUE Este subprojeto busca entender as causas diretas e indiretas das mudanças de uso da terra no Brasil. Neste sentido, trabalhamos no desenvolvimento de metodologias de modelagem, sensoriamento remoto e análise de padrões de uso da terra (e na interação entre elas), para que um entendimento mais amplo fosse possível. Alcançamos avanços nas análises estatísticas, como uma melhor distribuição dos dados do censo nas células e inferências espaço-temporais. Avaliamos os cenários presentes na literatura, observando que aqueles baseados apenas nos aspectos econômicos não con- seguiram capturar as trajetórias observadas na Amazônia na última década. Analisamos também as interações entre o mercado global de commodities e as políticas regionais nas reduções de desmatamento desde 2004. Estes estudos possibilitaram a construção de modelos que procuraram discutir e preencher estas lacunas. Cenários para 2100 foram gerados para a Amazônia, visando integração com os modelos de sistema terrestre. Também foram estimadas, utilizando o INPE-EM, as emissões de CO2 em decorrência das mudanças de uso da terra para estes cenários. Geração de cenários de uso da terra para a Amazônia até 2100 para integração com modelos do sistema terrestre (Figura 1). INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 38 INPE/CCST (Centro de Ciência do Sistema Terrestre), INPE/OBT (Coordenação de Observação da Terra), Universidade de Indiana, CCST, OBT/INPE, Universidade de Indiana, Embrapa Monitoramento por Satélites, UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto). Figura 1: Cenários de uso da terra até 2100 para integração a modelos do sistema terrestre, em especial ao INLAND/BESM. DESTAQUES CIENTÍFICOS COORDENADORES GILBERTO CÂMARA [email protected] ANA PAULA DUTRA AGUIAR [email protected] Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Av. dos Astronautas, 1758 12227-010, São José dos Campos, SP, Brasil +55 12 32087125 O subprojeto teve contribuições importantes, tanto na construção de ferramentas e metodologias para estudos de mudanças de uso da terra, quanto no entendimento dos processos de mudanças em si. Em termos de ferramentas, foi publicado um artigo cientifico sobre o TerraME (www.terrame.org), ambiente para desenvolvimento de modelos de interação natureza sociedade, no qual nossos modelos e estudos são realizados. No ambiente TerraME em si, ocorreram evoluções importantes como a disponibilização do componente de visualização (OBSERVER), além de melhorias significativas no suporte à construção de modelos baseados em agentes. Avançamos também na integração dos arcabouços de modelagem de emissões INPE-EM (http://inpe-em.ccst.inpe.br/) e de mudanças de uso da terra LuccME (www.terrame.org/luccme), ambos construídos em ambiente TerraME, e desenvolvemos uma métrica de validação que utiliza a abordagem multi-resolução para que se possam 39 Figura 2: Resultados da Tese de Eloi Dalla Nora: o sistema de uso modelado como um sistema aberto, integrado aos mercados globais. considerar as dependências de escala nos padrões espaciais. No âmbito das aplicações, os principais avanços científicos foram a finalização de uma tese de Doutorado integrando o LuccME a um modelo de equilíbrio geral computável (MAGNET, baseado no GTAP), em parceria com a Universidade de Wageningen (Figura 2). O objetivo deste trabalho foi explorar as interações entre fatores regionais e globais no desflorestamento na Amazônia e Cerrado, gerando cenários para as duas regiões. Por fim, foram gerados cenários até 2100 para toda a Bacia Amazônica, visando para integração com modelos do sistema terrestre, em especial ao INLAND. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Foi defendido um doutorado cujo tema foi a interação dos fatores globais e regionais nas mudanças de uso da terra na Amazônia e Cerrado, e um mestrado, que buscou analisar os erros de alocação de modelos de uso e cobertura da terra na Amazônia. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS Os resultados das estimativas de emissões por desmatamento são disponibilizadas operacionalmente através do site do sistema INPE-EM para a sociedade. Foram realizadas oficinas participativas dos cenários da Amazônia, envolvendo sociedade civil, setor produtivo e governamental. FINANCIAMENTOS As pesquisas destacadas foram co-financiadas pelos projetos AMAZALERT (EU) e Climate Change Research Program - LUA/IAM Project (FAPESP/CNPq). PRINCIPAIS EVENTOS CONCLIMA 2013 PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Carneiro T, Andrade P*, Câmara G*, Monteiro AM, Pereira RR. “An extensible toolbox for modelling nature-society interactions”. Enviromental Modelling and Software, 46: 104-117, 2013. Lapola D, Martinelli L, Peres C, Ometto J, Ferreira M, Nobre C, Aguiar A*, Cardoso M, Costa M, Joly C, Leite C, Moutinho P, Sampaio G, Strassburg B, Vieira I et al. “Pervasive transition of the Brazilian land-use system”. Nature Climate Change 4(1): 27-35, 2014. Dalla-Nora E, Aguiar A*, Lapola D, Woltjer G. “Why have land use change models for the Amazon failed to capture the amount of deforestation over the last decade?”, Land Use Policy, 39, July 2014, pp. 403–411. Ciclos Biogeoquímicos Globais PALAVRAS-CHAVE processos biogeoquímicos, mudanças climáticas, funcionamento de ecossistemas, biomas brasileiros PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA Como as mudanças ambientais e climáticas afetam a ciclagem biogeoquímica em ambientes da paisagem brasileira? DESTAQUE Ressalta-se a produção de um número especial de Brazilian Journal of Biology e a disponibilização à comunidade científica e em futuro breve da base de dados sobre conteúdo de carbono, nitrogênio e fósforo em sob diferentes tipos de manejo em biomas brasileiros. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 40 Universidade Federal do Acre, Embrapa CPAP, Universidade Federal de Pernambuco, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade Estadual do Norte Fluminense, Instituto Internacional de Ecologia, Universidade Federal de Juiz de Fora, Universidade Federal Fluminense, Universidade Estadual Paulista, Universidade de Brasília, Universidade de São Paulo, INPE. COORDENADORES LUIZ MARTINELLI(1) [email protected] MERCEDES BUSTAMANTE(2) [email protected] HUMBERTO ROCHA(3) [email protected] JEAN OMETTO(4) [email protected] (1) Universidade de São Paulo (USP) Av. Centenário, 303 – CP 96 13400-000, Piracicaba, SP, Brasil +5519 34294074 (2) Universidade de Brasília (UnB) Asa Norte 70919-970, Brasília, DF, Brasil +5561 31072984 (3) Universidade de São Paulo (USP) Rua do Matão, 1226 05508-090, São Paulo, SP, Brasil +5511 30914713 (4) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Av. dos Astronautas, 1758 12227-010, São José dos Campos, SP, Brasil +5512 32087109 A componente de ciclos biogeoquímicos conduziu seus trabalhos integrando vários aspectos da temática buscando trazer uma leitura transversal de diversas componentes da relação ambiente biológico e físico nos biomas brasileiros, sobretudo Amazônia, Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Pantanal. A estratégia incluiu produção de uma base de dados nacional, a partir de levantamentos bibliográficos, do conteúdo de carbono e nitrogênio em solo e plantas nestes diferentes biomas; consulta a pesquisadores de várias instituições nacionais e a realização de workshops temáticos, que levaram a produção de vários artigos científicos. Na coletânea de artigos produzidos objetivou-se apresentar o status atual da ciclagem biogeoquímica em ambientes como grandes bacias de drenagem, regiões estuarinas, biomas, e avaliar o impacto potencial dos cenários de mudanças climáticas à esta ciclagem. Os cenários climáticos regionais considerados nas análises foram aqueles produzidos dentro do âmbito do INCT-MC. Esta Componente propiciou o engajamento de vários estudantes, bolsistas e pesquisadores de instituições distribuídas nas regiões de estudo. DESTAQUES CIENTÍFICOS Framework com as potenciais interações positivas e negativas de variações na precipitação e temperatura na dinâmica biogeoquímica em bacias de drenagem. Esta framework pode ser utilizada para outros ecossistemas com a adequação de algumas premissas. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS A componente teve 4 alunos de pós-graduação vinculados ao projeto. Os estudantes trabalharam na Modelagem da dinâmica, fluxos e estoque de carbono (C) e nitrogênio (N) e fósforo em diversos compartimentos do ecossistema; avaliação da alteraçõao na ciclagem biogeoquímica em diferentes cenários de mudanças climáticas. FINANCIAMENTOS Os pesquisadores associados a esta componente trouxeram financiamentos pessoais por outros projetos e agências, como a FAPESP. 41 PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Ometto JP, Aguiar AP, Assis T, Soler L, Valle P, Tejada G, Lapola DM, Meir P (2014). Amazon forest biomass density maps: tackling 4 the uncertainty in carbon emission estimates. Climatic Change (on line). DOI 10.1007/s10584-014-1058-7 Lapola DM, Martinelli LA, Peres CA, Ometto JPHB, et al (2013) Pervasive transition of the Brazilian land-use system. Nature Climate Change 4, 27–35. doi:10.1038/nclimate2056 Oceanos PALAVRAS-CHAVE Boia Atlas, Atlântico Sul Sudeste, interações oceano-atmosfera, Vazamento das Agulhas, Zona de Convergência Atlântico Sul, simulação de profundidade de termoclima do Atlântico Equatorial. PRINCIPAL PERGUNTA DE PESQUISA • A região oeste do Atlântico Sul apresenta alguma alteração em resposta a mudanças observadas na circulação atmosférica no hemisfério sul? • Qual o impacto dessas possíveis mudanças no clima regional? Este subprojeto teve como objetivo o desenvolvimento de plataforma de observação oceânica similar ao sistema Atlas (Autonomous Temperature Line Acquisition System) utilizado no Programa PIRATA. A motivação maior foi a necessidade de um sistema de monitoramento de dados na interface ar-mar na região oeste do Atlântico subtropical Sul, para o entendimento de possíveis mudanças como também como subsídio a modelos de previsão do tempo e do clima. Este projeto é fortemente relacionado com o subprojeto de desenvolvimento do Modelos Brasileiro do Sistema Terrestre. DESTAQUE Em abril de 2013, o primeiro protótipo da boia foi instalado com sucesso em região localizada a 700 km do litoral de Santa Catarina (44o S, 28.5o S). A operação foi bem sucedida e a boia permaneceu operacional até novembro de 2013 A parte profunda do fundeio foi recuperada em julho de 2014. Três artigos descrevendo o processo foram publicados. Um deles foi capa da revista Marine Technology Reporter. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 42 Universidade de São Paulo, INPE e Direção de Hidrografia e Navegação Brasileira. COORDENADORES EDMO CAMPOS(1) [email protected] Figura 1: Fundeamento-teste da Guariroba. PAULO NOBRE(2) [email protected] DESTAQUES CIENTÍFICOS JANICE TROTTE-DUHÁ(3) [email protected] 1 – Universidade de São Paulo (USP) Praça do Oceanográfico, 191 05508-120, São Paulo, SP, Brasil +5511 30916597 2 - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Rodovia Presidente Dutra, km 39 12630-000, Cachoeira Paulista, SP, Brasil +5512 31869459 3 - Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) Rua Barão de Jaceguai, s/nº 24048-900, Niterói, RJ, Brasil +5521 21893013 Análises dos dados coletados pela Atlas-B no período de abril/2013 a julho/2014 mostram intensa variabilidade nos primeiros 300 metros de profundidade da coluna de água. Um sensor colocado próximo ao fundo (~4000 metros) mostra significativa variabilidade no fluxo da Água Profunda do Atlântico Norte. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Um bolsista de Pós-Doutorado e dois alunos de mestrado desenvolveram seus trabalhos no contexto do projeto. FINANCIAMENTOS A dotação orçamentária do subprojeto Oceano do INCT-MC foi de cerca de R$550 mil. O Desenvolvimento da Atlas-B ficou em mais de três vezes esse valor. Fundos adicionais foram providos pela Universidade de São Paulo (NAP-MC), CNPq (Proc. 558039/2009-0) e pela FAPESP (Proc. 2008/58101-9). INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS O Projeto é também parte das atividades do Núcleo de Apoio a Pesquisa (NAP) em Mudanças Climáticas da USP e contribui para o estudo de impactos de alterações da circulação do Atlântico Sul em processos físicos e biogeoquímicos ao largo do litoral do Estado de São Paulo. 43 Figura 2: Representação esquemática da Bóia ATLAS-B. O corpo flutuante (“toróide”) é preso ao fundo do oceano por um sistema de cabeamento constituído por um cabo eletromecânico nos primeiros 500 metros de profundidade e um cabo de nylon especial dos 500m até o fundo (~4000m). Diferentes sensores são afixados no cabo eletromecânico e as informações coletadas são transmitidas por indução eletromagnética até o “datalogger” na torre montada sobre ocorpoflutuante, na superfície. Esses dados oceanográficos, assim como medidas de propriedades na interface ar-mar são transmitidas em tempo real, via satélite. PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Cole R, Barreira L e Campos E. Development and Deployment of Brazil’s First Buoy System. Marine Tech. Rep., September 2013, 1-6. Campos E, Vicentini Neto F e Barreira L. Pilot Deployment of a Brazilian Deep-Ocean Buoy. Sea Tech. Magazine, April 2014, Vol. 55, No. 4, 10-14. Campos EJD, França CAS, Vicentini Neto F, Nonnato LV, Piola AR, Barreira L, Cole R, Nobre P e Trotte-Duha J. Atlas-B: Development and Testing of a Brazilian Deep-Ocean Moored buoy for Climate Research. Journal of Shipping and Ocean Technology, 4 (2014), 140-151. Gases de Efeito Estufa PALAVRAS-CHAVE gases de efeito estufa, séries temporais, emissões de gases estufa. PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Como as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera serão modificadas por alterações na utilização do solo, na queima de biomassa e na utilização de combustíveis fósseis no Brasil? • Como as variações climáticas irão influenciar nas fontes e sumidouros destes gases? O projeto de Gases de Efeito Estufa (GEE) inicialmente esteve restito ao monitoramento dos gases de efeito estufa, em especial o metano, gás carbônico e óxido nitroso. Os pontos de coleta iniciais foram em Maxaranguape, RN, Cachoeira Paulista, São José dos Campos e no Pantanal. No decorrer do projeto iniciamos uma parceira com o INCT - Antártico para medidas de metano na região da Ilha do Rei Jorge. Em janeiro de 2014 tivemos outra colaboração com amostras coletadas na região Antártica, as quais estão em fase de análise final. O subprojeto estará participando de reunião sobre Megacidades a ser realizado em São Paulo. DESTAQUE Desde 2013 o projeto está monitorando o CO2 em uma torre na BEP da UFMS. Esta operação foi possível com uma parceria com a UFMS. Um gráfico com os dados foi disponibilizado na pagina do Centro de Ciência do Sistema Terrestre – CCST (http://www.ccst. inpe.br/inct-md/). INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 44 Universidade Federal do Mato Grosso do Sul – UFMS, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, Universidade de São Paulo – USP Figura 1: Medias Mensais das concentrações de metano (CH4) gás carbônico (CO2) e óxido nitroso (N2O) obtidas a partir de coletas realizadas na região de São José dos Campos para o período de agosto de 2012 a dezembro de 2013. COORDENADOR PLÍNIO ALVALÁ [email protected] Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Av. dos Astronautas, 1758 12227-010, São José dos Campos, SP, Brasil +5512 32086806 Figura 2: Medias Mensais das concentrações de metano (CH4) gás carbônico (CO2) e óxido nitroso (N2O) obtidas a partir de coletas realizadas no CPTEC/INPE para o período de agosto de 2012 a fevereiro de 2014.. DESTAQUES CIENTÍFICOS Além do monitoramento realizado no Pantanal, o projeto realizou coletas através de cilindros especiais na região de São José dos Campos, SP e no CPTEC/INPE localizado em Cachoeira Paulista, SP. Enquanto São José dos Campos é uma cidade bastante urbanizada, com varias indústrias de porte, a coleta no CPTEC tem uma condição próxima a de uma região remota. Está expectativa foi observada nos dados das concentrações, com os valores de São José dos Campos apresentado em geral maiores valores de concentração e maiores variações, como pode ser observado nas medias mensais apresentadas nos gráficos. FINANCIAMENTOS Financiado unicamente pelo INCT para Mudanças Climáticas. 45 Interações Biosfera-Atmosfera PALAVRAS-CHAVE interações biosfera-atmosfera, dinâmica da vegetação, mapas de uso e cobertura da terra, dinâmica do fogo na vegetação. PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Qual o estado atual da vegetação e dos usos da terra na América do Sul? • Considerando as interações bidirecionais entre a atmosfera e a cobertura vegetal, os possíveis impactos das mudanças climáticas sobre os ecossistemas da América do Sul serão amplificados ou contrabalanceados? DESTAQUE As mudanças no clima e no uso do solo podem ter impactos importantes na Amazônia, com alterações na precipitação total e no comprimento da estação seca, e modificações nos valores de biomassa de florestas e gramíneas. Porém, isoladamente, a maior concentração de CO2 associado aos cenários climáticos futuros pode causar um aumento da biomassa de árvores. 46 O subprojeto Interações Biosfera-Atmosfera do INCT para Mudanças Climáticas tem como principal objetivo produzir análises ambientais que consideram as influências bidirecionais entre a Biosfera e a Atmosfera, com ênfase na América do Sul. Para isso, suas atividades de pesquisa estão concentradas na utilização de modelos computacionais que simulam a dinâmica dos ecossistemas e que podem considerar diferentes cenários do clima e uso da terra para a região. A agenda de pesquisa e os resultados deste subprojeto apresentam também interações importantes com o desenvolvimento do Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global (MBSCG), a Rede Brasileira de Pesquisa em Mudanças Climáticas (Rede CLIMA) e o Programa FAPESP em Mudanças Climáticas Globais. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES DESTAQUES CIENTÍFICOS CCST/INPE, Universidade Federal de Viçosa (UFV) O uso do modelo de dinâmica da vegetação INLAND, acoplado ao modelo climático CPTEC-AGCM, permitiu avaliar o impacto de mudanças no clima e no uso da terra na Amazônia considerando influências bidirecionais entre a superfície e a atmosfera. Para isso, os modelos consideraram o cenário de aumento na forçante radiativa climática RCP4.5 especificado pelo IPCC, e a progressão nos padrões de desmatamento até o ano de 2050, estimada pelo INPE. Os resultados indicam que uma grande parte da Amazônia pode apresentar mudanças no regime de chuvas no futuro, com aumento no total da precipitação e maior comprimento da estação seca. No norte da região, há também o potencial de diminuição do total de precipitação acompanhado de períodos de estação seca mais longos (Fig. 1). Associadas a estas mudanças, o modelo INLAND estima diminuição na biomassa de florestas em conjunto com expansão da vegetação de menor porte. Avaliado em separado, o cenário RCP4.5 indica potencial de aumento na biomassa de árvores, causado provavelmente pela estímulo do aumento na concentração de CO2 associado a este cenário sobre a fisiologia da vegetação (Fig. 2). COORDENADOR MANOEL CARDOSO [email protected] Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Av. dos Astronautas, 1758 12227-010, São José dos Campos, SP, Brasil +5512 31869459 Figura 1: Prováveis mudanças no regime futuro de chuvas na Amazônia. Estimativas de mudanças no total de precipitação (mm/ dia) (a, b) e no comprimento da estação seca (meses) (c, d), considerando apenas mudança climática conforme cenário RCP4.5 (a, c), e também os efeitos do desmatamento e fogo (b, d). 47 Figura 2: Prováveis alterações na distribuição da biomassa vegetal (kgC/m2). Estimativas de mudanças na biomassa de árvores (a, b) e de gramíneas (c, d), considerando apenas mudança climática conforme cenário RCP4.5 (a, c), e também os efeitos do desmatamento e fogo (b, d). FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Um aluno de iniciação científica está vinculado ao subprojeto, desenvolvendo atividades relacionadas ao desenvolvimento e teste de modelos de dinâmica da vegetação. INTERFACE CIÊNCIA-POLÍTICAS PÚBLICAS Os resultados deste subprojeto são relevantes para tomadas de decisões sobre o uso racional dos recursos naturais da Amazônia, sugerindo que a combinação entre os efeitos das mudanças climáticas e do desmatamento podem ter impactos importantes para os ecossistemas da região. FINANCIAMENTOS As atividades de pesquisa destacadas tiveram financiamento com contribuição também do CNPq, FAPESP, e Rede CLIMA. PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Lapola DM, Martinelli LA, Peres CA, Ometto JPHB, Ferreira ME, Nobre CA, Aguiar ANP, Bustamante MMC, Cardoso MF, Costa MH, Joly CA, Leite CC, Moutinho P, Sampaio G, Strassburg BBN, Vieira ICG (2013) Pervasive transition of the Brazilian land-use system. Nature Climate Change, 4, 27–35, doi:10.1038/nclimate2056. PBMC (2013) Executive summary: scientific basis of climate change - Contribution from Grupo de Trabalho 1 (GT1, acronym for the Working Group 1) to the Primeiro Relatório de Avaliação Nacional sobre Mudanças Climáticas (RAN1) do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). Ambrizzi, T., Araujo, M. (eds). COPPE. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, 24 pp. ISBN: 978-85-285-0207-7. Anderson LO, Valeriano DM, Cardoso M, Shimabukuro YE, Lima A, Aragão LEOC (2013). Impactos das secas na floresta amazônica. In: Eventos Climáticos Extremos na Amazônia: Causas e Consequências (Ed.: Carlos Nobre, Laura S Borma), p. 145-164. Editora Oficina de Textos, ISBN: 9788579750786. Cenários Climáticos Futuros e Redução de Incertezas PALAVRAS-CHAVE projeções de mudanças climáticas, análise de incertezas, campanha de campo, modelos climáticos regionais, modelos climáticos globais, microfísica de nuvens. PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Quais são as principais incertezas nas projeções climáticas geradas pelos modelos regionais e globais no Brasil e na América do Sul? • Como elas se distribuem geograficamente? • Como os experimentos de campo podem ajudar melhorar representações de processos físicos no modelo regional Eta CPTEC? Esta componente considera avaliações de incertezas nas projevoes de clima e também a companha de campo CHUVA, que tel fornecido dados que tem sido assimilados nos modelos do CPTEC INPE e que tem gerado melhoras nas previsões de tempo. Neste relatórios vamos a considerar as incertezas nas projeções dos modelos do IPCC AR5, já disponíveis no site www.ipcc.ch, e apesentamos a Figura 1, onde se discute os vieses dos modelos do IPCC AR5 comparados com os de AR4. Esta componente também considera a campanha de campo do projeto CHUVA, que tem sido financiado pelo INCT-MC durante os 3 primeiros anos do projeto. O projeto CHIUVA tem sido importante pois tem ajudado a estabelecer o projeto internacional Go Amazon, que esta acontecendo na Amazônia, próximo a cidade de Manaus. A Figura 2 mostra o ciclo anual de chuva observada pelo satélite TRMM na região do estudo do CHUVA-Go Amazon, e permite detectar que a maior intensidade de chuva nas estação seca e chuvosa acontece perto das 14 horas hora local. • Como isso se traduz em cenários climáticos mais confiáveis? DESTAQUE 48 Os modelos do IPCC AR5 tem melhorado o skill e reduzido os vieses nas simulações de chuva em algumas áreas da América do Sul, o que ter permitido avaliar com melhor confiança as projeções de clima ate 2100. Em relação ao projeto CHUVA, ainda que o INCT-MCV não financiou atividade alguma de este projeto no Ano 4 do projeto, os resultados estão ajudando muito a entender melhor como funciona o ciclo de chuvas na região, e como a presença da área urbana de Manaus afeta o clima local. Isso também esta ajudando a grandes projetos como Go Amazon, financiados pela FAPESP, e também a melhorar o skill dos modelos do CPTEC devido a que os dados gerados pelo experimento estão sendo assimilados nos modelos do CPTEC. Figura 1: Viés dos modelos do IPCC AR5 (CMIP5) comparado com os modelos do IPCC AR4 9CMIP3). Viés é definido como a diferença entre modelo e observação (Torres et al 2014) INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES DESTAQUES CIENTÍFICOS INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES: CCST INPE, CPTEC INPE, UNIFEI, UFABC, UK Met Office Hadley Centre, UFPA, UFSM, FUNCEME, UFPEL, UECE, NASAGPM, Cemaden. O projeto CHUVA realizará experimentos de campo em sete sítios com diferentes padrões climáticos, para estudar os regimes de precipitação no Brasil. Este projeto tem o objetivo de reduzir as incertezas na estimativa da precipitação e progredir no conhecimento dos processos das nuvens, principalmente das nuvens quentes. A pesquisa a ser realizada abrangerá estudos de clima e os processos físicos por meio de observações convencionais e especiais para criar um banco de dados escrevendo os processos de nuvens dos principais sistemas de precipitação no Brasil. COORDENADORES JOSÉ MARENGO (1) (2) [email protected] LUIZ A. T. MACHADO (2) [email protected] (1) Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) Rodovia Presidente Dutra, km 39 12630-000, Cachoeira Paulista, SP, Brasil (2) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Rodovia Presidente Dutra, km 39 12630-000, Cachoeira Paulista, SP, Brasil +5512 31868464 No caso das incertezas nos modelos do IPCC AR5, a componente detalha as melhoras dos modelos usados neste relatório do IPCC, os que estão sendo usados no downscaling com modelos regionais para estudos de impactos. FINANCIAMENTOS Financiado unicamente pelo INCT para Mudanças Climáticas. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS Podemos dizer que o INCT contribuiu com resultados científicos que foram incluídos no Relatório do GT2 do IPCC AR5, particularmente no Sumário de Tomadores de Decisões do GT2 e do Capítulo 27-América 49 Figura 2: Distribuição espacial da precipitação acumulada, em mm, na tarde e noite nas proximidades dos rios Solimões, Negro e Amazonas, com dados do TRMM (Machado et al 2014) Central e do Sul do GT2, onde o coordenador deste subprojeto foi um dos autores. O sucesso do experimento CHUVA levou à programação do GO AMAZON, financiado pela FAPESP, DOE, NSF e NERC. Este projeto conta com a participação de mais de 200 cientistas do Brasil e do exterior. PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Boers N, Bookhagen B, Marwan N, Kurths J, Marengo J. Complex networks identify spatial patterns of extreme rainfall events of the South American Monsoon System. Geophysical Research Letters , v.40, p.n/a - n/a, 2013. Calheiros A, Machado LA. Cloud and Rain Liquid Water Statistics in the CHUVA Campaign. Atmospheric Research (Print), v.143, p.313, 2014. Drumond A, Marengo J, Ambrizzi T, Nieto R, Moreira L, Gimeno L. The role of the Amazon Basin moisture in the atmospheric branch of the hydrological cycle: a Lagrangian analysis. Hydrology and Earth System Sciences , v.18, p.2577 - 2598, 2014. Tanaka L., Satiamurty P, Machado LA. Diurnal variation of precipitation in central Amazon Basin. International Journal of Climatology, v.34, p.n/a - n/a, 2014. Cenários de Mudanças Climáticas Para o Século XXI PALAVRAS-CHAVE modelagem climática, cenários de mudanças climáticas, avaliações de incerteza, aumento da resolução espacial. PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Quais serão as mudanças nos padrões regionais de precipitação, temperatura do ar e ventos, bem como extremos de precipitação e temperatura na América do Sul, durante o século XXI? • Quais seriam as áreas mais afetadas (hot spots) pelos extremos climáticos no futuro na América do Sul ate finais do Século XXI? DESTAQUE Avaliação das projeções dos modelos do IPCC AR5 para o Brasil, e também estudos de impactos ja observados das mudanças de clima nos sistema naturais e humanos, indicando o aru de confiança na detecção e atribuição. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES CCST INPE, USP, Univei, Unicamp, Cemaden O trabalho desta componente é baseado em análise de dados observacionais e com projeções de modelos climáticos para avaliações de impactos das mudanças de clima no futuro no meio e longo prazo. Estes cenários estão sendo atualizados, usando os cenários SRES do IPCC AR4, e atualizando com os cenários RCPs do IPCC AR5. Estas novas projeções estão sendo usados em estudos de avaliação de impactos das mudanças de clima de outras componentes do INCT, por outros INCTs, por vários projetos FAPESP e também em estudos de impactos-vulnerabilidade-adaptação desenvolvidos pelo MMA e MCTI, SAE e para a preparação da Terceira Comunicação do Brasil a UNFCCC. DESTAQUES CIENTÍFICOS O Brasil é um país vulnerável aos extremos da variabilidade climática observada no presente, e também àquela projetada para o futuro pelos modelos climáticos. Alguns setores como agricultura, água, saúde, energia e cidades já sentem os impactos de mudanças no clima. 50 Outros impactos devem estar ocorrendo em setores ainda não muito bem conhecidos, porém o fato de não existir informação de impactos não significa que de fato eles não existam. Em relação aos resultados mostrados pelo IPCC AR5 WG2 para América do Sul (Magrin et al, 2014), a Figura 1 mostra alguns impactos setoriais atribuídos às mudanças de clima, indicando o grau de confiança de que estes impactos estejam associados a mudanças devido a uma ação natural ou antrópica, para a América Central e Sul. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS Podemos dizer que o INCT contribuiu com resultados científicos que foram incluídos no Relatório do GT2 do IPCC AR5, particularmente no Sumario de Tomadores de Decisões do GT2 e do Capitulo 27-América Central e do Sul do GT2, onde eu fui um dos autores. Estes documentos tiveram grandes impactos na comunidade cientifica e no debate sobre mudanças de clima e impactos no Brasil e na região. COORDENADOR JOSÉ MARENGO [email protected] Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) Rodovia Presidente Dutra, km 39 12630-000, Cachoeira Paulista, SP, Brasil Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Rodovia Presidente Dutra, km 39 12630-000, Cachoeira Paulista, SP, Brasil +5512 31868464 Figura 1: Impactos observados da mudança de clima nos sistemas humanos e naturais e atribuição de causas na América Central e do Sul (Magrin et al 2014) O conteúdo da tabela da Figura 1 foi elaborado considerando estudos já publicados de impactos observados, existindo áreas onde não se tem um conhecimento mais profundo. Nesse caso, alguns dos resultados são baseados em monitoramento de curto período, e outros, em estudos de longo prazo. Ainda resta conhecer os impactos observados em grandes áreas no longo prazo e nos setores chaves relevantes a sistemas naturais e atividades humanas. Muitas das mudanças nos sistemas físicos são consequência de mudanças nas condições de clima, médio e ou extremos, particularmente nos extremos de secas e enchentes. 51 Figura 2: Projeções de mudanças de temperatura (esquerda) e precipitação anual (direita) gerado por um conjunto de 23 modelos globais do CMIP5 para América Central e do Sul, em meados e finais do Século 21. Os cenários usados são RCP2.6 (baixas emissões) e RCP 8.5 (altas emissões) (Magrin et al 2014). A Figura 2 mostra as projeções de clima geradas pelo conjunto de modelos do IPCC AR5 (CMIP5) para América Central e do Sul. Se consideram as projeções para os cenários RCP2.6 (baixas emissões) e RCP8.5 (altas emissões), para meados e finais do Século 21th, para temperatura e precipitação. Observa-se que os aumentos na temperatura do ar são mais intensos na parte continental da região tropical da América do Sul até 2100. Em termos de mudança de chuva, talvez as sinais mais fortes apontam para aumentos da precipitação no extremo oeste da Amazônia e no sudeste da América do Sul, e os reduções de chuva seriam mais intensas no leste da Amazônia e no Nordeste do Brasil, assim como no sul do Chile. FINANCIAMENTOS Para as atividades dos dois eventos principais, tivemos uma contribuição significativa do INCT e da FAPESP PFPMCG para financiar participantes do INCT nesta conferência (CONCLIMA). Na conferência de adaptação, o INCT ajudou significativamente na organização e para financiar a participação de participantes nacionais e internacionais da conferencia. Além do INCT, tivemos recursos do PROVIA, PNUD, Fundação Konrad Adenauer, IICA, Bando do Nordeste, fundo Clima, Rede Clima, PNUD. PRINCIPAIS EVENTOS CONCLIMA 2013, Setembro 2013, São Paulo, Brasil-Apresentação dos resultados científicos dos projetos FAPESP PFPMCG, Rede Clima e INCT MC, até 2013 (conferência nacional). Troca de experiências e resultados dos projetos, mais de 400 participantes, muitos estudantes e jovens cientistas. III International Conference on Climate Change and Adaptation, Maio 2014, Fortaleza, CE. Conferência internacional sobre mudanças de clima e adaptação, com a participa- ção de quase 400 participantes de 46 países. Foram apresentados estudos, avaliações e experiências sobre adaptação aos extremos de clima e mudanças de clima, por pesquisadores nacionais e internacionais. PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Mendes D, Marengo J, Rodrigues S, Oliveira M. Downscaling Statistical Model Techniques for Climate Change Analysis Applied to the Amazon Region. Advances in Artificial Neural Systems. , v.2014, p.1 - 10, 2014. Drumond A, Marengo J, Ambrizzi T, Nieto R, Moreira L, Gimeno L. The role of the Amazon Basin moisture in the atmospheric branch of the hydrological cycle: a Lagrangian analysis. Hydrology and Earth System Sciences. , v.18, p.2577 - 2598, 2014. Boers N, Bookhagen B, Marwan N, Kurths J, Marengo J. Complex networks identify spatial patterns of extreme rainfall events of the South American Monsoon System. Geophysical Research Letters. , v.40, p.n/a - n/a, 2013. Agricultura PALAVRAS-CHAVE câmaras de topo aberto, mudanças climáticas, temperatura do ar, enriquecimento com CO2 e O3, rendimento de plantas C3 e C4 PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Como os componentes de produção são afetados na determinação da produção de soja sob alta [CO2]? • Quais serão as respostas fisiológicas e de produção aos efeitos do O3, e efeitos conjugados do CO2 e O3 na produção das culturas? DESTAQUE O destaque principal para esse período foram os dados experimentais obtidos através dos experimentos com as culturas de soja (CO2), trigo (O3) e pasto (modelagem). Os dados estão sendo analisados e serão utilizados para produção de artigos e modelos de estimativa de crescimento das culturas para situações futuras. 