Saiba tudo sobre as hepatites virais e previna-se Saber Viver UMA REVISTA PARA QUEM VIVE COM O VÍRUS DA AIDS ANO 6 Nº 34 – OUT/NOV/DEZ 2005 – DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DADO MEN RECO IDS n Saúde T/A Mi a rio d isté D Pro l de grama Naciona S de Na e t Encarte Namoro ou Amizade com mais de l! ta s Pre en Para Julio César da Conceição, o preconceito não é apenas contra o negro, mas contra o pobre em geral. 160 cartas Aids cresce entre a população negra Maior dificuldade de acesso à escolaridade, informação e mercado de trabalho, além do racismo, torna os negros mais vulneráveis ao HIV/aids. Álcool, cigarros e tranqüilizantes: ameaças à saúde e ao tratamento Saber Viver Uma publicação trimestral gratuita destinada a pessoas que vivem com o vírus da aids Correspondências à redação: Caixa Postal 15.088 - Rio de Janeiro (RJ) - Cep 20.031-971 [email protected] Coordenação, edição e reportagem: Adriana Gomez e Silvia Chalub Secretária de redação: Alessandra Lírio Reportagem: Adriano De Lavor, Flávio Guilherme e Marina Pecoraro Estagiária: Bel Levy Consultoria lingüística: Leonor Werneck Ilustrações: Ana Vine Foto: Alex Ferro, agência Pedra Viva Conselho editorial deste número: Estevão Portela (infectologista), Marlete P. da Silva (nutricionista) Colaboraram nesta edição: Marcia Rachid (infectologista) Victor Berbara (sanitarista) Editoração eletrônica: A 4 Mãos Comunicação e Design ([email protected]) Impressão: Gráfica MCE Tiragem: 90.000 exemplares Agradecimentos especiais: A todas as pessoas que colaboraram dando seus depoimentos para as matérias PATROCÍNIO: APOIO: Por um Brasil sem preconceitos D ia Mundial de Luta Contra a Aids, o primeiro de dezembro deste ano é dedicado às pessoas negras. O tema escolhido, Aids e Racismo – O Brasil tem que viver sem preconceitos, reforça a necessidade de se voltar a atenção para grupos onde a epidemia de aids representa um impacto crescente. Num país onde quase metade da população é negra (47,3%, segundo o IBGE), as dificuldades de acesso à saúde, educação e trabalho bem remunerado encontradas por este segmento resultam em sua maior vulnerabilidade frente à aids. A campanha de primeiro de dezembro lembra que estes fatores precisam ser discutidos e combatidos por todos os brasileiros. Drogas aceitas pela sociedade, como cigarro, álcool e tranqüilizantes, podem ser inimigas mortais das pessoas soropositivas. Saiba por que e como evitar problemas, nesta edição. Veja também a importância de prevenir e tratar, o quanto antes, a infecção pelos vírus das hepatites B e C. Desejamos a todos um Natal repleto de felicidade e que 2006 seja de paz, saúde e amor. Sumário Cuidados para controlar o colesterol Hepatites B e C: O que elas têm a ver com você? zidovudina/lamivudina + lopinavir/r + tenofovir O Brasil no combate ao preconceito e racismo Drogas permitidas podem prejudicar a saúde e o tratamento Sua história Planos de saúde: tudo o que você precisa saber Namoro ou Amizade Área útil 3 4/5 6/7 8/9 10/11 12 13 14/15 16 Luiz Inácio falou Governo do Estado de São Paulo 2 “Estamos dispostos, juntos com outros países que sofrem o mesmo problema, a construir algumas centrais de produção desses remédios, mesmo se tivermos que romper com a lei de patentes, porque nós não podemos permitir que a saúde do ser humano seja vinculada aos interesses de lucro de empresas” Presidente Luiz Inácio Lula da Silva à jornalista Roseli Tardelli, editora-executiva da Agência de Notícias da Aids, durante o programa Roda Viva (TV Cultura), exibido em 7 de novembro, referindo-se aos medicamentos contra a aids. er colesterol alto é comum hoje em dia. Além do sedentarismo, da má alimentação e da herança genética, os remédios contra a aids também podem contribuir para o aumento do chamado “mau colesterol” (LDL) e alterações no “bom colesterol” (HDL). Porém, é importante ressaltar que o colesterol tem uma função importante no organismo. A nutricionista Marlete Pereira, do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (RJ), explica que o colesterol serve de matéria-prima para as membranas celulares, é o ingrediente principal dos hormônios sexuais e da bile (o suco produzido pelo fígado, essencial para a digestão de gordura) e também participa da composição da vitamina D, importante para os ossos. “Inclusive, o próprio organismo fabrica quase todo o colesterol que o nosso corpo necessita. O problema está no colesterol que adquirimos através dos alimentos. Esse é preocupante”, afirma a nutricionista. T Cuidado com a ingestão de gordura Alguns cuidados importantes devem ser tomados na dieta diária. Saber escolher e utilizar o óleo de cozinha é um deles. Todos os alimentos de origem animal contêm colesterol, cujo excesso pode acarretar o acúmulo de gordura na parede das artérias, aumen- tando o risco de infarto, derrame cerebral, entre outras doenças. Segundo Marlete Pereira, nenhum óleo de origem vegetal possui colesterol. Entretanto, se forem reutilizados, eles se tornam um problema. “Quando comemos qualquer fritura, geramos a produção de radicais livres no organismo, que, para se defender, exagera na produção de colesterol. Quando reaproveitamos o óleo de cozinha, a produção de radicais livres é ainda maior”, explica a nutricionista, ressaltando que a quantidade ideal de