UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL SANDRA ENEDINA MARTINS DE LIMA PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL DE CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS NA UBSF MARABÁ CAMPO GRANDE - MS 2011 1 SANDRA ENEDINA MARTINS DE LIMA PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL DE CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS NA UBSF MARABÁ Projeto de Intervenção apresentado à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, como requisito para conclusão do curso de Pós Graduação em nível de especialização em Atenção Básica em Saúde da Família. Orientador: Profa. Ms. Cibele Bonfim R. Zárate O Orientador (a): Fulano de Silva. CAMPO GRANDE– MS 2011 Prof. (titulação) 2 SUMÁRIO 1 RESUMO............................................................................................................ 03 2 INTRODUÇÃO.......................................................................................................,04 3 JUSTIFICATIVA......................................................................................................07 4 OBJETIVO..............................................................................................................10 4.1 OBJETIVO GERAL..............................................................................................10 4.2 OBJETIVO ESPECÍFICO....................................................................................10 5 METODOLOGIA.....................................................................................................11 6 RESULTADOS E DISCUSSÃO......................................................................13 7CONCLUSÕES..............................................................................................20 REFERÊNCIAS................................................................................................21 ANEXO 1...................................................................................................................22 ANEXO 2...................................................................................................................24 ANEXO 3...................................................................................................................25 3 RESUMO PROTOCOLO DE ATENÇÃO À SAÚDE BUCAL DE CRIANÇAS DE (0-36 MESES) Este estudo refere-se ao funcionamento do programa educativo-preventivo desenvolvido na área de abrangência da Unidade de Saúde da Família Jardim Marabá. Foi realizado um questionário com os pais ou responsáveis de 32 crianças de (0-36 meses) residentes na área. Os dados foram coletados durante o atendimento clínico das crianças. Os resultados revelaram que um dos fatores de risco do aumento da incidência de cárie é a amamentação noturna, sendo que 41% das crianças mamam durante à noite,34% mamam para dormir,25% dorme mamando mamadeiras açucaradas..Com relação ao consumo de açúcar constatou-se que 56% das crianças usa duas ou mais vezes ao dia,31% uma vez ao dia,13% não consome. Quanto à higienização da boca do bebê, 61% disseram que fazem, enquanto 38% responderam negativamente. Os pais que assistem às palestras na Unidade de Saúde são a maioria, sendo que 81% assistem às palestras e 19% não. . Quanto à prevalência de cárie 81% das crianças examinadas apresentaram presença de cárie e 19% não. O protocolo de atendimento ao bebê na UBSFJ. Marabá está de acordo com as orientações de Walter (1996) com algumas modificações e adaptações. PALAVRAS –CHAVE: Cárie,Prevenção, Saúde bucal. 