52 INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES Universidade Federal de Viçosa COORDENADOR LUIZ CLÁUDIO COSTA [email protected] FLÁVIO JUSTINO [email protected] Universidade Federal de Viçosa (UFV) Av. Peter Henry Rolfs, s/n 36570-000, Viçosa, MG, Brasil +5531 38991903 / 3466 / 1890 O efeito estufa é um dos fenômenos naturais responsáveis pela manutenção da vida no planeta. Este fenômeno é promovido pela presença de gases como o dióxido de carbono (CO2), porém, as [CO2] nas últimas décadas vêm crescendo rapidamente. Este aumento da [CO2] apresenta estímulos na taxa fotossintética e, consequentemente, na produção agrícola. Em geral, a alta [CO2] produz estímulos nas plantas do tipo C3, mas em C4. Nas plantas C3, observam-se incrementos de 30% na fotossíntese e 15% na produção. Já em plantas C4, este incremento fica em torno de 10%. Os efeitos conjugados de elevadas concentrações de CO2 e O3, e maiores temperaturas sobre o crescimento e produção das plantas precisam ser estudadas mais amplamente para desenvolver conhecimento e estratégias de mitigação a condições de futuro. Para o período atual incorporou-se estudos com ação somente de elevadas [O3] à maneira de ajustar o método para estudos posteriores de interação com elevadas [CO2] e elevadas temperaturas nas culturas de soja, trigo e pastagens, devido ao importante papel econômico destas culturas na agricultura brasileira e a relevância ambiental dos estudos com CO2 e O3. Estudos sobre a interação CO2 x O3 nas culturas agrícolas em ambiente de aquecimento global ainda são escassos no Brasil. Resultados de 2013-2014 encontram-se em fase de submissão de artigos sobre “Resposta dos componentes de rendimento e produção em soja sob elevada concentração de CO2 num cenário de mudanças climáticas”, em finalização “Fotossíntese, partição de fotoassimilados e produção de dois cultivares de trigo sob elevada concentração de CO2” e outro artigo em fase de elaboração “Ação da elevada concentração de O3 sobre redução da área foliar e partição de assimilados em trigo”, este último decorrente dos testes de calibração do sistema de injeção de O3. Na metade do segundo semestre de 2014, foi adquirido um monitor de ozônio para realizar avaliações acuradas sobre as concentrações de O3 a serem aplicadas nos experimentos, visto que as unidades de medida das concentrações a serem estudadas são em partes por bilhão (ppb). O monitor de O3 (TELEDYNE API Model M465L) foi instalado e testado em outubro com relação aos parâmetros de funcionamento. Tendo em vista que as [O3] aplicadas às plantas cultivadas como soja e trigo, podem resultar na morte das plantas por variações não controladas no sistema de aplicação de O3, tem-se optado por realizar a calibração do sistema de injeção de O3 com uma cultura de pasto (Brachiaria brizantha), de modo a poder contar com o brotamento rápido da cultura a cada experimento de calibração reduzindo o tempo de ajuste de método. Para o mês de dezembro está previsto o plantio de mudas de pasto e a mudança de distribuição da mistura ar+O3 no interior das câmaras. Quanto à parte de modelagem, encontra-se em fase introdução de dados aos modelos DSSAT para validação dos modelos de crescimento de culturas de soja e trigo, onde os dados experimentais serão utilizados para a calibração dos modelos e verificação dos resultados gerados pelos modelos. DESTAQUES CIENTÍFICOS Com relação ao trabalho com soja - O aumento da [CO2] mais elevadas temperaturas podem não afetar a produção devido à alteração da relação fonte-dreno, a redução do número de ramos e vagens produtivas, o aumento da altura de plantas. Foi encontrada também resposta na produtiva de ramos por posição na planta sendo que 80% das vagens produtivas foram alocadas nos quatro primeiros ramos basais e racemos caulinares basais. A magnitude destas respostas é genótipo-dependente. Com relação aos efeitos do O3 e CO2xO3 mais temperatura - Os ex- perimentos se encontram no estado de ajuste de métodos, esperando-se a montagem do experimento para primeiro semestre de 2015. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Até o momento, o projeto envolve: três estudantes de graduação em Engenharia Agrícola, que auxiliam nos trabalhos de campo e da modelagem em DSSAT; um estudante de mestrado em Meteorologia Agrícola, que participa do desenvolvimento de modelo de dinâmica de fluidos das câmaras de topos aberto, e dois pós-doutorandos Meteorologia Agrícola, que coordenam o grupo, planejam e conduzem os experimentos de campo, analisam os resultados e auxiliam em aulas para a formação de estudantes do curso de Engenharia Agrícola e pós-graduacão em Meteorologia Agrícola. FINANCIAMENTOS Financiado unicamente pelo INCT para Mudanças Climáticas. Bolsas de Pós-doutorado (CAPES-PNPD; e CAPES-EMBRAPA), Bolsas PIBIC, PIBITI. PRINCIPAIS EVENTOS Congresso Brasileiro de Meteorologia 2014, de 3 a 6 de novembro de 2014 em Recife. Simpósio de Integração Acadêmica SAI-UFV 2014, outubro de 2014, Viçosa. A B 53 PUBLICAÇÕES SELECIONADAS C Leite JGB, Silva JV, Justino FB, Ittersum MKV. A crop model-based approach for sunflower yields. Scientia Agricola (USP. Impresso), v. 71, p. 345-355, 2014. Grossi MC, Justino F, Andrade CLT, Santos EA, Rodrigues RA, Costa LC. Modeling the impact of global warming on the sorghum sowing window in distinct climates in Brazil. European Journal of Agronomy, v. 51, p. 53-64, 2013. D E F Figura 1: Gerador de Ozônio (A), Controlador do sistema de injeção de O3 nas câmaras (B), cultivares de trigo avaliados sob efeitos do O3 (C), danos de plantas de trigo por exposição a 100 ppb O3 por 2 horas (D,E), planta de trigo sem tratamento com O3 (F) na etapa de calibração dos procedimentos para tratamento com O3. Justino F, Oliveira EC, Rodrigues RA, Gonçalves PHL, Souza PJOP, Stordal F, Orsini JAM, Silva TGF, Delgado RC, Lindemann DS, Costa LC. Mean and Interannual Variability of Maize and Soybean in Brazil under Global Warming Conditions. American Journal of Climate Change, v. 02, p. 237-253, 2013. Recursos Hídricos PALAVRAS-CHAVE recursos hídricos, Amazônia, semiárido brasileiro, modelo de elevação digital de terreno, modelagem hidrológica. PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Quais seriam os potenciais impactos das mudanças climáticas sobre o ciclo hidrológico? As mudanças climáticas intensificarão os eventos hidrológicos extremos? • Quais regiões brasileiras seriam mais afetadas? Até que ponto as inundações nas regiões mais chuvosas do Brasil já sofrem consequências das mudanças climáticas? • Em que aspectos a governança dos recursos hídricos, através de suas políticas, planos e sistemas de gerenciamento, precisará se adaptar para proporcionar uma melhor adaptação à variabilidade e às mudanças climáticas? • Como gerar estratégias para atender aos requisitos dessa governança? DESTAQUE 54 O trabalho desenvolvido resultou na identificação de efeitos das mudanças climáticas no ciclo hidrológico e na geração de um conjunto de projeções hidrológicas em diferentes bacias brasileiras. Estes resultados apresentam um conjunto de instrumentos - base de dados e modelos, que serve para desenvolvimento de estudos e projetos voltados para a adaptação e mitigação de impactos, assim como e execução de obras de controle de cheias. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, Universidade Estadual do Ceará – UECE, Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, Universidade Federal da Paraíba – UFPB, Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE, Universidade Federal de Itajubá – UNIFEI, Universidade Federal de Viçosa – UFV. COORDENADORES JAVIER TOMASELLA(1) [email protected] JOSÉ ALMIR CIRILO(2) [email protected] (1) Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) Rodovia Presidente Dutra, km 39 12630-000, Cachoeira Paulista, SP, Brasil +5512 31868461 (2) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) Av. Prof. Moraes Rego, 1235 50740-530, Recife, PE, Brasil +5581 21267921 Estudos das mudanças climáticas apontam como um dos principais problemas a crise da água em escala global (Vorosmarty, 2002; Pahl-Wostl, 2002). O Brasil é vulnerável às mudanças climáticas em relação aos extremos climáticos – secas e chuvas intensas (Marengo et al., 2008; 2010, Tomasella et al., 2010), e é extremamente dependente dos recursos hídricos. Mais de 90% da matriz energética brasileira provém da hidro-energia, com previsão de expandir sua capacidade de geração e, aproximadamente, 50 % da água consumida destinam-se à produção de grãos e carne. Portanto, a economia do Brasil é vulnerável ao provável impacto das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos. A componente Recursos Hídricos é fortemente baseada no uso de modelos de simulação para representação do ciclo hidrológico e estimativa do escoamento nas bacias hidrográficas. Os resultados obtidos, através da aplicação dos cenários climáticos gerados pelo subprojeto Cenários de Mudanças Climáticas para o século XXI, nas diversas regiões do Brasil permitem estabelecer um quadro dos impactos nos recursos hídricos em âmbito nacional. As projectões hidrológicas obtidas foram utilizadas em estudos de impactos na produção de energía e em estudos de incertezas nas projeções de impactos de eventos extremos. No que tange aos extremos hidrológicos, foram desenvolvidos trabalhos voltados à alerta de desastres. A partir da ocorrência de inundação catastrófica ocorrida em 2010 nas bacias hidrográficas da mata sul pernambucana e agreste meridional de Pernambuco/Alagoas foi iniciada a implantação de sistema de alerta e controle de cheias nas bacias hidrográficas dos rios Una e Sirinhaém, em Pernambuco. O trabalho consiste em: a) perfilamento a laser para caracterização do relevo ao longo do estirão dos rios em seu leito de inundação e das cidades atingidas pelos eventos; b) calibração de modelos hidrológicos e hidrodinâmicos a partir de eventos de cheia ocorridos entre 2000 e 2011; c)integração dos modelos de simulação com o modelo numérico do terreno e ajuste das áreas alagáveis simuladas com pontos de controle efetivamente inundados nos eventos ocorridos; d)integração de modelos meteorológicos ao sistema de simulação para previsão de eventos futuros. Entre as atividades da componente também consta o desenvolvimento do software livre TerraHidro. O mesmo tem por objetivo o uso de Sistemas de Informações Geográficas para a obtenção e manipulação das informações geomorfológicas das bacias. O software prove uma rápida interface com os modelos hidrológicos, facilitando sua implementação na bacia. DESTAQUES CIENTÍFICOS Foram realizadas análises dos impactos das mudanças climáticas projetadas pelos modelos atmosféricos na resposta hidrológica em bacias representativas dos biomas brasileiros, assim como estudos de eventos extremos observados e de seus impactos no médio ambiente. O Modelo Hidrológico Distribuído desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (MHD-INPE) foi aplicado em bacias Amazônicas, obtendo um bom desempenho na simulação do período histórico 1970-1990 (Fig. 1 e 2). No que se refere à modelagem hidrológica da bacia do rio Purus, encontra-se em fase de finalização a calibração das sub-bacias 9 a 11 e a preparação dos cenários futuros a partir da inclusão, no modelo, de cenários de mudanças climáticas. A incorporação de diferentes projeções climáticas, derivadas de diferentes cenários e modelos atmosféricos, na geração das projeções hidrológicas, permitiu a análises de incertezas na configuração da resposta hidrológica sob o impacto Figura 1: Vazões médias de longo termo simuladas pelo MHD-INPE utilizando dados de modelos atmosféricos em diferentes bacias Amazônicas das mudanças ambientais globais. Em geral, existe uma grande dispersão entre as diferentes projeções, mas a maioria delas apresenta uma diminuição das vazões medias e extremas nas bacias amazônicas (Fig. 3 e 4). Estudos de impactos na geração de energia em plantas hidroelétricas projetadas para funcionar na bacia do Amazonas mostram um decrescimento na produção de energia sob os efeitos das mudanças climáticas. Visando o controle de cheias em Pernambuco, foram ajustados modelos para simular ocorrências de cheias nas áreas mais afetadas por inundações. O relevo nos estirões dos rios e perímetros urbanos cortados por eles foi levantado a laser, o que auxilia o planejamento das intervenções a serem realizadas e os alertas para a ocorrência dos eventos extremos. A estrutura de governança é um elemento importante para adaptação às mudanças climáticas, especialmente na forma pela qual os princípios institucionais suportam o processo de adaptação em diferentes níveis. Além disso, foi identificado que compreender desa- fios relacionados com a governança da água pode contribuir para a adaptação proativa à variabilidade climática e, enquanto processo de aprendizagem, superar tais desafios pode contribuir para a adaptação proativa às mudanças climáticas. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS A componente Recursos Hídricos envolveu nos estudos 9 bolsistas de Iniciação Científica, 1 Bolsista PCI-DTI, 2 alunos de Mestrado Figura 1: Médias mensais das vazões observadas e simuladas pelo modelo MGB-INPE para as sub-bacias de 1 a 8, indicadas no mapa. 55 Recursos Hídricos Figura 3: Projeções hidrológicas sob o efeito das mudanças climáticas no final do século nas bacias Amazônicas. 56 Figura 4: Projeções de vazões extremas sob o efeito das mudanças climáticas no final do século nas bacias Amazônicas. e 4 alunos de doutorado. Eles atuaram na questão do processo de formação de cheias e suas consequências sobre o meio urbano; no desenvolvimento e aplicação de modelos hidrológicos e na geração de projeções hidrológicas e o estudo de impactos das mudanças climáticas, no estudo de impactos das mudanças climáticas sobre reservatório de abastecimento de água e sobre a erosão do solo no semiárido brasileiro e em estudos da governança da Adaptação às Mudanças Climáticas; Injustiça Ambiental decorrente de eventos extremos. INTERFACE CIÊNCIA-POLÍTICAS PÚBLICAS Estudos foram desenvolvidos em parceria com entidades governamentais: Secretaria de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco/Secretaria de Infraestrutura; Agência de Águas e Clima; CPRM. Na região de Pernambuco, foram implantados os modelos hidrológicos para auxiliar ações de defesa civil e obras de controle no estado. Membros do subprojeto assessoram o Ministério Público do Estado da Paraíba e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba na atual crise da seca 201214, particularmente no gerenciamento do reservatório Epitácio Pessoa-Boqueirão. FINANCIAMENTOS As pesquisas citadas foram financiadas por diversos organismos: CNPq, CAPES, FINEP (CT-HIDRO), Banco Mundial e União Europeia. INFRAESTRUTURA Foi construído o Laboratório de Geoprocessamento, que dará suporte a muitos projetos relacionados ao INCT e outros programas. 57 PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Rodriguez DA, Chou SC, Tomasella J, Demaria E. Impacts of landscape fragmentation on simulated precipitation fields in the Amazonian sub-basin of Ji-Paraná using the Eta model. Theoretical and Applied Climatology, p. 1, 2013. Silva ACS, Galvão CO, Silva GS, Souza Filho FA. Ostrom s institutional design principles and reservoir management: a study on adaptation to climate variability and change. IAHS-AISH Publication, v. 362, p. 101-106, 2013. Energias Renováveis PALAVRAS-CHAVE energias renováveis, solar, eólica, mudanças climáticas, energia, desenvolvimento PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Como acoplar modelos de CFD (sigla em inglês para Computational Fuid Dynamics) e LES (sigla em inglês para Large Eddy Simulations) a modelos de mesoescala para levantamento de recursos de energia eólica? • Quais os efeitos das mudanças climáticas globais sobre os recursos de energia solar e eólica? • Como melhorar o modelo BRASIL-SR para áreas de elevado albedo ou cobertas de neve (ex: Andes)? E em regiões desérticas ou semidesérticas, onde o modelo não é capaz de identificar pixels com cobertura máxima de nuvens? DESTAQUE 58 Durante esse período de avaliação, o subprojeto destaca o desenvolvimento de estudos sobre os impactos das mudanças climáticas globais sobre a intensidade de ventos extremos no Brasil. O crescimento da economia nacional demanda maior oferta de energia. O Brasil ocupa uma posição privilegiada no que concerne aos recursos renováveis de energia. No entanto, segundo o Balanço Energético Nacional de 2014, a participação das energias renováveis na geração de eletricidade caiu em cerca de 11% nos últimos três anos. O cenário atual da nossa matriz de geração de energia elétrica tem 71% de energia hidroelétrica contra 8% de origem na biomassa e apenas pouco mais de 1% de eólica. O restante é oriundo de fontes não renováveis com predominância das fontes de combustível fóssil. Devido à prolongada estiagem dos últimos anos, a geração termelétrica tem crescido ano a ano. Diante desse cenário, a inclusão de fontes alternativas de energia visando dar suporte ao crescimento nacional, aumentar a segurança energética nacional e minimizar emissões de GEE deve ocupar uma pauta importante nos setores de decisão. Esse subprojeto visa solidificar nosso conhecimento sobre nossos recursos de energias solar e eólica e estudar os impactos das mudanças climáticas globais sobre esses recursos de energia limpa. DESTAQUES CIENTÍFICOS Os estudos sobre o impacto das mudanças climáticas globais sobre o regime de ventos no Brasil ocuparam destaque importante nessa fase do subprojeto, com resultados publicados ou em fase de publicação. Os resultados do teste de análise de tendências aplicado às series temporais de dados de vento de 42 estações meteorológicas com períodos que variam entre os INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES CCST/INPE, UFAL, UNIFEI, UENF. COORDENADOR ENIO BUENO PEREIRA [email protected] Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Av. dos Astronautas, 1758 12227-010, São José dos Campos, SP, Brasil +5512 32086741 Prognóstico da variação relativa (%) da densidade de potencia eólica para o final do século. As setas indicam ajustes do modelo com base em dados de séries históricas (verde: redução, magenta: aumento) anos de 1947 e 2014 mostram a tendência no vento extremo máximo. 47% das estações indicam tendências positivas, 19% apresentam tendências negativas e em aproximadamente 33% das séries não houve tendências significativas. Com relação aos ventos extremos mínimos, pode-se observar que 21% das observações indicam tendência positiva na velocidade do vento, enquanto que 28,5% apresentam tendência negativa e 50% apresentam tendência não significativa. Também durante esse período foram incorporadas melhorias no modelo de transferência radiativa BRASIL-SR, visando à publicação da segunda edição ampliada e melhorada do Atlas Brasileiro de Energia Solar. Para isso, estão sendo coletadas e validadas imagens digitais do satélite GOES dos últimos 15 anos. Adicionalmente, a rede SONDA de coleta de dados de radiação solar vem se expandindo e disseminando os dados através do site público e gratuito < http://sonda.ccst.inpe. br/>. Estação de coleta de dados de radiação solar da rede SONDA http://sonda.ccst.inpe.br/ 59 FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Nesse período foi dado andamento ao desenvolvimento de uma tese de Doutorado com apoio do INCT, de Marcel Pizuti Pes, que deverá defender sua tese no INPE no primeiro semestre de 2015. Variação sazonal dos totais diários da irradiação solar direta normal incidente com base em 11 anos de dados de satélite mostrando as áreas potenciais para geração de energia empregando tecnologia solar (em laranja) PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Pinto LIC, Martins FR, Pereira EB, Fisch GF, Lyra RFF. Confiabilidade nas estimativas do regime do vento fornecidas pelo BRAMS no estado de Alagoas: influência do aninhamento e da resolução horizontal de grades. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 29, p. 242-258, 2014. Escobar RA, Cortés C, Pino A, Pereira EB, Martins FB, Cardemil JM. Solar energy resource assessment in Chile: Satellite estimation and ground station measurements. Renewable Energy, v. 71, p. 324-332, 2014. Representação do teste de Mann-Kendall para as tendências nas series temporais de ventos extremos máximos (direita) e mínimos (esquerda). As setas em vermelho indicam tendência significativa na velocidade do vento, as setas azuis indicam diminuição na velocidade do vento e os quadrados indicam as estações nas quais o teste apresenta tendência não significativa ao nível de confiança de 95%. Biodiversidade - Composição, Estrutura e Função dos Ecossistemas no Cerrado e Biomas da Mata Atlântica: Respostas à Mudança Climática PALAVRAS-CHAVE fenologia, cerrado, mata atlântica, biodiversidade funcional, modelos de distribuição de espécies PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Como as mudanças climáticas afetarão a distribuição e a composição da biodiversidade no Cerrado e na Mata Atlântica? • Qual a situação atual, abrangência e qualidade de dados bióticos e abióticos disponíveis para modelagem de distribuição de espécies presente e futura? DESTAQUE 60 • Desenvolvimento de um workflow científico de modelagem de nicho ecológico utilizando ambiente R e pacote DISMO, através da linguagem de desenvolvimento de scripts em paralelo (Swift), rodando no cluster computacional de alto desempenho do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). • Ampliação do banco de dados com séries temporais (2000-2012) de evapotranspiração, produtividade primária e precipitação. Compilação de dados da vegetação e processos ecossistêmicos para integração no banco de dados. Análises preliminares de efeitos de mudanças climáticas em palmeiras na Mata Atlântica. • Construção de banco de dados sobre estoques de carbono, nitrogênio e fósforo em solos do Brasil. Mais de 100 artigos compilados entre 1987 e 2014 com informações de mais de 170 sítios, resultando em mais de 3100 entradas. • No período 2013-2014 procurou-se atualizar o banco de dados de registros de ocorrência de palmeiras nativas do estado de São Paulo, com o objetivo de conhecer sua distribuição atual para posteriormente realizar exercícios de modelagem distribuição potencial dessas espécies considerando possíveis cenários de mudanças climáticas globais. Os biomas Cerrado e Mata Atlântica são hotspots de biodiversidade - áreas de alta riqueza de espécies e níveis de endemismo, sujeitas a uma perda rápida e extensiva dos habitats. A principal motivação deste subprojeto é avaliar os impactos potenciais das mudanças climáticas sobre a distribuição dos grupos funcionais e sobre o funcionamento destes ecossistemas naturais. Compilamos informações secundárias e imagens de satélite para elaborar um amplo banco de dados. A base de dados de imagens e informações secundáras, a princípio para os biomas Cerrado e Mata Atlantica, hoje expandida para todo o Brasil. A base de imagens está disponível, através das plataformas de pesquisa LAPIG Maps e LAPIG Database, desenvolvidas com o apoio deste INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES Universidade de Brasília, Universidade Federal de Goiás, Instituto de Pesquisas Espaciais, Universidade de Taubaté, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e Universidade de São Paulo (CENA), Universidade Federal de Sergipe. COORDENADORES MERCEDES BUSTAMANTE(1) [email protected] JEAN OMETTO(2) [email protected] LUIZ MARTINELLI(3) [email protected] (1) Universidade de Brasília (UnB) Asa Norte 70919-970, Brasília, DF, Brasil +5561 31072984 (2) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Av. dos Astronautas, 1758 12227-010, São José dos Campos, SP, Brasil +5512 32087109 (3) Universidade de São Paulo (USP) Av. Centenário, 303 – CP 96 13400-000, Piracicaba, SP, Brasil +5519 34294074 Cerrado rupestre Serra Dourada INCT (www.lapig.iesa.ufg.br). A análise destes dados oferece informações sobre a distribuição de espécies vegetais, seus atributos funcionais e seu ambiente físico. O estudo da interação entre vegetação e funcionamento biogeoquímico dos ecossistemas permite delimitar grupos funcionais. Com isto, previsões de mudanças na composição de grupos funcionais em uma área indicariam alterações de processos ecossistêmicos. Tais informações contribuem por meio da interação com o componente de modelagem do INCT-Clima para caracterizar os biomas brasileiros e avaliar suas respostas à mudança climática. Transição Chapada dos Veadeiros DESTAQUES CIENTÍFICOS Organizamos séries temporais (2000 a 2012) para todo o Brasil com informações de temperatura, precipitação, evapotranspiração, água equivalente em sub/superfície, índice de vegetação, produtividade primária líquida e área queimada. Tais dados permitem identificar paisagens funcionais e caracterizar domínios climáticos e vulnerabilidades (naturais e antrópicas). Avaliamos padrões de distribuição de espécies de palmeiras na Mata Atlântica e o efeito das mudanças climáticas previstas. A riqueza de espécies de palmeiras tende a diminuir em áreas baixas e aumentar em áreas elevadas. Compilamos dados da literatura obtendo cerca de 228 mil células de dados de atributos de relevância funcional da vegetação e características dos ambientes de ocorrência, como os estoques e fluxos de N, P e C e históricos de uso do solo. Foram incluídas de três novas linhas de pesquisa: 1.Abordagens funcionais e filogenéticas na estrutura de comunidades visa entender o papel de fatores históricos, condições ambientais e interações bióticas sobre os padrões de diversidade taxonômica, funcional e filogenética em comunidades de campos de altitude; 2. Conservação da diversidade evolutiva de árvores da Mata Atlântica visa gerar bases para a conservação de linhagens de espécies arbóreas ocorrentes na Mata Atlântica do estado do Rio de Janeiro avaliando o risco de extinção dessas espécies, utilizando-se relações espécies-área; 3.Padrões de endemismo de grupos taxonômicos selecionados no Estado do Rio de Janeiro. Visa detalhar uma das regiões de maior endemismo do Domínio Atlântico, o Corredor Mata de galeria Serra Dourada Central da Serra do Mar e discutir algumas possíveis causas ambientais para o padrão encontrado. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS • 10 alunos de pós-graduação, sendo 5 vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Botânica e 5 ao Mestrado Profissional Biodiversidade em Unidades de Conservação. • Carla Roberta Gonçalves Reis Fixação biológica do nitrogênio em manguezais de Franja e de Bacia do litoral sudeste do Brasil (início março de 2014). 61 Biodiversidade - Composição, Estrutura e Função dos Ecossistemas no Cerrado e Biomas da Mata Atlântica: Respostas à Mudança Climática 62 Caryocar brasiliense • Fabiano Timóteo de Andrade. Estrutura florestal e avifauna presente após vinte anos de restauração ecológica em seis áreas compreendidas pela Usina Hidrelétrica da CESP de Paraibuna, SP. Início: 2011. Dissertação (Mestrado Profissionalizante - Programa de Pós Graduação em Ciências Ambientais) - Universidade de Taubaté. Orientador: Simey Thury Vieira Fisch. • Ana Carolina de Faria Santos. Mudança da percepção das comunidades do entorno do Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Santa Virgínia e Núcleo Picinguaba) acerca da extração do palmito para a do fruto da Euterpe edulis Mart.. Início: 2013. Iniciação científica (Graduando em Ciências Biológicas) - Universidade de Taubaté, Conselho Nacional de Desenvolvimento Cien- tífico e Tecnológico. (Orientador: Simey Thury Vieira Fisch) PIBIC-Universidade de Taubaté. • Dois alunos de graduação (Sheila Lopes da Silva e Airton Rener Pestana do Nascimento) cujas atividades foram finalizadas. FINANCIAMENTOS Projeto: FAPERJ - Padrões de endemismo de espécies da flora da Mata Atlântica com ocorrência no estado do Rio de Janeiro. Processo E-26/110.598/2011 - APQ1. Projeto Universal - Uso de Medidas de Caracterização de Dados em Pré-processamento e Classificação (Processo 482222/2013-1). Análise dos padrões de distribuição das espécies e de formas de vida (her- báceas, arbustos e árvores): Palmeiras (Arecaceae) como indicadoras de mudanças climáticas – pesq. Simey Fisch (em continuação ao subprojeto “Distribuição da comunidade de palmeiras no gradiente altitudinal da Floresta Ombrófila Densa dos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia do Parque Estadual da Serra do Mar” vinculado ao Projeto Temático Biota Gradiente Funcional, Fapesp – proc. 03/125957, coordenadores Dr. Carlos Alfredo Joly e Luiz Antonio Martinelli). Coupling Climate and Vegetation: bio-indicators - pesq. Simey Fisch, Subprojeto do Componente 3 – “Case Study 1: Studies on vulnerability to climate change and indicators of vulnerability and impacts in the Paraiba do Sul Valley” do Projeto Temático FAPESP- IVA “Assessment of Impacts and Vulnerability to Climate Change 63 Chapada dos Veadeiros in Brazil and Strategies for Adaptation Options” (Processo 08/58161-1, coordenador Dr. Jose Antonio Marengo Orsini - CCST - INPE, SP). Bolsas MCTI e CAPES (PNPD). “Uso de dados orbitais de resolução moderada para a identificação, mapeamento e caracterização da diversidade funcional, biológica e estimativa da produtividade de ecossistemas naturais e antropicos do bioma Cerrado”, financiado no âmbito do PRONEX (CNPq / FAPEG). Resposta às mudanças climáticas: uma síntese sobre a estrutura e funções dos ecossistemas de Cerrado e da Amazônia brasileira. Agência financiadora: CAPES –PNPD. ciadora: CNPq Chamada 2 - Pesquisa em Redes Temáticas para ampliação do conhecimento sobre a biota, o papel funcional, uso e conservação da Biodiversidade Brasileira. “Diversidade biológica do Cerrado: estrutura e padrões” - Agência Finan- PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Pena JCC, Kamino LHY, Rodrigues M, Mariano Neto E, Siqueira MF. Assessing the conservation status of species with limited available data and disjunct distribution. Biological Conservation , v. 170, p. 130-136, 2014. DOI: 10.1016/j.biocon.2013.12.015. http://www. sciencedirect.com/science/article/pii/S0006320713004369 Bustamante M. et al. Co-benefits, trade-offs, barriers and policies for greenhouse gas mitigation in the agriculture, forestry and other land use (AFOLU) sector. Global Change Biology. DOI: 10.1111/gcb.12591. 2014. Sousa SB, Ferreira LG. Mapeamento da cobertura e uso da terra: uma abordagem utilizando dados de sensoriamento remoto óptico multitemporais e provenientes de múltiplas plataformas. Revista Brasileira de Cartografia , v. 66, p. 321-336, 2014. Saúde Humana PALAVRAS-CHAVE doenças de veiculação hídrica, poluição atmosférica, desastres naturais, doenças transmitidas por vetores, eventos extremos. PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Qual a magnitude do impacto a saúde para grupos vulneráveis decorrente da exposição à fumaça de queimadas? • Qual o impacto de eventos climáticos extremos, como as cheias da Amazônia e em Santa Catarina na transmissão de doenças relacionadas à água? • Como a população e a mídia vêm se apropriando das informações sobre mudanças climáticas e seus impactos sobre a saúde? DESTAQUE No sítio sentinela de Manaus foi observada uma relação entre níveis extremos das águas do Rio Negro e a incidência de doenças como a leptospirose, malária e diarreia. 64 Estudos na Amazônia permitiram a qualificação e a quantificação do potencial risco carcinogênico oriundo dos compostos liberados pelas queimadas. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES FIOCRUZ, SVS-Ministério da Saúde, Agência Nacional de Águas, Organização Panamericana de Saúde (OPS), UFRO, UNEMAT, UFMT, USP, UFF, UFRN, UFPE, INPE, IBGE, Secretaria de Saúde do Município de Porto Velho, Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas. COORDENADORES CHRISTOVAM BARCELLOS [email protected] SANDRA HACON [email protected] Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) Av. Brasil, 4365 21045-900, Rio de Janeiro, RJ, Brasil +5521 38653222 / 22702668 As mudanças ambientais e climáticas globais, que vêm se intensificando nas últimas décadas, podem produzir impactos sobre a saúde humana com diferentes vias e intensidades. Algumas dessas mudanças impactam de forma direta a saúde e bem estar da população como a ocorrência de eventos extremos. No entanto, na maior parte das vezes, esse impacto é indireto, sendo mediado por mudanças no ambiente como a alteração de ecossistemas, na atmosfera , na biodiversidade e nos ciclos biogeoquímicos, bem como as condições de vulnerabilidade dos territórios e populações. Alguns importantes estudos foram: as relações entre a variabilidade do nível dos rios da Amazônia e a incidência de doenças de veiculação hídrica; o papel do clima e das cidades na expansão da área de transmissão de dengue; a construção de modelos preditivos de dengue para as cidades brasileiras; a ocorrência de desastres, eventos climáticos extremos e suas consequências sobre a saúde; e os impactos da poluição atmosférica gerada por queimadas no perfil de morbidade e mortalidade da população. DESTAQUES CIENTÍFICOS Os modelos de previsão desenvolvidos pelo grupo permitiram que se realizassem estimativas de risco de transmissão de dengue em cenários futuros, e foram utilizados para avaliar o risco de epidemias durante a Copa do Mundo de Futebol de 2014. A polêmica levantada na imprensa internacional refletiu-se também nas revistas acadêmicas. A revista Nature publicou um artigo alarmista sobre a possibilidade de surtos de dengue durante a Copa, o que foi contestado por meio de artigo na revista Lancet Infectious Diseases. Outro destaque foi para o artigo publicado na revista Plos-one (2014) sobre os efeitos agudos de material particulado e black carbon das queimadas na função respiratória de crianças (escolares) da Amazônia brasileira. O artigo recém publicado (2014) na revista Environmental Research sobre o dano genético do material particulado e black carbon na Amazônia brasileira foi o primeiro estudo a iniciar o entendimento sobre os mecanismos de ação desses poluentes em células de humanos. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS Oficinas temáticas definiram os dados a serem disponibilizados pelo observatório, suas fontes de dados e estratégias para integração. Os indicadores selecionados estão sendo disponibilizados e subsidiam estudos acadêmicos e o desenvolvimento de inovações tecnológicas nas áreas de clima e saúde. Também permitem o acompanhamento e debate sobre estas mudanças por parte da sociedade civil. No site popularização da ciência do CNPq (veja imagem) estamos adotando a prática de levar aos leitores uma síntese das pesquisas em desenvolvimento utilizando uma linguagem simples e objetiva. http:// www.cnpq.br/web/guest/noticiasviews/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/1811125 FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Os pesquisadores do projeto participam, nas suas respectivas instituições, de diversos programas de pós-graduação (ENSP/ Fiocruz, ICICT/Fiocruz, UNEMAT, INPA, UFPE, INPE entre outros). Cerca de 8 alunos de mestrado e 6 alunos de doutorado desenvolveram suas pesquisas e teses relacionadas a temas do projeto. Além disso, os dados gerados ou organizados pelo projeto estão sendo usados por pesquisadores de diversas outras instituições, com acesso livre pelo site do Observatório de Clima e Saúde. 65 FINANCIAMENTOS PRINCIPAIS EVENTOS O projeto é principalmente financiado pela Rede CLIMA (bolsas), e complementarmente pelo Ministério da Saúde e CNPq. Seminário sobre eventos climáticos extremos, desastres e emergências em saúde. Realizado em abril de 2014 no Rio de Janeiro, reuniu especialistas e gestores do setor de defesa civil. O seminário discutiu estratégias de monitoramento dos efeitos dos eventos extremos sobre a saúde, mostrando padrões regionais e sazonais de desastres. INFRAESTRUTURA O projeto utiliza as instalações do Laboratório de Geoprocessamento da Fiocruz e de outras instalações envolvidas. Recentemente, foi criada uma nova sala do projeto, mais ampla, para a instalação de equipamentos e móveis. PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Barcellos C, Lowe R. Expansion of dengue transmission area in Brazil: The role of climate and cities. Tropical Medicine & International Health. 19(3). 2013. De Oliveira Alves N, De Souza Hacon S, De Oliveira Galvão MF, Simões Peixoto M, Artaxo P, De Castro Vasconcellos P, De Medeiros SRB. Genetic damage of organic matter in the Brazilian Amazon: A comparative study between intense and moderate biomass burning. Environmental Research (New York, N.Y. Print), v. 011, p. 1, 2014. Hahn MB, Gangnon RE, Barcellos C, Asner GP, Patz JA. Influence of Deforestation, Logging, and Fire on Malaria in the Brazilian Amazon. Plos One, v. 9, p. e85725, 2014. Zonas Costeiras PALAVRAS-CHAVE vulnerabilidade, análises históricas, avaliação. PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Qual a variabilidade espacial e temporal dos parâmetros hidrológicos, oceanográficos e ecológicos nas regiões e ecossistemas costeiros do Brasil? • Qual a vulnerabilidade das zona costeira à elevação do nível do mar, erosão e progradação? • Qual a vulnerabilidade dos ecossistemas costeiros e sua biodiversidade aos impactos das mudanças climáticas globais? DESTAQUE Os principais resultados gerados pelo subprojeto estão associados à elaboração de projetos em colaboração com instituições e grupos de pesquisa internacionais, nos mais diversos temas da área de mudanças climáticas em zonas costeiras e aprovação de diversos projetos de pesquisa submetidos aos editais do CNPq e FAP´s, por pesquisadores do subprojeto Zonas Costeiras. Os temas dos projetos estão relacionados com mudanças climáticas, incluindo a formação de redes de pesquisa e monitoramento. A criação e/ou fortalecimento de projetos integrados ao subprojeto, tais como o Sistema de Monitoramento da Costa Brasileira (SiMCosta) e a Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros (ReBentos) são, por exemplo, produtos permanentes do subprojeto Zonas Costeiras. Outros estudos e/ou tópicos que merecem destaque: 66 1) Avaliações e estudos de caso sobre as características geomorfológicas, litológicas e dinâmicas de diversas regiões e localidades da costa brasileira, com implicações sobre as previsões de elevação do nível do mar, mudanças no clima de ondas e impactos de eventos extremos; 2) Enfoques metodológicos e aplicações de modelos preditivos para avaliar vulnerabilidades da linha da costa em regiões do Brasil (litorais do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Bahia);3) Aplicações e produtos da modelagem oceânica dentro dos estudos de impactos da elevação do nível do mar e de eventos extremos; 4) Variabilidade climática global e regional (modos climáticos) e seus efeitos sobre a Corrente do Brasil e sobre os grandes ecossistemas marinhos; 5) Estudos preliminares sobre processos biogeofísicos e biogeoquímicos e suas relações com o sequestro de carbono em áreas costeiras do Brasil, incluindo áreas vegetadas e plumas de grandes rios; 6) Avanços no monitoramento e estudos em corais de recife, incluindo projetos com experimentação de campo e laboratório, para testar os impactos da elevação da temperatura e acidificação dos oceanos sobre estes ambientes; 7) Avanços nas pesquisas sobre vulnerabilidade das macroalgas aos impactos da urbanização e mudanças climáticas, incluindo observações de campo e experimentos de laboratório testando os efeitos de incremento de nutrientes, acidificação e aumento da precipitação; 8) Avanços nos estudos sobre socioeconomia pesqueira e sobre a vulnerabilidade socioambiental das comunidades de pescadores em regiões estuarinas do Brasil. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES FURG, UFRN, UFSE, UFPB, URPE, UFBA, UFES, UFRRJ, UFRJ, UFF, USP, UNICAMP, INPE, UNESP, UFPR, UNIVALI, UFSC, UFRGS, UFPEL, Instituto Costa Brasilis, DHN/ Marinha do Brasil, SEAP COORDENADORES CARLOS ALBERTO EIRAS GARCIA [email protected] JOSÉ HENRIQUE MUELBERT [email protected] MARGARETH DA SILVA COPERTINO [email protected] Universidade Federal do Rio Grande (FURG) Av. Itália, km 8, Campus Carreiros 96203-900, Rio Grande, RS, Brasil O subprojeto Zonas Costeiras caracteriza-se por uma rede de pesquisa interdisciplinar e interinstitucional, formada por mais de 50 pesquisadores de diferentes regiões do país e áreas do conhecimento. O programa possui como principal objetivo avaliar o estado do conhecimento, identificar deficiências, estabelecer protocolos, coordenar/integrar projetos que investiguem a vulnerabilidade e os efeitos das mudanças climáticas em zonas costeiras brasileiras, propondo ações adaptativas e mitigadoras, em conjunto com setores organizados da sociedade. As questões científicas pertinentes, os impactos sobre a costa e as vulnerabilidades ecológica, social e econômica, estão sendo estudadas por especialistas reconhecidos em suas áreas de atuação, de modo a ter repercussão nacional e internacional. Os recursos disponibilizados para o subprojeto Zonas Costeiras foram direcionados para a manutenção de recursos humanos (bolsas modalidade DTI) da Coordenação e grupos de pesquisa, para financiar a execução de workshops, para apoiar visitas e integração entre pesquisadores, além de auxílio à participação de bolsistas em eventos nacionais. Os membros deste subprojeto disponibilizaram, em contrapartida, seus grupos de pesquisa, infraestrutura, projetos e financiamentos, bancos de dados pretéritos, além de outros bolsistas e estudantes. Portanto, para alcançar suas metas, as ações de pesquisa do subprojeto Zonas Costeiras foram mantidas pela vontade e esforço dos seus membros, junto com a contrapartida de inúmeros projetos individuais ou de grupos de pesquisa. Ao longo de sua existência, os esforços integrados do subprojeto Zonas Costeiras têm alcançado boa parte de seus objetivos e metas, produzindo resultados satisfatórios e concretos. Entre estes, destaca-se o grande levantamento sobre o estado da arte do conhecimento sobre zonas costeiras no Brasil, incluindo revisões históricas, análise de dados pretéritos, estudos sobre impactos e vulnerabilidades, além de construção de modelos preditivos (INCT for Climate Changes 2010, Copertino et al. 2010, Garcia & Nobre 2010). Desde a criação do INCT para Mudanças Climáticas em 2008, o subprojeto Zonas Costeiras realizou três Workshops, os quais foram fundamentais para a integração e desenvolvimento do grupo, assim como para o alcance de suas metas. Estes eventos catalisaram a formação de grupos de pesquisa, projetos e artigos científicos. Embora o prazo de vigência do INCT para Mudanças Climáticas encerre em dezembro de 2014, o subprojeto Zonas Costeiras pretende continuar com seus grupos de pesquisa e projetos e dar suporte científico à criação e/ou fortalecimento de redes de monitoramento e observacionais (ex., ReBentos e SiMCosta) e projetos integrados como aqueles vinculados ao PELD e INCT´s. DESTAQUES CIENTÍFICOS Riscos costeiros Desenvolvimento, avaliação e aplicação de metodologias de análise e quantificação de riscos costeiros relativos ao aumento do nível do mar, grandes tempestades e galgamentos oceâ- 67 nicos, assim como projeção de linhas de costa para quantificação e integração dos perigos para o litoral brasileiro. Os principais resultados obtidos por análise de variação de linha de costa e modelos mostram que: (a) Modelos de dinâmica costeira mostram que a distribuição da força de ondas ao longo da costa do Nordeste apresenta valores mais altos em áreas sem proteção de recifes. Sob cenários de elevação do nível do mar, as projeções mostraram que as maiores diferenças foram encontradas atrás das linhas recifais. Sob um aumento do nível do mar de 0,5 m, a força de onda aumenta em aproximada- mente 10 % nas áreas expostas, e em até 90 % nas áreas atrás de recifes. Simulações indicam que o transporte de sedimentos nessas áreas é ampliado, resultando em expectativa de altas taxas de erosão e retração da linha de costa nos trechos controlados por recifes. (b) Diante de um cenário de Zonas Costeiras aumento do nível do mar em 0,5 m, a expectativa é de que pelo menos 39,32 km2 da área da Região Metropolitana de Recife sejam inundadas. Num cenário mais crítico de elevação do nível do mar (1 m), este valor aumentaria para 53,69 km2. (c) Análises da variação da linha de costa do norte e leste da Ilha de Santa Catarina (1957 a 2012) apontam predominância de retração (-7,43 m ano-1) em 84% das praias estudadas. (d) Há indícios de erosão nas praias da costa Sul e Centro Sul de Santa Catarina, estando o processo erosivo relacionado com a supressão ou modificação das características naturais das praias e/ou interface dunas. 68 (e) Uma análise histórica dos ventos mostrou uma tendência de aumento nos eventos extremos de velocidade do vento para o litoral Sul do Brasil, ao longo dos últimos 65 anos (1948-2012). Vulnerabilidade oceanográfica (a) A floração do fitoplâncton em águas costeiras tropicais é regulada pela dinâmica da profundidade da camada de mistura. Se os cenários previstos favorecerem o aumento da estratificação nestes locais, a concentração de Chl-a deverá diminuir. Se o aprofundamento da camada de mistura e turbulência associada for o cenário mais provável, então o fitoplâncton deverá aumentar ou, no mínimo, se manter no nível atual. (b) Mudanças no regime de ventos e entradas de frentes frias afetam a composição do fitoplancton, alterando também as taxas de recrutamento de invertebrados bentônicos, responsáveis pela estruturação das comunidades em costões rochosos. Vulnerabilidade dos Ecossistemas e Biodiversidade (a) No verão 2009/2010, anomalias térmicas de temperatura alcançaram valores de até 1o C e os percentuais de colônias branqueadas nos recifes investigados variaram em torno de 20% a 40%. Em anos que não ocorreram anomalias térmicas (2011, 2012 e 2013), o percentual de branqueamento não atingiu 10%. (b) O coral endêmico brasileiro (Mussismilia braziliensis), formador das colônias do Banco de Abrolhos, apresentam uma alta sensibilidade ao estresse térmico e, portanto, uma baixa tolerância às anomalias de temperatura, sendo vulnerável às mudanças climáticas globais. O aumento da temperatura da água pode afetar diretamente a extensão linear do coral, podendo comprometer a manutenção e a vitalidade dos recifes brasileiros. (c) Análises históricas e modelos sobre a distribuição da flora marinha bentônica indicam ampliação da distribuição de táxons tropicais em direção ao sul. Adicionalmente, experimentos multifatoriais e controlados evidenciam que a resposta ecofisilógica das espécies aos efeitos sinérgicos de elevação da temperatura, acidificação e aumento de nutrientes, são muito distintas das esperadas aos fatores isolados. Vulnerabilidade Social As unidades de conservação afetam a vulnerabilidade social de pescadores artesanais em áreas de manguezais, restringindo tanto o meio de vida atual quanto as opções de adaptação futura às mudanças climáticas. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS Alguns produtos do projeto estão gerando mapas de risco, com simulações da linha de costa nos próximos 5, 10, 25 e 50 anos. Estes são importantes subsídios para estudos de adaptação de zonas costeiras. Os resultados de análise de vulnerabilidade ecológica e social são fundamentais para a adequação e integração das políticas de adaptação às mudanças climáticas, nas áreas de gestão da pesca e de conservação da biodiversidade, contribuindo para promover a resiliência conjunta de pescadores e ecossistemas costeiros. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS A formação de recursos humanos pelos pesquisadores do subprojeto Zonas Costeiras resume-se a 82 alunos de mestrado, 58 alunos de doutorado, 18 pesquisadores de pós-doutorado, 43 bolsistas de Iniciação Cientifica e 13 bolsistas de Apoio Tecnológico, porém, nem todos estão correlacionados com o subprojeto. FINANCIAMENTOS As pesquisas são financiadas essencialmente por outras fontes, tais como programas PELD (CNPq), Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, SISBIOTA (CNPq), CAPES, FAPERGS, FINEP, MMA, MCTI, Petrobrás e pelo Instituto Inter-Americano para Mudanças Globais. O INCT financia a organização dos workshops, passa- gens e diárias para a realização dos mesmos, manutenção da secretaria do subprojeto e da página da internet. PRINCIPAIS EVENTOS III Workshop Brasileiro de Mudanças Climáticas em Zonas Costeiras & III Workshop da Rede de Monitoramento de Habitats Bentônicos Costeiros. Este evento único foi marcado por uma maior interação entre o grupo ReBentos (biodiversidade e ecologia) e grupos mais físicos e geológicos, tanto na composição das mesas como na metodologia de grupos de trabalhos. A participação de pesquisadores estrangeiros contribuiu de maneira signifi- cativa para estimular o debate de novas áreas e temas, com propostas de colaboração e formação de grupos de pesquisa. O portal Mudanças Climáticas Zonas Costeiras possui todas as informações detalhadas sobre III Workshop, além de dar acesso a informações e documentos do subprojeto Zonas Costeiras. 69 PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Krug LA, Gherardi DFM, Stech, JL, Leão ZMAN, Kikuchi RKP, Hruschka Jr L, Suggett D. The construction of causal networks to estimate coral bleaching intensity in Brazil, Environmental Modelling & Software, v. 42, p. 157-167, 2013. Soares HC, Gherardi DFM, Pezzi LP, Kayano MT, Paes ET. Patterns of interannual climate variability in large marine ecosystems, Journal of Marine Systems, v. 134, p. 57-68, 2014. Turra A, Cróquer A, Carranza A, Mansilla A, Areces AJ, Werlinger C, Martínez-Bayón C, Nassar CAG, Plastino E, Schwindt E, Scarabino F, Chow F, Figueroa FL, Berchez F, Hall-Spencer JM, Soto LA, Buckeridge MS, Copertino MS, De Széchy MTM, Ghilardi-Lopes NP, Horta P, Coutinho R, Fraschetti S, De Andrade NLZM. Global environmental changes: setting priorities for Latin American coastal habitats. Global Change Biology (Print), v. 19, p. n/a-n/a, 2013 Urbanização e Megacidades PALAVRAS-CHAVE vulnerabilidade social, urbanização, mudanças climáticas, inundações, deslizamentos de terra, percepção social das mudanças climáticas, pesquisa de opinião pública computadorizada. PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Quais são as principais vulnerabilidades às Mudanças Climáticas nas Regiões Metropolitanas de São Paulo (RMSP) e Rio de Janeiro (RMRJ)? • Como os impactos relacionados às Mudanças Climáticas (por exemplo, elevação do nível do mar e eventos extremos) poderão ocorrer nestas megacidades? • Quais são os grupos estão mais expostos aos perigos das Mudanças Climáticas? • Quais as diferentes situações de riscos e vulnerabilidades nas diversas áreas urbanas do país? As megacidades se constituem em local fundamental tanto em termos de mitigação das mudanças climáticas, tendo em vista sua importância na concentração da emissão de gases que provocam o aquecimento global, quanto em termos dos efeitos das variações climáticas, através do aumento dos riscos (deslizamentos de terra, inundações, enchentes, e estiagem) que atingem toda a sociedade, mas de maneira mais intensa grupos sociais em piores condições socioeconômicas, principalmente no contexto urbano. Os esforços de pesquisa foram voltados principalmente para apreensão dos diversos aspectos relacionados com as vulnerabilidades que se configuram em áreas urbanas frente aos “novos” riscos decorrentes das mudanças climáticas. DESTAQUE 70 Durante o período 2013-2014 foi realizado um grande esforço para sistematizar a discussão sobre segurança humana, tendo em vista a importância que vem assumindo a questão dos desastres associados aos eventos climáticos extremos. Como resultado do “IV Programa de Estudos em População e Ambiente: segurança humana em contexto de desastres” foi realizado uma série de articulações com diversos grupos acadêmicos, envolvendo também diversos agentes nessa ação, como representantes: da sociedade civil; das três instâncias da gestão das políticas públicas; da defesa civil; da assistência social. O trabalho de articulação desses diversos agentes foi concretizado em 2014 com a publicação do livro “Segurança Humana no Contexto dos Desastres”. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES UNICAMP, UFMG, UFRN, UFPR, UnB, PUC Campinas, UFPA, UFSCar COORDENADORES ROBERTO LUIZ DO CARMO [email protected] HELOISA SOARES DE MOURA COSTA [email protected] Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Av. Albert Einstein, 1300, CP 6166 13083-852, Campinas, SP, Brasil +5519 35215898 DESTAQUES CIENTÍFICOS Segundo Carmo e Anazawa (2014), o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais indica que houve um aumento expressivo no número de ocorrências de desastres, totalizando 8.671 ocorrências na década de 1990, e 23.238 na década de 2000. A distribuição dos danos humanos para o período considerado (19912010) aponta que a estiagem e seca são os desastres que mais afetam pessoas (53,41%), por serem mais recorrentes. Já as inundações bruscas atingem 21,34% da população do Brasil e causam maior número de óbitos (43,19%), enquanto que os óbitos por seca e estiagem representam 10,38%. A região Sudeste apresenta grande parte das ocorrências de estiagem e secas (35%) e inundações bruscas (32%) do total registrado para o país. A diversidade de regimes climáticos da região é decorrente da variabilidade longitudinal e de relevo, a maritimidade e continentalidade, além da atuação de sistemas tropicais e extratropicais de latitudes médias. O Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Anuário de Desastres Naturais revelaram que o ano de 2011 concentrou o maior volume de óbitos decorrentes dos desastres. O Anuário de Desastres Naturais de 2012 registrou para o ano de 2012 um total de 93 óbitos. O grande volume de óbitos em 2011 deve-se ao megadesastre da região Serrana do Rio de Janeiro, que deixou 912 mortos, além de 350 pessoas desaparecidas e 45 mil pessoas desabrigadas. Este evento foi considerado um megadesastre, o maior da história do país. Já em 2012, o número de afetados foi maior devido aos resultados das secas/estiagem na região Nordeste. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Do conjunto de participantes no início da pesquisa, houve uma grande evolução: - Ricardo Ojima: pós-doutorando no início, ao longo da pesquisa realizou concurso e foi contratado pela Universidade Federal do Rio Grande de Norte (UFRN); - Eduardo Marandola Junior: pós-doutorando, realizou concurso e foi contratado pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP); - Zoraide Amarante Itapura Miranda: pós-doutoranda, realizou concurso e foi contratado pela Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano; - César Augusto Marques da Silva: realizou doutoramento ligado à pesquisa do INCT e foi contratado com professor da Escola Nacional de Ciência Estatística (ENCE-IBGE); Ou seja, todos os pós-doutorandos ligados ao conjunto de projetos que incluía o INCT assumiram posições importantes na academia e na gestão pública. Da mesma forma, Igor Cavallini Johansen terminou seu Mestrado em Demografia, e agora cursa o Doutorado em Demografia na UNICAMP. Francine Modesto dos Santos vai defender a sua tese de Doutorado em Demografia no dia 13 de março de 2015, e será a última estudante do grupo que iniciou trabalho associado aos temas de pesquisa do INCT para Mudanças Climáticas. INTERFACE CIÊNCIA-POLÍTICAS PÚBLICAS Conforme já apontado, como resultado do “IV Programa de Estudos em População e Ambiente: segurança humana em contexto de desastres” foi realizado uma série de articulações com diversos grupos acadêmicos, envolvendo também diversos agentes nessa ação, como representantes: da sociedade civil; das três instâncias da gestão das políticas públicas; da defesa civil; da assistência social. O trabalho de articulação desses diversos agentes foi concretizado em 2014 com a publicação do livro “Segurança Humana no Contexto dos Desastres”. FINANCIAMENTOS Houve uma interface muito grande na utilização de recursos do INCT, subprojeto Megacidades e Rede CLIMA – sub-rede Cidades. Ao mesmo tempo havia interface também com o projeto ‘Urban Growth, Vulnerability and Adaptation: Social and Ecological Dimensions of Climate Change on the Coast of São Paulo’, financiado pela FAPESP (Processo 2008/58159-7), projeto esse que foi desenvolvido no âmbito do Núcleo de Estudos de População (NEPO) e do Núcleo de Estudos e Pesquisas Ambientais (NEPAM), ambos da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Todos esses projetos foram concebidos e aprovados sob a coordenação do Prof. Daniel Joseph Hogan. Com a morte precoce do Prof. Hogan, foram necessários rearranjos de equipes e reformulações. Todos esses projetos foram finalizados em 2014. 71 PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Carmo RL, Anazawa TM. Mortalidade por desastres no Brasil: o que mostram os dados. Ciência e Saúde Coletiva (Impresso), v. 19, p. 3669-3681, 2014. Nawarotzki RJ, Guedes GR, Carmo RL. Affluence and Objective Environmental Conditions: Evidence of Differences in Environmental Concern in Metropolitan Brazil. Journal of Sustainable Development, v. 7, p. 173-193, 2014. Carmo RL, Dagnino RS, Johansen IC. Transição demográfica e transição do consumo urbano de água no Brasil. Revista Brasileira de Estudos de População (Impresso), v. 31, p. 169-190, 2014. Economia das Mudanças Climáticas PALAVRAS-CHAVE análise de impacto, modelagem sistêmica, modelos computáveis de equilíbrio geral, economia da mudança climática, análise econômica espacial, ciência regional. PRINCIPAL PERGUNTA DE PESQUISA • Quais os impactos econômicos das mudanças climáticas? • Que regiões e setores serão os mais afetados pelas mudanças climáticas? • Qual a trajetória futura de emissões de gases de efeito estufa (GEE) no Brasil? • Quais as alternativas de políticas de controle de emissões de GEE no Brasil? O subprojeto tem se dedicado a dois temas principais. Um é o desenvolvimento de metodologias aplicadas para análise de impactos socioeconômicos das mudanças climáticas no Brasil, com destaque para a construção de modelos de equilíbrio geral computável e simulações de impactos de eventos extremos. O subprojeto tem desenvolvido também trabalhos na temática de emissões de gases de efeito estufa, mercados de carbono e políticas de controle de emissões. Também tem trabalhado na interface destes modelos econômicos com outros temas relevantes na pesquisa sobre mudanças climáticas, como energia, agricultura, demografia e saúde. Os pesquisadores do subprojeto são os responsáveis pelas primeiras simulações de impacto econômico das mudanças climáticas para o Brasil; e pelas mais relevantes análises de políticas brasileiras de controle de emissões de gases de efeito estufa. • Como as políticas climáticas de outros países afetam o Brasil? • Quais os impactos de ações domésticas de mitigação sobre a economia brasileira? • Quais os impactos dos biocombustíveis na mitigação das mudanças climáticas? DESTAQUE 72 Análises dos impactos de eventos extremos: uma inundação severa na cidade de São Paulo, como a observada em 2008, representaria perdas totais de R$ 1,4 bilhões de reais, com 68% desse efeito na cidade de São Paulo, e 32% no restante do país. Políticas de mitigação (reduções de emissões de gases de efeito estufa no Brasil): a redução de emissões no Brasil pode ser atingida com pequenos custos em termos de perda de atividade econômica, embora metas mais ambiciosas tenham que ser adotadas a longo prazo. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES FEA-USP, FEARP-USP, ESALQ-USP, CEDEPLAR-UFMF, UFJF, UFBA, IPEA-RJ COORDENADORES EDUARDO HADDAD [email protected] JACQUES MARCOVITCH [email protected] Universidade de São Paulo (USP) Av. Prof. Luciano Gualberto, 908 05508-900, São Paulo, SP, Brasil +5511 38131444 Figura 1: Política de melhoria da eficiência energética tem apresentado resultados promissores. Foto: Marcos Santos/USP DESTAQUES CIENTÍFICOS A política brasileira restritiva ao desmatamento na Amazônia e nos Cerrados, capaz de evitar a perda de 68 milhões de hectares de florestas e cerrados até 2050 deve gerar perdas econômicas pouco expressivas, de até 0,15% no PIB. A produção agropecuária sofreria perdas de até 1,9% na produção e de 4% nas exportações. Esses resultados sugerem custos econômicos pouco expressivos diante dos potenciais benefícios de preservação ambiental, e devem-se em grande parte à capacidade de aumento em produtividade das pastagens brasileiras e conversão de áreas de vegetação secundária e subaproveitadas em cultivos agrícolas. No caso brasileiro, os estudos apontam que metas ambiciosas de redução de emissões por meio de políticas de taxação de carbono, devem estar associadas a períodos mais longos de tempo; e metas menos ambiciosas a períodos mais curtos, devido à própria estrutura atual da matriz energética brasileira intensiva em fontes mais “limpas”. Os resultados apontados pela política de melhoria da eficiência energética, por seu turno, são promissores. Com a elevação da eficiência energética a economia passa a crescer mais, reduzindo suas emissões de GEE, mesmo considerando alguns de seus custos. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Uma aluna de mestrado acadêmico em Economia da FEA-RP/USP, bolsista DTI-C, desenvolveu estudo 73 Figura 2: Política de combate ao desmatamento da Amazônia e Cerrado: custos econômicos para a agropecuária são pouco expressivos, graças aos ganhos de produtividade. Foto: Agência USP de Notícias sobre os impactos dos investimentos na produção de petróleo da camada de pré-sal sobre a economia e as emissões brasileiras de gases de efeito estufa. mudanças climáticas. Doutor posteriormente aprovado em concurso para Professor Adjunto na FEA-UFJF. Uma tese de doutorado defendida no Cedeplar-UFMG sobre estratégias de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa na Economia brasileira. Doutora posteriormente aprovado em concurso para Professor Adjunto na FEA-UFMG. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS Uma tese de doutorado defendida na FEA-USP sobre modelagem do uso da terra e impactos de Participação de diversos pesquisadores do subprojeto como autores principais e colaboradores no Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, nos grupos de trabalho GT3 (Mitigação das Mudanças Climáticas) e GT2(Impactos, Vulnerabilidades e Adaptação). FINANCIAMENTOS BNDES (financiamento não reembolsável com recursos do Fundo de Estruturação de Projetos - BNDES FEP), CNPq (Universal, Ciências Sociais Aplicadas, Programa de Cooperação CNPq/MIT, Produtividade em Pesquisa) e CAPES. PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Haddad EA, Teixeira E. Economic Impacts of Natural Disasters in Megacities: The Case of Floods in São Paulo, Brazil. Habitat International, 2014. Estudos de Ciência, Tecnologia e Políticas Públicas PALAVRAS-CHAVE mídias, sociologia, antropologia, percepções, política, políticas públicas PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Qual é o papel da ciência em processos de decisão sobre o clima no Brasil? • Como poderão a ciência e os processos de tomada de decisão melhorarem para próativamente e efetivamente otimizar políticas pública sobre clima no Brasil? • Como é que vários atores entendem e se relacionam com o tema de mudanças climáticas? • Como podemos entender variações aparentes nos entendimentos de atores nacionais, e qual é o papel das mídias nacionais (jornais impressos) nas discussões e “framings” do tema? Explorando o papel da ciência e de “policy networks” (redes de atores) em políticas públicas de mudanças climáticas no Brasil, o projeto adotou uma variedade de métodos quantitativos e qualitativas. Foi analisado o conteúdo relacionado às mudanças climáticas em quatro grandes jornais nacionais de 2002 a 2012, com destaque central nos anos 2007, 2008 e 2011. Além disso, entrevistas foram feitas e respostas colhidas com um questionário, ambos explorando as ações e as posições de atores chaves nas discussões nacionais de políticas públicas do clima. Como resultado, o projeto tem identificado os atores e os debates mais centrais nas discussões nacionais sobre as mudanças climáticas. O projeto faz parte do projeto Compon (www. compon.org), o qual coordena estudos semelhantes em 18 países no mundo, seguindo uma metodologia padronizado afim de poder intercomparar diferentes países e regiões do mundo e assim melhorar entendimento do desenvolvimento (ou falta de tal desenvolvimento) de políticas públicas de clima em nível nacional e internacional. DESTAQUE 74 A ênfase tem sido sobre a realização de coleta de dados e processamento de dados e a análise de ligações ciênciamídia-políticas relacionadas às mudanças climáticas, com especial atenção para a forma como os impactos ambientais da produção e consumo de carne são abordados nos três domínios. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Universidade de Brasília , Universidade de Minnesota e Universidade do Colorado Fonte: Broadbent et al., “The COMPON Project: Introduction and Comparative Overview”, manuscript submitted to this issue of Climatic Change. Figura 1: International Scale in International Comparison. DESTAQUES CIENTÍFICOS COORDENADOR MYANNA LAHSEN [email protected] Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Av. dos Astronautas, 1758 12227-010, São José dos Campos, SP, Brasil +5512 32086840 / 7126 O estudo da cobertura de mudanças climáticas em quatro grandes jornais brasileiros de 2002-2012 identificou um desajuste profundo entre a causa principal das emissões nacionais de gases de efeito estufa e as principais causas e soluções em foco em debates públicos e, portanto, em processos de tomada de decisão. As emissões naionais provêm centralmente do uso da terra e têm forte connexão com a produção de carne. Embora a ciência foque cada vez mais nos impactos ambientais negativas do alto nível de produção e consumo de carne ao nível internaional, esse conchecimento crítico quase não se transmite para o público brasileiro pelos grandes jornais impressos estudados. O estudo identificou duas tendências que se destacam em intercomparação internacional: um forte foco em processos de decisão ao nível internacional e uma relutância em vincular eventos de desastres naturais à mudança climática antrópica, em contraste com as tendências observadas em outros países, como por exemplo os Estados Unidos. Os resultados são analisados em dois manuscritos de artigos científicos. 75 INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS O tabu nacional quanto ao assunto de carne nas mídias nacionais destaca a necessidade de novas instituições para incentivar discussões e ações para a sustentabilidade ambiental, especialmente em áreas onde há fortes interesses econômicos, políticos e culturais contra uma mudança do status quo. A inovação institucional necessária tem que incluir mudança na economia política das mídias de comunicação. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Durante este período, uma aluna de doutorado esteve vinculada ao projeto. FINANCIAMENTOS Este projeto tem recebido poucos recursos do INCT-MC. A maioria foi pago com bolsa de pesquisa do CNPq. No inicio do projeto, as pesquisas foram apoiados por uma bolsa do U.S. National Science Foundation. PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Barnes J, Dove M, Lahsen M, Mathews A, McElwee P, McIntosh R, Moore F, O’Reilly J, Orlove B, Puri R, Weiss H and Yager K. “Anthropology’s Contribution to the Study of Climate Change.” 2013. Nature Climate Change. Vol. 3, June, pp. 541-544. Lahsen M. “Climategate: The Role of the Social Sciences.” Climatic Change, 119(3):547-58. DOI: 10.1007/s10584-013-0711-x, Published online 6 March 2013. Lahsen M. “Anatomy of Dissent: A Cultural Analysis of Climate Skepticism,” American Behavioral Scientist, 57(6):732-53. Doi 10.1177/0002764212469799. Published online 10 January 2013. Emissões de Lagos e Reservatórios PALAVRAS-CHAVE gases de efeito estufa, séries temporais, modelagem numérica, frentes frias, recursos hídricos PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Quais os principais efeitos da passagem sucessiva de frentes frias sobre os processos de estratificação e mistura no reservatório de Itumbiara (GO)? • Como as propriedades ópticas inerentes e aparentes modificam a cor da água durante o ciclo hidrológico no reservatório de Funil (RJ)? DESTAQUE 76 Com a aquisição do modelo ELCOMCAEDYM, iniciou-se experimentos numéricos com o objetivo de simular a dinâmica e as emissões de carbono por estes ambientes, e avaliar os impactos das mudanças climáticas sobre as emissões de carbono. Atualmente, os reservatórios Hidrelétricos Itumbiara, no bioma Cerrado, e Tucuruí, no bioma Amazônia estão sendo estudados. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES A questão da geração hidrelétrica e do meio ambiente sempre esteve repleta de discussões em torno da viabilidade destes projetos e dos impactos ambientais negativos impostos onde se instalavam. No tocante à emissão de gases precursores do efeito estufa (dióxido de carbono - CO2; metano - CH4; óxido nitroso - N20), a hidroeletricidade sempre esteve cogitada como uma fonte de energia limpa e renovável, quando comparada principalmente com as alternativas termelétricas, que empregam a queima de combustíveis fósseis na geração de energia elétrica. Durante a década de 90, as hidrelétricas passaram a ser investigadas e conclusões da época afirmavam que seus reservatórios poderiam estar também contribuindo para a intensificação do efeito estufa, através da emissão de gases biogênicos, produto da decomposição de material orgânico em sua bacia de acumulação. Porem, os reserva- tórios hidrelétricos tem um papel estratégico no desenvolvimento do Brasil. A maior parte das atividades brasileiras esta baseada na energia hidrelétrica. Assim, pesquisas tem que ser desenvolvidas para assegurar a segurança energética e hídrica. DESTAQUES CIENTÍFICOS A ocorrência de frentes frias sobre o reservatório de Itumbiara impacta a circulação e mistura vertical da coluna d’água significativamente, e é responsável por intensificar o processo de resfriamento diferencial, gerando correntes de densidade que exportam água da região litoral (oxigenada e rica em nutrientes) para a zona pelágica. Estes podem ser processos chave que controlam a evasão de carbono em reservatórios sujeitos a passagem de frentes firas. Adicionalmente, os resultados obtidos neste estudo indicam que as mudanças potenciais na INPE, UFRJ. COORDENADORES MARCO AURÉLIO DOS SANTOS (1) [email protected] JOSÉ LUIZ STECH (2) [email protected] (1) Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Centro de Tecnologia, Bloco C, sala 211 Cidade Universitária – CP 68565 21941-972, Rio de Janeiro RJ, Brasil +5521 25628763 (2) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Av. dos Astronautas, 1758 12227-010, São José dos Campos, SP, Brasil +5512 32086473 Figura 1: Resultados da simulação para o reservatório da UHI: (a-l) evolução da temperatura da superfície da água (WST) ao longo do outono e inverno de 2010. 77 Emissões de Lagos e Reservatórios Figura 3: Resultados preliminares da simulação do balanço de carbono no reservatório da UHE Tucuruí utilizando o modelo acoplado ELCOM-CAEDYM. 78 Figura 4: Condição de bloom de algas em Funil (RJ) Figura 4: Condição de bloom de algas em Funil (RJ) atividade de frentes frias sobre a América do Sul, devido a variabilidade do clima, podem levar a uma significante alteração das emissões de carbono por estes sistemas aquáticos. No reservatório de Funil foram desenvolvidos estudos, na área de bio-óptica, e tiveram como objetivo: quantificar a concentração de Clorofila-a no reservatório através de algoritmos e modelagem bio-optica; e identificar a floração de algas, principalmente cianobactérias (Ficocianina) utilizando modelagem bio-óptica e dados de sensoriamento remoto. Os resultados são importantes, pois 79 Figura 5: Radiômetros da TriOS em operação no reservatório de Funil (RJ). se sabe que o crescimento dessas algas tem um impacto na saúde das pessoas e animais que vivem nas margens desses corpos d´água, podendo ser fatal. A floração de algas e as alterações no índice trófico nos reservatórios são de grande importância para a dinâmica do carbono nestes ambientes. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS 1) Caracterização e avaliação da dinâmica sazonal das propriedades bio-ópticas do reservatório de funil com apoio de sensoriamento remoto, dados in situ e modelos ópticos. 2) Re-parametrização de um algoritmo quasi analítico e estimação de ficocianina para um reservatório tropical FINANCIAMENTOS Houve recursos complementares de dois projetos financiados pela FAPESP, no valor aproximado de R$ 600.000,00. Os recursos foram utilizados no desenvolvimento de três dissertações de mestrado e uma tese de doutorado. 3) Impactos das mudanças climáticas sobre a emissão de carbono em reservatórios hidrelétricos Amazônicos: o caso da UHE Tucuruí, Pará, Brasil. PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Curtarelli MP, Alcântara E, Rennó C, Stech J. Effects of cold fronts on MODIS-derived sensible and latent heat fluxes in Itumbiara Reservoir (Central Brazil). Advances in Space Research, v. 52, p. 1668-1677, 2013. Ogashawara I, Curtarelli M, Souza A, Augusto-Silva P, Alcântara E, Stech J. Interactive Correlation Environment (ICE) - A Statistical Web Tool for Data Collinearity Analysis. Remote Sensing, v. 6, p. 3059-3074, 2014. Processos de Combustão PALAVRAS-CHAVE sequestro de CO2 , combustão via recirculação química, CLR, CLC, fatores de emissão, regeneração de florestas. PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Quais características físico-químicas de um transportador de oxigênio e quais parâmetros reacionais são determinantes para sua utilização em processo CLC ou CLR? • Como acontece a regeneração das espécies arbóreas e sequestro de CO2 nas áreas atingidas pelo fogo? • Quais os fatores de emissão dos gases CO2 , CO, CH4 , C2 , C3 e PM2.5 emitidos durante a combustão de biomassa na floresta Amazônica? DESTAQUE Os resultados mais promissores foram obtidos com o TO Nb2O5/ɣ- Al2O3, inédito na literatura e diferentemente de todos os demais, altamente seletivo ao processo CLR. 80 INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES LCP/INPE, PETROBRAS, FEG/UNESP, EMBRAPA/Acre, UW – Seattle. O Grupo de Catálise do LCP/INPE deu continuidade às atividades de pesquisas que visam utilizar a combustão de gás natural para produzir energia, sem a emissão para a atmosfera de gases poluentes, tais como CO, CO2 e NOx. No estudo, 2 processos estão envolvidos na combustão de CH4, tomado como reagente modelo: CLC (Chemical-looping Combustion), o qual leva à produção de CO2 (capturado subsequentemente) e/ou CLR (Chemical-looping Reforming), que produz H2 (fonte limpa de energia) e CO (reagente básico na indústria petroquímica). Os estudos confirmaram de forma inequívoca que a seletividade a um ou outro desses processos depende fundamentalmente da escolha do óxido metálico transportador de oxigênio (TO). Outro tema que envolve o subprojeto é quantificação dos fatores de emissão dos principais gases provenientes da combustão de biomassa, tanto em campo na região da Amazônia, como em ensaios de Laboratório. Estes dados servem como parâmetros para se estimar realmente quanto que o desmatamento da floresta Amazônica contribui para o efeito estufa. A regeneração de florestas também é estudada neste subprojeto, cujos dados obtidos são totalmente experimentais. material contendo o metal nióbio (Nb), com auxílio das técnicas de microscopias eletrônicas (varredura e transmissão em alta resolução) e EDS do material contendo o metal nióbio (Nb), análises estas efetuadas na Université Paris VI com a colaboração dos doutores Gerald Djéga-Mariadassou e Roberta Brayner. Pode-se destacar também a quantificação de poluentes emitidos durante a queima de biomassa florestal em laboratório. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS O conhecimento sobre os processos de combustão é fundamental para todos os debates sobre mudança climática, pois tem implicações para a economia, meio ambiente e políticas públicas, em todas as escalas. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Duas Dissertações no período: Influência dos parâmetros reacionais e da composição dos transportadores de oxigênio, aplicáveis aos processos de combustão e reforma do metano, com recirculação química; e Quantificação de poluentes emitidos durante a queima de biomassa florestal em laboratório. DESTAQUES CIENTÍFICOS COORDENADORES TURIBIO GOMES SOARES NETO [email protected] JOSÉ AUGUSTO JORGE RODRIGUES [email protected] FERNANDO FACHINI FILHO [email protected] Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Rodovia Presidente Dutra, km 39 12630-000, Cachoeira Paulista, SP, Brasil +5512 31869256 Dentre os diferentes óxidos metálicos investigados no LCP/ INPE, os trabalhos passaram a se concentrar em dois deles NiO e Nb2O5. O primeiro deles é o mais estudado e utilizado em plantas semi-industriais. Com o objetivo de identificar a influência da natureza do suporte, o óxido de níquel, NiO, foi suportado em duas diferentes aluminas, obtendo-se NiO no caso de uma alfa (α) Al2O3), material seletivo ao processo CLC, e a fase ativa NiAl2O4, seletiva principalmente ao processo CLR, quando uma gama (ɣ) Al2O3 foi utilizada como suporte. A figura 1 apresenta a morfologia e a composição do FINANCIAMENTOS Todos os subprojetos recebem recursos do INCT, o que, em conjunto, permite manter a infraestrutura do laboratório e o intercâmbio de pesquisadores (diárias e passagens). Figura 1: Microscopias eletrônicas de varredura (MEV), transmissão (MET) e EDS do material contendo o nióbio suportado em uma alumina. 81 PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Amaral SS, Carvalho Jr. JA, Costa MAM, Soares Neto TG, Dellani R, Leite LHS. Comparative study for hardwood and softwood forest biomass: Chemical characterization, combustion phases and gas and particulate matter emissions., Bioresource Technology 164 (2014) 55–63. Amorim EB, Carvalho Jr. JA, Soares Neto TG, Anselmo E, Saito VO, Santos JC. Influence of specimen size, tray inclination and air flow rate on the emission of gases from biomass combustion., Atmospheric Environment, 74 (2013) 52 – 59. Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) PALAVRAS-CHAVE REDD, desmatamento, Amazônia Brasileira, mudanças climáticas, desenvolvimento com baixas emissões. PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Quais os princípios e critérios necessários para que uma Estratégia Nacional de REDD seja operada de maneira unificada no país? • Qual a interface entre um possível regime de REDD nacional e o cumprimento das metas de redução de emissões brasileiras, estabelecidas pela lei que rege a Política Nacional de Mudança Climática? O Brasil consolidou sua posição de líder mundial nos esforços de redução das emissões de gases de efeito estufa oriundas do desmatamento. Desde 2005, mais de 3.2 bilhões de toneladas de gás carbônico deixaram de ser emitidos para atmosfera por conta da redução da destruição e queima da floresta amazônica. Como consequência deste desempenho, o Brasil avançou no debate sobre o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD). Previsto no âmbito da Convenção Quadro da ONU sobre Mudança Climática, REDD poderá compensar aqueles países como o Brasil que empreenderem esforços de redução de emissões de desmatamento. Com o apoio do INCT, este subprojeto vem, nos últimos quatro anos, auxiliando o governo brasileiro, estados amazônicos (Acre, Mato Grosso e Pará) e a sociedade (Observatório do REDD) no debate e na construção da Estratégia Nacional de REDD+ (ENREDD). DESTAQUE 82 Os resultados obtidos com apoio do INCT foram importantes na construção dos critérios a implementação e operacionalização da ENREDD, atualmente em construção sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente. Também o subprojeto fez uma contribuição importante para a discussão sobre a repartição de benefícios de REDD entre povos indígenas da Amazônia. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES IPAM. Figura 1: Publicação sobre os benefícios de REDD para povos indígenas tem auxiliado a FUNAI na sua tratativa sobre projetos de carbono em terras indígenas. DESTAQUES CIENTÍFICOS COORDENADORES PAULO MOUTINHO [email protected] Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) SHIN CA-5, Lote J2, Bloco J2, Salas 304/309 71503-505, Brasília, DF, Brasil +5561 34682206 Várias importantes publicações oriundas deste subprojeto foram destaque, tanto no meio científico, como também serviram de fonte de informações para qualificar melhor o debate do governo brasileiro ao redor da ENREDD. No período, foram publicados dois artigos em revistas científicas e vários materiais (boletins) para a divulgação dos resultados. Ainda, um livro foi lançado trazendo, pela primeira vez, uma visão indígena mais aprofundada sobre a repartição de benefícios de REDD entre os povos indígenas da Amazônia brasileira. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS Os resultados deste subprojeto continuam auxiliando o governo brasileiro, estados amazônicos (Acre, Mato Grosso e Pará) e a sociedade (Observatório do REDD) no debate e na construção da Estratégia Nacional de REDD+ (ENREDD). Em especial, a publicação sobre os benefícios de REDD para povos indígenas tem servido de apoio para os debates sobre o papel destes povos na ENREDD e também auxiliado a FUNAI na sua tratativa sobre projetos de carbono em terras indígenas. Ainda, as informações geradas pelo subprojeto têm sido utilizadas na construção do primeiro sistema de pagamento por ações de REDD envolvendo assentamentos do INCRA no âmbito do Programa oficial “Assentamentos Verdes” e promovendo uma interface entre REDD e a implementação do Código Florestal. FINANCIAMENTOS O apoio do INCT-MC, no período, contou com recursos de contrapartida da Climate and Land Use Alliance (CLUA), da Embaixada da Noruega e do Fundo Espanhol para América Latina e Caribe, através de apoios diretos ao Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. PRINCIPAIS EVENTOS O principal evento foi o lançamento da publicação sobre repartição de benefícios de REDD entre povos indígenas, que contou com a presença da Coordenação Geral de Gestão Ambiental (CGGAM) da FUNAI, e com representantes da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e COIAB (23 maio). PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Nery D et al. 2013. Indigenous Peoples and the Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degradation (REDD+) mechanism in the Brazilian Amazon - Subsidies to the Discussion of Benefits Sharing – 1st edition (September 2013) – Brasília, DF: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia. ISBN 978-8587413-04-8. Available from: http:// bit.ly/IPAM719. Lapola D et al. 2013. Pervasive transition of the Brazilian land-use system. Nature Climate Change 12: DOI: 10.1038/nclimate2056. Azevedo, A. et al. 2014. Cadastro ambiental rural e sua influência na dinâmica do desmatamento na Amazônia Legal. Available from: http:// www.ipam.org.br/biblioteca/livro/ Amazonia-em-Pauta-N-3-Cadastroambiental-rural-e-sua-influenciana-dinamica-do-desmatamento-naAmazonia-Legal/749. 83 Modelagem de Mudanças Climáticas Globais: Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre (BESM) PALAVRAS-CHAVE modelagem do sistema climático global, modelos numéricos, modelo brasileiro do sistema terrestre (BESM) PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Como projetar as mudanças climáticas em escala global e regional decorrentes de ações antrópicas e naturais utilizando-se de modelos numéricos que consideram as interações entre os componentes físicos do sistema terrestre; o oceano, a atmosfera, a criosfera e a biosfera? DESTAQUE Geração de cenários de mudanças climáticas globais com o modelo BESM, utilizadas para geração de cenários regionais sobre o Brasil com o modelo Eta. Artigo de validação do modelo BESM publicado no Journal of Climate (Nobre et al. 2013), participação do Brasil no projeto CMIP5. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES 84 CPTEC e CCST/INPE, UFPE, UFV, USP, UNESP, UFRGS, UNICAMP, UFLA, UFSM, UNIFEI, UNB, UFMG, INPA, UEA, UERJ, FURG/IO, FUNCEME, LAMEPE, EMBRAPA, INPA O subprojeto de construção do Modelo Brasileiro do Sistema Climático – BESM tem como objetivo gerar a capacidade de modelagem do sistema terrestre no Brasil, visando a construção de cenários de mudanças climáticas globais com especial ênfase nos processos que causam variações climáticas sobre o Brasil. Fruto do trabalho coordenado entre o INPE e diversas Universidades no Brasil e no exterior, o BESM constitui-se, de fato, um modelo de desenvolvimento comunitário nacional com suporte internacional. Por sua natureza transversal aos demais projetos de pesquisa relativos às mudanças climáticas, a construção do BESM constitui elemento fundamental para os projetos voltados desde a detecção, atribuição, até os impactos das mudanças climáticas globais e suas medidas de mitigação e adaptação. Dentre suas mais relevantes conquistas estão a participação pioneira do Brasil como nação contribuinte para os cenários globais de mudanças climáticas do projeto CMIP-5, base para a elaboração do quinto relatório do IPCC. Além deste, contribuiu com cenários de mudanças climáticas para a 3a Comunicação Nacional de Mudanças Climáticas do Brasil à Convenção Quadro para Mudanças Climáticas da ONU. COORDENADORES PAULO NOBRE(1) [email protected] MARCOS HEIL COSTA(2) [email protected] (1) Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Rodovia Presidente Dutra, km 39 12630-000, Cachoeira Paulista, SP, Brasil +5512 31868425 (2) Universidade Federal de Viçosa (UFV) Av. P H. Rolfs, s/n 36570-000, Viçosa, MG, Brasil +5531 38991899 DESTAQUES CIENTÍFICOS Foi gerada a segunda versão do BESM, baseada no acoplamento da versão 4.0 do modelo atmosférico global do CPTEC com microfísica de nuvens e modelo de vegetação dinâmica IBIS, ao modelo oceânico global do GFDL (MOM4 verão p1). Foram gerados novos cenários de mudanças climáticas para os perfiz de forçante radiativa RCP 8.5 e 6.5 do programa CMIP5. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Três alunos de pós-graduação (doutoramento) no INPE, atuando nas áreas de transferência turbulenta de momento e calor na interface ar-mar; nos processos de retroalimentação na interface gelo marinho-atmosfera; efeito da maré oceânica na topografia de fundo para a variabilidade climática de longo período. FINANCIAMENTOS Pesquisa financiada pelos projetos INCT-MC, Rede CLIMA, FINEP e Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais – PFMPCG. INFRAESTRUTURA O projeto utiliza a infraestrutura de supercomputação da Rede CLIMA e PFPMCG instalada no INPE para os desenvolvimentos, testes e integrações longas, com mais de dez mil anos de integrações do BESM já realizadas. PRINCIPAIS EVENTOS Foram realizados dois cursos de especialização na modelagem da camada limite planetária atmosférica e sobre microfísica de nuvens, no CPTEC/INPE, com professores do NCAR e participação da equipe de desenvolvimento do BESM além de alunos de pós-graduação do INPE e Universidades Brasileiras. 85 Figura 1: Variação da temperatura do ar a 2m (esquerda) e da precipitação pluviométrica (direita) computadas pelo modelo BESM2.4-Ssib para concentração de CO2 atmosférico de 1200 ppmv, representativo do cenário RCP 8.5 no ano 2100. Fonte: Vinicius Capistrano, comunicação pessoal (2014), artigo em preparação. PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Nobre P, Siqueira LSP, De Almeida RAF, Malagutti M, Giarolla E, Castelão GP, Bottino MJ, Kubota P, Figueroa SN, Costa MC, Baptista Jr M, Irber Jr L, Marcondes GG. Climate simulation and change in the Brazilian Climate Model. J. Climate, 26, 6716-6732. doi: 10.1175/ JCLI-D-12-00580.1, 2013. Modelo de Circulação Global do CPTEC PALAVRAS-CHAVE Modelo de Circulação Global Atmosférico (MCGA), desenvolvimento, validação, esquemas de parametrização, simulações climáticas PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Qual a habilidade do MCGA CPTEC/INPE em reproduzir teleconexões atmosféricas, extremos de precipitação e temperatura, e os padrões de variabilidade climática? • Quais são os desenvolvimentos que necessitam ser realizados no MCGA para melhorar os resultados quando comparados com observação, e como devem ser aplicados? DESTAQUE Realização de testes com as novas implementações e de integrações climáticas de 30 anos e 5 membros, com a versão mais recente. Os resultados foram analisados em relação à climatologia de variáveis atmosféricas e à variabilidade climática, os quais serão apresentados em artigo científico. 86 INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Universidade de São Paulo, Universidade Federal do Ceará, Laboratório Nacional de Computação. O MCGA CPTEC/INPE, o qual tem um núcleo dinâmico e esquemas de parametrização física tem sido melhorado ao longo dos anos, através de novas implementações no seu código, e sua versão mais recente apresenta uma evolução em relação à versão inicial. Essas implementações foram realizadas nos últimos anos, durante o período do projeto INCT. Os principais objetivos desse projeto são desenvolver e implementar parametrizações e introduzir modificações no código do modelo com o fim de melhorar a representação das variáveis meteorológicas. Este subprojeto tem relação principalmente com os subprojetos Modelo Brasileiro do Sistema Terrestre e Interação Biosfera-Atmosfera. Neste período foram realizados testes com diferentes esquemas de microfísica, com aplicação de parâmetros de propriedades ópticas, com a implementação do esquema semi-lagrangeano para umidade e com a inclusão da parametrização de fluxos sobre o oceano e sobre o gelo. Os principais testes no modo climático foram a verificação da sensibilidade à climatologia de precipitação sobre a América do Sul e à variabilidade climática. DESTAQUES CIENTÍFICOS Foram realizadas 5 integrações de 30 anos com as novas implementações para análise das condições climatológicas e de variabilidade climática. Além da climatologia de diversas variáveis atmosféricas, o modelo representou bem algumas características do sistema de monção da América do Sul, como a diferença de precipitação entre verão e inverno (Figura 1), a variação sazonal no fluxo de umidade integrado na vertical (Figura 2) e o padrão típico de dipolo de precipitação de verão associado à Zona de Convergência do Atlântico Sul. Entretanto índices de extremos diários mostram uma subestimativa em representar a intensidade de precipitação em grande parte da América do Sul (Figura 3 a,b) e uma superestimativa dos dias consecutivos secos (Figura 3c,d). Assim, embora o modelo represente bem algumas configurações climatológicas, as deficiências notadas na quantidade de precipitação diária requerem uma atenção especial nos esquemas relacionados com precipitação, como convecção e microfísica de nuvens. Novas implementações e desenvolvimentos estão sendo realizados para melhorar esses aspectos. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Conclusão de trabalho de tese de doutorado da aluna Renata G. Tedeschi no tema: As influências de tipos diferentes de ENOS na precipitação e nos seus eventos extremos sobre a América do Sul- Observações, simulações e projeções. No estudo foi usado o MCGA CPTEC/INPE para analisar a representação dos fenômenos El Nino e La Nina e a influência destes na precipitação e extremos sobre a América do Sul. Em andamento tese de doutorado da aluna Kelen M. Andrade no tema “A influência de telecone- COORDENADOR IRACEMA F. A. CAVALCANTI [email protected] Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Rodovia Presidente Dutra, km 39 12630-000, Cachoeira Paulista, SP, Brasil +5512 32086027 / 32868478 Figura 1: Southern Annular Mode (SAM) obtido do primeiro modo de Funções Ortogonais Empíricas (a) Dados de reanálise ERA, (b) MCGA CPTEC/INPE. Apenas a configuração deve ser comparada. Os sinais dependem da série temporal das amplitudes. xões em sistemas frontais sobre o Brasil”. A relação com os objetivos do sub-projeto é o uso do MCGA CPTEC/INPE para analisar a habilidade do modelo em representar essas influências. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS As melhorias que estão sendo realizadas no MCGA CPTEC/INPE podem servir de referência para mostrar a confiabilidade que os órgãos relacionados com políticas públicas podem ter nos resultados do modelo em representar a variabilidade climática, a frequência e intensidade de eventos extremos de precipitação e as condições atmosféricas associadas. C A B D FINANCIAMENTOS Auxílio à pesquisa pelo CNPq. Figura 2: Fluxo de umidade integrado verticalmente e convergência de umidade (a), (b) MCGA CPTEC/INPE, (c), (d) reanálise ERA Interim. Painel superior: DJF e painel inferior: JJA. INFRAESTRUTURA Está sendo criado um Laboratório de Modelagem Atmosférica - virtual (INCT) e físico (INCT e CPTEC) no CPTEC, para treinamento e realização de experimentos com o MCGA CPTEC/INPE. A C B D PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Tedeschi, R.G. , 2013. As influências de tipos diferentes de ENOS na precipitação e nos seus eventos extremos sobre a América do SulObservações, simulações e projeções. Tese de doutorado no INPE. Figura 2: Fluxo de umidade integrado verticalmente e convergência de umidade (a), (b) MCGA CPTEC/INPE, (c), (d) reanálise ERA Interim. Painel superior: DJF e painel inferior: JJA. 87 Modelagem Múltiplas Escalas: um Desafio Para Futuros Esforços em Modelagem PALAVRAS-CHAVE variabilidade natural do clima; modelagem climática; papel da variabilidade natural do clima na formulação de políticas públicas PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Quais são os mecanismos dinâmicos que explicam a troca de energia entre escalas (dinâmica interna e forçantes externas)? • Quais são as estratégias de modelagem numérica mais eficientes para modelar a interação entre escalas? • Como explorar a incerteza em modelos climáticos? DESTAQUE 88 Refinamentos na modelagem acoplada oceano-atmosfera através de modelos simplificados de cada componente. O refinamento da análise ocorreu através da introdução de parametrizações de processos físicos associados ao efeito da convecção úmida. Os resultados levaram à preparação de um artigo que deverá ser submetido à publicação no início de 2015 e a ampliação dos estudos sobre interação entre escalas com o estabelecimento de uma nova linha de trabalho com o acoplamento entre um modelo simplificado da estratosfera com um modelo simplificado da troposfera. Pretende-se explorar os mecanismos de conexão entre a variabilidade solar no espectro ultravioleta, impactos na camada de ozônio da estratosfera e eventuais conexões com a troposfera via processos não lineares associados à ressonância não linear. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES LNCC/MCTI, IME/USP, IAG/USP, CPTEC/INPE COORDENADOR PEDRO LEITE DA SILVA DIAS [email protected] Universidade de São Paulo (USP) Rua do Matão, 1226 05508-090, São Paulo, SP, Brasil +5511 30914808 Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) Av. Getúlio Vargas, 333 - Quitandinha 25651-075, Petrópolis, RJ, Brasil +5524 22336000 O clima é um exemplo muito evidente de um fenômeno multiescala na natureza. Uma hipótese plausível para a melhoria da qualidade dos cenários climáticos futuros, sob o aumento da concentração de gases de efeito estufa, é que esses modelos devam ter melhor desempenho na previsão de clima sazonal e tempo. Por trás desta hipótese está a noção de interação entre escalas, isto é, que as escalas de tempo e espaço menores tenham influência na evolução das escalas mais longas no tempo e espaço. A chamada “previsão sem emendas” (“seamless prediction”) constitui a tendência na modelagem climática atual. Neste subprojeto são explorados alguns aspectos teóricos da interação entre escalas e são exploradas algumas possibilidades de modelagem numérica dos processos de interação entre escalas. DESTAQUES CIENTÍFICOS a. No último relatório foi informada a montagem de um método multiescala para estudar de forma teórica as interações não lineares entre o oceano e a atmosfera através de ressonância onda-onda com um método perturbativo multiescala. No período referente a este relatório, houve uma significativa contribuição na análise das interações entre oceano e atmosfera que envolvem escalas temporais que vão da intrassazonal (20-60 dias), interanual (2-6 anos) e decenal/multi-decenal (10-30 anos). A nova contribuição é o alvo de uma publicação que está em fase final de preparação (Gutierrez et al. 2015) a ser submetido ao Journal of Atmospheric Sciences. A nova contri- buição refere-se aos seguintes itens: (i) refinamento da técnica de perturbação assintótica, (ii) modificações no método de Riemann para resolver a componente lenta da solução do modelo que tornou mais explícita a contribuição não linear dos termos provenientes da dinâmica e das parametrizações dos processos físicos. O artigo Ramirez et al. (2015) estabelece um modelo multiescala no espaço e tempo que permite identificar processos climáticos relevantes em 3 principais escalas: (i) Intradiurna/Sinótica/Intrasazonal, (ii) Sinótica/ Intrasazonal/Interanual-ENSO e (iii) Intrasazonal/Interanual/ Decenal. No caso (i), a nova contribuição refere-se ao papel da interação oceano/atmosfera pois o mecanismo intrinsicamente atmosférico já havia sido explorado nos anos anteriores. b. Do ponto de vista observacional, visando um melhor entendimento das interações multiescala na formação/manutenção da estrutura da Zona de Convergência do Atlantico Sul (ZCAS), foi publicado o artigo Jorgeti et al. (2013) no Climate Dynamics. Esse artigo explora a relação entre anomalias de temperatura do mar e a posição e intensidade da ZCAS. c. Foi publicado o artigo Ferraz et al. (2013) que explora incertezas nos modelos de previsão climática, com ênfase no modelo do CPTEC. Observa-se que a questão da subestimativa do sinal da variabilidade intrasazonal contribui significativamente para o viés negativo na simulação da precipitação da região Sul do Brasil. Esse trabalho corrobora, do ponto de vista da modelagem, alguns resultados teóricos obtidos no item (a) acima referentes ao papel da oscilação intrasazonal. d. Foi defendida a dissertação de Mestrado intitulada “Energética dos Modos Normais da Dinâmica Atmosférica Não-Hidrostática” pelo aluno André Seiji Wakate Teruya, orientado pelo Dr. Carlos Frederico Mendonça Raupp no IAG/USP. O trabalho analisou a energética linear e fracamente não-linear dos modos normais de um modelo atmosférico global, baroclínico, compressível, não-hidrostático e incluindo a geometria esférica da Terra. Os modos normais correspondem às soluções de ondas lineares livres das equações governantes do modelo na presença de um estado básico em repouso e em equilíbrio hidrostático. No entanto, para simplificar a análise matemática, considerou-se ainda um estado básico isotérmico. Esses modos foram determinados, seguindo o procedimento descrito no artigo de Kasahara e Qian (2000). Em seguida, foi computada a energia total bem como cada uma de suas componentes para os modos acústico-inerciais e de gravidade-inerciais e analisada a variação dessas energias com o número de onda zonal. Da energética dos modos, foi possível concluir que os efeitos não-hidrostáticos são mais acentuados nos modos gravito-inerciais mais curtos. Além disso, foi mostrado que a energia dos modos acústico-inerciais está concentrada nas energias do tipo elástica e cinética vertical. Entretanto, a energia cinética vertical diminui, enquanto a energia elástica aumenta com o aumento do número de onda zonal. Para aprofundar o estudo sobre a dinâmica dos modos normais do modelo em questão, realizou-se o estudo das interações fracamente não lineares permitidas pelo modelo. Mais especificamente, foram analisadas as trocas de energia de um tripleto ressonante composto por dois modos acústico-inerciais e um modo gravito-inercial. Em experimentos numéricos foi possível mostrar que mesmo os modos de altíssima frequência (com períodos de oscilação temporal de aproximadamente 15 segundos) podem realizar trocas significativas de energia cujo período de oscilação característico pode variar de algumas horas até um período de aproximadamente vinte dias. Além disso, mostrou-se que essas trocas de energia modulam as perturbações dos campos de vento e pressão. e. Foi defendida a Tese de Doutorado intitulada Dinâmica Não-Linear de Ondas de Rossby MHD nos Dínamos Solar e Terrestre”, do aluno Breno Raphaldini Ferreira da Silva, no IAG/USP, orientado pelo Dr. Carlos Frederico Mendonça Raupp. Este trabalho reflete o início de um nova atividade do grupo referente à análise da conexão entre a variabilidade solar e o clima terrestre. Dois exemplos de dínamos naturais de grande importância são o dínamo solar e o dínamo terrestre. Em comum ambos os campos magnéticos, do Sol e da Terra, apresentam uma complexa variação temporal em diversas escalas de tempo, incluindo reversões de polaridade do dipolo magnético. Estes campos magnéticos surgem num fluído condutor em movimento sob ação da força magnética e da força de Coriolis. Neste contexto ondas de Rossby magnetohidrodinâmicas surgem como soluções das equações que regem estes dínamos em sua forma linearizada. Mostra-se primeiramente que ondas de Rossby fornecem uma explicação para estrutura espaço-temporal do ciclo solar comumente descrita pelo diagrama de borboleta, como o confinamento das manchas numa faixa que se estende entre -40° e 40° em latitude, a migração da atividade solar em direção ao equador e a ciclicidade na escala decenal. No contexto do geodínamo mostramos que a troca de energia entre ondas de Rossby, com a inclusão de forçantes apropriadas e dissipação, pode reproduzir diversos aspectos do processo de reversões do campo geomagnético. Também é explorada a possibilidade de acoplamentos entre conjuntos de ondas de Rossby (clusters de ondas), com separação de escalas, produzirem fenômenos como modulações na escala secular nos ciclos solares, incluindo o Mínimo de Maunder, e as variações na frequência das reversões do campo geomagnético, incluindo o fenômeno dos superchrons.” f. Em função dos resultados da tese de Breno Raphaldini, descrita no item e””, iniciou-se um novo estudo, no nível de pós-doutoramento, visando explorar a possibilidade de um mecanismo de interação entre as anomalias de aquecimento na estratosfera, causadas pelo impacto da variabilidade da emissão de energia do sol na banda ultravioleta, e as anomalias de aquecimento na troposfera, causadas pela convecção úmida 89 Modelagem Múltiplas Escalas: um Desafio Para Futuros Esforços em Modelagem na região tropical. O plano de trabalho de pós-doutoramento do Dr. Breno Raphaldini inclui: (i) análise observacional para identificar potenciais conexões entre variabilidade solar, ozônio na estratosfera e propagação da oscilação intrasazonal na troposfera tropical; (ii) desenvolvimento de um modelo estratosférico e outro troposféricos, simples e acoplados não linearmente, para avaliar o potencial papel de tripletos ressonantes não lineares com escala temporal da ordem de décadas ou mais longas. 