ingestão diária é de 20 ml ou 2 colheres de sobremesa. alimentação colesterol nem sempre é o vilão O Receita Salada Delícia (rica em fibras) Ingredientes: 1 pé de alface, 1/2 de agrião, 750 g de cenoura ralada, 500 g de beterraba em rodelas(cozidas), 75 g de azeitonas pretas. Arrume em um prato de salada. Molho vinagrete: 1/2 xícaras chá de vinagre de maçã, 1 dente de alho esmagado, 1/2 xícara de chá de azeite, 2 colheres sopa de água, 1 pitada de açúcar, pimenta do reino agosto. Coloque por cima da salada quando for servir. (Guardar em um vidro na geladeira e, antes de usar, mexer bem). PARA UNIDADES DE SAÚDE E ONGS Confirmem o recebimento da Saber Viver Pedimos a todas as unidades de saúde e ONGs que confirmem o recebimento das edições da Saber Viver a cada entrega efetuada. Essa informação é muito importante para buscarmos sempre o aperfeiçoamento de nosso trabalho. Contamos com vocês. Escreva para [email protected] ano 6 n 34 dez 2005 Saber Viver 3 tratamento Hepatite BeC Esclareça suas dúvidas Pessoas infectadas pelo HIV devem saber, o quanto antes, se também estão infectadas pelos vírus das hepatites B e C Campanha lançada pelo Programa Nacional de Hepatites Virais na rede pública de saúde. iagnóstico rápido e cuidados com a prevenção. Essas são as recomendações principais que pessoas infectadas pelo HIV precisam seguir quando o assunto é hepatite. Pesquisas comprovam que se uma pessoa estiver co-infectada pelo HIV e pelos vírus das hepatites B (HBV) ou C (HCV), poderá desenvolver cirrose ou câncer de fígado mais rapidamente do que pessoas sem o HIV. Para o Programa Nacional de Hepatites Virais (PNHV), cerca de 16 a 36,6% de portadores do HIV também estão infectados pelo vírus da hepatite C. Com relação à hepatite B, estudos mostram que a taxa de co-infecção é menor que 10%. Entretanto, vale ressaltar que, assim como a aids, a hepatite é considerada uma doença silenciosa que pode demorar anos para se manifestar. Assim, muitas pessoas podem ser portadoras do HBV e do HCV sem saber. D 4 Formas parecidas de contágio Existem várias semelhanças entre o HIV e os vírus das hepatites B e C. Assim como o HIV, o vírus da hepatite B pode ser transmitido através de relação sexual e sangue contaminado. “Todos os portadores do HIV devem fazer exames para detectar a hepatite B porque as formas de contágio são as mesmas. Ou seja, a exposição é igual. Inclusive, o HBV é muito mais resistente no ambiente do que o HIV. Logo, é mais fácil uma pessoa se infectar pelo vírus da hepatite B, do que pelo HIV”, afirma Victor Berbara, médico sanitarista e coordenador da Câmara Técnica de Hepatites Virais da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. O mesmo ocorre com a hepatite C, cuja principal via de transmissão é o sangue. Segundo Berbara, já está comprovado em pesquisas que as hepatites B e C evoluem mais rápido em pessoas infectadas pelo HIV, Saber Viver ano 6 n 34 dez 2005 Victor Berbara, médico sanitarista comparado às infectadas apenas pelos HBV ou HCV. “Quando uma pessoa tem o HIV, ela tem mais chances de desenvolver hepatite crônica, cirrose e até câncer de fígado”, alerta o médico sanitarista. Vacina contra a hepatite B Existe uma vacina eficaz contra a hepatite B que faz parte do calendário de vacinação do Sistema Nacional de Imunizações. Ela é oferecida gratuitamente nos postos de saúde para profissionais de saúde, menores de 19 anos e portadores do HIV. “Uma vez imunizada, a pessoa fica livre de contrair a doença”, afirma Berbara. Mas antes da imunização, o portador do HIV deve investigar se está infectado pelo HBV. “Se o diagnóstico indicar uma cicatriz sorológica, significa que a pessoa já teve contato com o vírus da hepatite e o seu organismo conseguiu eliminar a doença sozinho. Neste caso, a pessoa está naturalmente imunizada e não precisa nem tomar vacina nem fazer tratamento”, explica o médico. Se o exame para detectar hepatite B for negativo, o caminho é a vacinação, que garante a imunização se tomadas as três doses da vacina. Se a pessoa estiver infectada pelo HBV, ela deve iniciar o tratamento o quanto antes com interferon e lamivudina, com duração, em média, de um ano. ano 6 n 34 dez 2005 Saber Viver Tratamento pode ser interrompido se a carga viral for negativa Infelizmente, não há uma vacina contra a hepatite C e o organismo não elimina naturalmente o HCV, como acontece com a hepatite B. “Para evitar a hepatite C, é fundamental que não haja troca de sangue contaminado entre as pessoas”, alerta Berbara, referindo-se especialmente aos usuários de drogas injetáveis. O índice de transmissão sexual da hepatite C é muito baixo. Logo, a doença significa uma ameaça a pessoas que receberam transfusão de sangue (principalmente antes de 95, quando a triagem sorológica para o vírus da hepatite C se tornou rotineira) e para as que usam drogas injetáveis. Cerca de 40 a 60% das pessoas infectadas pelos vírus das hepatites B e C conseguem negativar a carga viral. “No caso das hepatites, quando isso ocorre, o tratamento é suspenso, ao contrário do que ocorre com o HIV”, diz Berbara. O médico alerta que, apesar de os índices de cura serem baixos, eles são mais prováveis em pessoas que descobrem a doença mais cedo. SV tratamento “Todos os portadores do HIV devem fazer exames para detectar a hepatite B porque as formas de contágio são as mesmas. Inclusive, o HBV é muito mais resistente no ambiente do que o HIV. Logo, é mais fácil uma pessoa se infectar pelo vírus da hepatite B, do que pelo HIV.” Prevenção é a palavra chave Agora que você já sabe que as hepatites B e C podem ser mais perigosas em pessoas infectadas pelo HIV, previna-se: Evite a hepatite B: I Use camisinha em todas as relações sexuais. I Não divida com outra pessoa objetos de uso pessoal como alicates, escovas de dentes, lâminas de barbear ou qualquer outro utensílio que possa conter sangue. Evite a hepatite C: I Se você é usuário de drogas injetáveis, procure ajuda para tratar da dependência química e não divida seringas ou agulhas com outra pessoa. 