4 1. INTRODUÇÃO A atenção odontológica em idades precoces é uma importante estratégia de redução de doenças bucais mais prevalentes. No Brasil o ministério da saúde tem denominado atenção primária como atenção básica, definindo-a como um conjunto de ações, individual ou coletivo, situadas no primeiro nível de atenção dos sistemas de saúde, voltadas para a promoção da saúde, a prevenção dos agravos, e o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde. (BRASIL/MS, 2006). Os fatores necessários para a ocorrência da carie são: hospedeiro susceptível, microbiota cariogênica e dieta (KEYS, 1962). A interação desses fatores por um determinado tempo pode propiciar o desenvolvimento da doença. Os conceitos tradicionais de causa têm sido modificados em modelos multifatoriais e substituídos por determinantes-fatores que influenciam o desenvolvimento da doença. Os múltiplos determinantes biológicos e socioeconômicos implicados no desenvolvimento da lesão de carie e a relação entre o biofilme dental. (TOLEDO, ORLANDO, 2005). A cárie é uma das doenças crônicas mais encontradas na população, independente da idade, sexo e raça, de origem multifatorial e infecto contagiosa. As alterações como cárie dentária, hábitos deletérios iniciam-se nos 1° anos de vida da pessoa, sendo importantes orientações preventivas e interceptivas para que esses problemas não ocorram. As lesões de cárie em dentição decídua são de evolução extremamente rápida. E quando ocorre a lesão de cárie precoce é um quadro de difícil solução, pois estamos diante de paciente imaturos, com possibilidade de diálogo praticamente nula (GUEDES-PINTO et al 2009). A cárie por amamentação pode atingir a criança no primeiro ano de vida, apresentando uma evolução rápida e dolorosa para a criança. De acordo com Guedes Pinto (2006) a mamadeira é um importante meio de ingestão de açúcar na primeira infância, já que as maiorias dos alimentos ingeridos através dela apresentam adição de açúcar, aliado ao inadequado controle do biofilme dental. 5 De acordo com Corrêa (2010) a cárie é uma doença infecto-contagiosa que para se desenvolver necessita de bactérias, ausência ou deficiência na higienização dos dentes e consumo de alimentos que contenham açúcar. As bactérias são transmitidas ao bebê pelas pessoas que têm mais contato com ela (pais, babá) de várias formas; beijando na boquinha do bebê, provando a comida com o mesmo talher, bebendo no mesmo copo, atitude estas que devem ser evitadas. Os primeiros sinais da cárie são manchas brancas e opacas que, caso o processo não seja interrompido, evoluem para uma cavitação-perda da estrutura do dente. A cárie de mamadeira pode afetar todos os dentes, mas acomete inicialmente os incisivos superiores. Mais tarde poderá atingir os molares, progredindo segundo a seqüência de erupção dos dentes (TOLEDO, ORLANDO, 2005). O principal fator envolvido na instalação da cárie de mamadeira é o aleitamento durante o sono (mamadeira noturna ou aleitamento materno) sem limpeza ou escovação dos dentes após a alimentação da criança. Outros fatores podem estar relacionados, como hábitos de adoçar a chupeta com mel para a criança acalmar e adormecer (CORRÊA, MARIA SALETE, 2010). Um fato que agrava a situação é que durante a noite ocorre uma diminuição da produção de saliva pelo organismo, a saliva protege os nossos dentes, desempenhando um papel importante no combate as bactérias e na limpeza da superfície dos dentes. Para evitar a instalação da cárie de mamadeira recomendamos aos pais que sempre façam a limpeza dos dentes da criança após a amamentação com uma gaze umedecida com água filtrada ou mineral. É importante evitar a utilização de açúcar na mamadeira da criança, adicionado em sucos, chás e leite: devemos restringir a utilização do açúcar na dieta da criança. (LOSSO, ESTELA, 2009). Nas crianças de até 3 anos com a presença da doença cárie, é necessário a adequação do meio bucal com cimento ionômero e controle dos fatores de risco.Um sinal de grande importância é a observação das manchas brancas. Elas podem estar ativas ou inativas. A mancha branca ativa é o primeiro sinal clínico da manifestação da doença cárie, que é possível de ser mineralizada. Se tiver ocorrendo a reversão do risco, o meio estará sendo equilibrado, ou seja, a remineralização.(CORRÊA, 2010). Conseguindo o equilíbrio da desmineralização e remineralização e o controle dos fatores que promovem a doença iniciará a manutenção da saúde. Os 6 períodos de revisões serão determinados em função do tipo de riscos/fatores de riscos apresentados e o tempo para reversão de riscos/fatores de riscos. Ocorrendo nesse período promoção da saúde. Estudos recentes realizados no Brasil afirmam que a prevalência de cárie na infância varia de 12 a 46%,sendo que a faixa etária que desenvolveu mais cárie foi de 1 a 3 anos de idade.O último levantamento epidemiológico nacional em saúde bucal encontrou uma prevalência de 26,85% na experiência da cárie em crianças de 18 e 36 meses, existindo um incremento com o avanço da idade.