DESEMPREGO DE TRABALHADORES QUALIFICADOS: EXCLUSÃO EM TEMPOS DE GLOBALIZAÇÃO Ana Cristina Brito Arcoverde 1 Preliminares: Desemprego e exclusão social não são uma novidade nas cidades brasileiras e, ou latino -americanas. Contingentes significativos de população vivem situações que os tornam, até certo ponto, incapazes de por si próprios as superarem. Atingidos pelo desemprego e por outras formas de exclusão social buscam, individualmente ou de forma associada, junto às organizações públicas, privadas, ong’s, os meios de evitarem ou superarem as situações de precariedade vivenciadas. Os esforços empreendidos não tem contribuido muito para que o crescimento do desemprego e os processos de exclusão dele decorrentes encontrem obstáculos. É comum atribuir à situação determinações estruturais - inovações tecnológicas nos processos de trabalho, busca de produtividade e competitividade das empresas, flexibilização, redução nos custos de produção, etc., determinações conjunturais - mundialização, abertura de mercados, constituição de blocos econômicos conformando uma nova geopolítica - e, determinações políticas - ajuste estrutural, reforma do Estado, privatizações, busca de estabilização econômica, retomada de investimentos estrangeiros, redução dos encargos que afetam o mercado de trabalho. Mas, até que ponto tais fatores são responsáveis pela vulnerabilidade do trabalho? Ainda mais numa cidade como é Recife onde o processo de assalariamento é ainda restrito! De fato, todos esses fatores, no conjunto, contribuem para que o desemprego dê mais visibilidade aos processos de exclusão social na conjuntura dos anos 90, seja na RMR, como no país como um todo, e se constitua em tempos de globalização no desafio maior, ou na “trajédia que ameaça o país” (FHC, Folha de São Paulo de 26.01.96). Evitar que tal tragédia se alastre, cresça através de soluções e, ou políticas alternativas aparece como tarefa de governantes, técnicos, enfim de www.ts.ucr.ac.cr 1 toda a população. Contudo, pouco ou nada se conhece quantitativa ou qualitativamente sobre as verdadeiras causas, razões dos processos de exclusão social, particularmente no âmbito da RMR. O conhecimento das condições de vida dos excluídos é precário, e em parte atribuído a particularismos das populações - desqualificação profissional, atraso cultural, desadaptação ao trabalho, falta de aptidão - em parte às explicações generalizantes para realidades localizadas. As estatísticas são frágeis e pouco confiáveis. Se quantificam aqueles que foram empregados e encontram-se sem trabalho, os que nunca acederam a um trabalho ou estão desempregados por longo tempo, além dos que estão ocupados precariamente, não estão nelas incluídos, nem tão pouco explicados. Nos estudos que vimos realizando desde 1979 sobre alternativas de enfrentamento da exclusão social, no espaço de referência, através de iniciativas de micro escala, do associativismo no meio urbano e das políticas de emprego e renda de organizações governamentais e não-governamentais é possível verificar que sob a mesma denominação de pobreza e desemprego convivem distintas formas e diferentes processos de exclusão social, que a nosso ver suscitam tomadas de consciência, explicitações. Dentre aqueles que compõem a cena vamos encontrar a categoria dos chamados por Castel de “aptos para o trabalho que-não-trabalham” (1992/26), e que na espera de um ou novo emprego desenvolve ocupações residuais. Mas quem são esses novos atores? O que significa ser apto para o trabalho sem trabalho na RMR? A que processos de exclusão estão ou estiveram submetidos? Que fatores contribuíram e contribuem para que partilhem de uma ordem social desintegradora, conflituosa, precária? Indagações que nos levaram à busca de respostas satisfatórias. As categorias desemprego e exclusão social: A categoria desemprego aparece central nos anos 90 e requer explicações de sua antinomia emprego. Emprego é a soma do trabalho humano efetivamente empregado e remunerado dentro de um sistema econômico. 