5 passo a passo zidovudina/lamivudina + lopinavir/r + tenofovir Muito usado para resgate terapêutico, o esquema deste número possui algumas vantagens com exames de sangue s benefícios zidovudina/lamivudina de rotina”, alerta o inque o uso do 1 comprimido duas vezes ao dia fectologista. tenofovir ofere(de 12 em 12 horas) ce às pessoas que já tiveram falhas terapêuticas lopinavir/r pode lopinavir/r com anti-retrovirais anteter formulação 3 cápsulas duas vezes ao dia mais atraente riores têm levado cada vez (de 12 em 12 horas) Por ter se mostrado mais médicos a prescrebastante eficaz ao longo verem a seus pacientes tenofovir dos anos, o lopinavir/r esquemas que incluam 1 comprimido uma vez ao dia (Kaletra é seu nome de este medicamento. “O marca) é o inibidor da protenofovir mantém sua tease mais usado por paação contra o HIV mesmo quando o vírus já acumulou resistência a cientes cujo tratamento já falhou com o uso de medicamentos de classe similar à sua, a de outros anti-retrovirais desta classe. Seus princiinibidores da transcriptase reversa”, diz o pais efeitos colaterais são diarréia, náusea e vômito (principalmente nos primeiros meses infectologista Estevão Portela. Por essa razão e pelo alto preço deste de uso), lipodistrofia e alterações nos níveis de anti-retroviral, o Ministério da Saúde tem colesterol e triglicerídeos. Esses problemas recomendado que a prescrição do tenofovir podem ser atenuados com exercícios físicos e seja reservada para situações de resgate te- alimentação equilibrada. Estevão Portela lembra que estão em rapêutico. Outra vantagem do tenofovir em rela- estudo novas formulações do lopinavir/r ção a outros anti-retrovirais é gerar menos que permitam uma carga menor de cápsuefeitos colaterais. Segundo Portela, há indí- las diárias, o que pode facilitar a adesão ao cios de que o tenofovir acumula menor tratamento e minorar os efeitos colaterais. toxicidade mitocondrial, provocando menos Além disso, com a nova formulação, não alterações metabólicas (colesterol, triglice- haverá necessidade de guardar o medicarídeos, glicose) e lipodistrofia (mudanças na mento em geladeira. Vale lembrar que, na distribuição da gordura corporal). No en- forma em que o lopinavir/r é hoje apresentanto, o medicamento pode interferir na tado, é preciso armazená-lo na geladeira ou função renal, principalmente por estar asso- em temperatura ambiente de até 25°C por, ciado a um inibidor da protease (lopi- no máximo, um mês. A zidovudina costuma causar anemia. Por navir/r), o que aumenta a chance de surgir toxicidade renal. “É muito importante isso é recomendada a realização de exames de monitorar os níveis de uréia e creatinina sangue (hemograma) periódicos para controle. SV O 6 Saber Viver ano 6 n 34 dez 2005 Antes de sair para sua caminhada diária, Mônica toma seus medicamentos junto com o café da manhã. Os três remédios podem ser tomados juntos. 1 comprimido de zidovudina/lamivudina 3 cápsulas de lopinavir/r (com alimentos) 1 comprimido de tenofovir passo a passo 7h da manhã 7h da noite No caminho para a faculdade, Mônica faz um lanche e toma 1 comprimido de zidovudina/lamivudina e as 3 cápsulas de lopinavir/r (com alimentos, para diminuir a chance de efeitos colaterais e melhorar a absorção) Estas são apenas sugestões de como inserir a medicação no dia a dia. Você, junto com o profissional de saúde que o atende, é a pessoa mais indicada para adequar seu tratamento à sua rotina de vida. Visite a Saber Viver na Internet www.saberviver.org.br ano 6 n 34 dez 2005 Saber Viver CONECTE-SE, PARTICIPE E APROVEITE 7 evento R a c i não combina Dia Mundial de Luta Contra a Aids enfatiza a vulnerabilidade da população negra ao HIV “A aids não está na cor ou no sexo da pessoa. A aids está no sangue. E temos que lutar por direitos iguais”. Júlio César da Conceição No 13° Encontro Nacional de ONG/Aids (Enong), realizado entre 3 e 7 de setembro em Curitiba, foi discutida a implementação de grupos de trabalho nos fóruns de ONG/Aids de diversos estados do Brasil para debater questões envolvendo população negra e aids. No Rio de Janeiro, já foi aberta a discussão. Veja como participar, na última página da revista. 