eletromagnetismo - liceu

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ELETROMAGNETISMO ONDAS ELETROMAGNÉTICAS ELEMENTOS DE FÍSCA QUÂNTICA
I – ELETROMAGNETISMO
1. INTRODUÇÃO
O eletromagnetismo é o ramo da física que
estuda os fenômenos relacionados à atração de metais e
imãs e a relação entre esses fenômenos e a eletricidade.
A palavra magnetismo tem sua origem na Grécia Antiga,
porque foi em Magnésia, antiga cidade grega, que se
observou um minério com a propriedade de atrair objetos
de ferro. Tal minério ficou conhecido por magnetita (Fe3O4)
que é considerado ímã natural. Um imã natural pode se
desmagnetizar por vibrações (marteladas) ou por
aquecimento. A temperatura em que o imã se
desmagnetiza é denominado ponto curie e vale cerca de
585ºC.Atualmente se sabe que eletricidade e magnetismo
são aspectos do mesmo fenômeno, o eletromagnetismo,
no qual estudamos os fenômenos magnéticos originados
por correntes elétricas e as suas conseqüências.
2- ÍMÃS OU MAGNETOS
São corpos que atraem Ferro, Níquel, Cobalto e outros
materiais ferromagnéticos. Podem se apresentar em
diversas formas tais como barras cilíndricas, barras
prismáticas, ferraduras, anel circular, etc.
fenômeno foi proposta pelo cientista André-Marie Ampère
(1775-1836). Ele supôs cada ímã constituído de pequenos
ímãs elementares; a soma dos efeitos de todos esses ímãs
elementares é que resultaria no ímã completo.
Na teoria atual, dos domínios magnéticos –
grupos de átomos – cada átomo de um corpo, é um
pequeno ímã, que recebe o nome de dipolos magnéticos.
3- CAMPO MAGNÉTICO
Campo magnético é a região em volta de um ímã ou de
um condutor percorrido por corrente. O campo magnético é
caracterizado em cada ponto pelo vetor indução

magnética B , tangente as linhas de indução, e detectado
por BÚSSOLAS.
2.1 – Propriedades dos Ímãs
a) Tem propriedades de atrair ferro, cobalto, níquel e
materiais ferromagnéticos. Limalhas de ferro aderem às
regiões extremas de um ímã, denominadas pólos, que só
existem aos pares.
Linhas de indução do campo magnético
São linhas imaginárias fechadas, tangentes ao vetor

campo magnético B e orientadas em seu sentido, que
saem do pólo Norte e entram no pólo Sul. Dão, portanto,

a direção e o sentido do vetor campo B em cada ponto.

b) Quando suspensos pelo centro de gravidade, orientamse, aproximadamente, na direção norte-sul geográfica
do lugar. A região do imã que se volta para o pólo norte
geográfico é denominada pólo norte (N) e a outra região,
pólo sul (S).
c) Exercem entre si forças de atração ou de repulsão,
conforme a posição em que são postos em presença. A
experiência mostra que: “pólos de mesmo nome se
repelem e de nomes contrários se atraem”. (Princípio
da Atração e da Repulsão).
Na região interna de um ímã em forma de U temos um
campo de indução magnética uniforme, ou seja, o