90 g. Continua o trabalho que objetiva o aumento da escalabilidade do modelo OLAM. Entretanto, este trabalho foi prejudicado no último ano em função das dificuldades financeiras para manter a equipe de trabalho. h. Na linha de trabalhos mais teóricos sobre a interação entre escalas na região tropical foi publicado um artigo no Journal of Atmospheric Sciences sobre o impacto da liberação de calor latente, associado à convecção tropical, nas características da propagação de ondas equatoriais (Dias et al. 2013). Nesse trabalho, através de uma análise de soluções multiescala, determinou-se a perturbação causada pelo aquecimento na estrutura de ondas de Kelvin, mistas de Rossby-Gravidade etc., que são geradas por fontes localizadas de calor na região equatorial. i. Avaliação do impacto da discretização das equações do movimento numa grade icosaédrica na esfera. Este estudo foi o objeto principal da tese do Dr. Pedro Peixoto que publicou o artigo Peixoto & Barros (2014) no Journal of Computational Physics sobre a reconstrução de campos vetoriais para o uso de métodos semi-lagrangeanos em grades geodésicas em modelos aplicados a fluídos geofísicos. Os resultados representam uma importante contribuição na formulação de modelos com métodos numéricos matematicamente precisos e computacionalmente eficientes para tratar fenômenos em fluidos geofísicos que tenham características de interação entre escalas espaciais. j. Foi dada continuidade ao trabalho sobre análise do processo da incerteza nas previsões através de duas iniciativas: a. Uso do método denominado Influence Sampling Monte Carlo (ISMC) para avaliar o papel da não linearidade nas equações governantes aplicado a um sistema dinâmico com instabilidade. Foi submetido um artigo sobre o tema no Journal of Statistical Physics (Krause e Silva Dias, 2015). Nesse artigo o esquema ISMC é aplicado um modelo atmosférico simplificado, baseada nas equações da água rasa com uma fonte de massa parametrizada que representa o papel das forçantes convectivas na atmosfera. É essa fonte de massa que dá origem à instabilidade no sistema. b. Foi finalizado o trabalho de tese de doutoramento da aluna Amanda Sabatini, no LNCC, orientada pelo Dr. Pedro Leite da Silva Dias, Dr. Douglas Augusto e Dr. Helio Barbosa, com a tese intitulada “Aplicação da Computação Evolutiva na Previsão Quantitativa de Chuva por Conjunto”. Nesse trabalho é proposto um esquema de determinação de pesos atribuídos aos modelos previsores de precipitação, pesos dependentes do horário da previsão e da posição geográfica, que é comparado com metodologias mais clássicas, por ex., baseadas em processos bayesianos. A tese foi defendida no início de janeiro de 2015. O trabalho representa uma contribuição inovadora com o uso de técnicas de inteligência artificial baseadas em algoritmos genéticos para extrair informações úteis dos superconjuntos de previsões meteorológicas produzidas pelos centros internacionais globais e também por modelos regionais. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Doutoramentos: Pedro Peixoto (IME-USP), finalizado em 2013. Título: Análise de discretizações e interpolações em malhas icosaédricas e aplicações em modelos de transporte semi-lagrangianos. Orientador: Saulo Rabello Maciel de Barros. Amanda Sabatini (LNCC/MCTI) - a ser defendida no início de 2015. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS O subprojeto não interage diretamente com formuladores de políticas públicas. Entretanto, o tema abordado (mecanismos associados à variabilidade natural do clima) serviram de motivação para uma série de palestras sobre o papel da incerteza científica na formulação de políticas públicas sobre mudanças climáticas. Os resultados do subprojeto apontam, claramente, para mecanismos internos de variabilidade climática que expli- cam oscilações climáticas com período da ordem de décadas. Mais recentemente, o projeto vem contribuindo com novas informações sobre os mecanismos que controlam a influencia da variabilidade solar sobre o clima terrestre. no IMPA no Rio de janeiro em 18 de junho de 2013. Foram realizadas 6 apresentações: FINANCIAMENTOS 2. Mixing in internal shocks and the lock-exchange problem – Paul Milewski (Univ. Of Bath) • Bolsa de doutoramento CNPq (Pedro Peixoto) . • Bolsa de doutoramento de Amanda Sabatini (CAPES) . • Recurso do projeto CESTE/ FINEP, coordenado pelo Dr. Pedro L. da Silva Dias em temas relacionados com modelagem multiescala (término em 2014). PRINCIPAIS EVENTOS Foi realizado um encontro conjunto do INCT de Matemática e o INCT de Mudanças Climáticas 1. Upscaling energy from the diurnal to much longer time scales in the atmosphere: a nonlinear resonance mechanism – Pedro L. Silva Dias (LNCC/MCTI and IAG/USP). 3. On the stability of elementar stratified shear flows - Ricardo Barros (IMPA) 4. Topological Derivatives: Theory and Applications – Andre Novotny (LNCC/MCTI) 5. Solitary waves in river networks – André Nachbin (IMPA) 6. Pilot-wave hydrodynamics – John Bush (MIT) de fenômenos multiescala em diferentes modelos. As apresentações tornam evidente que os procedimentos usados apresentam similaridades mas existem diferenças importantes. O encontro permitiu a troca de experiências entre os pesquisadores e incentivou a exploração de métodos alternativos para resolver de forma mais robusta a modelagem da troca de energia entre escalas pequenas e grandes (ou rápidas e lentas no caso do tempo). Técnicas baseadas em transformações conformes, derivadas topológicas e análise estatística do comportamento de sistemas caóticos constituem ferramentas potencialmente robustas que devem ser aplicadas nos modelos climáticos de baixa resolução. O ponto comum entre as apresentações é o tratamento PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Peixoto PS, Barros SRM. On vector field reconstructions for semi-Lagrangian transport methods on geodesic staggered grids. Journal of Computational Physics (Print), v. 273, p. 185-211, 2014. Dias J, Silva Dias PL, Kiladis GN, Gehne M. Modulation of shallow-water equatorial waves due to a varying equivalent height background, Journal of the Atmospheric Sciences, 70,9,2726-2750, 2013. Ferraz SET, Souto RP, Silva Dias PL, Velho HFC, Ruivo HM. Analysis for precipitation climate prediction on South of Brazil, Revista Ciência e Natura, 496-500, 2013, Centro de Ciências Naturais e Exatas – UFSM. 91 Tecnologias Observacionais para Mudanças Climáticas PALAVRAS-CHAVE materiais carbonosos, diamante dopado com boro, nitrato, sensores cerâmicos de umidade, cerâmica nanoporosa, umidade ambiental. PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Os eletrodos de diamante podem ser utilizados como produto de um sensor em larga escala no mercado? • Os reatores de tratamento de águas podem ser viabilizados para o escalonamento em uso industrial ou doméstico? DESTAQUES -degradação eletroquímica de pesticida à base de carbofurano utilizando reator de fluxo com quatro eletrodos de diamante dopados Considerando a estreita relação entre os recursos naturais e mudanças climáticas/ambientais, é crescente interesse para os setores acadêmicos, empresariais, ambientais e de política pública o desenvolvimento de novas tecnologias que podem atuar tanto como sensores como em processos de limpeza de água bem como as que permitem realizar observações de longo prazo de baixo custo, assim este subprojeto pode se relacionar aos Subprojetos de: Mudanças de uso da Terra, Agricultura, Recursos Hídricos, Economia nas Mudanças Climáticas, Saúde Humana, Ciclos Biogequímicos Globais e Gases de Efeito Estufa. As conquista relevantes associadas às tecnologias desenvolvidas neste Projeto são o desenvolvimento de eletrodos de diamante micro/nanocristalinos modificados ou não aplicados em escala de laboratório como sensores de fenol, sensores de metal pesado (cadmio e chumbo), remoção de poluentes orgânicos, como pesticidas e corantes, e remoção de nitrato em reatores eletroquímicos. Este subprojeto deu suporte ao desenvolvimento de um sistema de amostragem de gases e aerossóis utilizando tubos de adsorção. -detecção de cádmio em água com limites inferiores a 1 ppb -detecção de chumbo em água com limite de 1 ppb 92 -Implantação de rede de observação de espécies de nitrogênio. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Centro de Ciência do Sistema Terrestre e Laboratório Associado de Sensores e Materiais), LAS/LABEMAC (Neidenei Gomes Ferreira e Mauricio Baldan) e TECAMB (Maria do Carmo Nono). Figura 1: Processo de degradação eletroquímica de corante têxtil utilizando eletrodo de diamante dopado em função da densidade de corrente aplicada. DESTAQUES CIENTÍFICOS • Remoção de mais de 90% do car- COORDENADOR MARIA CRISTINA FORTI [email protected] Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) Av. dos Astronautas, 1758 12227-010, São José dos Campos, SP, Brasil +5512 32086047 bono orgânico total na degradação de corante em célula eletroquímica • Remoção de mais de 90% do carbono orgânico total na degradação de pesticida em reator eletroquímico de fluxo • Obtenção de um Limite de Detecção para Cádmio menor que 1 ppb utilizando eletrodos de nanodiamante dopados (limite água potável Ministério da Saúde até 5 ppb) • Obtenção de um Limite de Detecção para Chumbo de 1 ppb utilizando eletrodos de nanodiamante dopados (limite água potável Ministério da Saúde ate 10 ppb) • Rede de observação de N-reativo implantada no Estado de São Paulo. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS A degradação de orgânicos por processo eletroquímico representa um tratamento de água em nível terciário para remoção de poluentes persistentes que não podem ser degradados por tratamentos convencionais. As detecções de cádmio e chumbo atendem o nível exigido pelos órgãos públicos além de ser um processo mais fácil e mais barato. A FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Uma iniciação científica em reator de degradação de pesticida, um doutorado em degradação de corante, um doutorado em degradação de fenol e dois mestrados em remoção de nitrato. B FINANCIAMENTOS C O INCT ajudou a alavancar novos recursos para ampliar/continuar estudos vinculados ao INCT tais como: FAPESP Proc 2013/171300; CNPq Proc 475567/2013-7; CNPq Proc 470132/2013-2 e FAPESP Proc 2012/06416-1 Figura 2: Imagens das soluções do corante Verde brilhante eletrolisadas em meio de K2SO4 (0,1 mol L-1), utilizando densidades de corrente de (A) 30, (B) 75 e (C) 100 mA cm-2 93 Figura 3: Curvas de decaimento da concentração do corante Verde Brilhante (λ= 426 nm) em função do tempo de eletrólise nas diferentes densidades de corrente estudadas (30, 75 e 100 mA cm-2) em função do tempo de eletrólise PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Arantes TM, Sardinha AF, BAldan MR, Cristovan FH, Ferreira NG. Lead detection using micro/nanocrystalline boron-doped diamond by square-wave anodic stripping voltammetry. Talanta (Oxford), v. 128, p. 132-140, 2014. Couto AB, Ribeiro MCE, Migliorini FL, Ferreira NG, BAldan MR. A comparative study of copper electrodeposition and photoelectrodeposition on boron doped diamond. Diamond and Related Materials, v. 38, p. 104-108, 2013. Cordeiro GS, Rocha RS, Valim RB Migliorini FL, BAldan MR, Lanza MRV, Ferreira NG. Degradation of profenofos in an electrochemical flow reactor using boron-doped diamond anodes. Diamond and Related Materials, v. 32, p. 54-60, 2013. Sistemas de Informações para a Redução de Riscos de Desastres Naturais PALAVRAS-CHAVE desastres naturais, sistema de alerta precoce, deslizamentos, inundações, vulnerabilidades, áreas de risco PRINCIPAIS PERGUNTAS DE PESQUISA • Como aprimorar o monitoramento da ocorrência de desastres naturais em regiões do Brasil, com dias ou horas de antecedência, e aumentar a capacidade de gestão de risco, de modo a reduzir danos materiais e a quantidade de vítimas, incluindo ações preventivas que permitam a evacuação da população ameaçada com a devida antecedência? DESTAQUE 94 Aprimoramentos da plataforma denominada Sistema de Alerta e Visualização de Condições de Risco – SALVAR, que possibilita integrar, visualizar e manipular diversas informações em um único ambiente (dados pluviométricos, hidrológicos, meteorológicos, geotécnicos, descargas elétricas e alertas de descargas elétricas etc.) para melhorias na interface visual, mineração de redes sociais e futura emissão de alertas automáticos de desastres naturais. INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES INPE/MCTI e CEMADEN/MCTI Os principais desastres naturais registrados no Brasil são decorrentes de excesso de água (deslizamentos em encostas, desmoronamentos, inundações, enxurradas), ou de falta d’água (colapso de safras agrícolas e de sistemas de abastecimento de água a populações humanas e animais, causadas por secas no Nordeste e em outras áreas susceptíveis, como o Sul). Considerando que os fenômenos climáticos extremos deflagradores de desastres naturais já estão se tornando mais frequentes e intensos e esta tendência se acentuará com as projetadas mudanças climáticas, propôs-se inicialmente no subprojeto desenvolver, implementar, testar e validar duas aplicações de um sistema semiautomático de previsões e informações hidrometeorológicas e ambientais em apoio ao processo de tomada de decisões para o gerenciamento de desastres naturais provocados por condições hidrometeorológicas e climáticas extremas. Atualmente, considera-se dispor de sistema que permita que tomadores de decisão avaliem o impacto dos desastres sobre os sistemas sociais, econômicos e ambientais para subsidiar ações preventivas antecipadas. DESTAQUES CIENTÍFICOS COORDENADOR REGINA CÉLIA DOS SANTOS ALVALÁ [email protected] Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) Rodovia Presidente Dutra, km 39 12630-000, Cachoeira Paulista, SP, Brasil Monitoramento contínuo de condições hidrometeorológicas e climáticas adversas capazes de deflagrar processos que produzam risco iminente de ocorrência de desastres naturais. Com base em dados e informações ambientais in situ e remotas (pluviômetros, radares meteorológicos, estado da vegetação, fluviometria, mapeamento de áreas susceptíveis a desastres naturais, etc.) são realizadas análises dos riscos de impactos de secas severas, para os municípios com áreas de risco de desastres mapeadas. Monitoramento periódico dos impactos de secas severas no Nordeste do Brasil, a partir de diagnóstico e análises de situação de riscos hidrometeorológicos, considerando informações provenientes de diversas fontes, como dados da rede de estações meteorológicas (CEMADEN, INPE, INMET e Centros Estaduais de Meteorologia); dados de balanço hídrico (Programa de Monitoramento Climático em Tempo Real da Região Nordeste PROCLIMA/CPTEC/INPE); dados de sensoriamento remoto (NASA) e dados de previsão climática sazonal (CPTEC/INPE e NCEP/NOAA). Tanto os produtos de monitoramento quanto a previsão são classificados e agregados a indicadores socioeconômicos para o desenvolvimento de índices de criticidade da seca, como o risco agroclimático e o risco de desabastecimento de água à população do semiárido. FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS Três mestrados (dois concluídos, um em andamento), três doutorados em andamento. INTERFACE CIÊNCIAPOLÍTICAS PÚBLICAS No escopo do desenvolvimento de um Sistema de Informações para a Redução de Riscos de Desastres Naturais, associado à missão do CEMADEN/MCTI, estão sendo desenvolvidos pesquisas e produtos que subsidiam a formulação de estratégias de prevenção e mitigação dos efeitos dos desastres naturais e a formulação de ações em todos os níveis de governo. FINANCIAMENTOS O subprojeto proveu uma bolsa de doutorado para um aluno vinculado à PG-CST. Outras pesquisas relacionadas estão sendo financiadas pelo Projeto “Assessment of Impacts and Vulnerability to Climate Change in Brazil and strategies for Adaptation Options - IVA (FAPESP 2008/58161-1)”. PRINCIPAIS EVENTOS Reuniões técnicas realizadas em fevereiro, junho e agosto de 2014, no âmbito da parceria Japão-Brasil, via Projeto Gides (executado pelo Ministério das Cidades, CEMADEN/MCTI, CENAD/MI, Serviço Geológico Brasileiro/CPRM, e cooperação de especialistas japoneses do Ministério da Terra, Transporte, Infraestrutura e Turismo – MLIT, Agência de Meteorologia do Japão e outros órgãos de expertise na área através da Agência de Cooperação Internacional do Japão – Jica). O objetivo principal é a redução de riscos de desastres geológicos através de medidas preventivas, cujos principais resultados serão a melhoria dos sistemas de avaliação e mapeamento de riscos, monitoramento e alerta e também o planejamento urbano para prevenção de desastres. Tais melhorias serão efetivadas após a elaboração e validação de manuais técnicos que serão aplicados nos municípios-piloto selecionados (Nova Friburgo e Petrópolis, RJ e Blumenau, SC). PUBLICAÇÕES SELECIONADAS Camarinha PIM, Canavesi V, Alvalá RCS. Shallow landslide prediction and analysis with risk assessment using a spatial model in the coastal region in the state of São Paulo, Brazil. Natural Hazards and Earth System Sciences Discussions, v. 1, p. 5199-5236, 2013. 95 Comitê Científico C. A. Nobre, INPE (Coordenador) J. Marengo, INPE (Vice-Coordenador) A. Cirilo, UFPE (Recursos Hídricos) A. P. Aguiar, INPE (Mudanças dos Usos da Terra) C. Barcellos, FIOCRUZ (Saúde – Clima Global e Mudanças Ambientais e seus Impactos na Saúde Humana) M. Forti, INPE (Tecnologias Observacionais para Mudanças Climáticas) J. A. Rodrigues, INPE (Processos de Combustão) M. Lahsen, INPE (Estudos de Ciência, Tecnologia e Políticas Públicas) J. L. Stech, INPE (Emissões de Lagos e Reservatórios) J. Marcovitch, USP (Economia das Mudanças Climáticas) J. Marengo, INPE (Cenários; Detecção e Atribuição; Redução de Incertezas) C. Garcia, FURG (Zonas Costeiras) J. Muelbert, FURG (Zonas Costeiras) C. Joly, UNICAMP (Biodiversidade, Estrutura e Funcionamento de Ecossistemas) J. Ometto, INPE (Ciclos Biogeoquímicos Globais) E. Campos, USP (Oceanos) 96 I. Cavalcanti, INPE (CPTEC - Modelo de Circulação Geral da Atmosfera) E. Haddad, USP (Economia das Mudanças Climáticas) E. Pereira, INPE (Energias Renováveis) F. Fachini Filho, INPE (Procesos de Combustão) F. Scarano, UFRJ (Biodiversidade, Estrutura e Funcionamento de Ecossistemas) G. Câmara, INPE (Mudanças dos Usos da Terra) J. Tomasella, INPE (Recursos Hídricos) J. Trotte, DHN (Oceanos) L. C. Costa, UFV (Agricultura) L. Machado, INPE (Redução de Incertezas em Modelos e Cenários Climáticos) L. Martinelli, USP (Ciclos Biogeoquímicos Globais) M. A. Santos, UFRJ (Emissões de Lagos e Reservatórios) G. Fisch, DCTA (Amazônia) M. Bustamante, UnB (Biodiversidade; Ciclos Biogeoquímicos Globais) H. Rocha, USP (Ciclos Biogeoquímicos Globais) M. Cardoso, INPE (Interações BiosferaAtmosfera) H. S. de Moura Costa, UNICAMP (Urbanização e Megacidades) M. Copertino, FURG (Zonas Costeiras) M. Costa, UFV (Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global) P. Alvalá, INPE (Gases de Efeito Estufa) P. Artaxo, USP (Amazônia) P. Moutinho, IPAM (Redução de Emissões por Desflorestamento e Degradação Florestal REDD) P. Nobre, INPE (Modelo Brasileiro do Sistema Climático Global; Oceanos) P. Silva Dias, LNCC (Modelagem Multiescala) R. Alvalá, INPE (Redução de Riscos de Desastres Naturais) R. L. do Carmo, UNICAMP (Urbanização e Megacidades) S. Hacon, FIOCRUZ (Saúde – Clima Global e Mudanças Ambientais e seus Impactos na Saúde Humana) S. T. Ferraz, UFSM (Detecção, Atribuição e Variabilidade Natural do Clima) T. Ambrizzi, USP (Detecção, Atribuição e Variabilidade Natural do Clima) T. G. Soares Neto,INPE (Processos de Combustão) Secretaria Executiva INCT para Mudanças Climáticas Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE Centro de Ciência do Sistema Terrestre – CCST Av. dos Astronautas, 1758 12227-010 – São José dos Campos, São Paulo, Brasil Gestora Executiva Erica Menero [email protected] (12) 3208-7945 PUBLICAÇÕES SELECIONADAS A Base Científica Artigos publicados em periódicos internacionais indexados Amazônia ALLAN, J. D.; MORGAN, W. T.; DARBYSHIRE, E.; FLYNN, M. J.; WILLIAMS, P. I.; ORAM, D. E.; ARTAXO, P.; BRITO, J.; LEE, J. D.; COE, H. Airborne observations of IEPOX-derived isoprene SOA in the Amazon during SAMBBA. Atmospheric Chemistry and Physics Discussion, v. 14, p. 12635-12671, 2014. ARTAXO, Paulo; RIZZO, Luciana V.; BRITO, Joel F.; BARBOSA, Henrique, M. J.; ARANA, Andrea; SENA, Elisa T.; CIRINO, Glauber, G.; BASTOS, Wanderlei; MARTIN, Scot T.; ANDREAE, Meinrat O. Atmospheric aerosols in Amazonia and land use change: from natural biogenic to biomass burning conditions. Faraday Discussions, v. 13, p. 1039, 2013. 98 BELA, M. M.; LONGO, K. M.; FREITAS, S. R.; MOREIRA, D. S.; BECK, V.; WOFSY, S. C.; GERBIG, C.; WIEDEMANN, K.; ANDREAE, M. O.; ARTAXO, P. Ozone production and transport over the Amazon Basin during the dry-to-wet and wet-to-dry transition seasons. Atmospheric Chemistry and Physics Discussion, v. 14, p. 14005-14070, 2014. BARBOSA, H. M. J.; BARJA, B.; PAULIQUEVIS, T.; GOUVEIA, D. A.; ARTAXO, P.; CIRINO, G. G.; SANTOS, R. M. N.; OLIVEIRA, A. B. A permanent Raman lidar station in the Amazon: description, characterization, and first results. Atmospheric Measurement Techniques, v. 7, p. 1745-1762, 2014. BRITO, J.; RIZZO, L. V.; MORGAN, W. T.; COE, H.; JOHNSON, B.; HAYWOOD, J.; LONGO, K.; FREITAS, S.; ANDREAE, M. O.; ARTAXO, P. Ground based aerosol characterization during the South American Biomass Burning Analysis (SAMBBA) field experiment. Atmospheric Chemistry and Physics Discussion, v. 14, p. 12279-12322, 2014. CHEN, Q.; FARMER, D. K.; RIZZO, L. V.; PAULIQUEVIS, T.; KUWATA, M.; KARL, T. G.; GUENTHER, A.; ALLAN, J. D.; COE, H.; ANDREAE, M. O.; POSCHL, U.; JIMENEZ, J. L.; ARTAXO, P.; MARTIN, S. T. Finemode organic mass concentrations and sources in the Amazonian wet season (AMAZE-08). Atmospheric Chemistry and Physics Discussion, v. 14, p. 16151-16186, 2014. CIRINO, G. G.; SOUZA, R. A. F.; ADAMS, D. K.; ARTAXO, P. The effect of atmospheric aerosol particles and clouds on net ecosystem exchange in the Amazon. Atmospheric Chemistry and Physics, v. 14, p. 6523-6543, 2014. DE OLIVEIRA ALVES, Nilmara; DE SOUZA HACON, Sandra; DE OLIVEIRA GALVÃO, Marcos Felipe; ARTAXO, P.; SIMÕES PEIXOTOC, Milena; DE CASTRO VASCONCELLOS, Pérola; DE MEDEIROS, Silvia Regina Batistuzzo. Genetic damage of organic matter in the Brazilian Amazon: a comparative study between intense and moderate biomass burning. Environmental Research, New York, v. 11, 2014. GONZALEZ, Nelida Jocelyn Donaji; BORG-KARLSON, Anna-Karin; ARTAXO, Paulo; GUENTHER, Alex; KREJCI, Radovan; NOZIERE, Barbara; NOONE, Kevin. Primary and secondary organics in the tropical Amazonian rainforest aerosols: chiral analysis of 2-methyltetraols. Environmental Science, v. 16, p. 1413-1421, 2014. MACHADO, L. A. T.; SILVA DIAS, Maria Assunção F.; MORALES, C. A.; FISCH, G. The CHUVA Project - how does convection vary across Brazil?. Bulletin of the American Meteorological Society, v. 95, p. 1-10, 2014. MARCIOTTO, Edson R.; FISCH, G. Wind tunnel study of turbulent flow past an urban canyon model. Environmental Fluid Mechanics, v. 13, p. 403-416, 2013. PACIFICO, F.; FOLBERTH, A.; STICH, S.; HAYWOOD, J.; ARTAXO, P.; RIZZO, L. V. Biomass burning related ozone damage on vegetation over the Amazon forest. Atmospheric Chemistry and Physics Discussion, v. 14, p. 1995519975, 2014. RIZZO, L. V.; ARTAXO, P.; MULLER, T.; WIEDENSOHLER, A.; PAIXÃO, M.; CIRINO, G. G.; ARANA, A.; SWIETLICKI, E.; Roldin, P.; FORS, E. O.; WIEDEMANN, K. T.; LEAL, L. S. M.; KULMALA, M. Long term measurements of aerosol optical properties at a primary forest site in Amazonia. Atmospheric Chemistry and Physics, v. 13, p. 2391-2413, 2013. ROOS, Christopher I.; BOWMAN, David M. J. S.; BALCH, Jennifer K.; ARTAXO, Paulo; BOND, William J.; COCHRANE, Mark; D’ANTONIO, Carlam M.; DEFRIES, Ruth; MACK, Michelle; JOHNSTON, Fay H.; KRAWCHUK, Meg A.; KULL, Christian A.; MORITZ, Max A.; PYNES, Stephen; SCOTT, Andrew C.; SWETNAM, Thomas W. Pyrogeography, historical ecology, and the human dimensions of fire regimes. Journal of Biogeography, v. 41, p. 833836, 2014. SENA, E. T.; ARTAXO, P.; CORREIA, A. L. Spatial variability of the direct radiative forcing of biomass burning aerosols and the effects of land use change in Amazonia. Atmospheric Chemistry and Physics, v. 13, p. 1261-1275, 2013. Cenários climáticos futuros e redução de incertezas MACHADO, L. A. T.; SILVA DIAS, M. A. F.; MORALES, C. A.; FISCH, Gilberto F.; et al. The CHUVA Project – how does convection vary across Brazil?. Bulletim of American Meteorological Society. SOLMAN, Silvina A.; SANCHEZ, E.; SAMUELSSON, P.; ROCHA, R. P.; LI, L.; MARENGO, J.; PESSACG, N. L.; REMEDIO, A. R. C.; CHOU, S. C.; BERBERY, H.; TREUT, H.; CASTRO, M.; JACOB, D. Evaluation of an ensemble of regional climate model simulations over South America driven by the ERA-Interim reanalysis: model performance and uncertainties. Climate Dynamics , v.41, p.1139-1157, 2013. Ciclos biogeoquímicos globais BAKER, I. T.; HARPER, A. B.; DA ROCHA, H. R.; DENNING, A. S. Surface ecophysiological behavior across vegetation and moisture gradients in tropical South America. Agriculturaland Forest Meteorology, v. 182, p. 177-188, 2013. CABRAL, Osvaldo M. R.; ROCHA, Humberto R.; GASH, John H.; LIGO, Marcos A.V.; RAMOS, Nilza Patricia; PACKER, Ana Paula; BATISTA, Eunice Reis. Fluxes of CO2 above a sugarcane plantation in Brazil. Agricultural and Forest Meteorology, v. 182-183, p. 54-66, 2013. CHRISTOFFERSEN; RESTREPO-COUPE, Bradley O.; ARAIN, Natalia; BAKER, M. Altaf; CESTARO, Ian t.; CIAIS, Bruno P.; FISHER, Phillippe; GALBRAITH, Joshua B.; GUAN, David; GULDEN, Xiaodan; HURK, Lindsey Van Den; ICHII, Bart; IMBUZEIRO, Kazuhito; JAIN, Hewlley; LEVINE, Atul; MIGUEZ-MACHO, Naomi; POULTER, Gonzalo; ROBERTI, Bem; SAKAGUCHI, Debora R.; SAHOO, Koichi; SCHAEFER, Alok; SHI, Kevin; VERBEECK, Mingjie; YANG, Hans; ZONG-LIANG, ARAÚJO; ALESSANDRO C.; et al.Mechanisms of water supply and vegetation demand govern the seasonality and magnitude of evapotranspiration in Amazonia and Cerrado. Agricultural and Forest Meteorology, v. 191, p. 33-50, 2014. BAKER, M.; CESTARO, Ian T.; CHRISTOFFERSEN, Bruno P.; CIAIS, Bradley; FISHER, Phillippe; GALBRAITH, Joshua B.; GUAN, David; HURK, Xiaodan Van Den; ICHII, Bart; IMBUZEIRO, Kazuhito; JAIN, Hewlley; LEVINE, Atul; MIGUEZMACHO, Naomi; POULTER, Gonzalo; et al. Inter-annual variability of carbon and water fluxes in Amazonian forest, Cerrado and pasture sites, as simulated by terrestrial biosphere models.Agriculturaland Forest Meteorology, v. 182-183, p. 145-155, 2013. GATTI, L. V.; GLOOR, M.; MILLER, J. B.; DOUGHTY, C. E.; MALHI, Y.; DOMINGUES, L. G.; BASSO, L. S.; MARTINEWSKI, A.; CORREIA, C. S. C.; BORGES, V. F.; FREITAS, S.; BRAZ, R.; ANDERSON, L. O.; ROCHA, H.; GRACE, J.; PHILLIPS, O. L.; LLOYD, J. Drought sensitivity of Amazonian carbon balance revealed by atmospheric measurements. Nature, London, v. 506, p. 76-80, 2014. Detecção, atribuição e variabilidade natural do clima RESTREPO-COUPE, Natalia; DA ROCHA, Humberto R.; HUTYRA, Lucy R.; ARAUJO, Alessandro C.; BORMA, Laura S.; CHRISTOFFERSEN, Bradley; CABRAL, Osvaldo M. R.; DE CAMARGO, Plinio B.; CARDOSO, Fernando L.; DA COSTA, Antonio C. Lola; FITZJARRALD, David R.; GOULDEN, Michael L.; KRUIJT, Bart; MAIA, Jair M. F.; MALHI, Yadvinder S.; MANZI, Antonio O.; MILLER, Scott D.; NOBRE, Antonio D.; VON RANDOW, Celso; SÁ, Leonardo D. Abreu; SAKAI, Ricardo K.; TOTA, Julio; WOFSV, Steven C.; ZANCHI, Fabricio B.; SALESKA, Scott R. What drives the seasonality of photosynthesis across the Amazon basin? A cross-site analysis of eddy flux tower measurements from the Brasil flux network. Agricultural and Forest Meteorology, v. 182, p. 128144, 2013. RUHOFF, A. L.; PAZ, A. R.; ARAGAO, L. E. O. C.; MU, Q.; MALHI, Y.; COLLISCHONN, W.; ROCHA, H. R.; RUNNING, S. W. Assessment of the MODIS global evapotranspiration algorithm using eddy covariance measurements and hydrological modelling in the Rio Grande basin. Hydrological Sciences Journal, v. 58, p. 1658-1676, 2013. VON RANDOW; ZERI, Celso; RESTREPOCOUPE, Marcelo; MUZA, Natalia; DE GONÇALVES, Michel N.; COSTA, Luiz Gustavo G.; ARAUJO, Marcos H.; MANZI, Alessandro C.; ROCHA, Antonio O.; SALESKA, Humberto R.; ARAIN, Scott R.; ALAF BOERS, NIKLAS, BOOKHAGEN, BODO, MARENGO, JOSÉ, MARWAN, NORBERT, VON STORCH, JIN-SONG, KURTHS, JÜRGEN Extreme rainfall of the South American monsoon system: A dataset comparison using complex networks. Journal of Climate. , v.25, p.141105124526009 - , 2014. BOERS, N., BOOKHAGEN, B., BARBOSA, H. M. J., MARWAN, N., KURTHS, J., MARENGO, J. A. Prediction of extreme floods in the eastern Central Andes based on a complex networks approach. Nature Communications. , v.5, p.5199 - , 2014. BOERS, NIKLAS, RHEINWALT, ALJOSCHA, BOOKHAGEN, BODO, BARBOSA, HENRIQUE M.J., MARWAN, NORBERT, MARENGO, JOSÉ, KURTHS, JÜRGEN. The South American Rainfall Dipole: A Complex Network Analysis of Extreme Events. Geophysical Research Letters. , v.89, p.n/a - n/a, 2014. DE LIMA, G. R. T.; STEPHANY, S.; DE PAULA, E. R.; BATISTA, I. S.; ABDU, M. A.; REZENDE, L. F. C.; AQUINO, M. G. S.; DUTRA, A. P. S. Correlation analysis between the occurrence of ionospheric scintillation at the magnetic equator and at the southern peak of the Equatorial Ionization Anomaly. Space Weather, v. 12, n. 6, p. 406-416, 2014. DONAT, M. G., ALEXANDER, L. V., YANG, H., DURRE, I., VOSE, R., DUNN, R. J. H., WILLETT, K. M., AGUILAR, E., BRUNET, M., CAESAR, J., HEWITSON, B., JACK, C., KLEIN TANK, A. M. G., KRUGER, A. C., MARENGO, J., PETERSON, T. C., RENOM, M., ORIA ROJAS, C., RUSTICUCCI, M., SALINGER, J., ELRAYAH, A. S., SEKELE, S. S., SRIVASTAVA, A. K., TREWIN, B., VILLARROEL, C., VINCENT, L. A., ZHAI, P., ZHANG, X., KITCHING, S. Updated analyses of temperature and precipitation extreme indices since the beginning of the twentieth century: The HadEX2 dataset. Journal Of Geophysical Research-Atmospheres; v. 118, n. 5, p. 2098-2118, MAR 16 2013. DRUMOND, A., MARENGO, J., AMBRIZZI, T., NIETO, R., MOREIRA, L., GIMENO, L. The role of the Amazon Basin moisture in the atmospheric branch of the hydrological cycle: a Lagrangian analysis. Hydrology and Earth System Sciences. , v.18, p.2577 - 2598, 2014. DRUMOND, A.; MARENGO, J.; AMBRIZZI, T.; NIETO, R.; MOREIRA, L.; GIMENO, L. The role of Amazon Basin moisture on the atmospheric branch of the hydrological cycle: a Lagrangian analysis. Hydrology and Earth System Sciences Discussions, v. 11, p. 1023-1046, 2014. ESPINOZA, JHAN CARLO, MARENGO, JOSÉ ANTONIO, RONCHAIL, JOSYANE, CARPIO, JORGE MOLINA, FLORES, LUÍS NORIEGA, GUYOT, JEAN LOUP The extreme 2014 flood in south-western Amazon basin: the role of tropicalsubtropical South Atlantic SST gradient. Environmental Research Letters, v.9, p.124007 - , 2014. MARENGO J. A., JOSYANE, R., ALVES, L. M. Tropical South America East of the Andes. Bulletin of the American Meteorological Society, v.94, p.S159 S160, 2013. MARENGO, JOSE A., Alves, Lincoln M., SOARES, WAGNER R., RODRIGUEZ, DANIEL A., CAMARGO, Helio, RIVEROS, MARCO PAREDES, PABLÓ, AMELIA DIAZ Two contrasting severe seasonal extremes in Tropical South America in 2012: Floods in Amazonia and Drought in Northeast Brazil. Journal of Climate, v.26, p.130712132648002 - 22, 2013. MARENGO, JOSE A., BORMA, LAURA S., RODRIGUEZ, DANIEL A., PINHO, PATRÍCIA, SOARES, WAGNER R., Alves, Lincoln M. Recent Extremes of Drought and Flooding in Amazonia: Vulnerabilities and Human Adaptation. American Journal of Climate Change. , v.02, p.87 - 96, 2013. 99 A Base Científica MENDES, David, MARENGO, JOSÉ ANTONIO, RODRIGUES, SIDNEY, OBREGÓN, GO, MARENGO, JA, NOBRE, CA Rainfall and climate variability: long-term trends in the Metropolitan Area of São Paulo in the 20th century. Climate Research. , v.61, p.93 107, 2014. OLIVEIRA, MAGALY Downscaling Statistical Model Techniques for Climate Change Analysis Applied to the Amazon Region. Advances in Artificial Neural Systems. , v.2014, p.1 - 10, 2014. PESSACG, NATALIA L., SOLMAN, SILVINA A., SAMUELSSON, PATRICK, SANCHEZ, ENRIQUE, MARENGO, JOSÉ, LI, LAURENT, REMEDIO, ARMELLE RECA C., ROCHA, ROSMERI P., MOURÃO, CAROLINE, JACOB, DANIELA The surface radiation budget over South America in a set of regional climate models from the CLARIS-LPB project. Climate Dynamics. , v.28, p.1 - 22, 2013. 100 PINHO, PATRICIA FERNANDA, MARENGO, JOSÉ A., SMITH, MARK STAFFORD Complex socio-ecological dynamics driven by extreme events in the Amazon. Regional Environmental Change (Print). , v.25, p.12 - 24, 2014. REBOITA, M. S.; DA ROCHA, R.P.; YNOUE, R. Climate Projections for South America: RegCM3 Driven by HadCM3 and ECHAM5. Advances Meteor, p. 1-17, 20014. SILVA, Gyrlene A. M.; DUTRA, Lívia M. M.; DA ROCHA, Rosmeri P.; AMBRIZZI, Tércio; LEIVA, Érico. Preliminary Analysis on the Global Features of the NCEP CFSv2 Sea- sonal Hindcasts. Advances in Meteorology, p. 1-21, 2014. VEIGA, José Augusto P.; AMBRIZZI, Tercio; PEZZA, Alexandre B. A Space domain energetics study for CO2 increasing based on SRES-A2 emission scenario. Advances in Meteorology, p. 1-19, 2013. VEIGA, José Augusto P.; PEZZA, Alexandre B.; AMBRIZZI, Tercio; RAO, V. Brahmananda; FRANCHITO, Sergio H.; YOSHIDA, Marcos C. The Energy Cycle Associated to the Pacific Walker Circulation and Its Relationship to ENSO. Atmospheric and Climate Science, v. 03, p. 627-642, 2013. Interações biosferaatmosfeta LAPOLA, D. M.; MARTINELLI, L. A.; PERES, C. A.; OMETTO, J. P. H. B.; FERREIRA, M. E.; NOBRE, C. A.; AGUIAR, A. N. P.; BUSTAMANTE, M. M. C.; CARDOSO, M. F.; COSTA, M. H.; JOLY, C. A.; LEITE, C. C.; MOUTINHO, P.; SAMPAIO, G.; STRASSBURG, B. B. N.; VIEIRA, I. C. G. Pervasive transition of the Brazilian land-use system. Nature Climate Change, v. 4, p. 27–35, 2013. DALLA-NORA, Elo; AGUIAR, Ana; LAPOLA, David; WOLTJER, Geert. Why have land use change models for the Amazon failed to capture the amount of deforestation over the last decade?. Land Use Policy, v. 39, p. 403–411, 2014. FERREIRA, Karine; CÂMARA, Gilberto; MONTEIRO, Antonio Miguel. An algebra for spatiotemporal data: from observations to events. Transactions in GIS, v. 18, n. 2, p. 253-269, 2014. KORTING, Thales; FONSECA, Leila; CÂMARA, Gilberto. GeoDMA - Geographic Data Mining Analyst. Computers e Geosciences, v. 57, p. 133–145, 2013. LAPOLA, David; MARTINELL, Luiz; PERES, Carlos; OMETTO, Jean; FERREIRA, Manuel ; NOBRE, Carlos; AGUIAR, Ana; CARDOSO, Manuel; COSTA, Marcos; JOLY, Carlos; LEITE, Christiane; MOUTINHO, Paulo; SAMPAIO, Gilvan; STRASSBURG, Bernardo Bernardo; VIEIRA, Ima; et al. Pervasive transition of the Brazilian land-use system. Nature Climate Change, v. 4, n. 1, p. 27-35, 2014. Mudanças nos usos da terra OMETTO, Jean; AGUIAR, Ana; ASSIS, Talita; SOLER, Luciana; VALLE, Pedro; TEJADA, Tejada; LAPOLA, David M.; MEIR, Patrick. Amazon forest biomass density maps: tackling the uncertainty in carbon emission estimates. Climatic Change, fev. 2014. CARNEIRO, Tiago; ANDRADE, Pedro; CÂMARA, Gilberto; MONTEIRO, Antônio Miguel; PEREIRA, Rodrigo Reis. An extensible toolbox for modelling nature-society interactions. Enviromental Modelling and Software, v. 46, p. 104-117, 2013. PEREIRA, L. O.; FREITAS, C. C.; SANT’ANNA, S. J. S.; LU, D.; MORAN, E. F. Optical and radar data integration for land use and land cover mapping in the Brazilian Amazon. GIScience and Remote Sensing, v. 50, p. 301-321, 2013. Artigos publicados em periódicos nacionais indexados Amazônia ANDRADE FILHO, Valdir Soares de; ARTAXO, P; HACON, Sandra; CARMO, Cleber Nascimento; CIRINO, Glauber. Aerossois de queimadas e doencas respiratorias em criancas, Manaus, Brasil. Revista de Saúde Pública, v. 47, p. 239-247, 2013. ARANA, Andréa; ARTAXO, Paulo. Elemental composition of the atmospheric aerosol in the central amazon basin. Química Nova, v. 37, p. 268-276, 2014. forest in Amazonia using LES model. Ciência e Natura, v. 35, p. 252-254, 2013. SCHUCH, D. A.; MARCIOTTO, E. R.; ACEVEDO, O.; FISCH, G.; AVELAR, A. C. Estudo do escoamento turbulento atmosférico utilizando ensaios em túnel de ventos e simulação numérica. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 29, p. 338-350, 2014. SCHUCH, Daniel; MARCIOTTO, E. R.; FISCH, G.; AVELAR, A. C. Perfils de vento e turbulência atmosférica simulados em túnel de vento. Ciência e Natura, v. Especial, p. 159-161, 2013. HASHI, F. S. C.; VIEIRA, L. C. G. Potential impacts of climate change on biogeochemical functioning of cerrado ecosystems. Brazilian Journal of Biology, v.72, p.655-671, 2012. MARTINELLI, L. A.; PINTO, A. S.; NARDOTO, G. B.; OMETTO, J. P. H. B.; FILOSO, S.; COLETTA, L. D.; RAVAGNANI, E. C. Nitrogen mass balance in the brazilian Amazon: an update. Brazilian Journal of Biology, v.72, p.683-690, 2012. KAUFFMANN, T. S.; FISCH, G. Estrutura da Camada Limite Atmosférica acoplada a heterogeneidade superficial no sul da Amazônia - experimento SAMBBA 2012. Ciência e Natura, v. 35, p. 500-503, 2013. Ciclos Biogeoquímicos Globais ROLAND, F.; HUSZAR, V. L. M.; FARJALLA, V. F.; ENRICH-PRAST, A.; AMADO, A. M.; OMETTO, J. P. H. B. Climate change in Brazil: perspective on the biogeochemistry of inland waters. Brazilian Journal of Biology, v.72, n.3, p.709-722, 2012. NEVES, T. T. A. T.; FISCH, G.; RAASCH, S. Vertical Heat Flux Analysis over pasture and BUSTAMANTE, M. M. C.; NARDOTO, G. B.; PINTO, A. S.; REZENDE, J. C. F.; TAKA- SCARANELLO, M. A. S.; ALVES, L. F.; VIEIRA, S. A.; CAMARGO, P. B.; JOLY, C. A.; MARTI- NELLI, L. A. Height-diameter relationships of tropical Atlantic moist forest trees in southeastern Brazil. Scientia Agrícola, v.69, p.26-37, 2012. VILLELA, D. M.; DE MATTOS, E. A.; PINTO, A. S.; VIEIRA, S. A.; MARTINELLI, L. A. Carbon and nitrogen stock and fluxes in coastal Atlantic Forest of southeast Brazil: potential impacts of climate change on biogeochemical functioning. Brazilian Journal of Biology, v.72, p.633-642, 2012. Cenários climáticos futuros e redução de incertezas MACHADO, L. A. Processos de nuvens associados aos principais sistemas precipitantes no Brasil: uma contribuição a modelagem da escala de nuvens e ao GPM (Medida Global de Precipitação): Cloud processes of the main precipitation systems in Brazil: a contribution to cloud resolVing modeling and to the GPM (GlobAl Precipitation Measurement). Relatório do projeto CHUVA, 2014. SILVA, A. F. G.; FISCH, G. F. Coerência termodinâmica do padrão especial de chuvas previsto pelo modelo WRF durante o projeto chuva – estação Alcântara 2010. Ciência e Natura, v. especial, p. 163165, 2013. SOUZA, N. V.; DE BOSCO, J. B. V. L.; ALMEIDA, G. P.; COUTO, V. M.; MARTINS, R. C. G.; FISCH, G.; LYRA, R. F. F. Determinação da altura da Camada Limite Planetária em Fortaleza –CE utilizando radiossondagens do Projeto Chuva. Revista Ciência e Natura, v. especial, p. 344-346, dez. 2013. Detecção, atribuição e variabilidade natural do clima CERA, J. C.; FERRAZ, S. E. T. Variações Climáticas Na Precipitação No Sul Do Brasil No Clima Presente E Futuro. Revista Brasileira de Meteorologia, 2014. patterns associated with severe weather. Learning and Nonlinear Models, 2014. PEDROSO, D.; FERRAZ, Simone E. T.; NASCIMENTO, E. DE L.; BIER, A. A.; DIAZ, M. B.; OLIVEIRA, E. M. G.; ROCHA, Rosmeri Porfírio da; AMBRIZZI, Tercio. Climatologia da função frontogenética sobre a América do sul em um cenário de clima presente e futuro. Ciência e Natura, v. especial, p. 169-171, 2013. Emissões de lagos e reservatórios Amazônia In: Secas na Amazônia: Causas e consequências ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2013, p. 2128. AMBRIZZI, T. Variabilidade e mudança no clima: passado, presente e futuro. In: CORTESE, Tatiana Tucunduva P.; NATALINI, Gilberto. Mudanças Climáticas: do Global ao Local. Barueri, SP: Manole, 2013, p. 1-38. COELHO, Caio A. S., CAVALCANTI, Iracema, E R Ito, G Luz, Af Santos, NOBRE, Carlos A, Jose Antonio Marengo, ALCÂNTARA, E. H.; CURTARELLI, M. P.; A Pezza. As secas de 1998, 2005 e OGASHAWARA, I.; STECH, J. L. A system 2010-analise climatológica In: Secas for environmental monitoring of hydroelectric reservoirs in Brazil. Revista Ambiente na Amazônia: Causas e consequências. ed.São Paulo: Oficina de Textos, e Água, v. 8, p. 6-17, 2013. 2013, p. 89-115. CURTARELLI, M. P.; ALCÂNTARA, E. H.; Interações biosferaARAUJO, C. A. S.; STECH, J. L.; LORENZZETTI, J. A. Avaliação da dinâmica tematmosfeta poral da evaporação no reservatório de Itumbiara, GO, utilizando dados obtidos ANDERSON, L. O.; VALERIANO, D. M.; por sensoriamento remoto. Revista AmCARDOSO, M.; SHIMABUKURO, Y. E.; biente e Água, v. 8, p. 272-289, 2013. LIMA, A.; ARAGÃO, L. E. O. C.; Impactos das secas na floresta amazônica. In: NOBRE, Carlos; BORMA, Laura S. Eventos climáticos extremos na Amazônia: causas e consequências. Editora Oficina de Textos, 2013, p. 145-164. Interações biosfera-at- Livros mosfeta AMBRIZZI, T.; ARAUJO, M. PBMC (2013) Executive summary: scientific basis of climate change - Contribution from Grupo de Trabalho 1 (GT1, acronym for the Working Group 1) to the Primeiro Relatório de Avaliação Nacional sobre Mudanças Climáticas (RAN1) of the Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC). COPPE - Universidade Federal do Rio de Janeiro: Rio de Janeiro, RJ, 24 p. Capítulos Livros Detecção, atribuição e variabilidade natural do clima CARPENEDO, C. B.; AMBRIZZI, Tercio; AIMOLA, L. A. L. Possíveis relações entre a variabilidade interanual do gelo marinho antártico e a precipitação na América do Sul. Ciência e Natura, v. especial, p. 7274, 2013. ALVES, L., CAVALCANTI, Iracema, V Silveira, Jose Antonio Marengo. Classificação de anos de seca In: Secas na Amazônia: Causas e consequências. ed.Sao Paulo : Oficina de Textos, 2013, p. 49-53. LIMA, Glauston Roberto Teixeira de; STEPHANY, S. Training a neural network to detect ALVES, L., Jose Antonio Marengo, CAVALCANTI, Iracema Histórico de Secas na ARAGÃO, L. E. O. C.; SHIMABIKURO, Y. E.; CARDOSO, M.; ANDERSON, L. O.; LIMA, A.; POULTER, B. Frequência de queimadas durante as secas recentes. In: NOBRE, Carlos; BORMA, Laura S. Eventos climáticos extremos na Amazônia: causas e consequências. Editora Oficina de Textos, 2013, p. 165-179. 101 Estudos de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade Artigos publicados em periódicos internacionais indexados Agricultura GROSSI, M. C.; JUSTINO, Flavio; ANDRADE, C. L. T.; SANTOS, E. A.; RODRIGUES, R. A.; COSTA, L. C. Modeling the impact of global warming on the sorghum sowing window in distinct climates in Brazil. European Journal of Agronomy, v. 51, p. 53-64, 2013. JUSTINO, Flávio; OLIVEIRA, E. C.; RODRIGUES, R. A.; GONÇALVES, P. H. L.; SOUZA, P. J. O. P.; STORDAL, F.; ORSINI, J. A. M.; SILVA, T. G. F.; DELGADO, R. C.; LINDEMANN, D. S.; COSTA, L. C. Mean and Interannual variability of maize and soybean in Brazil under global warming conditions. American Journal of Climate Change, v. 02, p. 237-253, 2013. Biodiversidade 102 FERREIRA JUNIOR, L. G.; FERNANDEZ, L.; SANO, E. E.; FIELD, C.; SOUSA, S. B.; ARANTES, A.; ARAÚJO, F. M. Biophysical Properties of Cultivated Pastures in the Brazilian Savanna Biome: an analysis in the spatial-temporal domains based on ground and satellite data. Remote Sensing, v. 5, p. 307-326, 2013. FERREIRA JUNIOR, L. G.; SANO, E. E.; FERNANDEZ, L.; ARAÚJO, F. M. Biophysical characteristics and fire occurrence of cultivated pastures in the Brazilian savanna observed by moderate resolution satellite data. International Journal of Remote Sensing, v. 34, p. 154-167, 2013. FERREIRA, M. E.; FERREIRA, Laerte G.; LATRUBESSE, E. M.; MIZIARA, F. Considerations about the land use and conversion trends in the savanna environments of Central Brazil under a geomorphological perspective. Journal of Land Use Science, v. 9, p. 1-15, 2013. LAMBIN, E. F.; GIBBS, H. K.; FERREIRA, L. G.; GRAU, R.; MAYAUX, P.; MEYFROIDT, P.; MORTON, D. C.; RUDEL, T. K.; GASPARRI, I.; MUNGER, J. Estimating the world’s potentially available cropland using a bottomup approach. Global Environmental Change, v. 23, p. 892-901, 2013. VALENTE, C. R.; LATRUBESSE, E. M.; FERREIRA, L. G. Relationships among vegetation, geomorphology and hydrology in the Bananal Island tropical wetlands, Araguaia River basin, Central Brazil. Journal of South American Earth Sciences, v. 45, p. 1-11, 2013. Cenários de mudanças climáticas para o século XXI BOERS, Niklas; BOOKHAGEN, Bodo; MARWAN, Nobert; KURTHS, Jurgen; MARENGO, José. Complex networks identify spatial patterns of extreme rainfall events of the South American Monsoon System. Geophysical Research Letters, v. 40, 2013. CHOU, Sin Chan, LYRA, ANDRÉ, MOURÃO, CAROLINE, DERECZYNSKI, CLAUDINE, PILOTTO, ISABEL, GOMES, JORGE, BUSTAMANTE, JOSIANE, TAVARES, PRISCILA, SILVA, ADAN, RODRIGUES, DANIELA, CAMPOS, DIEGO, CHAGAS, DIEGO, SUEIRO, GUSTAVO, SIQUEIRA, GRACIELLE, MARENGO, JOSÉ. Assessment of Climate Change over South America under RCP 4.5 and 8.5 Downscaling Scenarios. American Journal of Climate Change. v.03, p.512 - 527, 2014. CHOU, Sin Chan, LYRA, ANDRÉ, MOURÃO, CAROLINE, DERECZYNSKI, CLAUDINE, PILOTTO, ISABEL, GOMES, JORGE, BUSTAMANTE, JOSIANE, TAVARES, PRISCILA, SILVA, ADAN, RODRIGUES, DANIELA, CAMPOS, DIEGO, CHAGAS, DIEGO, SUEIRO, GUSTAVO, SIQUEIRA, GRACIELLE, NOBRE, Paulo, MARENGO, JOSÉ. Evaluation of the Eta Simulations Nested in Three Global Climate Models. American Journal of Climate Change. , v.03, p.438 - 454, 2014. DERECZYNSKI, CLAUDINE, SILVA, WANDERSON LUIZ, MARENGO, JOSE Detection and Projections of Climate Change in Rio de Janeiro, Brazil. American Journal of Climate Change. , v.02, p.25 - 33, 2013. DRUMOND, A.; MARENGO, J.; AMBRIZZI, T.; NIETO, R.; MOREIRA, L.; GIMENO, L. The role of the Amazon Basin moisture in the atmospheric branch of the hydrological cycle: a Lagrangian analysis. Hydrology and Earth System Sciences, v.18, p.2577-2598, 2014. HUNTINGFORD, Chris, ZELAZOWSKI, PRZEMYSLAW, GALBRAITH, DAVID, MERCADO, LINA M., SITCH, STEPHEN, FISHER, ROSIE, LOMAS, MARK, WALKER, ANTHONY P., JONES, CHRIS D., BOOTH, BEN B. B., MALHI, YADVINDER, HEMMING, DEBBIE, KAY, GILLIAN, GOOD, PETER, LEWIS, SIMON L., PHILLIPS, OLIVER L., ATKIN, OWEN K., LLOYD, JON, GLOOR, EMANUEL, ZARAGOZACASTELLS, JOANA, MEIR, PATRICK, BETTS, RICHARD, HARRIS, PHIL P., NOBRE, Carlos, MARENGO, JOSE, COX, PETER M. Simulated resilience of tropical rainforests to CO2-induced climate change. Nature Geoscience (Print). , v.6, p.268 - 273, 2013. JUSTINO, F.; MARENGO, J.; KUCHARSKI, F.; STORDAL, F.; MACHADO, J.; RODRIGUES, M. influence of Antarctic ice sheet lowering on the Southern Hemisphere climate: modeling experiments mimicking the mid-Miocene. Climate Dynamics, v. 41, p. 1345-1360, 2013. JUSTINO, Flávio; OLIVEIRA, Evandro Chaves; RODRIGUES, Rafael de Ávila; GONÇALVES, Paulo Henrique Lopes; SOUZA, Paulo Jorge Oliveira Ponte; STORDAL, Frode; MARENGO, José; SILVA, Thieres G.; DELGADO, Rafael Coll; LINDEMANN, Douglas da Silva; COSTA, Luiz Claudio. Mean and Interannual Variability of Maize and Soybean in Brazil under Global Warming Conditions. American Journal of Climate Change, v.02, p.237-253, 2013. MARENGO, J., CHOU, S., MOURAO, C., SOLMAN, S., SANCHEZ, E., SAMUELSSON, P., ROCHA, R. P., LI, L., PESSACG, N., REMEDIO, A. R. C., CARRIL, A. F., F CAVALCANTI, I., JACOB, D. Simulation of rainfall anomalies leading to the 2005 drought in Amazonia using the CLARIS LPB regional climate models. Climate Dynamics. v.28, p.22 - 33, 2013. MARENGO, JOSE A., BERNASCONI, MAURO Regional differences in aridity/drought conditions over Northeast Brazil: present state and future projections. Climatic Change. , v.128, p.23 - 34, 2014. MARENGO, J. A.; VALVERDE, M. C.; OBREGON, G. O. Observed and projected changes in rainfall extremes in the Metropolitan Area of São Paulo. Climate Research, v. 57, p. 61-72, 2013. MENDES, D.; MARENGO, J.; RODRIGUES, Sidney; OLIVEIRA, Magaly. Downscaling statistical model techniques for climate change analysis applied to the Amazon region. Advances in Artificial Neural Systems, p.1-10, 2014. SÁNCHEZ, E., SOLMAN, S., REMEDIO, A. R. C., BERBERY, H., SAMUELSSON, P., DA ROCHA, R. P., MOURÃO, C., LI, L., MARENGO, J., DE CASTRO, M., JACOB, D. Regional climate modelling in CLARIS-LPB: a concerted approach towards twenty first century projections of regional temperature and precipitation over South America. Climate Dynamics, v.89, p.23, 2015. SOLMAN, Silvina; SANCHEZ, E.; SAMUELSSON, P.; ROCHA, R. P.; LI, L.; MARENGO, J.; PESSACG, N. L.; REMEDIO, A. R. C.; CHOU, S. C.; BERBERY, H.; TREUT, H.; CASTRO, M.; JACOB, D. Evaluation of an ensemble of regional climate model simulations over South America driven by the ERA-Interim reanalysis: model performance and uncertainties. Climate Dynamics, v. 41, p. 1139-1157, 2013. TORRES, ROGER RODRIGUES, MARENGO, JOSE ANTONIO Climate change hotspots over South America: from CMIP3 to CMIP5 multi-model datasets. Theoretical and Applied Climatology, v.117, p.579 - 587, 2013. Economia HADDAD, E. A.; TEIXEIRA, E. Economic Impacts of Natural Disasters in Megacities: The Case of Floods in São Paulo, Brazil. Habitat International, 2014. Energias Renováveis ESCOBAR, Rodrigo A.; CORTÉS, Cristian; PINO, Alan; PEREIRA, Enio Bueno; MARTINS, Fernando Ramos; CARDEMIL, JOSÉ MIGUEL. Solar energy resource assessment in Chile: Satellite estimation and ground station measurements. Renewable Energy, v. 71, p. 324-332, 2014. PINTO, L. I. C.; MARTINS, F. R.; PEREIRA, E. B.; FISCH, G. F.; LYRA, R. F. F. Confiabilidade nas estimativas do regime do vento fornecidas pelo brams no estado de alagoas: influência do aninhamento e da resolução horizontal de grades. Revista Brasileira de Meteorologia, v. 29, p. 242-258, 2014. Recursos Hídricos ALCANTARA, H. M.; CUNHA, J. E. B. L.; GALVÃO, C. O.; TAVEIRA, I. M. L. M. Decision on land conservation practices in a semi-arid region considering hydrological and social drivers. IAHS-AISH Publication, v. 359, p. 352-357, 2013. DEMARIA, Eleonora M. C.; NIJSSEN, Bart; VALDÉS, Juan B.; RODRIGUEZ, Daniel A.; SU, Fengge. Satellite Precipitation in Southeastern South America: how do sampling errors impact high flow simulations?. International Journal of River Basin Management, v. 1, p. 1-53, 2013. DOYLE, M. E.; TOMASELLA, J.; RODRIGUEZ, D. A.; CHOU, S.C. Experiments Using New Initial Soil Moisture Conditions and Soil Map in the Eta Model Over La Plata Basin Meteorology and Atmospheric Physics. Meteorology and Atmospheric Physiscs, v. 121, p. 119-136, 2013. FREITAS, H.C.; GOULDEN, M.L.; MANZI, A.O.; MILLER, S.D.; NOBRE, A.D.; RESTREPO-COUPE, N.; SALESKA, S.R.; STÖCKLI, R.; VON RANDO, C.; WOFSY, S.C. Surface ecophysiological behavior across vegetation and moisture gradients in tropical South America. Agricultural and Forest Meteorology, v. 1, p. 0168-1923, 2013. GRANDE, M. H.; GALVÃO, C. O.; MIRANDA, L. I. B.; RUFINO, I. A. A. Environmental equity as a criterion for water management. IAHS-AISH Publication, v. 364, p. 519-525, 2014. MARENGO, Jose A.; ALVES, Lincoln M.; SOARES, Wagner R.; RODRIGUEZ, Daniel A.; CAMARGO, H.; DIAZ, A. Two contrasting severe seasonal extremes in Tropical South America in 2012: Flood in Amazonia and Drought in Northeast Brazil. Journal of Climate, v. 1, 2013. MARENGO, J.A.; BORMA, L. S.; RODRIGUEZ, D. A.; PINHO, P.; SOARES, W. R.; ALVES, L. M. Recent Extremes of Drought and Flooding in Amazonia: Vulnerabilities and Human Adaptation. American Journal of Climate Change, v. 02, p. 87-96, 2013. MEDEIROS BRAGA, Ana Cláudia F.; SILVA, Richarde Marques; SANTOS, Celso Augusto Guimarães; GALVÃO, Carlos de Oliveira; NOBRE, Paulo. Downscaling of a Global Climate Model for Estimation of Runoff, Sediment Yield and Dam Storage: A Case Study of Pirapama Basin, Brazil. Journal of Hydrology, Amsterdam, v. 498, p. 46-58, 2013. MONTEIRO, Maria T. F.; OLIVEIRA, Sylvia M.; LUIZÃO, Flávio J.; CÂNDIDO, Luiza; ISHIDA, Françoise Y.; TOMASELLA, Javier. Dissolved organic carbon concentration and its relationship to electrical conductivity in the waters of a stream in a forested Amazonian blackwater catchment. Plant Ecology and Diversity, v. 7, p. 205-213, 2014. RODRIGUEZ, D. A.; CHOU, S. C.; TOMASELLA, J.; DEMARIA, E. Impacts of landscape fragmentation on simulated precipitation fields in the Amazonian sub-basin of Ji-Paraná using the Eta model. Theoretical and Applied Climatology, 2013. SILVA, A. C. S.; GALVÃO, C. O.; SILVA, G. S.; SOUZA FILHO, F. A. Ostrom s institutional design principles and reservoir management: a study on adaptation to climate variability and change. IAHS-AISH Publication, v. 362, p. 101-106, 2013. TOMASELLA, Javier; PINHO, P.F.; BORMA, L. S.; MARENGO, J. A.; NOBRE, C. A.; BITTENCOURT, O. R. F. O.; PRADO, M. C. R.; RODRIGUEZ, D. A.; CUARTAS, L. A. The droughts of 1997 and 2005 in Amazonia: floodplain hydrology and its potential ecological and human impacts. Climatic Change, v. 116, p. 723-746, 2013. Saúde Humana ARYDINATA, Y. S.; LIN, Y.; BARCELLOS, C.; LAURENT, A.; LIBOUREL, T. Mining Epidemiological Dengue Fever Data from Brazil: A Gradual Pattern Based Geographical Information System. In: LAURENT, Anne ; STRAUSS, Olivier; BOUCHON-MEUNIER, Bernadette; YAGER, Ronald R. Information Processing and Management of Uncertainty in Knowledge-Based Systems. Springer, 2014, v. 443, p. 414-423. CANDIDO DA SILVA, A. M.; MOI, G. P.; MATTOS, I. E. Low birth weight at term and the presence of fine particulate matter and carbon monoxide in the Brazilian Amazon: a population-based retrospective cohort study. Hacon Sd BMC Pregnancy and Childbirth, 2014, v. 14, n. 309. 103 Estudos de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade CARMO, C.N.; CARMO, Cleber Nascimento; ALVES, Mariane Branco; HACON, S. S. Impact of biomass burning and weather conditions on children s health in a city of Western Amazon region. Air Quality, Atmosphere and Health, v. 6, p. 517525, 2013. BARCELLOS, C.; LOWE, R. Dengue and the World Football Cup: A Matter of Timing. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 8, p. e3022, 2014. BARCELLOS, C.; LOWER, R. Expansion of dengue transmission area in Brazil: The role of climate and cities. Tropical Medicine e International Health, v. 19, n. 3, 2013. 104 DE OLIVEIRA ALVES, Nilmara; DE SOUZA HACON, Sandra; DE OLIVEIRA GALVÃO, Marcos Felipe; SIMÕES PEIXOTOC, Milena; ARTAXO, Paulo; DE CASTRO VASCONCELLOS, Pérola; DE MEDEIROS, Silvia Regina Batistuzzo. Genetic damage of organic matter in the Brazilian Amazon: A comparative study between intense and moderate biomass burning. Environmental Research, New York, v. 11, 2014. FREITAS, C. M.; XAVIER SILVA, D. R.; SENA, A. M.; SILVA, E. L.; SALES, L. B. F.; CARVALHO, M. L.; MAZOTO, M. L.; BARCELLOS, C.; COSTA, A. M.; OLIVEIRA, M. L. C.; CORVALÁN, C. Desastres naturais e saúde: uma análise da situação do Brasil. Ciência e Saúde Coletiva, v. 19, p. 3645-3656, 2014. GIBSON, G.; SOUZA-SANTOS, R.; HONÓRIO, N. A.; PACHECO, A. G.; MORAES, M. O.; KUBELKA, C.; BRASIL, P.; CRUZ, O.; CARVALHO, M. S. Conditions of the household and peridomicile and severe dengue: a case-control study in Brazil. Infect Ecol Epidemiol, v. 17, n. 4. 2014. HAHN, M. B.; GANGNON, R. E.; BARCELLOS, C.; ASNER, G. P.; PATZ, J. A. Influence of Deforestation, Logging, and Fire on Malaria in the Brazilian Amazon. Plos One, v. 9, p. e85725, 2014. Hermano Albuquerque de; IGNOTTI, Eliane; ARTAXO, Paulo; SALDIVA, Paulo Hilário Nascimento; DE LEON, Antonio Carlos Monteiro Ponce. Acute Effects of Particulate Matter and Black Carbon from Seasonal Fires on Peak Expiratory Flow of Schoolchildren in the Brazilian Amazon. Plos One, v. 9, p. e104177, 2014. JANCLOES, M.; THOMSON, M.; MÁÑEZ COSTA, M.; HEWITT, C.; CORVALAN, C.; DINKU, T.; LOWE, R.; HAYDEN, M. Climate Services to Improve Public Health. International Journal of Environmental Research and Public Health, v. 11, n. 5, p. 4555-4559, 2014. LANA, R. M.; CARNEIRO, T. G.; HONÓRIO, N. A.; CODEÇO, C. T. Seasonal and nonseasonal dynamics of Aedes aegypti in Rio de Janeiro, Brazil: fitting mathematical models to trap data. Acta Tropica, v. 129, p. 25-32. 2014. LOWE, R.; BARCELLO, C.; COELHO, C. A. S.; BAILY, T.; COELHO, G. E.; GRAHAM, R.; JUPP, T.; RAMALHO, W. M.; CARVALHO, M. S.; STEPHENSON, D. B.; RODÓ, X. Dengue outlook for the World Cup in Brazil: an early warning model framework driven by real-time seasonal climate forecasts. Lancet. Infectious Diseases, v. 1, 2014. MEDEIROS, L. C. C.; CASTILHO, C. A. R.; BRAGA, C.; SOUZA, W. V.; REGIS, L.; MONTEIRO, A. M. V. Modeling the Dynamic Transmission of Dengue Fever: Investigating Disease Persistence. PLOS neglected tropical diseases, v. 5, n. 1, p. e942. MIGUEL, R. B.; PEITER, P. C.; ALBUQUERQUE, H. D.; COURA, J. R.; MOZA, P. G.; COSTA, A. D.; BRASIL, P.; SUÁREZMUTIS, M. C. Malaria in the state of Rio de Janeiro, Brazil, an Atlantic Forest area: an assessment using the health surveillance service. Mem Inst Oswaldo Cruz, 2014. HAHN, M.; OLSON, S.; VITTOR, A.; BARCELLOS, C.; PATZ, J.; PAN, W. Conservation Efforts and Malaria in the Brazilian Amazon. American Journal of Tropical Medicine and Hygiene, v. 1, 2013. PEITER, P. C.; FRANCO, V. C.; GRACIE, R.; XAVIER, D. R.; SUÁREZ-MUTIS, M. C. Malaria in the triple border region between Brazil, Colombia and Peru. Cad Saude Publica, v. 29, n. 12, p. 2497512. 2013. JACOBSON, Ludmilla da Silva Viana; HACON, Sandra de Souza; CASTRO, REGIS, L. N.; ACIOLI, R. V.; SILVEIRA, J. C.; MELO-SANTOS, M. A.; SOUZA, W. V.; RIBEIRO, C. M.; DA SILVA, J. C.; MONTEIRO, A. M.; OLIVEIRA, C. M.; BARBOSA, R. M.; BRAGA, C.; RODRIGUES, M. A.; SILVA, M. G.; RIBEIRO, P. J.; BONAT, W. H.; DE CASTRO MEDEIROS, L. C.; CARVALHO, M. S.; FURTADO, A. F. Sustained reduction of the dengue vector population resulting from an integrated control strategy applied in two Brazilian cities. PLoS One, v. 3, p. e67682, 2013. SOUZA, T. M.; BARCELLOS, C.; SCHRAMM, J. M. A.; OLIVEIRA, A. F.; GARBAYO, L. S. The environmental burden of diarrhea in young children attributable to inadequate sanitation in Brazil. Journal of Water, Sanitation and Hygiene for Development, v. 4, n. 3, p. 509–520, 2014. STEFANI, A.; DUSFOUR, I.; CORRÊA, A. P.; CRUZ, M. C.; DESSAY, N.; GALARDO, A. K.; GALARDO, C. D.; GIROD, R.; GOMES, M. S.; GURGEL, H.; LIMA, A. C.; MORENO, E. S.; MUSSET, L.; NACHER, M.; SOARES, A. C.; CARME, B.; ROUX, E. Land cover, land use and malaria in the Amazon: a systematic literature review of studies using remotely sensed data. Malaria Journal, v. 8, n. 12, p. 192, 2013. Megacidades GUEDES, G. R.; CARMO, R. L. Self-interest versus collective action: understanding cross-class environmental perception, knowledge and behavior in Brazil. Papeles de Población, v. 19, p. 223-258, 2013. GUEDES, G. R.; NAWROTZKI, R. J.; CARMO, R. L. Percepción y preocupación ambiental en distintas regiones metropolitanas del Brasil: eslabones perdidos y evidencia adicional. Notas de Población, v. 99, p. 133-175, 2014. JOHANSEN, I. C.; CARMO, R.L.; BUENO, M. C. D. Water, sanitation and health: an intra-urban comparison in the municipality of Caraguatatuba, Brazil. Water International, v. 38, p. 888-901, 2014. NAWROTZKI, R. J.; GUEDES, G. R.; CARMO, R.L. Affluence and Objective Environmental Conditions: Evidence of Differences in Environmental Concern in Metropolitan Brazil. Journal of Sustainable Development, v. 7, p. 173-193, 2014. Zonas Costeiras ALBANO, M.; LANA, P. C.; BREMEC, C.; ELIAS, R.; MARTINS, C.; MUNIZ, P.; VENTURINI, N.; RIVERO, S.; VALLARINO, E.; OBENAT, S. Macrobenthos and multi-molecular markers as indicators of environmental contamination in a South American port (Mar del Plata, Southwest Atlantic). Marine Pollution Bulletin, p. 102-114, 2013. ALBIERI, R. J.; COSTA, M. R.; SANTOS, A. B. I.; ALBIERI, R. C.; GERSON ARAÚJO, F. Weight-length relationships of 22 fish species from Paraíba do Sul River in Rio de Janeiro State, southeastern Brazil. Journal of Applied Ichthyology, v. 30, p. 431-433, 2014. AMARAL, A. C. Z.; ELIAS, R.; BONE, D.; DIAZ, O.; RODRIGUEZ, C. III Latin American symposium of polychaetes (III SILPOLY, Isla Margarita, Venezuela). Pan-American Journal of Aquatic Sciences, v. 8, p. 1-2, 2013. ALVES, P. P.; DORIA, J. G.; MISTURINI, D.; OTEGUI, Mariana; OORTMAN, Mariana; WEIS, W.; FARONI-PERIEZ, L.; ALVES, A. P.; CAMARGO, M. G.; AMARAL, A. C. Z.; MARQUES, A.; DA CUNHA LANA, P . Base: a database for Polychaeta (Annelida) from the Southwestern Atlantic Ocean. Database-oxford, v. 2014, p. bau002-bau002, 2014. ARAÚJO, F. G.; GOMES, I. D.; NASCIMENTO, A. A.; SALES, Armando. Equilibrium reproductive strategy of the armored catfish Hypostomus auroguttatus (Siluriformes, Loricariidae) in a tropical river in Southeastern Brazil. Environmental Biology of Fishes, v. 97, p. 1-10, 2014. ARAÚJO, F. G.; GOMES, I. D.; SALES, A.; NASCIMENTO, A. A. Gonadal Development of the PiauLeporinus copelandii (Characiformes, Anostomidae) in a Tropical River in South-eastern Brazil. Anatomia, Histologia, Embryologia, v. 43, p. 1-8, 2014. BARBOZA, C.; HADLICH, H.; MARTINS, C.; SANDRINI NETO, L.; LANA, Paulo da Cunha. Is the distribution of the lancelet Branchiostoma caribaeum affected by sewage discharges? An analysis at multiple scales of variability. Marine Pollution Bulletin, v. 68, p. 1-11, 2013. BARBOZA, C. D. N.; PAES, E. T.; JANDRE, K. D. A.; MARQUES, A. N. Concentrations and Fluxes of Nutrients and Suspended Organic Matter in a Tropical Estuarine System: the Tinharé-Boipeba Islands Archipelago (Baixo Sul Baiano, Brazil). Journal of Coastal Research, 2013. BASTOS, R. F.; CONDINI, M. V.; GARCIA, A. M. Fish species list of coastal streams in southern Brazil: with notes on austral distribution limits of marine and freshwater endangered species. Pan-American Journal of Aquatic Sciences, v. 8, p. 347-351, 2013. ANDUTTA, F. P.; DE MIRANDA, L. B.; SCHETTINI, C. A. F.; SIEGLE, E.; DA SILVA, M. P.; IZUMI, V. M.; CHAGAS, F. M. Temporal variations of temperature, salinity and circulation in the Peruípe river estuary (nova Viçosa, BA). Continental Shelf Research, v.70, p. 36-45, 2013. BASTOS, R. F.; CALLIARI, L. J.; GARCIA, A. M. Marine intrusion and freshwater discharge as opposite forces driving fish guilds distribution along coastal plain streams. Hydrobiologia, v. 726, p. 245-258, 2013. ARAÚJO, F. G. Fish assemblage structure on sandy beaches with different anthropogenic influences and proximity of spawning grounds. Marine Ecology, Berlin, v. 35, p. 10.1111/maec.12-n/a, 2014. BERS, A. V.; ESTRADA, Tiago Egger Moelwald Duque; WOLFI, A. C.; MAHIQUES, M. M.; TURRA, A. A combined approach of benthic mapping of Caraguatatuba Bay, Brazil, with recommendations for management practices. Ocean e Coastal Management, v. 71, p. 269-274, 2013. ARAÚJO, T. G.; CASTELLO, J. P.; KINAS, Paul Gerard. Age, growth and mortality of the mullet Mugilliza in Brazil’s southern and southeastern regions. Fisheries Research, v. 149, p. 61, 2014. BESSA, E.; SANTOS, Flávia Borges; POMBO, M.; DENADAI, M. R.; FONSECA, Mariana; TURRA, A. Population ecology, life history and diet of the shorthead drum Larimus breviceps in a tropical bight in southeastern Brazil. Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom, v. 94, p. 615-622, 2013. BIANCO, É; DE OLIVEIRA, S.; RIGOTTO, C.; TONINI, Maiko; DA ROSA GUIMARÃES, T.; BITTENCOURT, F.; GOUVÊA, L.; ARESI, C.; DE ALMEIDA, M.; MORITZ, M.; MARTINS, C.; SCHERNER, F.; CARRARO, J.; HORTA, P.; REGINATTO, F.; STEINDEL, M.; SIMÕES, C.; SCHENKEL, E. Anti-Infective Potential of Marine Invertebrates and Seaweeds from the Brazilian Coast. Molecules, v. 18, p. 5761-5778, 2013. BRANDINI, F. P.; NOGUEIRA JUNIOR, M.; SIMIÃO, M. S.; CODINA, J. C. U.; NOERNBERG, M. A. Deep chlorophyll maximum and plankton community response to oceanic bottom intrusions on the continental shelf in the South Brazilian Bight. Continental Shelf Research, v. 89, n. SI, p. 61-75, 2014. BRUSTOLIN, M. A.; THOMAS, Micheli C.; MAFRA, L. L.; LANA, P. C. Does Encope emarginata (Echinodermata: Echinoidea) affect spatial variation patterns of estuarine subtidal meiofauna and microphytobenthos?. Journal of Sea Research, Den Burg, v. 91, p. 70-78, 2014. CAETANO, M. A. L.; GHERARDI, D. F. M.; YONEYAMA, Takashi. A constraint satisfaction method applied to the problem of controlling the CO2 emission in the Legal Brazilian Amazon. Physica, v. 392, p. 5322-5329, 2013. CAMPOS, P. C.; MOLLER, O. O.; PIOLA, A. R.; PALMA, E. D. Seasonal variability and coastal upwelling near Cape Santa Marta (Brazil). Journal of Geophysical Research: Oceans, v. 118, p. 14201433, 2013. CARVALHO, F. M.; CASTELLO, J. P. Argentine anchovy (Engraulis anchoita) stock identification and incipient exploitation in southern Brazil. Latin American Journal of Aquatic Research, v. 41, p. 820-827, 2013. CARVALHO, R. C.; KIKUCHI, R. K. P. ReefBahia, an integrated GIS approach for coral reef conservation in Bahia, 105 Estudos de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade Brazil. Journal of Coastal Conservation, v. 17, p. 239-252, 2013. CAVALCANTI, G. S.; GREGORACCI, G. B.; LONGO, L , L.; BASTOS, A. C.; FERREIRA, C. M.; FRANCINI-FILLHO, R. B.; PARANHOS, R.; GHISOLFI, R. D.; KRUGER, R.; GUTH, A. Z.; SUMIDA, P Y. G.; BRUCE, T.; MAIA-NETO, O.; SANTOS, O. E.; IIDA, T.; MOURA, R. L.; AMADO-FILHO, G. M.; THOMPSON, F. L. Sinkhole-like structures as bioproductivity hotspots in the Abrolhos Bank. Continental Shelf Research, v. 1, p. 1-9, 2013. CECILIO, C. M.; GHERARDI, D. F. M.; SOUZA, R. B.; CORREA-RAMIREZ, M. Spatio-Temporal Variability of the Eddy Kinetic Energy in the South Atlantic Ocean. IEEE Geoscience and Remote Sensing Letters, v. 11, p. 2010-2014, 2014. 