8 ids e Racismo – O Brasil tem que viver sem preconceitos é o tema do Dia Mundial de Luta Contra a Aids deste ano, celebrado em 1º de dezembro. Para Jurema Werneck, coordenadora da ONG Criola (RJ) e Nilza Iraci, da ONG Geledes Instituto da Mulher Negra (SP), a campanha lançada pelo Ministério da Saúde busca formas de reparar um erro que vem sendo repetido há anos: a falta de visibilidade do impacto provocado pelo HIV/aids na população negra. “Não é mais possível ignorar o impacto que as desigualdades entre negros e brancos e o racismo têm na produção de vulnerabilidades. A população negra tem acesso diferenciado à saúde, piores condições de vida, menor escolaridade e ainda sofre com a exclusão”, afirma Jurema, lembrando que quase 50% dos brasileiros são negros, segundo censo do IBGE. A Negros nas campanhas Nilza Iraci observa que o fato de os negros não se identificarem com as campanhas contra a aids dificulta as ações de prevenção. “Os negros não se vêem em campanhas de prevenção porque aparecem sempre atrás dos trioselétricos”, critica. Júlio César da Conceição, aposentado, 56 anos, não se lembra de ter visto negros em campanhas contra a aids do Ministério da Saber Viver ano 6 n 34 dez 2005 evento i s m com saúde Saúde. Ele reconhece que há preconceito, não apenas contra o negro, mas contra o pobre de uma forma geral. “Acho que essa campanha vai ser importante para servir de alerta à população negra e melhorar nossa auto-estima. A aids não está na cor ou no sexo da pessoa. A aids está no sangue. E temos que lutar por direitos iguais”, ressalta ele. Aids cresce entre negros Os números do Ministério da Saúde confirmam que o crescimento da aids no Brasil é maior entre a população negra. Entre 2000 quando a notificação do HIV passou a exigir informações sobre a cor da pele - e 2004, a participação dos negros e pardos no total de pessoas vivendo com HIV/aids no país cresceu entre homens (de 33,4% para 37,2%) e principalmente entre mulheres (de 35,6% para 42,4%). “Não há nenhuma relação entre a etnia e a doença. Mas hoje, por condições sociais, parte da população negra ainda tem maiores dificuldades de acesso à escolaridade, à informação e ao mercado de trabalho. Essas questões tornam os negros mais vulneráveis ao HIV”, diz Pedro Chequer, coordenador do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde. “Nossos dados confirmam que, mesmo entre a população mais pobre, os negros têm menor acesso à rede pública de saúde do que os brancos. É uma realidade que precisamos mudar”, afirma Chequer, justificando a necessidade do tema do primeiro de ano 6 n 34 dez 2005 Saber Viver “Nossos dados confir mam que, mesmo entre a população mais pobre, os negros têm menor acesso à rede pública de saúde do que os brancos.” Pedro Chequer, coordenador do Programa Nacional de DST/Aids do Ministério da Saúde dezembro deste ano. “O Dia Mundial de Luta Contra a Aids é o momento político que irá colocar o racismo e suas conseqüências para os portadores do HIV e para a população negra em geral na agenda da sociedade”. Racismo e saúde A vulnerabilidade da população negra é reforçada por uma pesquisa realizada em São Paulo, com apoio da Secretaria Estadual de Saúde. Os dados revelam que em 1999 a taxa de mortalidade da aids em negros foi duas vezes maior que em brancos. “O racismo tem grande impacto na saúde das pessoas”, alerta Luís Eduardo Batista, coordenador da pesquisa. Para Andréa, 24 anos, soropositiva há 8, o preconceito aparece de forma muito sutil. Ela não sabe se já foi discriminada: “Racismo? Talvez. Há tanto desrespeito na rede pública de saúde. Não sei se sofro discrimi- 9 tratamento O PERIGO DAS DROGAS PERMITIDAS Além de prejudiciais à saúde, drogas legalmente aceitas podem interferir na ação dos anti-retrovirais consumo de drogas socialmente aceitas, como cigarro, álcool, remédios para dormir e para depressão, traz mais prejuízos à saúde do que o uso de substâncias consideradas “proibidas”, como maconha e cocaína. A conclusão do relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) demonstra a importância de tentar mudar hábitos aparentemente corriqueiros que podem ser perigosos, principalmente O 10 no caso de pessoas soropositivas e em terapia anti-retroviral. Razões para trocar as drogas por uma vida mais saudável não faltam. Fumar aumenta a probabilidade de acidente cardiovascular e infarto entre os portadores do HIV, sobretudo daqueles que tomam antiretrovirais, pois estes medicamentos tendem a elevar os níveis de gordura no sangue. Além disso, o cigarro é responsável por 90% Saber Viver ano 6 n 34 dez 2005 tratamento dos casos de câncer no pulmão e fator agra- pâncreas). O álcool também interfere na função do abacavir. vante em outros tipos da doença. De acordo o infectologista Estevão Uma pesquisa realizada na Creighton University School of Medicine, nos Portela, as chances de um paciente que faz Estados Unidos, chama a atenção para a uso freqüente de álcool esquecer de tomar seus medicamentos e interação entre fumo e comprometer a eficácia álcool. Segundo o estuO alcoolismo está do, a combinação au- relacionado a um maior do tratamento contra a menta as chances de risco de dano ao fígado, aids é grande. Entretanto, o uso ocasional do álcontrair pneumonia, doo que pode acelerar cool não causa maiores ença que tem ocasioa hepatoxicidade dos problemas. Para aqueles nado a morte de muitos que, por querer beber portadores do HIV. anti-retrovirais no fim de semana, por Excesso de álcool deve ser exemplo, julgam melhor não tomar seus evitado medicamentos, Portela aconselha: “É errado As interações entre anti-retrovirais e as o raciocínio: já que bebi, é melhor não tomar chamadas “drogas