ESTUDOS GENÉTICO-POPULACIONAIS EM Hypophthalmus marginatus DA BACIA DO RIO TOCANTINS Antonia Silvia Lima da COSTA (Bolsista PIBIC/UFPA) - [email protected] Curso de Ciências Biológicas, Campus de Bragança, Instituto de Estudos Costeiros. Prof. Dra. Simoni SANTOS da Silva (Orientadora) - [email protected] Curso de Engenharia de Pesca, Campus de Bragança, Instituto de Estudos Costeiros. O presente estudo teve como objetivos avaliar a variabilidade genética e estrutura populacional de Hypophthalmus marginatus na bacia do rio Araguaia-Tocantins. Foram sequenciados 546 pares de bases da região controle do DNA mitocondrial de 113 indivíduos, sendo 30 de Cametá, a jusante da Usina Hidrelétrica (UHE) de Tucuruí, e um total de 83 a montante, sendo 43 em Tucuruí, 23 em Marabá e 17 em Conceição do Araguaia. A rede de haplótipos mostra que dos 56 haplótipos, 34 foram únicos e 22 compartilhados, sendo 15 compartilhados entre indivíduos de localidades distintas. Adicionalmente, observa-se que todos os haplótipos foram proximamente relacionados não evidenciando claro padrão de sub-estruturação entre as populações. Foram observados altos índices de diversidade genética em todas as populações (h= 0,94-0,98; π= 0,014-0,018), sugerindo que as modificações ambientais decorrentes da construção da barragem, bem como a pressão de pesca, não comprometeram em curto prazo a diversidade genética dessas populações. A AMOVA revelou que a maior porcentagem de variância pode ser atribuída à variação intrapopulacional (93,98%) e não foi significativa a variação entre montante e jusante da barragem da UHE de Tucuruí. Todavia o índice de fixação entre os pares populacionais foram significativos entre Cametá, a jusante, e todas as populações a montante da UHE de Tucuruí (FST = 0,06 – 0,11; P < 0,05) o que pode ser reflexo da redução do fluxo gênico promovida pela construção da barragem. Também foi evidenciada diferenciação entre Tucuruí e Conceição do Araguaia (FST = 0,09; P < 0,05) o que pode ser devido às adaptações ecológicas destas populações ao seu habitat. Os resultados deste trabalho sugerem que o padrão de panmixia atribuído a H. marginatus na bacia Amazônica não é presente na bacia do Araguaia-Tocantins de forma que estratégias de manejo devem ser estabelecidas para manutenção do potencial evolutivo das populações e da espécie nesta área. Palavras-chave: Hypophthalmus marginatus, variabilidade genética, estrutura populacional. Titulo do projeto do orientador: PANMIXIA É CARACTERÍSTICA DE POPULAÇÕES DE PEIXES MIGRADORES?: O CASO DO MAPARÁ (Hypophthalmus marginatus, VALENCIENNES, 1840PIMELODIDAE, SILURIFORMES) NA BACIA AMAZÔNICA. Classificação do trabalho na Tabela de Áreas do Conhecimento no CNPq. Grande-área: Ciências Biológicas Área: Genética Sub-área: Genética Animal