vetor B é constante em todos os pontos do mesmo.
3.1 - INDUÇÃO MAGNÉTICA
É o fenômeno da imantação de um corpo por
meio de um ímã. Um corpo não imantado quando é
colocado na presença de um ímã, o vetor indução
magnético do campo por ele criado orienta os ímãs
elementares ou os domínios magnéticos , imantando-o.
Este corpo passará a apresentar propriedades magnéticas
porque nele há uma predominância de ímãs elementares
sobre os demais.
Corpo não imantado
(domínios não orientados)
Corpo imantado
(domínios orientados)
3.2 - Ímãs permanentes e ímãs transitórios
d) É impossível separa os pólos de um ímã - Princípio da
inseparabilidade dos pólos de um ímã. Se secionarmos
ao meio um ímã em forma de barra, surgirão novos pólos
norte e sul em cada um de seus pedaços, constituindo
cada um deles um novo ímã. Prosseguindo a divisão,
pode-se chegar em escala atômica. Uma explicação desse
a) ÍMÃS PERMANENTES – são aqueles que, depois de
imantados, conservam suas propriedades magnéticas por
longo tempo mesmo na ausência de um campo magnético.
Exemplo: materiais de aço.
b) ÍMÃS TRANSITÓRIOS – são aquele que deixam de
funcionar como ímãs, quando não estão sob a ação de um
campo magnético; eles perdem a orientação de seus ímãs
elementares. Exemplo: materiais de ferro doce (aquele que
contém o mínimo de impurezas) e aço não- temperado.
NOTAS:
1ª) ÍMÃS ARTIFICIAIS, são mais fortes que os ímãs naturais;
são usados para movimentação de cargas pesadas.
2ª) Em geral, o simples contato de um corpo com um ímã
não é suficiente para magnetizá-lo; torna-se necessário,
então, atritá-los várias vezes e sempre no mesmo sentido,
abrangendo toda a superfície do corpo a ser imantado.
3ª) Como basicamente a magnetização da matéria ocorre
sempre que conseguimos orientar seus ímãs elementares,
outros métodos de imantação de menor importância podem
ser sugeridos, como, por exemplo, o martelamento de um
corpo de substância magnética que esteja alinhado com o
eixo magnético da Terra. Este martelamento pode também
ser substituído por um leve aquecimento do corpo com
idêntico resultado.
4ª) Inversamente, se desalinharmos os ímãs elementares de
um material magnético, ele perderá grande parte de sua
imantação. Assim, os materiais magnéticos não devem ser
aquecidos acima de determinada temperatura (denominada
ponto de Curie), sob pena de perderem suas propriedades
magnéticas. O ponto de Curie é diferente para cada
substância magnética: o ferro se desmagnetiza a 770 ºC, o
níquel a 358 ºC, a magnetita a 585 ºC e o cobalto a 1140 ºC.
3.3 - Campo Magnético da Terra
A Terra se comporta como um enorme dipolo magnético.
Tudo se passa como se no interior da Terra houvesse um
gigantesco ímã em forma de barra com uma pequena
inclinação em relação ao eixo de rotação da Terra. Este
magnetismo se deve em parte aos materiais magnéticos que
constituem o solo terrestre, e em parte às características da
ionosfera que, por ser eletrizada, ao acompanhar a rotação
da Terra, gera um campo magnético.
Os pólos magnéticos terrestres não são fixos; nos últimos
2000 anos o pólo sul magnético descreveu uma espécie de
“8” entre o pólo Norte Geográfico e o Canadá. Assim, por
exemplo, em 1894, numa medição feita em Londres, o
ângulo Φ mostrado na figura abaixo era de 17º; atualmente é
cerca de 11º.
Ferromagnéticas – são aqueles cujos ímãs elementares se
orientam facilmente quando submetidas à ação de um
campo magnético. Possuem poderes de imantação.
Exemplo: ferro, níquel, cobalto e algumas ligas metálicas.
Paramagnéticas – são aquelas cujos ímãs elementares não
se orientam facilmente sob a ação de um campo magnético.
Possuem fraco poder de imantação. Exemplo: madeira,
plástico, óleo, ar, oxigênio líquido e metais como alumínio,
cromo, manganês, paládio, platina, etc.
Diamagnéticas – são aquelas cujos ímãs elementares se
orientam em sentido contrário ao vetor indução magnética.
Não possuem propriedades magnéticas, não podem ser
imantadas e são repelidas por ímãs. Exemplos: ouro, prata,
chumbo, mercúrio, zinco, bismuto, antimônio, água etc.
3.5 - EXPERIÊNCIA DE OERSTED - Campo Magnético
criado por corrente
Até o começo do século XIX, não se conhecia uma relação
entre a Eletricidade e o Magnetismo. Através de
experiências, verificou-se que cargas elétricas fixas não
interagem de modo algum com os ímãs. Porém, com cargas
em movimento – corrente elétrica – ocorrem várias
interações elétricas.
Uma corrente elétrica (cargas em movimento) cria ao seu
redor um campo magnético. Conclusão obtida a partir das
experiências realizadas pelo físico dinamarquês Hans
Christian Oersted –1820. O maior mérito da descoberta de
Oersted foi a demonstração de que os fenômenos elétricos e
os magnéticos estão intimamente relacionados. Na figura
abaixo, tem-se um condutor percorrido por corrente gerando
um campo magnético em torno de si, que faz desviar
agulhas magnéticas colocadas na sua vizinhança.
3.6 - VETOR INDUÇÃO MAGNÉTICA
A fim de se caracterizar a ação de um imã, em
cada ponto do campo magnético associa-se um vetor,