recreativas” preocupam o remédio. O importante é não exagerar, não Márcia Rachid, médica da assessoria de perder o controle da situação”, diz o médico. DST/Aids da Secretaria de Saúde do Estado “O medicamento deve ser tomado e o uso do Rio de Janeiro. Em artigo publicado na do álcool precisa ser controlado”, completa. revista “Prática Hospitalar” – em parceria com o médico Mauro Schechter –, a infec- Cuidados com o uso de tologista alerta que muitas drogas podem sedativos e antidepressivos modificar o metabolismo dos anti-retrovirais Medicamentos para dormir ou contra a no fígado. “O uso crônico do álcool pode re- depressão podem interagir com os antiduzir as concentrações séricas de inibidores retrovirais, aumentando os efeitos tóxicos ou da protease e de não-análogos de nucleosí- mesmo alterando o metabolismo no fígado. deos, possibilitando o desenvolvimento de Dependendo da dose utilizada, eles podem resistência do HIV aos medicamentos”, até ser fatais quando associados aos informa a médica, lembrando que o inibidores da protease, especialmente o alcoolismo está relacionado a um maior risco ritonavir. Lembre-se: sedativos e antidede dano ao fígado, o que pode acelerar a pressivos só devem ser usados com orienhepatoxicidade dos anti-retrovirais. As tação médica. SV pessoas que usam didanosina e abusam das Veja onde obter ajuda para controlar a bebidas alcoólicas ainda correm o risco de dependência de drogas, na última página apresentar pancreatite (inflamação no Faça uma Assinatura Solidária da Saber Viver A Saber Viver é uma revista gratuita, mas, se você quer recebê-la em casa, colabore conosco fazendo uma Assinatura Solidária.Você escolhe um dos valores abaixo para doar à Saber Viver e passa a receber, em sua casa, um exemplar da revista a cada três meses, durante um ano, em envelope sem identificação do remetente. Escolha a sua doação: R$ 12,00 R$ 25,00 R$ 50,00 • • Como fazer sua doação • Deposite o valor escolhido através de Vale Postal (disponível em todas as agências de correio) para a revista Saber Viver-CNPJ 04.568.776/0001-63. Envie o comprovante para a redação da revista. Não se esqueça de colocar seu nome e endereço completo. Revista Saber Viver: Caixa Postal 15.088 – Rio de Janeiro – RJ – Cep 20031-971 ano 6 n 34 dez 2005 Saber Viver 11 sua história 12 S o m o s soropositivos para o HIV a comer, a dormir, ousaomeça a granmos até a fazer planos. de guerra, sem “Levantamos a Junto a médicos e entreinamento, cabeça e caminhamos fermeiros atravessamos sem reservas psicolóa grande batalha. Cogicas. Onde estão os firmes. Eu, eles, nós.. soldados que vão com- Também filhos de Deus!” meçamos a acordar. Enfermeiros, bater conosco? Onde quando começamos a estão? Tudo se esvaziou, vamos pedir socorro! Mas como perceber a indiferença de um enfermeiro, seremos recebidos? Com mil receios! se eles pudessem sentir o que nós sentiSomos fotocópias do vírus na mente dos mos, eles trabalhariam conosco de forma que sabem. Mas há uma salvação, os re- diferente. Aí está o preconceito, estamos médios! Não lembramos disso. O nosso à margem na sociedade. Estamos bem adversário, o próprio homem (os comuns melhor, atravessamos o campo de batae os de branco), também tem muito medo lha, passamos para um navio, inseguros escondido debaixo da autoridade médica, do porto em que vamos atracar. Deus está o tempo todo ao nosso lado. chegando a nos agredir com palavras, Continuamos a melhorar. Perdemonstrando que essa doença é um enigma e que ainda há cebemos que você e muito para descobrir muitos outros desta sobre ela. casa nunca nos Com o tempo, deixaram faltar isso passa. Mas tesorrisos, mãos mos desejo de fuamigas. Começagir do próprio cormos a nos sentir po. A família... fortes porque teComo começar a mos amigos com os falar? Começamos a quais podemos consentir que somos ditar. ferentes de todos, forLevantamos a çamos nossos pensacabeça e camimentos, somos iguais, nhamos firmes. não somos transpaEu, eles, nós... rentes, é como se toTambém filhos dos nos vissem por dentro. Nossa de Deus! alma cala no silencio e na dor, mas sorrimos, sorrimos... Com os remédios (nossa esperança) começamos a melhorar, Ilda P. C. C Saber Viver ano 6 n 34 dez 2005 LEI direitos Agora é Plano de saúde é obrigado a pagar tratamento de aids or decisão da Justiça, os planos de – a não ser que consiga provar que o usuário saúde iniciados a partir de 2 de janei- já tinha a doença antes de contratar o plano e ro de 1999 não podem se negar a não informou. As pessoas que possuem planos de saúde atender o consumidor em razão de idade, doença pré-existente – aquela que a pessoa através da empresa em que trabalham têm já sabe que tem, no momento em que assina assegurado o direito ao sigilo de sua soropositividade para o HIV. o contrato – ou deficiência física, de acordo com a “Segundo a equipe Ler com atenção Assessoria Jurídica do jurídica do Pela Vidda, o contrato evita grupo Pela Vidda do Rio os contratos de saúde problemas futuros de Janeiro. Carla Varela ressalta A advogada Carla feitos antes do portador que o consumidor deve esVarela, coordenadora do do HIV descobrir sua tar atento a algumas “armanúcleo, informa que o soropositividade não dilhas”. A empresa não consumidor que é portapodem sofrer nenhuma pode prever um tempo de dor do HIV deve