Kristallnacht - A noite dos Cristais

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Kristallnacht - A noite dos Cristais
Setenta e três anos se passaram desde a "Noite dos Cristais", Kristallnacht, um presságio para o que esperava a
Comunidade Judaica na Europa.
Aquela que ficaria conhecida no próprio jargão nazista como a "noite dos cristais quebrados" marcou o início do
Holocausto, que causou a morte de seis milhões de judeus na Europa até o final da Segunda Guerra Mundial.
A "Noite dos Cristais" (Kristallnacht ou Reichspogromnacht), de 9 para 10 de novembro de 1938, em toda a Alemanha e
Áustria, foi marcada pela destruição de símbolos judaicos. Sinagogas, casas comerciais e residências de judeus foram
invadidas e seus pertences destruídos.
Série de proibições aos judeus
Milhares foram torturados, mortos ou deportados para campos de concentração. A justificativa usada pelos nazistas foi
o assassinato do então diplomata alemão em Paris, Ernst von Rath, pelo jovem Herschel Grynszpan, de 17 anos, dois
dias antes.
A perseguição nazista à comunidade judaica alemã já havia começado em abril de 1933, com a convocação aos
cidadãos a boicotarem estabelecimentos pertencentes a judeus. Mais tarde, foram proibidos de freqüentar
estabelecimentos públicos, inclusive hospitais.
No outono europeu de 1935, a perseguição aos judeus, apontados como "inimigos dos alemães", atingiu outro ponto
alto com a chamada "Legislação Racista de Nurembergue". Enquanto o resto do mundo parecia não levar o genocídio
a sério, Hitler via confirmada sua política de limpeza étnica.
Trajetória para o Holocausto já havia sido aberta
Uma lei de 15 de novembro de 1935 havia proibido os casamentos e condenado as relações extraconjugais entre judeus e
não-judeus. Havia ainda a proibição de que não-judeus fizessem serviços domésticos para famílias judaicas e que
um judeu hasteasse a bandeira nazista.
Ainda em 1938, as crianças judias foram expulsas das escolas e foi decretada a expropriação compulsória de todas as
lojas, indústrias e estabelecimentos comerciais pertencentes a judeus. Em 1º de janeiro de 1939, foi adicionado
obrigatoriamente aos documentos de judeus o nome Israel para homens e Sarah para mulheres.
A proporção da brutalidade do pogrom de 9 de novembro foi indescritível. Hermann Göring, chefe da SA (Tropa de
Assalto), lamentou "as grandes perdas materiais" daquele 9 de novembro de 1938, acrescentando: "Preferia que tivessem
assassinado 200 judeus em vez de destruir tantos objetos de valor!"
[ Fonte: http://www.dw-world.de/dw/article/0,,672173,00.html ]
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