denominado vetor indução magnética B , que atende às
seguintes características.
a)
b)
c)
3.4CLASSIFICAÇÃO
MAGNÉTICAS
DAS
SUBSTÂNCIAS
Quanto a facilidade de imantação as substâncias podem ser
classificadas em:
Sua direção é tangente à linha de indução que passa
pelo ponto considerado.
Seu sentido concorda com o sentido da linha de
indução, na convenção dada.
Seu módulo assume valor que, em geral, depende
da posição do ponto.
Unidade do vetor indução magnética
No SI, a unidade [B] = tesla(T)
Outra unidade [B] = gauss (G)
4
1 T = 10 G
CONVENÇÕES
μ0 = 4π. 10
No estudo do eletromagnetismo, usam-se as
seguintes convenções para as representações de vetores:
(Visão por trás) ⊗
⊗:
⊙ (visão pela frente)
-7
T.m/A
B: intensidade do campo em tesla (T),
i: corrente elétrica em ampère (A),
r: distância do ponto P ao condutor (m)


Direção: tangente à linha de indução;
Sentido: regra da mão direita nº 01
ENTRANDO - representa um fio, uma linha ou um

 
vetor ( Fm , B , v ) perpendicular ao da figura (ou do papel),
em posição de ENTRADA (afastando-se do observador).
⊙: SAÍNDO – representa um fio, uma linha ou um vetor
perpendicular ao plano da figura, em posição de SAÍDA
(aproximando-se do observador).
Campo magnético uniforme

É aquele cujo vetor indução B é constante, isto

é, em todos os pontos B tem mesma direção, mesmo
sentido e mesmo módulo. As linhas de indução de um
campo magnético uniforme são retas paralelas e
igualmente distribuídas.
Regra da mão direita nº 01:
Colocando-se o polegar da mão direita sobre o fio, no
sentido convencional da corrente elétrica, o sentido das
linhas de indução será o mesmo do movimento dos dedos
ao envolver o fio.
4.2- Campo magnético numa espira circular
(centro)
4- CAMPOS MAGNÉTICOS DE CORRENTES
ELÉTRICAS
4.1- Campo magnético de fio retilíneo longo.
Quando o fio é atravessado pela corrente elétrica
surge no espaço em torno dele um campo magnético
capaz de agir sobre uma agulha magnética. As linhas de
campo magnético criadas por um condutor retilíneo
percorrido por uma corrente i são círculos concêntricos e
perpendiculares a ele. A orientação dessas linhas é dada
pela “regra da mão direita”
As linhas de campo entram por um lado e saem
pelo outro. O lado onde entram as linhas associa-se o pólo
SUL e o que sai ao NORTE.
Características do vetor campo magnético no
centro da espira:
μ .i
B 0
Módulo:
(tesla, T)
2.R
Onde: μ 0 = permeabilidade magnético do meio interno
à espira
i = intensidade da corrente
R = raio da espira (anel circular)

Características do Vetor Campo Magnético B , em P

Módulo: B 
μ 0 .i
(Lei de Biot e Savart)
2π.R
Constata-se experimentalmente que o módulo do

vetor indução magnética B depende da intensidade da
corrente i no condutor, da distância R do ponto P ao
condutor, e do meio que envolve. O meio é caracterizado
magneticamente por uma grandeza física escalar
denominada permeabilidade magnética do meio ().
Para o vácuo essa grandeza tem valor:
 Direção: perpendicular ao plano da espira
 Sentido: regra da mão direita Nº 01
O sentido das linhas de indução pode ser determinado,
também, pela regra do parafuso ou, sendo mais
conveniente escrever uma letra N (Norte) ou S (Sul)
acompanhando o sentido da corrente.
Bobina Chata com n espiras:
B
μ 0 .N.i
(centro)
2.R
Quando uma carga elétrica q positiva, lançada em
um campo magnético uniforme de intensidade B, com

velocidade v , formando um ângulo θ com o vetor
indução magnética, fica submetida a uma força
magnética com as seguintes características:
Sendo:
N = número de espiras;
i = intensidade de corrente;
R = raio.
Módulo: Fm = q.v.B.senθ
q = módulo da carga lançada;
v = módulo da velocidade da carga

4.3 - Campo de um solenóide reto (centro)

θ = ângulo entre v e B
B = módulo do campo magnético.
Chama-se solenóide ou bobina longa a um fio
condutor enrolado em forma de espiras não justapostas.
São aparelhos de larga aplicação industrial, comportam-se
como ímãs quando percorridos por correntes.