declarar alteração.” internação mais curto ou que é soropositivo ao connegar a cobertura; não pode tratar um plano de saúde. encerrar o contrato antes do tempo ou alegar A partir daí deverá cumprir um período de carência de dois anos, que exclui alguns even- que não atende urgência no período de carêntos, tais como alguns tipos de cirurgias, leitos cia do plano; não tem o direito de exigir chede alta tecnologia e procedimentos de alta que caução para realizar a internação hospitacomplexidade. Passado este período, a cober- lar ou aplicar reajuste acima do permitido por tura passa a ser integral, de acordo com o tipo lei e, ainda, cobrar exames médicos. A equipe do Pela Vidda orienta que o de plano contratado. Consultas e exames ideal é que o contrato seja analisado por um devem estar disponíveis, conforme estabeleadvo gado, antes de ser assinado, e que o cido por lei, no máximo em 180 dias. O mesmo prazo é valido para internações e cirurgias. consumidor se certifique se a operadora faz A advogada alerta que não pode haver limites parte do cadastro da Agência Nacional de no número de consultas nem de dias de inter- Saúde Suplementar (ANS). SV P nação, que deve ser definido pelo médico. Direito ao sigilo é garantido Segundo a equipe jurídica do Pela Vidda, os contratos de saúde feitos antes do portador do HIV descobrir sua soropositividade não podem sofrer nenhuma alteração. A empresa é obrigada a dar assistência integral e não pode aumentar a mensalidade do consumidor ano6 n 34 dez 2005 Saber Viver Para mais informações: ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) - 0800-7019656. Assessoria Jurídica do Grupo Pela Vidda RJ – (21) 2518.3993 / 25079906 13 cartas Contatos imediatos SABER VIVER – CAIXA POSTAL 15.088 – RIO DE JANEIRO – RJ 20.031-971 e-mail: [email protected] As cartas para esta seção devem conter endereço completo e xerox do documento de identidade. A Saber Viver manterá esses dados sob sigilo. HERPES GENITAL É UMA PORTA DE ENTRADA PARA O HIV? COMO POSSO ME PREVENIR? Pergunta e resposta extraídas do grupo Apoio Soropositivo O herpes genital é uma doença infecciosa muito comum, causada por vírus da mesma família que provoca catapora, herpes-zóster (cobreiro), herpes facial, labial e ocular e citomegalovirose. O grande problema é que os anticorpos formados pelo organismo não matam o vírus: ele fica latente nos nervos e as lesões desaparecem ser deixar marcas. A transmissão ocorre pelo contato sexual e por fluídos corpóreos e como muitas vezes a pessoa desconhece a contaminação, essas micro lesões se tornam, sim, porta de entrada para outros vírus. Os sintomas costumam ser mais intensos na primeira infecção, que pode durar até três semanas. Nessa fase, o vírus se localiza em nervos sensitivos da região. Podem aparecer lesões bolhosas e a pessoa sentir dor e coceira, além de dor de cabeça, febre, fotofobia, aumento dos gânglios e mal-estar. Quando é recidiva, a herpes genital costuma aparecer no mesmo lugar, de forma mais branda e por menos tempo. Estima-se que 80% dos contami- Namoro ou Amizade Gostaria de fazer novas amizades ou encontrar um grande amor. (21) 81792359. Nara 14 nados contraiam o vírus mais de uma vez. Geralmente, a doença não apresenta conseqüências muito graves para indivíduos em bom estado geral de saúde. No entanto, pode se complicar em pessoas com imunidade baixa. Lesões características deixam os portadores mais suscetíveis ao HPV, que pode evoluir para câncer de colo uterino, hepatite e aids. Para se prevenir, use sempre camisinha. GOSTARIA DE SABER O QUE É JANELA IMUNOLÓGICA E COMO POSSO SABER SE MEU EXAME ESTÁ CORRETO? Sofia – por e-mail Janela imunológica é o período de tempo em que testes de HIV não detectam a presença de anticorpos do vírus no organismo humano. Hoje sua duração é de aproximadamente 16 dias, o que significa que até o décimo sexto dia após a possível infecção o vírus não é identificado em exames de sangue. Para diminuir os riscos e oferecer maior precisão aos pacientes, o Ministério da Saúde pretende lançar até 2007 um novo método de análise, capaz de reduzir para 11 dias o período da Tenho 30 anos, moreno, 1.80m, 80kg, atualmente privado da liberdade. Gostaria de me corresponder com mulheres de 25 a 40 anos sem preconceito de cor ou raça. Av. Dr. Antônio de Souza Neto, 100, R1 C69, P2 de Aparecidinha. Sorocaba /SP CEP: 18.087-360 Adriano Pereira Tenho 35 anos, 1.70m, 73kg, sou protético dentário. Procuro mulher morena com situação estabilizada para relacionamento, de preferência do RJ e acima de 45 anos. Tel. (21) 9874-5725 / 9934-0811 Valdir Tenho 1.68m, 58kg, pele morena, sou bem humorado. Quero encontrar uma pessoa entendida, minha alma gêmea. Tel. (18) 9221-7247 Marcos Sou viúva, branca, 41 anos, 1.55m, 52kg, cabelos e olhos castanhos, evangélica. Gostaria de conhecer um homem carinhoso, a partir de 42 anos e situação financeira definida, de preferência carioca. Tel. (11) 84851775 Bete. Procuro companheira sem vícios para compromisso. Tenho 44 anos, moreno, viúvo, aposentado, não tenho preconceito de cor, idade, pode ter filho pequeno. Rua 41 F, 78, Vila Santa Cecília. Volta Redonda / RJ CEP: 27.255-450 Luiz Pedro Gostaria de me corresponder com mulheres de 30 a 50 anos para amizade ou algo mais. Presídio Evaristo de Morais - Av. Bartolomeu