(SB Brasil 2010) A organização Mundial de Saúde fixa metas decenais para estimular países em desenvolvimento a adotarem medidas para melhorar seus indicadores em saúde bucal. A meta era para que 50% das crianças de cinco anos de idade estivessem livres de cárie, o que segundo o último levantamento nacional em saúde bucal, o SB Brasil - condição de saúde bucal na população brasileira, não foi alcançada. Para 2010, a Organização Mundial de saúde espera que 90% desses indivíduos estejam livres de cárie dentárias. Esse é um desafio que requer esforço conjunto dos profissionais da saúde (ESTELA, M. LOSSO, 2006). Na universidade Estadual de Londrina – PR, após 6 meses de estudos em crianças de 0 a 30 meses, verificaram que no primeiro ano de vida 23% já apresentavam cárie, com 2 anos 28% e, com 2 anos e 6 meses 62% já tinham lesões cariosas. Uma revolução na prática odontológica surgiu do discernimento entre lesão de cárie e doença cárie, esta última é caracterizada por processo dinâmico, e cujas variáveis podem ser controladas pelo cirurgião dentista. Sendo que nesse momento o atendimento primário deve ser inserido, atuando antes do aparecimento da doença, preservando e promovendo saúde. Segundo Walter et al (2006) a atenção precoce educativa e preventiva, são mais eficazes e apresentam melhor resultado nos 1° anos de vida. A atenção odontológica já deve estar presente no período da gestação, para que os pais possam criar um ambiente favorável à saúde bucal. Os cuidados preventivos, clínicos e educativos devem ser praticados pelo profissional como método do cumprimento da responsabilidade da saúde bucal do paciente bebê. Seguindo esses princípios necessita-se a colaboração dos pais para os resultados esperados. 7 2. JUSTIFICATIVA A organização deste protocolo fundamenta-se em uma necessidade do serviço odontológico ao bebê. É necessária uma normatização do atendimento clínico preventivo executado na rede do município de Campo Grande-MS, pois com essa padronização conseguiremos obter melhores resultados da prevenção e promoção da saúde bucal em crianças de 0-3 anos, além de formas de captação e direcionamento das agendas. Outra questão é a organização do fluxograma do atendimento ao bebê dentro da Unidade de Saúde da família, e as ações que estão acontecendo e em fase de implementação. Os pais (mães) são orientados através de visita domiciliar pela equipe de enfermagem e equipe odontológica quanto à amamentação natural, cuidado com o cordão umbilical e sobre a necessidade da higiene bucal com gaze embebida em água filtrada. O programa saúde da família é uma estratégia para organização da atenção básica, e têm como objetivo a implementação da vigilância à saúde, por meio de ações individuais e coletivas, voltada a promoção, prevenção e tratamento dos agravos a saúde. A meta mais importante da odontologia preventiva é reduzir o consumo de produtos doces ao mínimo possível incluindo os aspectos de avaliação e orientação dietética e de higiene bucal. A complexidade na etiologia da doença cárie e a resposta aos diversos fatores e ao desafio cariogênico pode ser modificada pelo aconselhamento aos pais ou responsáveis sobre os vários tópicos de prevenção, em geral, e em particular sobre alimentos considerados seguros para a saúde bucal e a disciplina alimentar, controle do consumo de açúcar e utilização do flúor de forma adequada. O reconhecimento do território e a identificação das famílias de risco, as condições sociocultural e a vulnerabilidade, possibilitam à compreensão da casualidade da doença cárie, e a proposição do atendimento multidisciplinar e multiprofissional da atenção a criança. A transmissibilidade da doença cárie, a contaminação precoce pode ocorrer entre a mãe e a