1 Professora Doutora do Mestrado em Serviço Social da UFPE. www.ts.ucr.ac.cr 2 Na verdade, emprego pode apresentar-se em sua plenitude - da totalidade dos trabalhadores - dentro de uma política de pleno emprego ou sob a forma de subemprego, seja: de um número de trabalhadores inferior ao número de trabalhadores disponíveis, ou de uma situação configurada aquém dos patamares e requisitos exigíveis ou esperados de uma situação de emprego (contrato de trabalho, carteira de trabalho assinada,etc.) Desemprego é uma característica das sociedades contemporâneas e ganhou mais visibilidade nos últimos anos com a modernização da produção capitalista e com a introdução de novas tecnologias. Fenômeno recorrente tem levado estudiosos a elaborarem teorias econômicas para explicar as suas causas. Conforme o ponto de partida o desemprego pode ser classificado em: a- O Friccional: aquele de curta duração e resultante do movimento dos trabalhadores entre um emprego e outro. Os teóricos clássicos consideram o desemprego friccional como aquele que acontece por imperfeições do mercado de trabalho (imobilidade de mão-de-obra, escassez de matéria-prima, avarias no maquinário); b- O Estrutural: causado pelo fechamento de empresas em conseqüência de variações tecnológicas e pela insuficiência de capital na economia; c- O Sazonal: causado pelas mudanças na demanda de trabalho nos diferentes momentos do ano. Exemplos encontrados desse tipo de desemprego é o nas atividades agrícolas e no setor de turismo; d- O Cíclico: é causado pela insuficiência de demanda por bens e serviços. As fases de expansão ou retração das atividades econômicas influenciam no aumento ou não do desemprego, mensurado ou expresso através de taxas. O desemprego por sua vez pode ser de curto e médio prazo, ou ainda, prolongado e que consiste no tempo passado sem trabalhar, interrupção do trabalho, inatividade forçada pela falta de emprego ou trabalho. Desemprego é pois a situação em que vive o indivíduo que já teve ou anda a procura de algum tipo de trabalho que lhe pague o suficiente para atender às suas necessidades de sobrevivência e de sua família. Estar desempregado é pois modalidade da exclusão. www.ts.ucr.ac.cr 3 Exclusão social é uma nova categoria que assume significados plurais em função da perspectiva ou explicação dada. De qualquer ótica trata-se de processos que provocam ou resultam no enfraquecimento ou quebra dos vínculos ou laços que unem os indivíduos entre si e a sociedade. Os vínculos, conforme Xiberas são sociais, comunitários e individuais. Já os laços são todos aqueles que fazem envolver o indivíduo na dinâmica social e coletiva, são eles: funcional, social e cultural. Ora, uma vez fora do mercado de trabalho - desnecessário economicamente - dificilmente conseguirá retornar ao mesmo, passando concomitantemente por outros processos de exclusão social - ruptura da rede de sociabilidade, fragilização da auto estima, perda de identidade. Enquanto excluídos passam a ser considerados pessoas presas a engrenagem da pobreza em meio a uma crescente abundância. A especificidade da exclusão social, no Brasil, está relacionada com a desigualdade e a pobreza, e possui uma dimensão histórica peculiar a cada localidade. Mais recentemente observamos que tanto o desemprego quanto outros processos de exclusão vêm atingindo trabalhador qualificado. O que nos leva a inquirir sobre suas relações com a pobreza. Não se pode, contudo, atribuir aos processos de exclusão social aos quais estão submetidos os trabalhadores aptos na RMR, a pobreza relativa - a desigualdade das rendas - ou mesmo a pobreza absoluta. A pobreza não é um fenômeno individual, ligada às disposições e às condutas, mas resulta de processos de exclusão. A pobreza é pois, e apenas a dimensão mais geral da exclusão e o desemprego um de seus determinantes. É multidimensional e interdependentes as dimensões do processo de exclusão. Ser ou estar excluído não se constitui apenas num estado caracterizado pelos atributos de inferioridade social, trata-se antes do resultado