de Gusmão, 1.100, São Cristóvão. Rio de Janeiro /RJ CEP: 20.941-160 Marco Antonio Sou branca, 44 anos, 1.70m, 62kg, viúva, saudável. Gostaria de encontrar um homem sincero e com bons sentimentos. Fátima [email protected] Loiro, olhos verdes, 39 anos, 1.70m, ativo/passivo não afeminado. Procuro um namorado que more em SP ou na Grande ABC para relacionamento sério. Tel. (11) 4474-0661 após as 17:00 / 9264-3001. R. 24 de Maio, 670, Vila América. Santo André /SP CEP: 09.110-150 Marcelo Saber Viver ano 6 n 34 dez 2005 Procuro minha alma gêmea, que seja sincero e honesto de 40 a 50 anos. Tenho pele clara, olhos esverdeados, 1.52m, 60kg, 45 amos. Tel. (47) 91649098 Sueli Gostaria de conhecer um homem de preferência de SP ou da Grande ABC de até 60 anos. Tenho 52 anos. R. Amazonas, 282, Cidade São Jorge. Santo André /SP CEP: 09.111-680. Tel. (11) 4978-3798 após as 17:00 / 7436-5824 Jesuína Procuro caso sério com homem de qualquer idade, de preferência HIV+. Sou branco, 1.73m, 58kg, 40 anos. Cx Postal 145. Santa Bárbara D’ Oeste / SP CEP: 13.450-000 Neno Evangélico, universitário, moreno, 1,74m, 70kg, 37 anos. Gostaria de me corresponder com mulheres para compromisso sério ou amizade. Tel. (21) 93749251 [email protected] Luiz Procuro em Mogi das Cruzes ou proximidades companheiro discreto ativo/pasivo de 30 a 45 anos. Sou moreno, assintomático, saudável, discreto, 40 anos, 1.79m, 72kg. [email protected] Cardoso Assintomático, 34 anos, 1.65m, 63kg, passivo, discreto, de Duque de Caxias/RJ. Procuro ativo discreto, não efeminado, entre 33 a 40 anos para relacionamento [email protected] Cláudio. Moreno claro, 1.70m, 65kg, aposentado, evangélico, eletricista, situação financeira razoável, 62 anos, boa aparência. Gostaria de conhecer uma mulher de 40 a 50 anos, de preferência evangélica, para amizade e quem sabe um grande amor. Cx Postal, 61.517. São Paulo /SP CEP: 05.424-970. Tel. (11) 3782-8277. Ary Loiro, olhos azuis, 47 anos, 1.72m, honesto. Gostaria de me comunicar com mulheres, de preferência morenas. R. Ângelo Capovilla, 527. Valinhos /SP CEP: 13.270-000 Roberto. SUGERIMOS QUE OS LEITORES QUE QUEIRAM SE CORRESPONDER ALUGUEM UMA CAIXA POSTAL NA AGÊNCIA DOS CORREIOS. RECOMENDAMOS TAMBÉM QUE, AO MARCAR UM ENCONTRO, PREFIRAM LOCAIS PÚBLICOS E AVISEM A UM AMIGO. De coração. Se você é um homem romântico, sincero e hiv+, escreva-me. Tenho 46 anos, mulata clara, 1.63m, 58kg. Rua 11, nº. 3523 BNH. Rio Claro /SP CEP: 13.504-155 Dulce Gaúcho, 42 anos, professor, discreto, 1.80m. Procuro ativo que esteja de bem com a vida para amizade ou algo mais. Cx Postal 19.901. Porto Alegre /RS CEP: 90.010-971 Jairo Por um desvio na minha vida, me encontro privado de minha liberdade, sou soro+ há 16 anos. Procuro fazer novas amizades para trocarmos palavras de ânimo e esperança. Cx Postal 321. Matr. 158.548 C. 051Bauru / SP CEP: 17.015-970 Paulo César Não desistirei do amor e procuro companheiro com o mesmo pensamento. Morena, 45 anos, saudável. Procuro homem sincero, entre 45 e 55 anos. Tel. (18) 3262-1181 Luzia Procuro mulher de 25 a 34 anos para um relacionamento, nas proximidades de BH. Tenho 33 anos, branco, 1.75m, 74kg. Tel. (31) 9274-6842 Alex Loira, olhos verdes, 41 anos, de Santos. Quero encontrar um homem entre 35 e 50 anos, situação financeira estável, gentil, que goste de criança, pois tenho um filho pequeno. Tel. (13) 91412978 [email protected] Rosa Moreno, bonito, 1.75m, 73kg, discreto, 28anos, sou do RJ. Quero conhecer homem de 20 a 35 anos, discreto para namoro [email protected] Allyson Niteroiense carente, moreno, 34 anos, 1.70m, 57kg. Procuro homens de 25 a 35 anos, que morem no RJ ou proximidades, para relacionamento sério. Tel. (21) 9731.7589 Jairo Moreno jambo, peludo, 35 anos, 1.70m, 74kg, passivo e discreto. Procuro ativo para relacionamento. Cx Postal 1106. São Paulo /SP CEP: 01.060-970 Roberto Sou ativo/passivo, não afeminado, 42 anos. Procuro homem, discreto, de preferência de SP. R. Freire Bernardino Costa, 500, Jd. Grimald. São Paulo /SP CEP: 03.921-010 Luiz Carlos Moro em Rio Claro, tenho 48 anos, 1,40m, 50kg, branca, viúva, gosto de passear. Procuro homens sérios para namoro ou amizade, sem limitações de idade. Av. M25, nº. 2056 - Jd São Caetano. Rio Claro /SP CEP:13505380 Tel. (19) 9626-2525. Sabina Negro, 37 anos, 1.76m, 60kg, gosto de passear. Procuro mulher entre 27 e 34 anos, de preferência do RJ, carinhosa e simples. R. Emilio Ribas, 431 bl. 62, apto 203, Bangu. Rio de Janeiro /RJ CEP: 21.870-280. Tel. (21) 9819-319 Peixinho triste de Bangu Tenho orgulho de mim mesma e me amo cada dia mais, tenho 26 anos. Sou Drag Queen durante a semana e no final de semana, mulher. Procuro alguém com capacidade de amar e que me aceite como sou. Tel. (11) 9290-6963 Charles Loira, 28 anos, 1.70m, 70kg, tenho 1 filho de 4 anos, e estou muito carente. Procuro homem, carinhoso, que venha me tirar da solidão. Tel. (21) 98643934 Sonia Tenho 31 anos, não afeminado, discreto. Procuro pessoas do sexo masculino a partir de 30 anos para verdadeira amizade ou algo mais, descarto afeminados. Dou preferência aos que valorizem a família [email protected] Oliveira. Sou uma pessoa de hábitos moderados, gosto de diversões comuns, sem vícios, tenho 40 anos, 1.74m. Procuro uma mulher de 30 a 45 anos, sem vícios, para compromisso. Cx. Postal 28.023. Rio de Janeiro /RJ CEP: 21.840-970 Luis Oliveira Associação Lutando para Viver O presidente da instituição é Marcos Maurício e não Sônia Fonseca, como publicamos na Saber Viver no 32. A associação funciona no Instituto de Pesquisas Clínicas Evandro Chagas (Ipec / Fiocruz). Informações: 21 3865-9530. ano 6 n 34 dez 2005 Saber Viver cartas Negro romântico, 35 anos, discreto, simples. Desejo conhecer homem acima de 30 anos, ativo/passivo, discreto para amizade ou algo mais. Tel. (21) 3318-3375 / 9772-3786 Marcos Procuro uma companheira de 45 a 55 anos que queira morar comigo. Tenho 63 anos, 57kg, 1.60m, sou aposentado e tenho uma deficiência visual. Tel.