O campo magnético produzido por um solenóide é
semelhante ao campo de um ímã em forma de barra. No

interior do solenóide, o vetor indução magnética B é
uniforme e tem as seguintes características:
 Módulo: B 
μ 0 .N.i
(tesla, T)
L
N = número de espiras no comprimento L
ℓ = comprimento em metro (m),
i = corrente em ampère (A)


Direção: Fm perpendicular a B e a v
Sentido: regra da esquerda direita nº2 (regra do tapa) ou
regra da mão esquerda, de Fleming.
Regra da mão esquerda, com q > 0:

* Polegar: indica o sentido de Fm

* Indicador: indica o campo magnético B

* Médio: indica a velocidade v

Se a carga elétrica q é negativa, o sentido da Fm é o
oposto àquele fornecido pela regra da mão esquerda.
 Direção: paralela ao eixo do solenóide.
 Sentido: do sul para o norte, determinada pela
regra da mão direita Nº 01,
Envolva o solenóide com a mão direita de modo
que a ponta dos dedos indique o sentido da corrente e o
5.2- CARGA “Q” LANÇADA NO INTERIOR DE UM
CAMPO MAGNÉTICO UNIFORME

polegar indique o sentido de B . Também podemos dispor
o polegar no sentido da corrente e os demais dedos, por
dentro do solenóide, indicando as linhas de indução
saindo ou entrando na extremidade considerada.
5- FORÇA MAGNÉTICA DE LORENTZ
Mostra a experiência que o campo magnético é
capaz de atuar sobre a carga em movimento, exercendo
nela uma força de campo denominada força magnética
de Lorentz, que desvia a carga de sua trajetória original.
A força magnética resulta da interação dos
campos da carga em movimento e do meio.
5.1. FORÇA SOBRE CARGAS MÓVEIS
Sabemos que quando uma carga elétrica (q) se
movimenta num campo magnético, ela pode ficar sujeita à
ação da força magnética de Lorentz.

Essa força Fm , quando existe, é sempre perpendicular ao


vetor indução magnética B e ao vetor velocidade V .
Concluímos, então, que a força magnética é uma

()


resultante centrípeta (pois Fm  V ) e, portanto, altera a

direção do vetor velocidade V , mas não altera seu
módulo. Decorre, portanto, que o movimento de uma
carga elétrica, sob a ação exclusiva de um campo
magnético, é uniforme. O movimento particular que uma
carga elétrica passa a executar quando penetra numa
região onde reina um campo magnético uniforme depende
do modo pelo qual ela penetra no campo.
Analisaremos, a seguir, três casos distintos.
Movimentos adquiridos pela carga: MRU, MCU e MHU.
1º Caso: Lançamento paralelo ao campo
(θ=0º ou θ=180º).
Uma carga elétrica lançada na direção das linhas
de indução de um campo magnético uniforme realiza um
movimento retilíneo e uniforme. Temos Fm = 0 ⇒ M.R.U
A análise desse movimento fica simples quando se

decompõe a velocidade v em duas componentes

perpendiculares, uma na direção de B e outra na direção
perpendicular a

B.

( )
Nota: Temos, também, Fm = 0 (força nula) se a carga for
abandonada em repouso no campo magnético.
a) A componente na direção de B v 1 permanece
constante e, ao longo dessa direção, a partícula
descreve MRU (1° caso).
2º Caso: Lançamento perpendicular ao
campo magnético
b) A componente perpendicular à B V2 , de acordo com
o 2° caso, determina que a partícula execute MCU.
 
( )
A superposição desses dois movimentos é um movimento
helicoidal e uniforme. A trajetória é uma hélice de eixo
paralelo às linhas de indução do campo.
5.3 – FORÇA SOBRE FIO CONDUTOR
Nessas condições, da Dinâmica, concluímos que
a carga elétrica realiza movimento circular uniforme.
Temos θ = 90º ⇒ Fm = Fcp = q.v.B ⇒ MCU
Considere um condutor metálico retilíneo, de
comprimento (), percorrido por corrente elétrica de
intensidade constante i, colocado num campo magnético

uniforme, formando com o vetor indução B um ângulo .
CÁLCULO DO RAIO DA CIRCUNFERÊNCIA

Como a força magnética ( Fm ) é uma resultante centrípeta

( Fcp ), resultante: Fm = Fcp ⇒ |q|.v.B =
R=
m.v
q.B
m.v 2
Portanto:
R
Raio da trajetória
CÁLCULO DO PERÍODO
Sendo o movimento uniforme, podemos
escrever: s = v.t. Numa volta completa tem-se:
s = 2 R e t = T. Logo: 2 . R = Vt ⇒ 2. m.v
|q|B
2π.m
T=
q.B