de um processo que varia no tempo e se diferencia no espaço. Processo que reúne ou implica forças sociais, econômicas e políticas centrífugas que tendem a afastar, separar em direção contrária ao centro da sociedade, parte da população ou certos grupos de população que passam a ser estigmatizados como excluídos da e na sociedade. Um tal processo põe em jogo todo o sistema de inter-relações entre as manifestações de exclusão de forma acumulada - da vida econômica pelo desemprego, desqualificação, assalariamento precário, desproteção social, assistencialismos, ausência de www.ts.ucr.ac.cr 4 solidariedade social - e enfrentadas pelas populações alvo de políticas de luta contra a pobreza. A problemática do desemprego e da exclusão se amplia, torna -se concreta exigindo a urgência de se pensar propostas políticas coerentes/eficientes de seus enfrentamentos. O que somente se concretizará pelo conhecimento das situações em que se encontram as populações, e pela análise dos fatores internos e externos que as levam na direção contrária à coesão social. Para conhecer, especificar, recompor todo o processo de vivenciado pelos recifenses aptos para o trabalho e que exclusão procuram suas inclusões junto às diferentes organizações na RMR realizamos pesquisa junto aos usuários do SINE/PE, utilizando procedimentos quantitativo e qualitativo, sejam: estudo exploratório e história oral temática. Resultados principais: As investigações empreendidas junto aos próprios desempregados excluídos do mercado de trabalho recifense - os sujeitos-atores no cenário econômico e social local - foram orientadas por nossos questionamentos que obtiveram como principais respostas: • Os desempregados são da faixa etária dos 20 aos 39 anos o que significa dizer que encontram-se na idade produtiva ou população economicamente ativa; em sua maioria são homens, mas as mulheres deles se aproximam; embora mais de 50% sejam solteiros, e contribuem ou são responsáveis pela sobrevivência familiar; • Os desempregados apresenta m um nível de escolaridade - 2º grau incompleto - relativamente elevado, o que não os coloca numa condição de absolutamente despreparados ou desqualificados para desempenhar atividades produtivas que não exijam nível universitário; • Sua situação de escolaridade leva-nos a atribuir à sua condição de desempregado-excluído caráter de novidade, trata-se de uma nova exclusão por desemprego de trabalhadores qualificados, logo, aptos mas desnecessários às atividades econômica locais (não tradicionais), o que é sinal de mudança numa região outrora fornecedora de mão-de-obra www.ts.ucr.ac.cr 5 barata/desqualificada para a dinamização da produção têxtil alimentícia. Ratifica tal consideração, o fato dos desempregados desenvolverem múltiplos esforços no sentido de seus aperfeiçoamentos/ capacitação para acompanharem as dinâmicas e mutáveis exigências do mercado de trabalho; • Sem sucesso, modernizam-se mas suas forças de trabalho permanecem excluídas ou incluídas fragilmente no trabalho. Não sabem para que exatamente deverão estar capacitados, pois preocupam-se com a realização de cursos de informática, gestão, etc. Mas, quando encontram-se aptos, as demandas/exigências mudam ou são outras. Inclusive, algumas para as quais inexistem preparação, vontade ou possibilidade de se capacitarem etc. - tipo físico e étnico, caráter (simpático), sexo, religião, postura simples, de defeitos físicos e saúde - pois constituem traços que são, em sua maioria, por natureza imutáveis. Além de desempregados, essa forma de exclusão se desdobra nos motivos de saída, mas também nos de entrada, em outros processos excludentes, como: discriminação, diferenciação, etc.; • Provenientes do meio urbano abundam e se acumulam, seja por dispensa ou demissão de seus postos de trabalho. Desde jovem trabalham e estudam simultaneamente, permanecendo subempregados mas nessa como aprendizes situação desempenharam por por e sem bastante proteção tempo. social, Enquanto, pequenos salários atividades predominantemente nos setores