(11) 6143-8231/ 6232-7042 João Ferreira. Errata 15 AUXÍLIO PARA DEPENDENTES QUÍMICOS Alcoólicos Anônimos www.alcoolicosanonimos.org.br No site, clique em AA no Brasil, no menu, e descubra os locais de encontro em todo o país. Contém diversas informações sobre o alcoolismo. Atendimento 24 horas: (11) 3315 9333 Narcóticos Anônimos www.na.org.br Lista de grupos que funcionam em todo o Brasil e esclarecimentos sobre o assunto. Viva Voz Orientação e informações sobre a prevenção ao uso indevido de drogas 0800 5100015 – De segunda a sexta, das 8 às 20 horas. Ligação gratuita. ACRE Caps AD Rio Branco Rua Luiz Z. da Silva, 364 Conjunto Manoel Julião – Rio Branco – AC Tel. / Fax (68) 3227 5134. e-mail [email protected] BAHIA Centro de Estudos do Abuso de Drogas – CETAD (FAMED/UFBA) Rua Pedro Lessa, 123 - Canela Salvador – BA Tel: (71) 3336 8673 / 3336 3322 CEARÁ Núcleo de Atenção ao Dependente Químico Rua Vicente Nobre de Macedo s/n Messajana – Fortaleza - CE Tels: (85) 488 5894 Unidade de Desintoxicação/ 488 5853 Ambulatório/ 488 5848 Centro de Convivência ESPÍRITO SANTO Programa de Atendimento ao Alcoolista – PAA Av. Marechal Campos, 1468 Ambulatório 03 Maruípe – Vitória – ES Tel.: (27) 3335 7442 Programa de Controle de Tabagismo – CRE Rua João Caetano, 33 sala 606 a 608 Centro – Vitória – ES Tel.: (27) 3222 0293 PARANÁ Cravi – Casa De Recuperação Água da Vida Rua Vereador Antonio dos Reis Cavalheiro 409 – Cabral – Curitiba PR Tel: (41) 3356 6100 / 3026 6210 www.cravi.com.br 16 A PERNAMBUCO Centro Eulâmpio Cordeiro de Recuperação Humana (CECRH) Rua Rondônia, n° 100 Bairro Cordeiro Recife – PE. Tel: (81) 3228 3200 Caps AD Professor José Lucena Rua Itajaí nº 418 Imbiribeira - Recife – PE Tel: (81) 3471 3851 RIO DE JANEIRO Programa de Extensão em Alcoologia – UERJ Boulevard 28 de Setembro, 87- F Rio de Janeiro – RJ Tel: (21) 2587 6113 Áudio-Vida Apoio a pessoas em depressão. Plantão 24 horas: (21) 3396 7268 Neuróticos Anônimos Para quem sofre de depressão, ansiedade e insônia. São 80 grupos, que se reúnem em diferentes locais do Rio de Janeiro. Tels: (21) 2233 0220 / 2233 6053 (central) Núcleo de Estudos e Pesquisa em Atenção ao uso de Drogas – NEPAD/UERJ Rua Fonseca Teles, 121/ 4º andar São Cristóvão – Rio de Janeiro – RJ Tels: (21) 2587 7163 SÃO PAULO Disque-drogas – SMS- SP Tel: (11) 3105 8645 Centro de Convivência É de Lei Rua 24 de Maio, 116 4º andar salas 36 /37 Centro – São Paulo – SP Tel: (11) 3337 6049 Centro de Referência Álcool, Tabaco e Outras Drogas (CRATOD) Rua Prates, 165 Bom Retiro São Paulo – SP. Tel: (11) 3326 868 Rede de Atenção ao Abuso de Drogas Rua Paineira do Campo, 902 Zona Norte São Paulo – SP. Tel: (11) 3862 1385 Ambulatório de Drogadependência da Associação Pró Saúde Mental (PROSAM) Rua Heitor Penteado, 1448 Sumaré São Paulo – SP Grupo Interdisciplinar de Estudos do Álcool e Drogas (GREA / USP) Hospital das Clínicas: Rua Ovídio Pires de Campos, s/n – São Paulo - SP Centro de Referência em Alcoolismo e Drogadição (CRIAD) Rua Tiradentes, 882 – Campinas – SP Tel: (19) 3236 5593 Caps AD Raul Seixas / SMS-RJ Rua Dois de Fevereiro 785 – Engenho de Dentro – Rio de Janeiro – RJ Tel: (21) 3111 7512 Núcleo de Atenção Psico-Social para Alcoolistas e Farmacodependentes Rua Pará, 1280 Ribeirão Preto – SP Tel: (16) 3622 2100 Centra Rio Rua Dona Mariana 151 – Botafogo Rio de Janeiro – RJ Tel: (21) 2299 5921 / 2299 5922 Unidade de Álcool e Drogas (FMRP / USP) Av. dos Bandeirantes, 3900 – Campus da USP Ribeirão Preto – SP Tel: (16) 3602 2727 Santa Casa da Misericórdia – Ambulatório de Alcoolismo Rua Santa Luzia, 206 – Centro Rio de Janeiro – RJ RIO GRANDE DO SUL Ambulatório de Álcool e Drogas do Hospital de Clínicas de Porto Alegre – HCPA Rua Ramiro Barcelos, 2350 Zona 13 Porto Alegre – RS Tels: (51) 3316 8000 / 3316 8570 Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas – UFRS Rua Itaqui, 99/502 – Porto Alegre – RS Tels: (51) 3330 5813 / (51) 3332 4240 SANTA CATARINA Serviço de Atendimento às Necessidades Psicossociais (SANPS) UFSC – CCS (2º andar) – Florianópolis – SC Tel: (48) 3378 3000 S ABER V IVER GRUPO DE DISCUSSÃO Fórum ONG/Aids do Rio de Janeiro Iniciou um grupo de trabalho (GT) sobre população negra e aids. As reuniões se realizam na última quarta feira de cada mês, das 10h às 13h. Local: Instituto Noel Nutels. Rua do Resende, 118/ 4ª andar - auditório Rio de Janeiro – RJ EMPRÉSTIMOS Banco de Leito Hospitalar Empréstimo de camas e leitos hospitalares por até seis meses, com possibilidade de renovação. O único custo é o frete. Tel: (21) 2266 2501 Cel.: 9636 8000 (Sr. Aroldo Mendonça) É DISTRIBUÍDA GRATUITAMENTE