PEC 55 - ADUFRGS

30/10/2016
Iagente Mail V3
Nº 185 ­ 30 de outubro de 2016 Diretor da ADUFRGS­Sindical fala sobre a PEC 241 (55)
para estudantes que ocupam o Instituto de Letras O vice­presidente da ADUFRGS­Sindical, Lúcio Olímpio de Carvalho Vieira, esteve na tarde deste
sábado (29/10) com estudantes do Instituto de Letras da UFRGS para falar sobre a PEC 241, agora
PEC 55, que congela os gastos públicos por 20 anos. Também participaram da mesa de debate a
professora da Faculdade de Ciências Econômicas da UFRGS, Gláucia Campregher, e o estudante de
graduação em Economia, Leonardo Ritta.
A unidade foi ocupada por alunos na noite do dia 26 de outubro, a exemplo de várias outras escolas,
institutos federais e universidades que estão sendo ocupados em protesto contra a PEC, a Reforma
do Ensino Médio (MP 746) e o projeto Escola sem Partido, medidas que afetam diretamente a
educação no País.
Gláucia explicou de forma didática o que é a dívida pública e qual a importância dela para a
economia de um país. Falou sobre juros, investimento e defendeu o aumento dos gastos públicos em
momentos de crise, como forma de suprir o encolhimento da iniciativa privada e alavancar a
economia. A economista ressaltou que a PEC, por focar exclusivamente nas despesas e não apontar
caminhos para aumento da receita, não vai resolver os problemas do Brasil.
Lúcio Vieira fez uma explanação detalhada sobre o que é a PEC 241 (55) e seus efeitos nocivos para
a educação e saúde. Segundo ele, a medida proposta pelo governo para arrumar a economia, se
viesse em forma de projeto de lei e valesse por um curto espaço de tempo até poderia surtir efeito.
Mas com o congelamento dos gastos por 20 anos (que só poderão ser corrigidos pela inflação) e o
aumento da população, haverá um colapso no serviço público, na medida em que este não poderá
ser ampliado para atender ao crescimento da demanda.
Assim como a economista, Vieira acredita que apenas cortar gastos, sem buscar novas fontes de
receita, não vai solucionar a crise. Ele defendeu a taxação das grandes fortunas e dos lucros
exorbitantes dos bancos como forma de aumentar a receita do País e, assim, evitar o congelamento
das despesas públicas.
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E diante da inevitável aprovação da PEC no Senado, o vice­presidente da ADUFRGS­Sindical disse
que é preciso continuar resistindo. Ele lembrou que o golpe de 64 só foi possível porque teve apoio
da maioria da população e, como agora, também a maioria foi convencida pelo governo e pela mídia
de que a PEC é necessária.
Palavras­Chaves: PEC 241. Instituto de Letras. Educação. Saúde.
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