de comércio e serviços, de onde igualmente foram excluídos; • A desregulamentação do trabalho ou a inexistência de proteção social predomina nas relações de trabalho na RMR particularmente, entre trabalhadores jovens e iniciantes; • A permanência no trabalho/emprego/ocupação é de no máximo três anos, o que é característica de desemprego friccional; • O desemprego e a exclusão de trabalhadores na RMR bateu o recorde em 1997, 52,61% dos entrevistados, indiferentemente de mês e por cinco (5) motivos principais - pessoais, crise na empresa, desajuste entre qualificação exigida e apresentada, término do contrato temporário e mudança do empregador. A busca de um novo emprego - inclusão pelo trabalho, ou de www.ts.ucr.ac.cr 6 um emprego para os que nunca ingressaram - parece já ser um futuro incerto e longínquo; • A RMR apresenta-se quanto ao fenômeno do desemprego em quatro modalidades - estrutural, friccional, conjuntural e sazonal. No seu conjunto, manifesta a crise do projeto moderno de civilização em que o cidadão portador de direitos e deveres encontra-se sucumbido ao reencantamento do mundo do trabalho. • A perda do emprego ou exclusão econômica gerou outros processos de exclusão: quebra, fragilização ou extinção dos laços e vínculos de amizade com os companheiros de trabalho, na família o relacionamento enfrenta conflitos e o isolamento torna-se presente com a perda do respeito, sensação de incompetência, impotência, com as humilhações e até violência, além do desfazimento dos nós do afeto e, ou da amizade. É como bem expressou um entrevistado: “o coração de muitos se esfria” esgarçando, fragilizando ou rompendo os liames – trabalho, família, amigos – que tecem os nós da rede de sociabilidade. • É de se deduzir que: A precariedade das políticas públicas que oportunizem a abertura de postos de trabalho, criação de ocupações e constituição de rendas reforçam a tendência a eliminação de postos de trabalho – empregos – no sistema capitalista, reforçando assim o desemprego. A medida que o desempregado ocorre e é reforçado a rede de sociabilidade o acompanha, modificando-se. O efeito é devastador pois retira do trabalhador apto o apoio, a base de sua sustentação como pessoa, homem e trabalhador. Por outro lado, a inexistência de políticas públicas de sustentação e apoio à sociabilidade esgarçada, fragilizada, desfeita pela exclusão do trabalho termina reforçando negativamente a condição desempregados apto ou não e provocando exclusões sociais, o que dificulta ainda mais o retorno ao mundo do trabalho. • Enquanto o emprego não vêm - o caminho pode ser longo e penoso – ao mesmo tempo que enfrentam outras exclusões, resistem ao isolamento buscando na informalidade sua identidade, sobrevivência, sociabilidade, mas também procuram na auto-ajuda a manutenção do “ser” produtivo, útil e sociável que é por natureza. Enquanto esperam pelo emprego – que as www.ts.ucr.ac.cr 7 políticas não oportunizam - é preciso continuar “trocando”, criando laços, participando de sua própria humanidade. O que para o trabalhador somente será possível através da manutenção dos contatos mais ou menos pessoais e diretos com os amigos, ex-colegas de trabalho/profissão/ocupação, fortalecimento dos vínculos familiares, etc., que constituem a rede de sociabilidade e fonte de recrutamento do trabalho. Referências bibliográficas: ANTUNES, Ricardo. Adeus ao trabalho?: ensaios sobre as metamorfoses e a centralidade do mundo do trabalho. São Paulo: Cortez; Campinas, SP: Editora da Universidade Estadual de Campinas, 4 ed,1997. ARCOVERDE, Ana Cristina Brito. O problema da geração de emprego e renda nas áreas urbanas: o caso da Região Metropolitana do Recife (RMR). Recife, NEPPS/MSS. Texto para discussão nº 19, 1997. ASSUMPÇÃO, José Teixeira d’. Sondagem de aptidão e iniciação para o trabalho. IN Série: Cooperação Técnica; n.1. Niterói: FUBRAE, 1981, 52 p. BAECHLER, Jean. Grupos e Sociabilidade. IN: Tratado de Sociologia, sob a direção de Raymond Boudon. 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