criança tais como, beijos na 8 boca, uso comum de talheres e hábitos de limpar a chupeta colocando na boca do adulto. A proposta é baseada na promoção da saúde bucal da criança e a integralidade do cuidado com motivação e participação dos pais ou responsáveis e ao comparecimento nos retornos agendados, motivando-os em seu papel de sujeito responsável pela saúde bucal de seus filhos, à medida que introduzem o hábito de higienização da boca do bebê e evitam a instalação de hábitos bucais deletérios, bem como do restabelecimento e manutenção da própria saúde bucal. O projeto de atendimento odontológico as crianças de (0- 36 meses) na Equipe de Saúde da Família tem a finalidade de manter a saúde bucal do bebê com procedimentos educativo – preventivo, evitando assim intervenções mais invasivas, mais traumatizantes e desconfortáveis. A atenção odontológica precoce aos bebês na idade de 0 a 36 meses, é uma necessidade, uma vez que a prevenção da doença cárie e a manutenção da integridade dental são fundamentais de acordo com vários autores consultados. Além disso, para o tratamento preventivo o custo é extremamente baixo e o tempo é menor, possibilitando a cobertura de um maior número de crianças. As medidas preventivas incluem o aconselhamento e a orientação aos pais para questões de higiene bucal, aleitamento, qualidade da dieta, cronologia de erupção e também exame do bebê para diagnóstico. Somente através do compromisso dos profissionais na área da educação em saúde despertando a consciência dos pais como agente de saúde dos seus filhos, que estaremos contribuindo para melhorar a condição de vida da nossa população.Na área materno-infantil ajudar à gestante na relação consigo mesma e com o bebê, direcionar e orientar para uma assistência integral, preventiva e humana. As crianças na faixa etária de 0-3 anos de idade, encontram tratamento preventivo ou curativo na UBSF, mas isso ainda não ocorre em todo o sistema público de saúde, segundo dados do ministério da saúde. Esse trabalho preventivo foi implantado com a estratégia de saúde da família e está sendo ampliado gradativamente com o aumento das equipes de saúde. (BRASIL/MS, 2010). O trabalho de odontologia para bebê teve início na Universidade Estadual de Londrina – UEL (PR) em 1986 e no ano seguinte no município de Cambé (PR) foi o primeiro município a implantar esse tipo de atendimento na rede de saúde pública. 9 (WALTER et al, 2009). Na área adscrita da unidade Jardim Marabá observa-se através das consultas odontológicas crianças da faixa etária (0 – 36 meses) com cárie em idade precoce provavelmente pela falta de acompanhamento dos pais ou responsáveis no programa odontológico existente. É preciso implementar ações para motivar a participação da comunidade no sentido de melhorar essa situação e a condição de saúde bucal dessa população. Além disso, com a finalidade de melhorar o atendimento, é fundamental que a equipe de trabalho em saúde seja toda capacitada para que aumente a assiduidade nas consultas odontológicas de promoção de saúde. Numa visão completa estes pacientes têm atendimento multidisciplinar com a equipe de odontologia da unidade, onde o objetivo principal é a preservação da saúde; com orientações preventivas e educativas. Com a finalidade de nivelar o tipo de cuidado oferecido, esse trabalho se propõe a definir um protocolo de atenção à saúde bucal dessa clientela. 10 3 OBJETIVOS 3.1 OBJETIVO GERAL: Criar um protocolo de atenção à saúde bucal do bebê cadastrado na equipe 06 da UBSF J. Marabá, mediante as informações colhidas durante o projeto. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Conscientizar as gestantes a respeito da necessidade dos cuidados odontológicos, para que os pais possam criar hábitos saudáveis. Efetuar promoção de saúde, motivando os pais e/ou responsáveis para mudança da dieta e higienização bucal do bebê; à importância do aleitamento materno, e todas as informações necessárias para o sucesso do tratamento com palestras, filmes, etc. Observação dos hábitos alimentares e de higiene oral da família, através de um diário alimentar e de higiene oral. Promover atendimento clínico preventivo, nos bebês para controle dos riscos de cárie, na UBSF Marabá pela equipe odontológica Marcar o retorno da criança observando a mudança da higienização e controle da dieta. 