106 CLAUDINO, M. C.; ABREU, P. C.; GARCIA, A. M. Stable isotopes reveal temporal and between-habitat changes in trophic pathways in a southwestern Atlantic estuary. Marine Ecology. Progress Series, Halstenbek, v. 489, p. 29-42, 2013. CONDINI, M. V.; HOEINGHAUS, D. J.; GARCIA, A. M. Trophic ecology of dusky grouper Epinephelus marginatus (Actinopterygii, Epinephelidae) in littoral and neritic habitats of southern Brazil as elucidated by stomach contents and stable isotope analyses. Hydrobiologia, 2014. CONDINI, M. V.; ALBUQUERQUE, C. Q.; GARCIA, A. M. Age and growth of Dusky Grouper (Epinephelus marginatus) (Perciformes: Epinephelidae) from its southernmost population in Southwestern Atlantic, with a size comparison between offshore and littoral habitats. Fishery Bulletin, Washington, 2014. CONDINI, M. V.; SEYBOTH, E.; VIEIRA, J. P.; VARELA, A.; BARREIROS, J. P.; FAVARO, L. F.; GARCIA, A. A. M. First record of the dusky grouper Epinephelus marginatus (Actinopterygii: Epinephelidae) undergoing sexual transition in the South Western Atlantic, Brazil. Hidrobiologica, v. 23, p. 448-451, 2013. CONDINI, M. V.; FÁVARO, L. F.; VARELA, A. S.; GARCIA, Alexandre M. Reproductive biology of the dusky grouper (Epinephelus marginatus) at the southern limit of its distribution in the south-western Atlantic. Marine and Freshwater Research, v. 65, p. 142-152, 2014. CORRÊA, F.; HUCKEMBECK, S.; CLAUDINO, M. C.; GARCIA, A. M. Parastacus pilimanus (von Martens, 1869) (Decapoda, Parastacidae): new species Record at Lagoa do Peixe National Park, state of Rio Grande do Sul, Brazil. Pan-American Journal of Aquatic Sciences, v. 8, p. 156-159, 2013. CORTE, G. N.; YOKOYAMA, L. Q.; AMARAL, A. C. Z. An attempt to extend the Habitat Harshness Hypothesis to tidal flats: A case study of Anomalocardia brasiliana (Bivalvia: Veneridae) reproductive biology. Estuarine, Coastal and Shelf Science, p. 1-6, 2013. CORTE, G. N.; YOKOYAMA, L. Q.; AMARAL, A. C. Z. Do beach morphodynamics affect reproductive features of intertidal species? The reproductive cycle of the bivalve Anomalocardia brasiliana. Nature and Science, 2013. COSTA, I.; HORTA, P. A.; BERGSTROM, E.; NUNES, J. M. Taxonomic study of crustose coralline algae of the northeastern Brazilian coast. Phytotaxa: a rapid international journal for accelerating the publication of botanical taxonomy, 2014. COSTA, M. D. P.; MUELBERT, J. H.; MORAES, L. E.; VIEIRA, J.P.; CASTELLO, J. P. Estuarine early life stage habitat occupancy patterns of whitemouth croaker Micropogonias furnieri (Desmarest, 1830) from the Patos Lagoon, Brazil. Fisheries Research, v. 25, p. 203-209, 2013. CRUZ, I. C. S.; KIKUCHI, R. K. P.; LEÃO, Z. M. A. N.; DONE, T. J. Reef quality criteria for marine reserve selection: an example from eastern Brazil. Aquatic Conservation, 2013. CRUZ, I. C. S.; KIKUCHI, R. K. P.; CREED, J. C. Improving the construction of functional models of alternative persistent states in coral reefs using insights from ongoing research programs: a discussion paper. Marine Environmental Research, v. 97, p. 1-9, 2014. CRUZ, I. C. S.; KIKUCHI, R. K. P.; LONGO, L. L.; CREED, J. C. Evidence of a phase shift to Epizoanthus gabrieli Carlgreen, 1951 (Order Zoanthidea) and loss of coral cover on reefs in the Southwest Atlantic. Marine Ecology, Berlin, 2014. DA COSTA, M. R.; MATTOS, T. M.; BORGES, J. L.; ARAUJO, F. G. Habitat preferences of common native fishes in a tropical river in Southeastern Brazil. Neotropical Ichthyology, v. 11, p. 871-880, 2013. DA COSTA, M. R.; MORETI, T.; ARAÚJO, F. G. Length-weight relationships of 20 fish species in the Guandu River, Rio de Janeiro State, Southeastern Brazil. Journal of Applied Ichthyology, v. 30, p. 200-201, 2014. DA COSTA, M. R.; PEREIRA, H. H.; NEVES, L. M.; ARAÚJO, F. G. Lengthweight relationships of 23 fish species from Southeastern Brazil. Journal of Applied Ichthyology, v. 30, p. 230232, 2014 DA SILVA, J. S.; ALBERTONI, E. F.; PALMA-SILVA, C. Temporal variation of phytophilous Chironomidae over a 11-year period in a shallow Neotropical lake in southern Brazil. Hydrobiologia, v. 737, p. 1-14, 2014. DALTOE, M. L. M.; LATORRES, J. M.; MADUREIRA, L. A, S. P.; QUEIROZ, M. I. Acceptance of breaded fish (Engraulis anchoita) in school meals in extreme southern Brasil. Acta Alimentaria: An International Journal of Food Science, 2013. DALY, C. J.; BRYAN, K. R.; GONZALEZ, M. R.; KLEIN, A. H. F.; WINTER, C. Effect of selection and sequencing of representative wave conditions on process-based predictions of equilibrium embayed beach morphology. Ocean Dynamics, v. 64, p. 1-15, 2014. DENADAI, M. R.; AMARAL, A. C. Z.; YOKOYAMA, L. Q.; TURRA, A. Morphometric relationships in Tivela mactroides (Born, 1778) (Mollusca, Bivalvia, Veneridae): a comparison among curve adjustments for regression analyses. Aquatic Biology, 2013. DENADAI, M. R.; POMBO, M.; SANTOS, Flávia Borges; BESSA, E.; TURRA, A. The barred grunt Conodon nobilis (Perciformes: Haemulidae) in shallow areas of a tropical bight: spatial and temporal distribution, body growth and diet. Helgoland Marine Research, v. 1, p. 1, 2014. DENADAI, M. R.; SANTOS, F. B.; BESSA, E.; FERNANDEZ, W. S.; SCALOPPE, F.; TURRA, A. Population Biology and Diet of the Pompano Trachinotus carolinus (Perciformes: Carangidae) in Caraguatatuba Bay, Southeastern Brazil. Journal of Marine Biology e Oceanography, v. 02, p. 2-6, 2013. DIAS, D. F.; PEZZI, L. P.; GHERARDI, D. F. M.; CAMARGO, R. Modeling the Spawning Strategies and Larval Survival of the Brazilian Sardine (Sardinella brasiliensis). Progress in Oceanography, v. 123, p. 38-53, 2014. DOMENICO, M. D.; GARCIA, A. M.; ALMEIDA, T. C. M.; MARTINS, M. O.; WORSAAE, K.; LANA, P. da C. Response of the meiofaunal annelid Saccocirrus pussicus (Saccocirridae) to sandy beach morphodynamics. Hydrobiologia, 2014. DOMENICO, M. D.; GARCIA, A. M.; AMARAL, A. C. Z.; LANA, P. C.; WORSAAE, K. Saccocirridae (Annelida) from the southern and southeastern Brazilian coasts. Marine Biodiversity: international journal of marine science, v. 1, p. 1-13, 2014. DOMENICO, M. D.; GARCIA, A. M.; LANA, P. Molecular and morphological phylogeny of Saccocirridae (Annelida) reveals two cosmopolitan clades with specific habitat preferences. Molecular Phylogenetics and Evolution, v. 75, p. 212-218, 2014. DOMENICO, M. D.; MARTINEZ, A.; LANA, P. C.; WORSAAE, K. Protodrilus (Protodrilidae, Annelida) from the southern and southeastern Brazilian coasts. Helgoland Marine Research, p. 733-748, 2013. DOMINGUEZ, J. M. L.; DA SILVA, R. P.; NUNES, A. S.; FREIRE, A. F. M. The narrow, shallow, low-accommodation shelf of central Brazil: Sedimentology, evolution, and human uses. Geomorphology, Amsterdam, v. 203, p. 46-59, 2013. EICHLER, P. P. B.; PIMENTA, F. M.; EICHLER, B. Z. B.; VITAL, H. Bulimina marginata in the SW Atlantic Continental margin: Effect of the Subtropical Shelf Front and South Atlantic Central Water. Continental Shelf Research, 2013. FELIX, M. R. L.; OSORIO, L. K. P.; OURIQUES, L. C.; FARIAS-SOARES, F. L.; STEINER, N.; KREUSCH, M.; PEREIRA, D. T.; SIMIONI, C.; COSTA, G. B.; HORTA, Paulo A.; CHOW, F.; RAMLOV, F.; MARASCHIN, M.; BOUZON, Z. L.; SCHMIDT, E. C. The Effect of Cadmium Under Different Salinity Conditions on the Cellular Architecture and Metabolism in the Red Alga Pterocladiella capillacea (Rhodophyta, Gelidiales). Microscopy and Microanalysis, 2014. FERREIRA, A.; CIOTTI, Á. M.; COLÓ, G. M. F. Variability in the light absorption coefficients of phytoplankton, non-algal particles, and colored dissolved organic matter in a subtropical bay (Brazil). Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 139, p. 127-136, 2014. FERREIRA, A.; GARCIA, C. A. E.; DOGLIOTTI, A. I.; TAVANO, V. M. Biooptical characteristics of the Patagonia Shelf break waters: Implications for ocean color algorithms. Remote Sensing of Environment, v. 136, p. 416-432, 2013. FERREIRA, C.; HORTA, P. A.; ALMEIDA, G. M.; ZITTA, C. S.; OLIVEIRA, E. M.; GUEYE, M. B. Y. B.; RODRIGUES, A. C. Anatomical and ultrastructural adaptations of seagrass leaves: an evaluation of the southern Atlantic groups. Protoplasma, v. 251, p. 1615-6102-0, 2014. FERREIRA, A.; STRAMSKI, D.; GARCIA, C. A. E.; GARCIA, V. M. T.; CIOTTI, Á. M.; MENDES, C. R. B. Variability in light absorption and scattering of phytoplankton in Patagonian waters: Role of community size structure and pigment composition. Journal of Geophysical Research, v. 118, p. 698-714, 2013. FISNER, M. F.; TANIGUCHI, S.; BICEGO, M. C.; MOREIRA, F.; TURRA, A. Polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) in plastic pellets: Variability in the concentration and composition at different sediment depths in a sandy beach. Marine Pollution Bulletin, p. 219-226, 2013. FISNER, M. F.; TANIGUCHI, S.; MAJER, A. P.; BICEGO, M. C.; TURRA, A. Concentration and composition of polycyclic aromatic hydrocarbons (PAHs) in plastic pellets: Implications for small-scale diagnostic and environmental monitoring. Marine Pollution Bulletin, v. 76, p. 349-354, 2013. FRANCO, T. P.; ARAÚJO, C. E. O.; ARAÚJO, F. G. Length-weight relationships for 25 fish species from three coastal lagoons in Southeastern Brazil. Journal of Applied Ichthyology, v. 30. GARBIN, T.; CASTELLO, J. E P. Changes in population structure and growth of skipjack tuna, Katsuwonus pelamis during 30 years of exploitation in the southwestern Atlantic. Latin American Journal of Aquatic Research, v. 42, p. 534-546, 2014. GARRAFFONI, A. R. S.; YOKOYAMA, L. Q.; AMARAL, A. C. Z. The gametogenic cycle and life history of Nicolea uspiana (Polychaeta: Terebellidae) on the southeast coast of Brazil. Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom, p. 1-9, 2014. GERN, F.; LANA, P. C. Reciprocal experimental transplantations to assess effects of organic enrichment on the recolonization of benthic macrofauna in a subtropical estuary. Marine Pollution Bulletin, v. 67, p. 107-120, 2013. GIANNINI, M. F. C.; GARCIA, C. A. E.; TAVANO, V. M.; CIOTTI, A. Effects of low-salinity and high-turbidity waters on empirical ocean colour algorithms: An example for Southwestern Atlantic waters. Continental Shelf Research, v. 1, p. 1-15, 2013. GONDIM, A. I.; DIAS, T. L. P.; DUARTE, R. C. S.; RIUL, P.; LACOUTH, P.; CHRISTOFFERSEN, M. L. Filling a knowledge gap on the biodiversity of rhodolith-associated Echinodermata from northeastern Brazil. Tropical Conservation Science, v. 7, p. 87-99, 2014. 107 Estudos de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade GOULART, E.; CALLIARI, L. J. MediumTerm morphodynamic behavior of a multiple sand-bar beach. Journal of Coastal Research, v. 65, p. 17741779, 2013. GUEDES, A. P. P.; ARAÚJO, F. G. Partitioning of the feeding niche along spatial, seasonal and size dimensions by the fish community in a tropical Bay in Southeastern Brazil. Marine Ecology, Berlin, v. 35, 2014. GUSMÃO JUNIOR. B.; LANA, P. C. Spatial variability of the infauna adjacent to intertidal rocky shores in a subtropical estuary. Hydrobiologia, 2014. 108 HEIN, C. J.; FITZGERALD, D. M.; CLEARY, W. J.; ALBERNAZ, M. B.; MENEZES, J. T.; Klein, A. H. F. Evidence for a transgressive barrier within a regressive strandplain system: Implications for complex coastal response to environmental change. Sedimentology, Amsterdam, v. 59, p. 1-34, 2013. HEIN, C. J.; FITZGERALD, D. M.; DE MENEZES, J. T.; CLEARY, W. J.; KLEIN, A. H. F.; ALBERNAZ, M. B. Coastal response to late-stage transgression and sea-level highstand. Geological Society of America Bulletin, v. 126, p. 459-480, 2014 HEIN, C. J.; FITZGERALD, D. M.; KLEIN, A. H. F.; ALBERNAZ, M. B.; MENEZES, J. T.; CLEARY, W. J. Reply to the Discussion by Dillenburg et al. on Evidence for a transgressive barrier within a regressive strandplain system: implications for complex response to environmental change by Hein et al. (2013), Sedimentology 60, 469 502 A transgressive barrier at Pinheira, Southern Brazil around 3 ka?. Sedimentology, Amsterdam, v. 61, 2014. IACONE SANTOS, A. B.; ALBIERI, Rafael J.; ARAÚJO, F. G. Seasonal response of fish assemblages to habitat fragmentation caused by an impoundment in a Neotropical river. Environmental Biology of Fishes, v. 96, p. 13771383, 2013. KATON, G. F.; TOWATA, N.; BERCHEZ, Flávio; OLIVEIRA, V. M. Percepção de estudantes que vivem distantes do litoral sobre o Ambiente Marinho. Enseñanza de las Ciencias, v. 2013, p. 3554-3559, 2013 KIKUCHI, R. K. P.; OLIVEIRA, M. D. M.; LEAO, Z. M. A. N. Density banding pattern of the south western Atlantic coral Mussismilia braziliensis. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, v. 449, p. 207-214, 2013. KRUG, L .A.; GHERARDI, D. F. M.; STECH, J. L.; LEÃO, Zelinda Margarida de Andrade Nery; KIKUCHI, Ruy K. P.; HRUSCHKA JUNIOR, L.; SUGGETT, D. The construction of causal networks to estimate coral bleaching intensity in Brazil. Environmental Modelling e Software, v. 42, p. 157-167, 2013. KRUG, Lilian Anne; GHERARDI, Douglas Francisco Marcolino; STECH, José Luís; LEÃO, Zelinda Margarida Andrade Nery; KIKUCHI, Ruy Kenji Papa; HRUSCHKA, Estevam Rafael; SUGGETT, David John. The construction of causal networks to estimate coral bleaching intensity. Environmental Modelling e Software, v. 42, p. 157-167, 2013. LEITE, Daniel Silva; SANDRINI-NETO, Leonardo; CAMARGO, Manuela Zeglin; THOMAS, Micheli Cristina; LANA, Paulo C. Are changes in the structure of nematode assemblages reliable indicators of moderate petroleum contamination?. Marine Pollution Bulletin, v. 83, p. 38-47, 2014. LEMOS, V. M.; VARELA, A. S.; SCHWINGEL, P. R.; MUELBERT, J. H.; VIEIRA, J. P. Migration and reproductive biology of (Teleostei: Mugilidae) in south Brazil. Journal of Fish Biology, 2014. LIMA, F. D.; LEITE, T. S.; HAIMOVICI, M.; NOBREGA, M. F.; LINS OLIVEIRA, J. E. Population structure and reproductive dynamic of Octopus insularis (Cephalopoda: Octopodidae) in a recifal coastal environment along northeastern Brazil. Fisheries Research, v. 152, p. 86-92, 2014. LIMA, Frabçoise D.; LEITE, Tatiana S.; HAIMOVICI, Manuel; LINS OLIVEIRA, Jorge E. Gonadal development and reproductive strategies of the tropical octopus (Octopus insularis) in northeast Brazil. Hydrobiologia, v. 725, p. 7-21, 2014. LOIOLA, M.; CRUZ, Igor C. S.; KIKUCHI, Ruy K. P.; LEÃO, Zelinda M. A. N. Definition of priority areas for the conservation of a coastal reef complex in the eastern Brazilian coast. Journal of Integrated Coastal Zone Management, 2014. LOIOLA, M.; OLIVEIRA, M. D. M.; KIKUCHI, R. K. P. Tolerance of Brazilian brain coral Mussismilia braziliensis to sediment and organic matter inputs. Marine Pollution Bulletin, p. 5562, 2013. LOPES, D. A. V.; NASCIMENTO, A. A.; Araújo, F. G.; SALES, Armando; PINHEIRO, N. L. Histochemical and immunohistochemical study of the digestive tube of Oligosarcus hepsetus (Characidae). World Journal of Gastroenterology, v. 19, p. 1919-1929, 2013. MACEDO-SOARES, L. C. P.; GARCIA, C. A. E.; FREIRE, A. S.; MUELBERT, J. H. Large-Scale Ichthyoplankton and Water Mass Distribution along the South Brazil Shelf. Plos One, v. 9, p. e91241, 2014. MAI, A. C. G.; CONDINI, M. V.; ALBUQUERQUE, C. Q.; LOEBMANN, D.; SAINT’PIERRE, T. D.; MIEKELEY, N.; VIEIRA, J. P. High plasticity in habitat use of Lycengraulis grossidens (Clupeiformes, Engraulididae). Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 141, p. 17-25, 2014. MALONE, T. C.; DIGIACOMO, P. M.; GONCALVES, E.; KNAP, A.; TALAUE-MCMANUS, L.; MORA, S.; MUELBERT, J. H. Enhancing the Global Ocean Observing System to meet evidence based needs for the ecosystem-based management of coastal ecosystem services. Natural Resources Forum, 2014. MAI, Ana C. G.; MIÑO, Carolina I.; MARINS, Luis F. F.; MONTEIRO-NETO, Cassiano; MIRANDA, Laura; SCHWINGEL, Paulo R.; LEMOS, Valéria M.; GONZALEZ-CASTRO, Mariano; CASTELLO, Jorge P.; VIEIRA, João P. Microsatellite variation and genetic structuring in Mugilliza (Teleostei: Mugilidae) populations from Argentina and Brazil. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 149, p. 80-86, 2014. MAI, Ana C. G.; VIEIRA, João P.; PLAVAN, Alicia A.; NOBREGA, Marcelo F.; MORAES, Leonardo; RODRIGUES, Fábio L.; MARINS, Luis S. F. Isolation and characterization of 18 microsatellites for Lycengraulis grossidens (Pisces: Clupeiformes). Conservation Genetics Resources, v. 5, p. 15-18, 2013. MARQUES, J. A.; ASSIS, H.; GUILOSKI, I.; SANDRINI-NETO, L.; CARREIRA, R.; DA CUNHA LANA, Paulo. Antioxidant defense responses in Mytella guyanensis (Lamarck, 1819) exposed to an experimental diesel oil spill in Paranaguá Bay (Paraná, Brazil). Ecotoxicology and Environmental Safety, v. 107, p. 269-275, 2014. MARTINS, Cintia D. Leal; RAMLOV, Fernanda; NOCCHI CARNEIRO, Nathália Peixoto; GESTINARI, Lisia M.; DOS SANTOS, Bruno F.; BENTO, Lilian M.; LHULLIER, Cintia; GOUVEA, Lidiane; BASTOS, Eduardo; HORTA, Paulo A.; SOARES, Angelica R. Antioxidant properties and total phenolic contents of some tropical seaweeds of the Brazilian coast. Journal of Applied Phycology, v. 25, p. 1179-1187, 2013. MATTOS, Taylan M.; COSTA, Marcus R.; PINTO, B. C. T.; BORGES, Joyce L. C.; ARAÚJO, F. Gerson. To what extent are the fish compositions of a regulated river related to physico-chemical variables and habitat structure?. Environmental Biology of Fishes, v. 97, p. 717-730, 2013. MENDES, C. R. B.; TAVANO, V. M.; SOUZA, Márcio Silva de; BROTAS, V.; LEAL, M. C.; GARCIA, C. A. E. Shifts in the dominance between diatoms and cryptophytes during three late summers in the Bransfield Strait (Antarctic Peninsula). Polar Biology, v. 36, p. 537-547, 2013. MIRANDA, R. J.; CRUZ, Igor C. S.; LEÃO, Zelinda Margarida de Andrade Nery. Coral bleaching in the Caramuanas reef (Todos os Santos Bay, Brazil) during the 2010 El Niño Event. Latin American Journal of Aquatic Research, v. 41, p. 351-360, 2013. MONTAGNER, N. C.; SILVESTRI, F.; TURRA, A. The socio-economic context and the future of artisanal mussel farm- ing from the producers’ perspective: A case study in southeastern Brazil. Marine Policy, 2013. MOUCHET, M. A.; BURNS, M. D. M.; GARCIA, A. M.; VIEIRA, J. P.; MOUILLOT, D. Invariant scaling relationship between functional dissimilarity and co-occurrence in fish assemblages of the Patos Lagoon estuary (Brazil): environmental filtering consistently overshadows competitive exclusion. Oikos, Kobenhavn, v. 122, p. 247-257, 2013. M. S.; WEIS, W. A.; FARONI-PEREZ, L.; ALVES, A. P.; CAMARGO, M. G.; AMARAL, A. C. Z.; MARQUES, A. C.; LANA, P. C. NONATObase: a database for Polychaeta (Annelida) from the Southwestern Atlantic Ocean. Databaseoxford, 2014. PAIVA, R.; MENDES, L. F.; LINS OLIVEIRA, J. E.; ALENCAR, C. E.; TORQUATO, F. Temporal and spatial patterns on the settlement of reef fish larvae in South Atlantic reef, Bahia, Brazil. Neotropical Ichthyology, 2014. NETO, Ana Maria Pereira; SOTANA DE SOUZA, Rafael Augusto; LEON-NINO, Amanda Denisse; DA COSTA, Joana D’arc Aparecida; TIBURCIO, Rodolfo Sbrolini; NUNES, Thaís Abreu; SELLARE DE MELLO, Thaís Cristina; KANEMOTO, Fernando Takashi; SALDANHA-CORRÊA, Flávia Marisa Prado; GIANESELLA, Sônia Maria Flores. Improvement in microalgae lipid extraction using a sonicationassisted method. Renewable Energy, v. 55, p. 525-531, 2013. PALMA-SILVA, Cleber; MARINHO, Cláudio Cardoso; ALBERTONI, Edéçti Faria; GIACOMINI, Iara Bueno; FIGUEIREDO BARROS, Marcos Paulo; FURLANETTO, Leonardo Marques; TRINDADE, Claudio Rossano Trindade; ESTEVES, Francisco de Assis. Methane emissions in two small shallow neotropical lakes: The role of temperature and trophic level. Atmospheric Environment, v. 81, p. 373-379, 2013. NEVES, Leonardo Mitrano; TEIXEIRA, T. P.; FRANCO, T. P.; PEREIRA, Hamilton Hissa; ARAÚJO, F. G. Fish composition and assemblage structure in the estuarine mixing zone of a tropical estuary: comparisons between the main channel and an adjacent lagoon. Marine Biology Research, v. 9, p. 661-675, 2013. PAMPLONA, Fábio Campos; PAES, Eduardo Tavares; NEPOMUCENO, Aguinaldo. Nutrient fluctuations in the Quatipuru river: A macrotidal estuarine mangrove system in the Brazilian Amazonian basin. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 133, p. 273284, 2013. OLIVEIRA, M. C. L. M.; BASTOS, R. F.; CLAUDINO, M. C.; ASSUMPÇÃO, C. M.; GARCIA, A. M. Transport of marine-derived nutrients to subtropical freshwater food webs by juvenile mullets: a case study in southern Brazil. Aquatic Biology, v. 20, p. 91-100, 2014. PASCELLI, C.; RIUL, Pablo; RIOSMENARODRIGUEZ, R.; SCHERNER, F.; NENES, M.; HALL-SPENCER, J. M.; OLIVEIRA, E. C.; HORTA, P. A. Seasonal and depth-driven changes in rhodolith bed structure and associated macroalgae off Arvoredo island (southeastern Brazil). Aquatic Botany, v. 111, p. 62-65, 2013. PADOVANNI, N.; AMARAL, A. C. Z. New species of the scale worm genus Pholoides (Polychaeta: Sigalionidae) from south-east Brazil. Journal of the Marine Biological Association of the UK, v. 1, p. 1-9, 2014. PADOVANNI, Nathalia; AMARAL, Antonia Cecília Z. New species of the scale worm genus Pholoe (Polychaeta: Pholoidae) from southeast Brazil. Zootaxa, Auckland, v. 3710, p. 485-497, 2013. PAGLIOSA, P. R.; DORIA, J. G.; MISTURINI, D.; OTEGUI, M. B. P.; OORTMAN, PESSANHA, A. L. M.; ARAUJO, F. G. Shifts of the feeding niche along the size dimension of three juvenile fish species in a tidal mudflat in southeastern Brazil. Marine Biology, Berlin, v. 161, p. 543-550, 2014. PETRACCO, M.; CAMARGO, R. M.; TARDELLI, D. T.; TURRA, A. Population biology of the gastropod Olivella minuta (Gastropoda, Olividae) on two sheltered beaches in southeastern Brazil. Estuarine, Coastal and Shelf Science, 2013. 109 Estudos de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade PETRACCO, Marcelo; CARDOSO, Ricardo Silva; TURRA, Alexander. Patterns of sandybeach macrofauna production. Journal of the Marine Biological Association of the UK, 2013. PINHEIRO ANDUTTA, Fernando; DE MIRANDA, Luiz Bruner; FRANÇA SCHETTINI, Carlos Augusto; SIEGLE, Eduardo; DA SILVA, Mario Pereira; MASSAKI IZUMI, Vitor; MURAI CHAGAS, Felipe. Temporal variations of temperature, salinity and circulation in the Peruípe river estuary (nova Viçosa, BA). Continental Shelf Research, v. 70, p. 36-45, 2013. PINHEIRO, I. E. G.; GARCIA, J.; CASTELLO, J. P. Confirmed record of Seriola rivoliana (Valenciennes, 1833) in the Saint Peter and Saint Paul Archipelago. Journal of Applied Ichthyology, v. 29, p. 1370-1371, 2013. 110 POMBO, Maíra; DENADAI, Márcia Regina ; TURRA, Alexander. Body growth and reproduction of individuals of the sciaenid fish Stellifer rastrifer in a shallow tropical bight: A cautionary tale for assumptions regarding population parameters. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 123, p. 39-45, 2013. POMBO, Maíra; DENADAI, Márcia Regina; TURRA, Alexander. Seasonality, Dietary Overlap and the Role of Taxonomic Resolution in the Study of the Diet of Three Congeneric Fishes from a Tropical Bay. Plos One, v. 8, p. e56107, 2013. POMBO, M.; TURRA, A. Issues to Be Considered in Counting Burrows as a Measure of Atlantic Ghost Crab Populations, an Important Bioindicator of Sandy Beaches. Plos One, v. 8, p. e83792, 2013. PRANTONI, A. L.; DOMENICO, M. D; DA CUNHA LANA, Paulo. First record of achaetous Marionina spp. Michaelsen, 1890 (Annelida: Clitellata: Enchytraeidae) for Southern Atlantic. Zoosymposia, v. 9, p. 10-13, 2014. PRANTONI, Alessandro Lívio; DOMENICO, M. DI; LANA, PAULO C. A taxonomic overview of marine and estuarine oligochaetes from Brazil. Marine Biodiversity: international journal of marine science, 2013. PRANTONI, A. L.; LANA, P. C.; SANDRININETO, L.; NEGRELLO FILHO, O. A.; OLIVEIRA, V. M. An experimental evaluation of the short-term effects of trawling on infaunal assemblages of the coast off southern Brazil. Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom, v. 93, p. 495-502, 2013. RAMLOV, Fernanda; CARVALHO, Tiago José Griebeler; SCHMIDT, Éder Carlos; MARTINS, Cintia Dalcuche Leal; KREUSCH, Marianne Gabi; OLIVEIRA RODRIGUES, Eva Regina; BAUER, Cláudia Marlene; BOUZON, Zenilda Laurita; HORTA, Paulo Antunes; MARASCHIN, Marcelo. Metabolic and cellular alterations induced by diesel oil in Hypnea musciformis (Wulfen) J. V. Lamour. (Gigartinales, Rhodophyta). Journal of Applied Phycology, v. 26, p. 1879-1888, 2013. ROVAI, André Scarlate; BARUFI, José Bonomi; PAGLIOSA, Paulo Roberto; SCHERNER, Fernando; TORRES, Moacir Aluísio; HORTA, Paulo Antunes; SIMONASSI, José Carlos; QUADROS, Daiane Paula Cunha; BORGES, Daniel Lázaro Gallindo; SORIANO-SIERRA, Eduardo Juan. Photosynthetic performance of restored and natural mangroves under different environmental constraints. Environmental Pollution, v. 181, p. 233-241, 2013. RAMOS E SILVA, C. A.; SILVA, C. A. R.; STERNBERG, Leonel; DÁVALOS, Pablo Bezerra; SOUZA, Flavo E. S.; SPYRIDES, M. H. C. The dominant source of carbon in shrimp diet and the true impact of organic farming in estuary. Estuarine, Coastal and Shelf Science, 2013. SANDRINI-NETO, Leonardo; LANA, Paulo da Cunha. Does mollusc shell debris determine patterns of macrofaunal recolonisation on a tidal flat? Experimental evidence from reciprocal transplantations. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, v. 452, p. 9-21, 2014. RAMOS, Carla Alecrim Colaço; KIKUCHI, Ruy Kenji Papa; AMARAL, Fernanda Duarte; FAUTH, J. E. A test of herbivory-mediated coral-algae interaction on a Brazilian reef during a bleaching event. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, v. 456, p. 1-7, 2014. SANT’ANNA, Bruno Sampaio; SANTOS, D. M.; MARCHI, M. R. R.; ZARA, F. J.; TURRA, A. Surface-sediment and hermit-crab contamination by butyltins in southeastern Atlantic estuaries after ban of TBT-based antifouling paints. Environmental Science and Pollution Research International, 2014. REISSER, Júlia; PROIETTI, Maíra; SAZIMA, Ivan; KINAS, Paul; HORTA, Paulo; SECCHI, Eduardo. Feeding ecology of the green turtle (Chelonia mydas) at rocky reefs in western South Atlantic. Marine Biology, Berlin, v. 160, p. 3169-3179, 2013. SANTOS, Alex B. I.; ARAUJO, F. G. Evidence of morphological differences between Astyanax bimaculatus (Actinopterygii: Characidae) from reaches above and below dams on a tropical river. Environmental Biology of Fishes, v. 97, p. 1-8, 2014. RIUL, P; TARGINO, C. H; JÚNIOR, L. A. C.; CREED, J. C.; HORTA, P. A.; COSTA, G. C. Invasive potential of the coral Tubastraea coccinea in the southwest Atlantic. Marine Ecology. Progress Series, Halstenbek, v. 480, p. 73-81, 2013. ROCHA, Rosana M.; VIEIRA, Leandro M.; MIGOTTO, Alvaro E.; AMARAL, Antonia Cecília Z.; VENTURA, Carlos Renato R.; SEREJO, Cristina S.; PITOMBO, Fábio B.; SANTOS, Kátia Christol; SIMONE, Luiz R. L.; TAVARES, Marcos; LOPES, Rubens M.; PINHEIRO, Ulisses; MARQUES, Antonio Carlos. The need of more rigorous assessments of marine species introductions: A counter example from the Brazilian coast. Marine Pollution Bulletin, v. 67, p. 241-243, 2013. ROMEU, M. A. R.; FONTOURA, J. A. S.; MELO FILHO, E. Typical Scenarios of Wave Regimes off Rio Grande do Sul, Southern Brazil. Journal of Coastal Research, 2013. ROSSETTI, Dilce F.; BEZERRA, Francisco H. R.; LANDIM DOMINGUEZ, José M. Late Oligocene-Miocene transgressions along the equatorial and eastern margins of Brazil. Earth-Science Reviews, v. 123, p. 87-112, 2013. SANTOS, D. M.; MARCHI, M. R. R.; GODOI, A. F. L.; TURRA, A.; MONTONE, R. C. Matrix Effect on Butyltin Analysis of Sediments and Fish Tissues by GC-PFPD. Journal of the Brazilian Chemical Society, p. 998-1005, 2013. SANTOS, J. N. S.; GOMES, R. S.; VASCONCELOS, Ruan M; SILVA, Debora de Souza; ARAUJO, F. G. Effects of morphodynamics and across-shore physical gradients on benthic macroinfauna on two sandy beaches in south-eastern Brazil. Journal of the Marine Biological Association of the United Kingdom, v. 94, p. 1-10, 2014. SCARIOT, Lidiane Ângela; ROVER, Ticiane; ZITTA, Carmen Simioni; HORTA, Paulo Antunes; OLIVEIRA, Eurico Cabral; BOUZON, Zenilda Laurita. Effects of UV-B radiation on Gelidium floridanum (Rhodophyta, Gelidiales): germination of tetraspores and early sporeling development. Journal of Applied Phycology, v. 25, p. 537-544, 2013. SCHERNER, Fernando; HORTA, Paulo Antunes; DE OLIVEIRA, Eurico Cabral; SIMONASSI, José Carlos; HALL-SPENCER, Jason M.; CHOW, Fungyi; NUNES, José Marcos C.; PEREIRA, Sonia Maria Barreto. Coastal urbanization leads to remarkable seaweed species loss and community shifts along the SW Atlantic. Marine Pollution Bulletin, v. 76, p. 106-115, 2013. SCHETTINNI, Carlos Augusto França; DUARTE PEREIRA, Marçal; SIEGLE, Eduardo; DE MIRANDA, Luiz Bruner; SILVA, Mário P. Residual fluxes of suspended sediment in a tidally dominated tropical estuary. Continental Shelf Research, v. 70, p. 27-35, 2013. SCHETTINI, C. A. F.; PEREIRA, M. D.; SIEGLE, E.; DE MIRANDA, L. B.; SILVA, M. P. Residual fluxes of suspended sediment in a tidally dominated tropical estuary. Continental Shelf Research, v. 2013, p. 1-11, 2013. SILVA, Juliana Souza da; ALBERTONI, E. F.; PALMA-SILVA, Cleber. Temporal variation of phytophilous Chironomidae over a 11-year period in a shallow Neotropical lake in southern Brazil. Hydrobiologia, p. 1-14, 2014. SILVA, A. S.; LEÃO, Z. M. A. N.; KIKUCHI, R. K. P.; COSTA, A. B.; SOUZA, J. R. B. Sedimentation in the coastal reefs of Abrolhos over the last decades. Continental Shelf Research, v. 70, p. 159-167, 2013. SILVA, D. de S.; SANTOS, J. N. S.; GOMES, R. S.; ARAÚJO, F. G. Ecomorphological relationships among four Characiformes fish species in a tropical reservoir in South-eastern Brazil. Zoologia (Curitiba): an international journal for zoology, v. 31, p. 28-34, 2014. SILVESTRI, F.; TURRA, A. Excrement production by brown mussels Perna perna (L. 1758) under static conditions. PanAmerican Journal of Aquatic Sciences, v. 8, p. 30-38, 2013. SOARES, Helena Cachanhuk; GHERARDI, Douglas Francisco Marcolino; PEZZI, Luciano Ponzi; KAYANO, Mary Toshie; PAES, Eduardo Tavares. Patterns of interannual climate variability in large marine ecosystems. Journal of Marine Systems, v. 134, p. 57-68, 2014. SOBRAL, F. C.; PEREIRA, P. S.; CAVALCANTI, P. G.; GUEDES, R. M.; CALLIARI, Lauro. Intertidal Bathymetry Estimation Using Video Images on a Dissipative Beach. Journal of Coastal Research, v. 65, p. 1439-1444, 2013. SOUSA, S. H. M.; AMARAL, P. G. C.; MARTINS, V.; FIGUEIRA, R. C. L.; SIEGLE, Eduardo; FERREIRA, P. A. L.; SILVA, I. S.; SHINAGAWA, E.; SALAROLI, A.; SCHETTINI, C. A. F.; SANTA-CRUZ, J.; MAHIQUES, M. M. Environmental Evolution of the Caravelas Estuary (Northeastern Brazilian Coast, 17 S, 39 W) Based on Multiple Proxies in a Sedimentary Record of the Last Century. Journal of Coastal Research, v. 30, p. 474-486, 2014. SOUZA, F. M.; BRAUKO, K. M.; LANA, P. C.; MUNIZ, P.; CAMARGO, M. G. The effect of urban sewage on benthic macrofauna: A multiple spatial scale approach. Marine Pollution Bulletin, v. 67, p. 234-240, 2013. SOUSA, Paulo H. G. O.; SIEGLE, Eduardo; TESSLER, Moysés Gonsalez. Vulnerability assessment of Massaguaçú Beach (SE Brazil). Ocean e Coastal Management, v. 77, p. 24-30, 2013. STERNBERG, Leonel da Silveira Lobo; RAMOS ESILVA, Carlos Augusto; DÁVALOS, Pablo Bezerra. Shrimp farming: Where does the carbon go?. Central European Geology, v. 56, p. 13-18, 2013. TELOKEN, F.; ALBERTONI, Edélti Faria; HEPP, L. U.; PALMA-SILVA, Cleber. Aquatic invertebrates associated with Salix humboldtiana litter in a subtropical stream. Ecología Austral, 2014. TERRA, B. F.; HUGHES, R. M.; ARAÚJO, F. G. Sampling Sufficiency for Fish Assemblage Surveys of Tropical Atlantic Forest Streams, Southeastern Brazil. Fisheries, Bethesda, v. 38, p. 150-158, 2013. TERRA, B. F.; HUGHES, R. M.; FRANCELINO, M. R.; ARAUJO, F. G. Assessment of biotic condition of Atlantic Rain Forest streams: a fish-based multimetric approach. Ecological Indicators, v. 34, p. 136-148, 2013. TOWATA, N.; KATON, G. F.; BERCHEZ, Flavio; URSI, S. Ambiente marinho, sua preservação e relação com o cotidiano: influência de uma exposição interativa sobre as concepções de estudantes do Ensino Fundamental. Enseñanza de las Ciencias, v. 2013, p. 13421347, 2013. TURRA, A.; Gorman, D. Subjective resource value and shell abandoning behavior in hermit crabs. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, v. 452, p. 137-142, 2014. TURRA, Alexander; CRÓQUER, Aldo; CARRANZA, Alvar; MANSILLA, Andrés; ARECES, Arsenio J.; WERLINGER, Camilo; MARTÍNEZBAYÓN, Carlos; NASSAR, Cristina Aparecida Gomes; PLASTINO, Estela; SCHWINDT, Evangelina; SCARABINO, Fabrizio; CHOW, Fungyi; FIGUEROA, Felix Lopes; BERCHEZ, Flávio; HALL-SPENCER, JASON M.; SOTO, Luis A.; BUCKERIDGE, Marcos Silveira; COPERTINO, Margareth, S.; DE SZÉCHY, Maria Tereza Menezes; GHILARDI-LOPES, Natalia Pirani; HORTA, Paulo; COUTINHO, Ricardo; FRASCHETTI, Simonetta; DE ANDRADE NERY LEÃO, Zelinda Margarida. Global environmental changes: setting priorities for Latin American coastal habitats. Global Change Biology, v. 19, 2013. TURRA, A.; MANZANO, A. B.; Dias, R. J.; MAHIQUES, M. M.; BARBOSA, L.; BALTHAZAR-SILVA, D.; Moreira, F. Three-dimensional distribution of plastic pellets in sandy beaches: shifting paradigms. Scientific Reports, v. 4, 2014. TURRA, A.; PETRACCO, M.; AMARAL, A. C. Z.; DENADAI, M. R. Temporal variation in life-history traits of the clam Tivela mactroides (Bivalvia: Veneridae): Densitydependent processes in sandy beaches. Estuarine, Coastal and Shelf Science, v. 132, p. 1-8, 2013. TURRA, A.; PETRACCO, Marcelo; AMARAL, Antônia Cecília Zacagnini; DENADAI, M. R. Population biology and secondary production of the harvested clam (Born, 1778) (Bivalvia, Veneridae) in Southeastern Brazil. Marine Ecology, Berlin, v. 2014, 2014. URSI, S.; TOWATA, N.; KATON, G. F.; BERCHEZ, Flavio. Influência de exposição interativa sobre ambiente marinho e sua biodiversidade nas concepções de meio ambiente de estudantes do Ensino Fundamental. Enseñanza de las Ciencias, v. 2013, p. 3575-3580, 2013. VENTURA, A. B.; LANA, Paulo da Cunha. A new empirical index for assessing the vulnerability of peri-urban mangroves. Journal of Environmental Management, v. 145, p. 289-298, 2014. VILAR, C. C.; JOYEUX, J. C.; GIARRIZZO, T.; SPACH, H. L.; VIEIRA, J. P.; VASKE-JUNIOR, T. Local and regional ecological drivers of fish assemblages in Brazilian estuaries. Marine Ecology. Progress Series, Halstenbek, v. 485, p. 181-197, 2013. VITAL, H. The north-northeastern Brazilian tropical shelf. Journal of the Geological Society, Society, v. 149, p. 55-71, 2013. 111 Estudos de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade Artigos publicados em periódicos nacionais indexados Biodiversidade ATTIAS, N.; SIQUEIRA, M. F.; BERGALLO, H. G. Acácias Australianas no Brasil: histórico, formas de uso e potencial de invasão. Biodiversidade Brasileira, v. 2, p. 50-73, 2013. SANTOS, C. H. V.; FISCH, S. T. V. Phenology of urban tree species in the city of Taubaté, São Paulo State, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana, v. 8, n. 3, p. 01-17, 2013. SIQUEIRA, R. R.; FISCH, S. T. V. Adequação do currículo escolar à peculiaridade da população ribeirinha: influência da colheita do açaí na ilha do Combu, Belém-PA. Revista Ambiente e Água, v.8, p. 8-23, 2013. 112 Cenários de mudanças climáticas para o século XXI ARTAXO, P.; DIAS, M. S.; NAGY, L.; LUIZAO, F.; CUNHA, H.; QUESADA, C.; MARENGO J. A.; KRUSCHE, A. Perspectivas de pesquisas na relação entre clima e o funcionamento da floresta amazônica. Ciência e Cultura, Santa Maria, RS. HAMADA, E.; GHINI, R.; MARENGO, José Antonio; OLIVEIRA, I.; SILVA, B.; NOGUEIRA, V.; CARAPOSI, S. Atlas Digital dos Cenários climáticos projetados para o Brasil com base no Quarto Relatório do IPCC (2007): variáveis de interesse agrícola. CDs. Jaguiariuna: Embrapa, 2013. Recursos Hídricos LOPES, H. L.; RIBEIRO NETO, Alfredo; CIRILO, J. A. Modelagem batimétrica no reservatório de sobradinho. Revista Brasileira de Cartografia, v.65, p.887- 902, 2013. SOUZA JUNIOR, C. B.; CANDEIAS, A. L. B.; CIRILO, José Almir; TAVARES JUNIOR, J. R. Atlas eletrônico analítico como ferramenta na gestão dos recursos hídricos. Revista de Geografia, Recife, v. 30, p. 180-199, 2013. Saúde Humana GONÇALVES, K. S.; SIQUEIRA, A. S. P.; CASTRO, H. A.; HACON, S. S. Indicador de vulnerabilidade socioambiental na Amazônia Ocidental. O caso do município de Porto Velho, Rondônia, v. 19, p. 3809-3817 2014. ANDRADE, Valdir S.; ARTAXO, Paulo; HACON, Sandra S.; CARMO, Cleber N. Aerossóis de queimadas na Amazônia brasileira e impactos na saúde humana. In: OLIVEIRA, José Aldemir. Espaço, saúde e ambiente na Amazônia: ensaios de geografia da saúde. São Paulo: Editora Outras Expressões, 2013, p. 201-218. MATOS, V.; BARCELLOS, C.; CAMARGO, L. O. Vulnerabilidade e problemas de saúde nas viagens do ponto de vista dos turistas na cidade do Rio de Janeiro. Ciência e Saúde Coletiva, v. 18, n. 1, p. 85-97, 2013. Megacidades CARMO, R. L.; ANAZAWA, T. M. Mortalidade por desastres no Brasil: o que mostram os dados. Ciência e Saúde Coletiva, v. 19, p. 36693681, 2014. CARMO, R. L.; DAGNINO, R. S.; JOHANSEN, I. C. Transição demográfica e transição do consumo urbano de água no Brasil. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 31, p. 169-190, 2014. JOHANSEN, I. C.; CARMO, R. L.; BUENO, M. C. D. Análise Espacial em População e Ambiente: aplicação para o estudo da dengue em Caraguatatuba, São Paulo, em 2013. Revista Espinhaço, v. 1, p. 62-77, 2014. SANTOS, F. M.; CARMO, R. L. Riscos ambientais, percepção e adaptação em zonas costeiras: o caso da Ilha Comprida. Revista Espinhaço, v. 1, p. 24-42, 2014. Zonas Costeiras ALBERTONI, E. F.; PALMA-SILVA, Cleber; TRINDADE, Claudio Rossano Trindade; FURLANETTO, L. M. Field evidenceof the influence of aquatic macrophytes on water quality in a shallow eutrophiclake over a 13-year period. Acta Limnológica Brasiliensia, 2014. ARAÚJO, F. G.; SANTOS, A. B. I.; ALBIERI, R. J. Assessing fish assemblages similarity above and below a dam in a Neotropical reservoir with partial blockage. Brazilian Journal of Biology, v. 73, p. 727-736, 2013. AZEVEDO, Venancio Guedes De; BARBOSA, Márcio Nora; ABDALLAH, Patrízia Raggi; ROSSI-WONGTSCHOWSKI, Carmen Lúcia Del Bianco. Custos operacionais de captura da frota camaroeira do litoral norte do Estado de São Paulo: análise comparada entre valores de mercado e valores de cooperados. Brazilian Journal of Aquatic Science and Technology, v. 18, p. 71, 2014. BASTOS, R. F.; MIRANDA, S. F.; GARCIA, A. M. Dieta e estratégia alimentar de Characidium rachovii (Characiformes: Crenuchidae) em riachos de planície costeira do sul do Brasil. Iheringia. Série Zoologia, v. 103, p. 335-341, 2013. BERNARDINO, A. F.; ALVES, P. R. P.; CHRISTOFOLETTI, R.; BARROS, F.; NETTO, S.; LANA, Paulo da Cunha. Benthic estuarine communities in Brazil: moving forward to long term studies to assess climate change impacts. Brazilian Journal of Oceanography, 2014. CABRAL NETO, Izaac; CÓRDOBA, Valéria Centurion; VITAL, H. MORFOLOGIA, MICROFACIOLOGIA E DIAGÊNESE DE BEACHROCKS COSTAAFORA ADJACENTES À COSTA NORTE DO RIO GRANDE DO NORTE, BRASIL. Geociências, São Paulo, v. 32, p. 471-490, 2013. CARVALHO, Melissa; Ciotti, A. M.; GIANESELLA, Sônia Maria Flores; SALDANHA-CORRÊA, Flávia M. P.; Riani, R. Bio-Optical Properties of the Inner Continental Shelf off Santos Estuarine System, Southeastern Brazil, and their Implications for Ocean Color Algorithm Performance. Brazilian Journal of Oceanography, v. 62, p. 71-87, 2014. CENI, Gianfranco; VIEIRA, João Paes. Looking through a dirty glass: how different can the characterization of a fish fauna be when distinct nets are used for sampling?. Zoologia (Curitiba): an international journal for zoology, v. 30, p. 499-505, 2013. CORRÊA, F.; VELASCO, Gonzalo; HUCKEMBECK, S.; BASTOS, R. F. Length weight relationship of the top predator Hoplias aff. malabaricus (Bloch, 1794) in a wetland area in Lagoa do Peixe National Park, South America. Biota Neotropica, 2014. CUNHA, R. W.; GARCIA JUNIOR, M. D. N.; ALBERTONI, E. F.; SILVA, C. P. Qualidade de água de uma lagoa rasa em meio rural no sul do Brasil. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 17, p. 770779, 2013. DENADAI, M. R.; SANTOS, Flávia Borges; BESSA, E.; FERNANDEZ, W. S.; LORCA L.; TURRA, A. Population biology and diet of Pomadasys corvinaeformis (Perciformes: Pomadasyidae) in Caraguatatuba Bay, southeastern Brazil. Revista de Biologia Tropical, v. 61, p. 1947-1954, 2013. DUARTE, Silvana; PAIVA, Marco A. R.; LARA, Camila C.; BEMQUERER, Marcelo P.; ARAÚJO, Francisco Gerson. Influence of season, environment and feeding habits on the enzymatic activity of peptidase and β-glucosidase in the gastrointestinal tract of two Siluriformes fishes (Teleostei). Zoologia, Curitiba, v. 30, p. 269-306, 2013. HAIMOVICI, M.; CASTELLO, J. P.; ABDALLAH, P. R. Desenvolvimento da pesca industrial sediada em Rio Grande: uma visão histórica sob a ótica de atores privilegiados. In: HAIMOVICI, Manuel; ANDRIGUETTO FILHO, José; SUNYE, Patricia Safair (Org.). A pesca marinha e estuarina no Brasil: estudos de caso multidisciplinares. Rio Grande: Editora da FURG, 2014, v. 1, p. 17-28. LOMBARDI, P. M.; RODRIGUES, F. L.; VIEIRA, J. P. Longer is not always better: The influence of beach seine net haul distance on fish catchability. Zoologia (Curitiba): an international journal for zoology, v. 31, p. 35-41, 2014. MEDEIROS, Nãshaira; DIAS, Marcelo Sperle; NETO, Artur Ayres; MUEHE, Dieter. Mapeamento acústico de areias submersas para recuperação de praias do Rio de Janeiro, Brasil. Revista da Gestão Costeira Integrada, v. 14, p. 149-158, 2014. MAI, Ana C. G.; VIEIRA, J. P. Review and consideration on habitat use, distribution and life history of Lycengraulis grossidens (Agassiz, 1829) (Actinopterygii, Clupeiformes, Engraulididae). Biota Neotropica, v. 3, p. 111, 2013. MANZOLLI, Rogério; PORTZ, L.; TAGLIANI, C. R. A. Subsídios Técnicos para o planejamento Ambiental do Município de Turuçu, Planície costeira do Rio Grande do Sul. Gravel (Porto Alegre), v. 11, p. 19-35, 2013. MATTOS, Paulo H; ANELLO, Lucia F. S.; TAGLIANI, Carlos R. A. Uma análise sistêmica do gerenciamento dos resíduos sólidos em nove municípios da zona sul do Rio Grande do Sul. Diálogos e Ciência, v. 11, p. 45-49, 2013. MEDEIROS, Nashaira; DIAS, Marcelo Sperle; NETO, Artur Ayres; MUEHE, Dieter. Mapeamento acustico de areias submersas para recuperacao de praias do Rio de Janeiro, Brasil. Revista da Gestão Costeira Integrada, v. 14, p. 149-158, 2014. MENEZES, N. M.; NEVES, E. G.; BARROS, F.; KIKUCHI, Ruy Kenji Papa; JOHNSSON, R. Intracolonial variation in Siderastrea de Blainville, 1830 (Anthozoa, Scleractinia): taxonomy under challenging morphological constraints. Biota Neotropica, v. 13, p. 108-116, 2013. NARDES, E.; CAMARGO, M. G.; LANA, P. C. Efeitos de um derrame experimental de óleo bunker na sobrevivência e taxas de crescimento de plântulas de Laguncularia racemosa (Combretaceae). Biotemas (UFSC), v. 26, p. 56-67, 2013. NASCIMENTO, L.; BITTENCOURT, A. C. S. P.; SANTOS, A.; DOMINGUEZ, J. M. L. Potencial de Prejuízos Econômicos em Função da Densidade de Urbanização e da Sensibilidade à Erosão Costeira na Costa do Cacau - Bahia. Revista Brasileira de Geomorfologia, v. 14, p. 261-270, 2013. NEGRELLO FILHO, O. A.; LANA, P. C. Short-term stability of estuarine benthic assemblages: are storms pattern-defining events?. Zoologia, Curitiba, v. 30, p. 266-272, 2013. NOERBERG, Mauricio Almeida; ALBERTI, A. L. Variabilidade oceanográfica na Plataforma Continental Interna do Paraná: condição de primavera. 113 Estudos de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade Revista Brasileira de Geofísica, 2013. teira do Rio Grande do Sul. Gravel, Porto Alegre, v. 11, p. 19-35, 2013. NOERNBERG, M. A.; MIZERKOWSKI, B. D.; PALOSCHI, N.; NETTO JUNIOR, J. P. B. Hydrodynamics and bio optical assessment of two pristine subtropical estuaries in Southern Brazil. Brazilian Journal of Oceanography, 2014. RIBEIRO, Juliana Dos Santos; SOUSA, Paulo Henrique Gomes De Oliveira; VIEIRA, Danilo Rodrigues; SIEGLE, Eduardo. Evolução da vulnerabilidade à erosão costeira na Praia de Massaguaçú (SP), Brasil. Revista da Gestão Costeira Integrada, v. 13, p. 253-265, 2013. OLIVEIRA, D. S.; DOMINGUES, M. V. D. R.; ASMUS, M. L.; ABDALLAH, P. R. Expansão Portuária, Desenvolvimento Municipal e Alterações Ambientais no Brasil: Desafios para a gestão costeira. Revista da Gestão Costeira Integrada, v. 13, p. 79-87, 2013. 114 OLIVEIRA, Julio F.; MUEHE, Dieter. Identificação de áreas de sedimentos compatíveis na plataforma continental interna para recuperação de praias entre as cidades de Niterói e Macaé - Rio de Janeiro, Brasil. Revista da Gestão Costeira Integrada, v. 13, p. 89-99, 2013. POGGIO, C. A.; DOMINGUEZ, J. M. L.; MAFALDA JUNIOR, P. O.; ALVES, Orane Falcão de Souza; SOUZA, Facelúcia Barros Côrtes. Sedimentação atual da baía de Todos os Santos com ênfase nos componentes biogênicos. Cadernos de Geociências, v. 10, p. 108-115, 2013. POMBO, Maíra; DENADAI, Marcia Regina; SANTOS, Flávia Borges; BESSA, Eduardo; MORAES, C.; TURRA, Alexander. Population Biology of the Barbel Drum Ctenosciaena gracilicirrhus (Metzelaar, 1919) (Perciformes: Sciaenidae) in Caraguatatuba Bay, Southeastern Brazil. Brazilian Journal of Oceanography, v. 61, p. 1, 2013. PORTANTIOLO, R. M.; PORTZ, Luana; TAGLIANI, Carlos R. A. Subsídios Técnicos para o Planejamento Ambiental do Município de Turuçu, Planície cos- SANTOS, Flávia Borges; BESSA, E.; POMBO, M.; DENADAI, M. R.; MORAES, C.; TURRA, A. Population biology of the barbel drum Ctenosciaena gracilicirrhus (Metzelaar, 1919) (Perciformes: Sciaenidae) in Caraguatatuba Bay, Southeastern Brazil. Brazilian Journal of Oceanography, v. 61, p. 169-175, 2013. SANTOS, A.; II, E. L. P.; DALMOLIN, L. C.; MODRO, N. R.; SPERB, Rafael Medeiros. Análise do potencial poluidor de indústrias a partir da construção de cartas temáticas. Revista do CCEI, v. 17, p. 56-69, 2013. SCHMIEGELOW, João M. M.; GIANESELLA, Sônia M. F. Absence Of Zonation In A Mangrove Forest In Southeastern Brazil. Brazilian Journal of Oceanography, v. 62, p. 117-131, 2014. SILVA, E. F.; LINS OLIVEIRA, J. E. Gestão Territorial e ocupação do solo no Município de Tibau do Sul/RN/ BRASIL. Sociedade e Território, Natal, v. 1, p. 62-79, 2013. SILVA, E. F.; LINS OLIVEIRA, J. E.; SCHIAVETTI, A. Conhecimento Ecológico Local Como Subsídio Ao Manejo Da Pesca Artesanal Na Reserva De Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta Do Tubarão - Rn/Brasil. Boletim do Instituto de Pesca, 2014. SILVA, E. F.; LOPES JÚNIOR, E.; LINS OLIVEIRA, J. E. Característi- cas socieconômicas e culturais de comunidades litorâneas brasileiras: um estudo de caso - Tibau do Sul RN. Boletim Técnico Científico do CEPENE, v. 18, p. 79-95, 2013. SILVA, C. C.; SCHWAMBORN; LINS OLIVEIRA, J. E. Population biology and color patterns of the blue land crab, Cardisoma guanhumi (Latreille 1828) (Crustacea: Gecarcinidae) in the Northeastern Brazil. Brazilian Journal of Biology, 2015. SILVEIRA, L. S.; ABDALLAH, P. R.; HELLEBRANDT, Luceni; BARBOSA, M. N.; FEIJÓ, F. Análise Sócio-Econômica Do Perfil Dos Consumidores De Pescado No Município De Rio Grande. Sinergia (FURG), v. 16, p. 9-19, 2013. VIEIRA, João P.; LOPES, MICHELLE N. Size-selective predation of the catfish Pimelodus pintado (Siluriformes: Pimelodidae) on the golden mussel Limnoperna fortunei (Bivalvia: Mytilidae). Zoologia, Curitiba, v. 30, p. 43-48, 2013. WATANABE, T. T.; ZARA, Fernando José; HATTORI, G. Y.; TURRA, A.; SANT’ANNA, Bruno Sampaio. Biological associations of color variation in the Indo-Pacific swimming crab Charybdis hellerii. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 2014. Livros Cenários de mudanças climáticas para o século XXI MAGRIN, G.; MARENGO, J.; BOULANGER, J. P.; BUCKERIDGE, M. S.; CASTELLANOS, E.; POVEDA, G.; SCARANO, F. R.; VINCUÑA, S. Central and South America, Climate Change 2014: Impacts, Adaptation and Vulnerability-Chapter 27. Contribution of Working Group II to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge University Press: Cambridge, UK, 2014. MARANGON, W Colischonn, MARENGO, J. A. (eds) Efeitos das mudanças climáticas na geração de energia elétrica. São Paulo : Hunter Books Editora, 2014, 357 pp. Recursos hídricos BAKER, I.T.; HARPER, A. B.; AS ROCHA, H. R.; DENNING, A. S.; ARAÚJO, A. C.; BORMA, L. S.; BORMA, L. S.; NOBRE, C. A. Secas na Amazônia: causas e conseqüências. São Paulo: Oficina de Textos, 2013. 367p. MENDES, C. A. B.; CIRILO, J. A. Geoprocessamento em Recursos hídricos Princípios, integração e Aplicação. 2.ed. Porto Alegre, ABRH, Edição Revista e Ampliada,2013, v. 1. 572 p. OJIMA, R.; MARANDOLA JUNIOR, E. Mudanças climáticas e as cidades: novos e antigos debates na busca da sustentabilidade urbana e social. São Paulo: Blucher, 2013, 272 p. Zonas Costeiras MUNIZ, P. M.; LANA, P. C.; VENTURINI, N.; ELIAS, Rodolfo; VALLARINO, E.; BREMEC, C.; MARTINS, C. C.; SANDRINI, Leonardo. Un Manual de Protocolos para Evaluar la Contaminacion Marina por Efluentes Domésticos. Curitiba, 2013. 129 p. Megacidades CARMO, R. L.; VALENCIO, N. Segurança Humana em contextos de desastres. São Carlos: Editora Rima, 2014, 191 p. 115 Capítulos Livros Biodiversidade FISCH, S. T. V.; GOMES, E. P. C. Métodos de amostragem de palmeiras (Arecaceae) e estudo de caso na restinga de Ubatuba, Estado de São Paulo, Brasil. In: FELFILI, Jeanine; EINSENLOGH, Pedro Vasconcellos; MELLO, Maria Margarida da Rocha Fiuza; MEIRA NETO, João Augusto Alves. Fitossociologia no Brasil: métodos e estudos de caso. Viçosa: Editora UFV, 2014, v. 2, cap. Cenários de mudanças climáticas para o século XXI CHOU, S., LYRA, ANDRÉ, GOMES, JORGE, Jose Antonio Marengo, ALVES, L. Modelos Climáticos regionais futuros com modelo Eta In: Efeitos das mudanças climáticas na geração de energia elétrica.1 ed. São Paulo: Hunter Books Editora, 2014, p. 65-94. MARENGO, J., ALVES, L., TORRES, R. R., CHOU, S., Lyra, A. Bases para modelagem de mudanças climáticas In: Efeitos das mudanças climáticas na geração de energia elétrica.1 ed. São Paulo: Hunter Books Editora, 2014, p. 23-64. MARENGO, J. Variability and changes in rainfall extremes in Southeastern South America: Observational and projected trends and potential society impacts. In. LACERDA, Willy Alvarenga; PALMEIRA, Ennio Marques; COELHO NETTO, Ana Luiza; EHRLICH, Mauricio. Extreme rainfallinduced landslides. Editora Signer Lta, 2014. SOARES, Wagner, Jose Antonio Marengo. Projeções de Seca na Amazônia In: Secas na Amazônia: Causas e consequencias.1 ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2013, p. 135-142. Recursos Hídricos BORMA, L. S. Mudanças climáticas e o ciclo hidrológico no Brasil. In: BRUM, Argemiro Luís, BILIBIO, Carolina, SELBACH, Jeferson F.; HENSEL, Oliver. Sustentabilidade do uso da água nos trópicos e sub-trópicos. Ijuí: Ed. Unijuí, 2013, v. 1, p. 63-102. BORMA, L.S.; NOBRE, C.; CARDOSO, M. F. Response of the Amazon Tropical Forests to Deforestation, Climate, and Extremes, and the Occurrence of Drought and Fire. In: PIELKE, Roger A. Climate Vulnerability - Understanding and Addressing Threats to Essential Resources. Science Direct - Elsevier, 2013, v. 2, p. 153-163. Estudos de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidade BORMA, L.S.; TOMASELLA, J.; ROBALLO, S. T.; CUARTAS, L. A.; RODRIGUEZ, D. A. Impactos dos eventos extremos de seca e cheia sobre os recursos hídricos amazônicos e ações da Defesa Civil. In: BORMA, L. S.; NOBRE, C. A. Secas na Amazônia: Causas e Consequências. São Paulo: Oficina de Textos, 2013. p. 335-337. CIRILO, J. A. O semiárido Brasileiro: políticas de água In: Recursos Hídricos para a Convivência com o Semiárido: abordagens por pesquisadores no Brasil. Cabo Verde, Estados Unidos e Argentina. Porto Alegre, RS: Editora ABRH, 2013, p. 49-65. Megacidades 116 CARMO, R. L. Urbanização e desastres: desafios para a segurança humana no Brasil. In: CARMO, R. L.; VALENCIO, N. (Org.). Segurança Humana em contextos de desastres. São Carlos: Editora Rima, 2014, v. 1, p. 1-14. COSTA, H. S. M. A metrópole brasileira contemporânea e o planejamento terri- torial. In: GONZALES, Suely; FRANCISCONI, Jorge Guilherme; PAVIANI, Aldo. (Org.). Planejamento e urbanismo na atualidade brasileira. Objeto teoria prática. Brasília: UnB, 2013, v. 1, p. 60-84. COSTA, H. S. M. As ciências humanas e sociais e o mundo contemporâneo: notas sobre a urbanização e a periferia contemporânea. In: DE PAULA, João Antônio. (Org.). Forum de Estudos contemporâneos: coletânea de conferências. Belo Horizonte: ImprensaUniversitária - UFMG, 2013, v. 1, p. 157-178. COSTA, H. S. M.; YOUNG, A.; NASCIMENTO, Nilo de Oliveira. Aglomerados humanos, indústria e infraestrutura - Áreas Urbanas. In: ASSAD, Eduardo Delgado; MAGALHÃES, Antonio Rocha. (Org.). PBMC, 2014: Impactos, vulnerabilidades e adaptação às mudanças climáticas. Contribuição do Grupo de Trabalho 2 do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas ao Primeiro Relatório da Avaliação Nacional sobre Mudanças Climáticas. Rio de Janeiro: COPPE/UFRJ, 2014, v. 2, p. 198-215. Zonas Costeiras AMARAL, A.C.Z. Praias do litoral paulista, macrofauna e petróleo. In: DIAS-BRITO, Dimas; MILANELLI, João Carlos Carvalho; RIEDEL, Paulina Setti; WIECZOREK, Arthur Wieczorek. Sensibilidade do Litoral Paulista e Derramamentos de Petróleo. 2014, v. 1, p. 39-45. BERCHEZ, Flavio; GHILARDI-LOPES, Natalia Pirani. Mergulho e educação ambiental. In: MARQUES, V.; PEREIRA-FILHO, G, H. Mergulho e educação ambiental. Rio de Janeiro: Seropédia, 2013, p. 8-20. BONETTI, J.; KLEIN, Antonio H. da F.; MULER, M.; DE LUCA, C. B.; SILVA, Guilherme Vieira da; TOLDO JUNIOR, Elírio Ernestino; GONZÁLEZ, M. Spatial and Numerical Methodologies on Coastal Erosion and Flooding Risk Assessment. In: FINKL, Charles W. Coastal Hazards (Coastal Research Library 6). Springer, 2013, v. 1, p. 423-442. CASTRO, F. D. ; LINS OLIVEIRA, J. E. A (re) produção do espaço em áreas de preservação permenente. In: SILVA, Marcia Regina Farias da; CARVALHO, Rodrigo Guimarães de; GRIGIO, Alfredo Marcelo; DIAS, Nildo da Silva. Educação ambiental: caminhos para uma sociedade sustentável. São Paulo: Editora da Fisica, 2013, v. 1, p. 113-130. DOMINGUEZ, José Maria Landim. The Todos os Santos Bay an ephemeral highstand feature incised into an aborted Cretaceous rift. In: VIEIRA, Bianca Carvalho; SALGADO, André Augusto Rodrigues; SANTOS, Leonardo José Cordeiro. Landscapes and Landforms of Brazil. Springer, 2014. GIANESELLA, Sônia Maria Flores; SALDANHA-CORRÊA, Flávia M. P. Oceanos e Áreas Costeiras. In: CALIJURI, M. do C.; CUNHA, D. G. F. Engenharia Ambiental. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013, v. 1, p. 179-214. LEITE, T. S.; MARINHO, R. A.; BATISTA, B.; MADRID, R. M.; LINS OLIVEIRA, J. E.; LIMA, F. D.; CANDICE, L. As pescarias de polvos no Nordeste do Brasil. In: HAIMOVICI, Manoel; ANDRIGUETO, José Milton; SUNYE, Patricia Stair. A pesca marinha e estuarina no Brasil. Rio Grande: Editora da Furg, 2014, v. 1, p. 147-159. LIMA, C. C. U.; DOMINGUEZ, J. M. L. Discovery Coast: The Brazilian landscape first sighted by Europeans. In: VIEIRA, Bianca Carvalho; SALGADO, André Augusto Rodrigues; SANTOS, Leonardo José Cordeiro. Landscapes and Landforms of Brazil. Springer, 2014. LINS OLIVEIRA, J. E.; RUFENER, M.; NOBREGA, M. F.; GARCIA, José Garcia. Ensino e Pesquisa em Ciências Pesqueiras: Estado da arte e Perspectivas. In: CHELLAPPA, Sathyabama; MARINHO-SPRIANO, Eliane; CAMARA, Marcos Rogério; AMADO, André Megali. Ciências aquáticas: 50 anos de pesquisa no Rio Grande do Norte, Brasil. Natal, RN: Editora ServiGraf, 2013, v. 1, p. 124-141. MARQUES, D. M. L. M.; RODRIGUES, L. H.; FRAGOSO JUNIOR, C. R.; CROSSETTI, L.; CARDOSO, L. S.; COLLISCHONN, W.; TASSI, R.; THEY, N. H.; BEMVENUTI, Marlise A.; GARCIA, A. M.; VIEIRA, J; CANTERLE, E. B.; CARDOSO, M. A.; BECKER, V.; GAZULHA, V.; BRAVO, J. M.; SOUZA, R.; VOLKMER-RIBEIRO, C.; CAL- LEGARO, V. L.; ALVES-DA-SILVA, S.; WERNER, V.; ROSA, Z.; VILLANUEVA, A.; MORESCO, A.; CONDINI, M. V.; et al. O Sistema Hidrológico do Taim. In: TABARELLI, Marcelo; ROCHA, Carlos Frederico Duarte da; ROMANOWSKI, Helena Piccoli; ROCHA, Odete; LACERDA, Luiz Drude de. (Org.). PELD CNPq : dez anos do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração do Brasil : achados, lições e perspectivas. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2013, p. 195-220. MUEHE, Dieter. Erosão costeira, mudança do clima e vulnerabilidade. In: GUERRA, Antonio José Teixeira; OLIVEIRA JORGE, Maria do Carmo. Processos erosivos e recuperação de áreas degradadas. São Paulo: Oficina de Texos, 2013, p. 160-189. dez anos do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração do Brasil : achados, lições e perspectivas. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2013, p. 223-248. ODEBRECHT, C.; ABREU, P. C.; BEMVENUTI, C. E.; COLLING, A. L.; COPERTINO, M. S.; COSTA, C.; GARCIA, A. M.; MARANGONI, J.; MOLLER, O.; MUELBERT, J. H.; VIEIRA, J.; SELLIGER, U. O Efeito de Perturbações Naturais e Antrópicas na Ecologia do Estuário da Lagoa dos Patos. In: TABARELLI, Marcelo; ROCHA, Carlos Frederico Duarte da; ROMANOWSKI, Helena Piccoli; ROCHA, Odete; LACERDA, Luiz Drude de. PELD CNPq : XAVIER, L. Y.; TURRA, A. Entendendo os problemas socioambientais: passos para construir a Agenda 21 Local. In: JACOBI, Pedro Roberto; XAVIER, Luciana Yokoyama; MISATO, Marcelo Takashi. Aprendizagem social e unidades de conservação: aprender juntos para cuidar dos recursos naturais. São Paulo: IEE/PROCAM, 2013, p. 57-62. 117 Mitigação Artigos publicados em periódicos internacionais indexados Emissões de lagos e reservatórios CURTARELLI, M. P.; ALCÂNTARA, E.; RENNÓ, C.; STECH, J. Effects of cold fronts on MODIS-derived sensible and latent heat fluxes in Itumbiara Reservoir (Central Brazil). Advances in Space Research, v. 52, p. 1668-1677, 2013. CURTARELLI, M. P.; ALCÂNTARA, E. H.; RENNÓ, C. D.; STECH, J. L. Modeling the effects of cold front passages on the heat fluxes and thermal structure of a tropical hydroelectric reservoir. Hydrology and Earth System Sciences Discussions, v. 10, p. 8467-8502, 2013. 118 CURTARELLI, M. P.; ALCANTARA, E. H.; RENNO,C. D.; STECH, J. L. Physical changes within a large tropical hydroelectric reservoir induced by wintertime cold front activity. Hydrology and Earth System Sciences, 2014. CURTARELLI, M. P.; ALCÂNTARA, E. H.; RENNO, C. D.; ASSIREU, A. T.; STECH, J. L.; BONNET, M. P. Modelling the surface circulation and thermal structure of a tropical reservoir using three-dimensional hydrodynamic lake model and remotesensing data. WEJ, Hertford, 2013. CURTARELLI, M. P.; OGASHAWARA, I.; ALCÂNTARA, E. H.; STECH, J. L. Coupling remote sensing bio-optical and three-dimensional hydrodynamic modeling to study the phytoplankton dynamics in a tropical hydroelectric reservoir. Remote Sensing of Environment, v. 151, p. 1-14, 2014. OGASHAWARA, I.; ALCÂNTARA, E. H.; AUGUSTO-SILVA, P. B.; BARBOSA, C.; STECH, J. L. Spatial Interpolation of Two-Wavelengths Bio-Optical Models to Estimate the Concentration of Chlorophyll-a in A Tropical Aquatic System. Environment and Pollution, v. 2, p. 52-66, 2013. OGASHAWARA, I.; ALCÂNTARA, E. H.; CURTARELLI, M. P.; ADAMI, M.; NASCIMENTO, R.; SOUZA, A.; STECH, J. L.; KAMPEL, M. Performance Analysis of MODIS 500-m Spatial Resolution Products for EstimatingChlorophyll-a Concentrations in Oligo- to MesoTrophic Waters Case Study: Itumbiara Reservoir, Brazil. Remote Sensing, v. 6, p. 1634-1653, 2014. OGASHAWARA, I.; CURTARELLI, M.; SOUZA, A.; AUGUSTO-SILVA, P.; ALCÂNTARA, E.; STECH, J. Interactive Correlation Environment (ICE) - A Statistical Web Tool for Data Collinearity Analysis. Remote Sensing, v. 6, p. 3059-3074, 2014. OGASHAWARA, I.; MISHARA, D.; MISHRA, S.; CURTARELLI, M. P.; STECH, J. A Performance Review of Reflectance Based Algorithms for Livros REDD NERY, D.; et al. Indigenous Peoples and the Reducing Emissions from Deforestation and Forest Degrada- tion (REDD+) mechanism in the Brazilian Amazon - Subsidies to the Discussion of Benefits Sharing. Brasília, DF: Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, 2013. Predicting Phycocyanin Concentrations in Inland Waters. Remote Sensing, v. 5, p. 4774-4798, 2013. Processo de combustão AMARAL, S. S.; CARVALHO JUNIOR, J. A.; COSTA, M. A. M.; SOARES NETO, T. G.; DELLANI, R.; LEITE, L. H. S. Comparative study for hardwood and softwood forest biomass: Chemical characterization, combustion phases and gas and particulate matter emissions. Bioresource Technology, v. 164 p. 55–63, 2014. AMORIM, E. B.; CARVALHO JUNIOR, J. A.; SOARES NETO, T. G.; ANSELMO, E.; SAITO, V.O.; DIAS, F.F.; SANTOS, J.C. Influence of specimen size, tray inclination and air flow rate on the emission of gases from biomass combustion. Atmospheric Environment, v. 74, p. 52–59, 2013. REDD LAPOLA, D.; et al. Pervasive transition of the Brazilian land-use system. Nature Climate Change, 2013. PINTO, E.; MOUTINHO, P.; STELLA, O. Instrumentos Econômicos e Incentivos Financeiros Inovadores para o Desenvolvimento Sustentável. Revista CEBRI. Artigos publicados em periódicos nacionais indexados Emissões de lagos e reservatórios ALCÂNTARA, E. H.; CURTARELLI, M. P.; OGASHAWARA, I.; STECH, J. L. A system for environmental monitoring of hydroelectric reservoirs in Brazil. Revista Ambiente e Água, v. 8, p. 6-17, 2013. CURTARELLI, M. P.; ALCÂNTARA, E. H.; ARAUJO, C. A. S.; STECH, J. L.; LORENZZETTI, J. A. Avaliação da dinâmica temporal da evaporação no reservatório de Itumbiara, GO, utilizando dados obtidos por sensoriamento remoto. Revista Ambiente e Água, v. 8, p. 272-289, 2013. Processo de Combustão AMARAL, S. S.; CARVALHO, J. A.; COSTA, M. A. M.; SOARES NETO, T. G.; DELLANI, R.; FERNANDES, J. E.; PINHEIRO, C. Monitoring of gaseous pollutants (CO2 and CO) and particulate matter (PM2.5), emitted during the burning of forest biomass. Pollution and Enviroment – Treatment of Air – 2º International Scientific Conference. PETrA, Prague, Czech Republic, 2013. SANTOS, P. H. L. N. A.; BARBOSA, R. D.; MOURE, G. T.; CRUZ, G. M.; RODRIGUES, J. A. J. New materials applied to CO2 capture by Chemical-Looping Processes. Third International Climate Change Adaptation Conference - “Adaptation Futures 2014”. Fortaleza, CE. AMORIM, E. B.; SOARES NETO, T. G.; CARVALHO, J. A.; DIAS, F. F. Gases de efeito estufa produzidos pela combustão de biomassa de eucalipto em laboratório. IV escola de Combustão, Belém, PA, 2013. SANTOS, P. H. L. N. A.; CRUZ, G. M.; CARNEIRO, L. M.; MOURE, G.T.; FERREIRA, M. A.; RODRIGUES, J. A. J. Effect of adding steam to CH4 during chemicallooping processes with Ni-based oxygen carriers, II Congresso Brasileiro de CO2 na Indústria de Petróleo. Gás e Biocombustíveis, Rio de Janeiro, 2013. BARBOSA, R. D.; SANTOS, P. H. L. N. A.; CORTEZ, G. G.; CRUZ, G. M.; RODRIGUES, J. A. J. Avaliação de NiAl2O4/ Al2O3 aplicável à reforma de metano em processo com recirculação química. XI Encontro Regional de Catálise. Catálise: do nano ao macro, Campinas, SP, 2014. 119 Produtos Tecnológicos Artigos publicados em periódicos internacionais indexados BESM CASTANHO, A. D. A.; COE, M. T.; COSTA, M. H.; MALHI, Y.; GALBRAITH, D.; QUESADA, C. A. Improving simulated Amazon forest biomass and productivity by including spatial variation in biophysical parameters. Biogeosciences, v. 10, p. 2255-2272, 2013. CUNHA, A. P. M. A.; ALVALÁ, R. C. S.; SAMPAIO, G; SHIMIZU, M. H; COSTA, Marcos Heil. Calibration and Validation of the Integrated Biosphere Simulator (IBIS) for a Brazilian Semiarid Region. Journal of Applied Meteorology and Climatology, v. 52, p. 2753-2770, 2013. 120 DE FARIAS, E. G. G.; NOBRE, P.; LORENZZETTI, J. A.; ALMEIDA, R. A. F.; JUNIOR, L. C. I. Variability of Air-Sea CO2 Fluxes and Dissolved Inorganic Carbon Distribution in the Atlantic Basin: A Coupled Model Analysis. International Journal of Geosciences, v. 4, p. 249258, 2013. FISCHE, G. R.; COSTA, M. H.; MURTA, F. Z.; MALHADO, A. C. M.; AGUIAR, L. J. G.; LADLE, R. J. Multi-site land surface model optimization: an exploration of objective functions. Agricultural and Forest Meteorology, v. 182, p. 168176, 2013. LIMA, L. S.; COE, Michael T.; SOARES FILHO, B. S.; CUADRA, Santiago V.; DIAS, L. C. P.; COSTA, Marcos H.; LIMA, L. S.; RODRIGUES, H. O. Feedbacks between deforestation, climate, and hydrology in the Southwestern Amazon: implications for the provision of ecosystem services. Landscape Ecology, v. 11, 2013. NOBRE, P.; SIQUEIRA, L. S. P.; DE ALMEIDA, R. A. F.; MALAGUTTI, M.; GIAROLLA, E.; CASTELÃO, G. P.; BOTTINO, M. J.; KUBOTA, P.; FIGUEROA, S. N.; COSTA, M. C.; BAPTISTA JR, M.; IRBER JR, L.; MARCONDES, G. G. Climate simulation and change in the Brazilian Climate Model. J. Climate, v. 26, p. 6716-6732. 2013. NOBRE, P.; SIQUEIRA, L. S. P.; ALMEIDA, R. A. F.; MALAGUTTI, M.; GIAROLLA, E.; CASTELÃO, Guilherme P.; BOTTINO, M. J.; KUBOTA, P.; FIGUERORA, S. N.; COSTA, M. C.; BAPTISTA JUNIOR, M.; IRBER JUNIOR, L.; MARCONDES, G. G. Climate simulation and change in the Brazilian Climate Model. J. Climate, v. 26, p. 6716-6732, 2013. PIES, Gabrielle Ferreira; COSTA, Marcos Heil. Deforestation causes different sub-regional effects on the Amazon bioclimatic equilibrium. Geophysical Research Letters, v. 40, p. 1-6, 2013. POWELL, T. L.; GALBRAITH, D. R.; CHRISTOFFERSEN, B. O.; HARPER, A.; IMBUZEIRO, H. M. A.; ROWLAND, L.; ALMEIDA, S.; BRANDO, P. M.; DA COSTA, A. C. L.; COSTA, Marcos Heil; LEVINE, N. M.; MALHI, Y.; SALESKA, S. R.; SOTTA, E.; WILLIAMS, M.; MEIR, P.; MOORCROFT, P. R. Confronting model predictions of carbono fluxes with measurements of Amazon forests subjected to experimental drought. New Phytologist, v. 199, 2013. RANDOW, C. V.; ZERI, M. Coupe.; MUZA, N. R.; GONÇALVES, M. N.; DE COSTA, Luis Gustavo G.; ARAUJO, M. H.; ALESSANDRO, C.; MANZIA, A. O.; ROCHA, H. R.; SALESKA, S. R.; ARAIN, M. A.; BAKER, I. T.; CESTARO, B. P.; CHRISTOFFERSEN, B. J.; CIAS, P.; FISHER, J. B.; GALBRAITH, D.; GUAN, X.; HURK, B. J. J. V. D.; ICHII, K.; IMBUZEIRO, H. M. A.; JAIN, A. K.; LEVINE, N. M.; MIGUEZ MACHOL, G.; POULTER, B.; et al. Interannual variability of carbon and water fluxes in Amazonian forest Cerrado and pasture sites, as simulated by terrestrial biosphere models. Agricultural and Forest Meteorology, v. 182, p. 145155, 2013. STICKLER, C. M.; COE, Michael T.; COSTA, M. H.; NEPSTAD, D. C.; MCGRATH, David; DIAS, Lívia C.P.; RODRIGUES, H.; SOARES FILLHO, Britaldo Silveira. Dependence of hydropower energy generation on forests in the Amazon Basin at local and regional scales. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, v. 110, p. 9601-9606, 2013. Modelo de Circulação Global do CPTEC AKIO, K.; HIROKAZU, E.; KRISHBA, Kumar, K. ; CAVALCANTI, I. F. A. ; GOSWAMI, P. ; ZHOU, T. Monsoons in a changing world: A regional perspective in a global context. Journal of Geophysical Research: Atmospheres, v. 118, p. 3053-3065, 2013. CAVALCANTI, I. F. A.; MULLER, G. V.; ANDRADE, K. M.; FERNÁNDEZ LONG, M. E. Cold air intrusions over southeastern South America — GFDL model behavior regarding climate simulations in the 20th century and future projections. Global and Planetary changes, v. 111, p. 31-42, 2013. MARENGO, J. A.; CHOU, S.; MOURÃO, C.; SOLMAN, S.; SANCHEZ, E.; SAMUELSSON, P.; DA ROCHA, R. P.; LI, L.; PESSACG, N.; REMEDIO, A. R. C.; CARRIL, A. F.; CAVALCANTI, I. F.; JACOB, D. Simulation of rainfall anomalies leading to the 2005 drought in Amazonia using the CLARIS LPB regional climate models. Climate Dynamics, 2013. DOI 10.1007/s00382-013-1919-1. MENDES, M. C. D.; CAVALCANTI, I.F.A. The relationship between the Antarctic oscillation and blocking events over the South Pacific and Atlantic Oceans. International Journal of Climatology, 2013. DOI: 10.1002/joc.3729. MULLER, G.V.; REPINALDO, C. R. R.; ANDRADE, K. M.; CAVALCANTI, I. F. A. Proyecciones futuras asociadas a los eventos extremos frios en el sudeste de Sudamerica sobre la perspectiva del modelo HADCM3. Meteorologica, 2013. TEDESCHI, R. G.; GRIMM, A. M.; CAVALCANTI, I. F. A. Influence of Central and East ENSO on Extreme Events of Precipitation in South America during austral spring and summer. International Journal of Climatology, 2014. Tecnologias Observacionais ARANTES, T. M.; SARDINHA, A. F.; BALDAN, M. R.; CRISTOVAN, F. H.; FERREIRA, N. G. Lead detection using micro/nanocrystalline boron-doped diamond by square-wave anodic stripping voltammetry. Talanta, v. 128, p. 132-140, 2014. AZEVEDO, A. F.; BALDAN, M. R.; FERREIRA, N. G. Doping Level Influence on Chemical Surface of Diamond Electrodes. Journal of Physics and Chemistry of Solids, v. 74, p. 599604, 2013. BALDAN, M. R.; AZEVEDO, A. F.; COUTO, A. B.; FERREIRA, N. G. Cathodic and an- odic pre-treated boron doped diamond with different sp2 content: Morphological, structural, and impedance spectroscopy characterizations. Journal of Physics and Chemistry of Solids, v. 1, 2013. COUTO, A. B.; MIGLIORINI, F. L.; BALDAN, M. R.; FERREIRA, N. G. Titanium Oxide Electrodeposition on Diamond/ Ti Electrodes with Different Boron Dopings. ECS Transactions, v. 58, p. 47-52, 2014. COUTO, A. B.; RIBEIRO, M. C. E.; MIGLIORINI, F. L.; FERREIRA, N. G.; BALDAN, M. R. A comparative study of copper electrodeposition and photoelectrodeposition on boron doped diamond. Diamond and Related Materials, v. 38, p. 104-108, 2013. CORDEIRO, G.S.; ROCHA, R.S.; VALIM, R.B.; MIGLIORINI, F. L.; BALDAN, M. R.; LANZA, M. R. V.; FERREIRA, N.G. Degradation of profenofos in an electrochemical flow reactor using boron-doped dia- mond anodes. Diamond and Related Materials, v. 32, p. 54-60, 2013. MATSUSHIMA, J. T.; FERREIRA, N. G.; COUTO, A. B.; BALDAN, M. R. Study of the electrochemical deposition of Cu/ Sn alloy nanoparticles on boron doped diamond films. MRS Proceedings, v. 1511, p. 1-6, 2013. MIGLIORINI, F. L.; ALEGRE, M. D.; ALVES, S. A.; LANZA, M. R. V.; BALDAN, M. R.; FERREIRA, N. G. Influence of the sp2 Content on Boron Doped Diamond Electrodes Applied in the Textile Dye Electrooxidation. ECS Transactions, v. 58, p. 27-33, 2014. MIGLIORINI, F. L.; ALEGRE, M. D.; BALDAN, M.R.; LANZA, M. R. V.; FERREIRA, N. G. Doped diamond electrodes on titanium substrates with controlled sp2/sp3 hybridization at different boron levels. Thin Solid Films, v. 564, p. 97103, 2014. OLIVEIRA, J. R.; BERENGUE, O. M.; MORO, J. R.; FERREIRA, N. G.; CHIQ- UITO, A. J.; Baldan, M. R. Transport properties of polycrystalline boron doped diamond. Applied Surface Science, v. 311, p. 5-8, 2014. REIS, R. M.; BAIO, J. A. F.; MIGLIORINI, F. L.; ROCHA, R. S.; BALDAN, M. R.; FERREIRA, N. G.; LANZA, M. R. V. Degradation of dipyrone in an electrochemical flow-by reactor using anodes of borondoped diamond (BDD) supported on titanium. Journal of Electroanalytical Chemistry, v. 690, p. 89-95, 2013. RIBEIRO, M. C. E.; COUTO, A. B.; FERREIRA, N. G.; BALDAN, M. R. Nitrate Removal by Electrolysis Using Cu/BDD Electrode Cathode. ECS Transactions, v. 58, p. 21-26, 2014. SANTOS, N. M.; FERREIRA, N. G.; Baldan, M. R. Production and Characterization of BDD/Si Electrodes for Environmental Analysis. Journal of Physics. Conference Series, v. 480, p. 012039, 2014. Artigos publicados em periódicos internacionais indexados BESM ALMEIDA, T. S.; COSTA, M. H.; YANAGI; SILVA, N. M.; SHIMABUKURO, Y. E. The influence of architectural and spectral parameters of a tropical forest canopy under its reflectance described by ibis model. Revista Brasileira de Geofísica, v. 30, p. 495-504, 2013. Capítulo de Livros Modelo de Circulação Global do CPTEC ALVES, L. M.; MARENGO, J. A.; CAVALCANTI, I. F. A. Histórico de secas na Amazônia. In: BORMA, L.; NOBRE, C. A. Secas na Amazônia. Oficina de textos, 2013, p. 21-27. CAVALCANTI, I. F. A.; SILVEIRA, V. P. Influência das TSMs dos oceanos Pacífico e Atlântico nos eventos de seca. In: BORMA, L.; NOBRE, C. A. Secas na Amazônia. Oficina de textos, 2013, p. 78-88. CAVALCANTI, I. F. A.; SILVEIRA, V. P.; ALVES, L. M. Características atmosféri- cas e Oceânicas em anos de seca. In: BORMA, L.; NOBRE, C. A. Secas na Amazônia. Oficina de textos, 2013, p. 54-77. CHRISTENSEN, J. H.; KRISHNA KUMAR, K.;,ALDRIAN, E.; AN, S. I.; CAVALCANTI, I. F. A.; CASTRO, M.; DONG, W.; GOSWAMI, P.; HALL, A.; KANYANGA, J. K.; KITOH, A.; KOSSIN, J.; LAU, N. C.; RENWICK, J.; STEPHENSON, D.B.; XIE, S.P.; ZHOU, T. Climate Phenomena and their Relevance for Future Regional Climate Change. In: STOCKER, T. F.; QIN, D.; PLATTNER, G. K.; TIGNOR, M.; ALLEN, S. K.; BOSCHUNG, J.; NAUELS, A.; XIA, Y.; BEX, V.; MIDGLEY, P. M.Climate Change 2013: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge University Press, Cambridge, United Kingdom and New York, NY, USA, 2013, p. 1217–1308. COELHO, C. A. S.; CAVALCANTI, I. F. A.; ITO, E. R.; LUZ, G.; SANTOS, A. F.; NOBRE, C. A.; MARENGO, J. A.; PEZZA, A. B. As secas de 1998. 2005 e 2010Análise Climatológica. In: BORMA, L.; NOBRE, C. A. Secas na Amazônia: Causas e Consequências. Oficina de textos, 2013, p. 89-116. 121 122 123 124