A força magnética Fm que surge no condutor é a
resultante de um conjunto de forças de Lorentz que atuam
sobre cada carga elétrica q constituinte da corrente
elétrica.
Seja n o número de cargas q que atravessa uma secção
do condutor em um intervalo de tempo t e estão contidas
no comprimento . Temos em cada carga q:
= v.T
Período do MCU
Fm = |q|. V .B sen 
A força magnética resultante será:
Fm = n . fm ⇒ Fm = n.|q|.
Observação
Nem o período e nem a freqüência do movimento
dependem da velocidade de lançamento.
m = massa (kg);
B = campo magnético (tela, T)
v = velocidade( m/s)
q =carga elétrica (coulomb, C)
3ºCaso:
Carga
elétrica
lançada
obliquamente às linhas de indução.
A partícula realiza Movimento Helicoidal Uniforme.
Temos: Fm = q.v.B.senθ ⇒ MHU
Mas

Δt
. B sen 
n|q|
 i Então: Fm = i  B sen  ou
Δt
Fm = B.i. sen 

Assim, a força magnética Fm
características:
* Módulo:
tem as seguintes
Fm = B.i. sen 
* Direção – é perpendicular ao condutor e ao vetor
indução.
* Sentido - o sentido da força magnética é obtido pela
regra da mão esquerda. O dedo indicador no sentido do
campo e o médio no sentido convencional da corrente
elétrica, o polegar dará o sentido da força que age sobre o
condutor.
uma grandeza chamada fluxo magnético e que mede o
número de linhas de indução que atravessam a
superfície da espira imersa num campo magnético. No
SI, a unidade usual de fluxo magnético (Φ, fi) é o weber
(Wb).
Consideremos uma espira de área A colocada

dentro de um campo magnético B de tal forma que a

normal n à superfície da espira faça ângulo θ com as
linhas de indução.
5.4 – FORÇA EM FIOS PARALELOS
Quando dois fios condutores são dispostos
paralelamente um ao outro, podemos perceber que entre
eles passa a ocorrer uma força que pode ser de atração ou
de repulsão entre os fios. Analisando as figuras abaixo
podemos mostrar o que ocorre quando um fio é colocado
próximo do outro.
Φ= B.A.cos θ
Φ= B.A
Φ= 0
Φ= - B.A

Define-se fluxo do vetor indução B , através da espira,
como sendo a grandeza escalar dada por:
 = B . A . cosθ
B: indução magnética, em tesla (T)
A: área da espira, em m²;
Φ: fluxo magnético, em weber(Wb),
Correntes no mesmo sentido
 atração
Correntes em sentidos contrários  repulsão
A figura acima representa as situações em que os fios são
percorridos por correntes de mesmo sentido, ocorrendo
forças atrativas entre eles, e quando são percorridos por
correntes de sentidos opostos, aparecendo forças
repulsivas. A intensidade da força magnética entre os fios
pode ser determinada pela expressão:
Fm  μ 0
Onde:
Da definição de fluxo magnético resulta:
Wb
2
1 Wb = 1 T . 1 m  T = 2
m
Temos variação de fluxo de indução
magnética (∆Φ) quando:
a) O campo(B) do ímã na espira varia.
i 1. .i 2
.L
2π.d
μ (mi) = permeabilidade magnética do meio
d = distância entre os fios
L = comprimento dos fios condutores
i1 e i2 = intensidade das correntes nos fios.
b) A área “A” da espira varia.
6. INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA
Descoberta por Michael Faraday, 1791 -1867,
cientista inglês, é o fenômeno do aparecimento de uma
f.e.m (e) ou de uma corrente elétrica induzida (i) quando
um condutor corta as linhas de um campo magnético.
Explica o funcionamento dos geradores.
Consta-se, experimentalmente, que, quando a
intensidade do fluxo magnético se altera com o decurso do
tempo, através de um circuito fechado, surge neste uma
femi média em (força eletromotriz induzida média).
c) O ângulo θ varia.
Variação do fluxo magnético (∆Φ) ⇒ produz f.e.m.
e corrente induzida
O ângulo θ está variando, o que faz variar o fluxo
∆Φ em circuito fechado (espira) ⇒produz “f.e.m.” e
“i”.
∆Φ em circuito aberto ⇒ produz f.e.m.
6.1- FLUXO MAGNÉTICO
Para a abordagem conveniente do fenômeno da
indução eletromagnética, Faraday sugeriu a introdução de
6.2. LEI DE LENZ
Heinrich F. E. Lenz (1804-1865), físico russo que
enunciou a lei que permite determinar o sentido das
correntes induzidas. Estudou, também, a dependência da
resistência elétrica com a temperatura.
LEI DE LENZ
”Os efeitos da corrente induzida sempre se opõem
às causas do seu aparecimento”.
e = fem induzida, na espira, em volts;
B = módulo do campo magnético, em teslas;
ℓ = comprimento do lado móvel, em metros;
v = velocidade constante do lado móvel (DC), em m/s.
7 .TRANSFORMADORES
Aproximando o ímã com um SUL, aparecerá
um SUL na espira. Aproximando com um
NORTE, aparecerá um NORTE.
Afastando o ímã com um NORTE,
aparecerá um SUL na espira
Uma aplicação importante do fenômeno da
indução
eletromagnética
está
nos
dispositivos
denominados transformadores elétricos.
Transformador de tensão é um dispositivo capaz
de elevar ou rebaixar uma ddp. É constituído,
basicamente, de um núcleo de substância facilmente
imantável (ferro puro) e duas bobinas (primário e
secundário).
Por exemplo, a aproximação de um ímã em
relação a uma espira causa a variação de fluxo magnético
através da espira, originando uma fem i e a
conseqüentemente uma corrente induzida. Esta corrente
irá, então, produzir um fluxo magnético induzido que se
oporá à variação do fluxo magnético indutor.
6.3 – LEI DE FARADAY- NEUMANN
A variação do fluxo de indução através da área de
uma espira induz nela uma F.E.M., provocando o
aparecimento de uma corrente elétrica (ou “ A f.e.m.
induzida num circuito é igual ao quociente da variação do
fluxo magnético pelo intervalo de tempo decorrido.
em  _
 - 1