11 4. METODOLOGIA Este projeto foi realizado na UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) Marabá no município de Campo Grande-MS, esta unidade está localizada na periferia norte da cidade e têm uma área adscrita composta pelos bairros: Vila Margarida, Paulo Sexto, Polonês, Monte Carlos, Vila Rica, Jardim Marabá. Conta com duas ESF e duas ESB na modalidade I(cirurgião dentista e auxiliar de consultório dentário). O estudo foi feito considerando uma dessas equipes, a de número seis. A área de adscrição desta equipe é de classe média baixa e têm como agravantes as drogas e a violência, que fazem parte do cotidiano da região. Etapas do projeto: a) Aplicação do questionário (em anexo 1) com os pais que procuram a unidade, com a finalidade de avaliar o perfil epidemiológico em saúde bucal dessa criança. Os critérios para inclusão da criança ao programa são que as crianças deveriam ter no máximo 6 meses de idade, porque é importante iniciar o trabalho antes que todos os dentes estejam erupcionados na cavidade bucal. b) Produção de cartazes informativos que foram afixados em locais estratégicos da unidade, como sala de vacina. Palestra para os pais e responsáveis sobre: - dieta alimentar do bebê e uso racional do açúcar; - orientação sobre higiene bucal e saúde; - cárie: doença infecta contagiosa e seu controle; - orientação sobre o programa de prevenção; - importância dos dentes; - hábitos inadequados – amamentação noturna, chupeta, etc; - importância do flúor. c) Atendimentos clínicos propriamente ditos, com o preenchimento de 12 fichas de anamnese, nos quais serão relatados os históricos odontológicos, hábitos de higiene, alimentares, nocivos e familiares e preenchimento do diário alimentar (questionário em anexo). Somente após esta orientação, motivação e conhecimento do paciente é que deverão iniciar o exame odontológico propriamente dito. d) Planejamentos do tratamento a ser realizado de acordo com a classificação com o risco à cárie (WALTER, 1996). e) Compilação dos dados encontrados e tabulação dos mesmos para a construção de gráficos ilustrativos. f) Implantação do atendimento de acordo com o protocolo (anexo 3) 13 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Segundo a planilha da SESAU (Secretaria municipal de saúde) foi pactuado o atendimento mensal dos bebês acompanhados pela equipe de odontologia da UBSF (Unidade Básica de saúde da família) e com isso diminuir a formação de lesão cariosa nas crianças de 0-36 meses. Os critérios para definição da agenda programada são de acordo com os indicadores de saúde bucal pactuado pelo ministério da saúde. De acordo com o SIAB (Sistema de Informação da atenção Básica) temos um total de 80 crianças de 0-36 meses na área adscrita. Fundamentada nessa realidade, foi aplicado um questionário com 32 pais de crianças nessa faixa etária que passaram pelo atendimento clinico preventivo na unidade. O período de entrevistas compreende de abril a setembro de 2011. A maioria das crianças acompanhadas é menor de um ano, pois realizamos visita domiciliar aos recém nascidos com consulta de enfermagem e odontológica, sendo encaminhadas para acompanhamento na unidade de saúde. Na figura 1 pode ser observada a distribuição das crianças examinadas por faixa etária. A idade dos bebês 38% menor de um ano 49% 1-2 anos maior 2 anos 13% Figura 1- O gráfico ilustrando a idade dos bebês 14 A vacinação é uma das intervenções mais custo-efetivas e seguras e constitui-se como componente obrigatório dos programas de saúde. Entretanto, sua efetividade depende de elevadas coberturas e à eqüidade do acesso às vacinas, pois só assim é possível conseguir a proteção do indivíduo e da população (CHEN, 1996; DELAMONICA et al, 2005). Na figura 2 estão representados os dados referentes à cobertura vacinal das crianças participantes do estudo. carteira de vacina em dia 19% sim não 