volt(V)
_ 2
t
t 2 t1
O sinal negativo deve-se a lei de LENZ.
Naturalmente, quando se considerar um intervalo de tempo
tendendo a zero (Δt → 0), será obtida a femi instantânea
(e)
6.4 - Obtenção de uma f.e.m. induzida
constante
Imaginemos
um
condutor
retilíneo
de
comprimento L, atravessando uma região com velocidade
v, onde atua um campo magnético B, orientado para
dentro da folha conforme a figura abaixo. Como se trata de
um condutor metálico, ele possui elétrons livres, os quais
se deslocam com a mesma velocidade do condutor. Esses
elétrons ficam submetidos a uma força magnética que
provoca o acúmulo de cargas negativas em uma das
extremidades do condutor e falta de cargas negativas na
outra extremidade. À medida que as cargas elétricas vão
se separando no interior do condutor vai se estabelecendo
um campo elétrico, até que os elétrons ficam em equilíbrio,
quando as forças elétricas e magnéticas assumem o
mesmo módulo. Como resultada da separação surge entre
os extremos do condutor uma tensão e, chamada fem
induzida (femi).
A f.e.m. induzida entre os terminais de um
condutor que se desloca num campo e dada por:
U1 = tensão alternada gerada pela fonte (gerador) e
recebida pelo consumidor que deseja transforma-la.
U2 = tensão alternada obtida e que será utilizada pelo
consumidor.
A corrente alternada que alimenta o primário produz no
núcleo do transformador um fluxo magnético alternado.
Grande parte deste fluxo (há pequena perda) atravessa o
enrolamento secundário, induzindo aí a tensão alternada U2.
Chamando de N1 e N2 o número de espiras dos
enrolamentos primário e secundário e admitindo que não
há perdas, transformador ideal, as tensões de entrada e
de saída são proporcionais ao número de espiras de
cada uma das bobinas, ou seja:
N1 U1 i2
=
=
N2 U2 i1
Isto decorre porque, num transformador ideal, a
potência no primário é igual à potência no secundário
(P1 = P2).
8. CORRENTES DE FOUCAULT
Circulam em condutores maciços, uma vez que
nestes existem muitos percursos fechados e forças
eletromotrizes induzidas fazem circular, no interior dos
mesmos correntes induzidas, produzindo aquecimento.;
são nocivas, pois provocam gastos de energia na forma de
calor. Os núcleos dos transformadores são formados de
percas laminadas justapostas para evitar formação dessas
correntes. As correntes de Foucault são utilizadas na a
construção de fornos de indução, para fundir peças
metálicas, e nos velocímetros de carros.
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