81% Figura 2. Gráfico ilustrando a cobertura vacinal A importância do aleitamento materno foi consagrada no século XX, sendo reconhecida como a causadora da diminuição da mortalidade infantil. Entretanto, os baixos índices de aleitamento materno no Brasil e no mundo mostram que há muito ainda que se caminhar nessa prática. O aleitamento materno precisa ser aprendido e é função da equipe de saúde auxiliar nesse contexto, possibilitando à população conhecer os benefícios do leite materno e de como amamentar. Buscou-se nesta pesquisa identificar a porcentagem de crianças que recebem o aleitamento natural em nossa área de abrangência. Os resultados obtidos encontram-se ilustrados na figura 03. 15 Formas de Amamentação 25% 31% MAMADEIRA PEITO PEITO E MAMADEIRA 44% Figura 3 - Gráfico ilustrando a porcentagem de formas de amamentação. No Brasil, 97% das crianças iniciam a amamentação nas primeiras horas de vida, porém, permanecem sendo amamentados por um curto período. Em 1999, em pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde (MS) nas capitais e Distrito Federal encontrou a mediana de Aleitamento Materno Exclusivo (AME) de 23 dias no Brasil.9 dias. Em relação ao Aleitamento Materno sem exclusividade, no Brasil a mediana foi de 9 meses e 9 dias. A prevalência do uso de mamadeiras na faixa etária de 0 a 12 meses é de 62% (BRASIL, 1999 apud Silveira, p. 16, 2009). Na figura 4 estão demonstrados os dados com relação aos hábitos de amamentação noturna das crianças da nossa área de abrangência. Além disso, vale ressaltar que é um dos fatores de alto risco do aumento da incidência da cárie, devido à diminuição do fluxo salivar durante a noite, não ocorrendo à limpeza natural. 16 Amamentação noturna 34% 41% MAMA PARA DORMIR DORME MAMANDO MAMA DURANTE A NOITE 25% Figura 4- Gráfico ilustrando a percentagem de amamentação noturna. Considerando que essas crianças estão começando a aprender a se alimentar, o padrão de consumo de açúcar nessa etapa da vida pode ser decisivo para a formação de seu hábito alimentar. Nesse sentido a educação em saúde bucal, como qualquer outra atividade educativa, deve ser introduzida o mais precocemente possível pelos pais e incentivados pela ESF. Na figura 5 observa-se a freqüência do consumo de açúcar dessas crianças, segundo relato dos pais. Frequencia diária de consumo de açúcar 31% NÂO CONSOME AÇÚCAR UMA VEZ AO DIA 56% 13% DUAS OU MAIS VEZES AO DIA Figura 5- Gráfico ilustrando o consumo de açúcar no dia. A maioria das mães realiza a higiene bucal dos seus filhos, pois são orientadas desde que saem da maternidade e sendo acompanhadas pela equipe de enfermagem e equipe odontológica na unidade de saúde da família, nas visitas domiciliar aos recém nascidos. Entretanto, esses percentuais precisam melhorar. A figura 6 ilustra essa 17 distribuição. Higienização da boca do bebê 38% SIM NÃO 62% Figura 6- Gráfico ilustrando a percentagem da higienização bucal dos bebês pelos pais. Os métodos de higienização da boca do bebê são diversos, depende da presença dos dentes, quando a criança tem somente incisivos, recomenda-se a higiene com gaze ou fralda embebida em água filtrada, mas quando apresenta molares inicia-se a utilização da escova dental. A figura 7 mostra os métodos utilizados pelos pais para higienizar a boca desses bebês. para higienizar a boca do bebê você utiliza 13% gaze ou fralda 25% 62% escova Figura 7- O gráfico ilustrando a percentagem das formas de higienização da boca do bebê A remoção regular da placa dental pelo responsável ou pelo profissional é indispensável no tratamento e na manutenção da higiene dos dentes.O controle da placa 18 dentária pode ser por meios mecânicos e químicos. Segundo Corrêa (2010) existe a incapacidade da criança para realizar a remoção da placa adequadamente nesta faixa etária 0-24-36 meses. Na figura 8 está demonstrada a porcentagem de crianças com placa visível. Quanto a presença da placa dental com placa visível 20 38% 62% sem placa visível Figura 8- O gráfico mostra o percentual de placa dental nas crianças examinadas Como o termo risco de cárie indica a probabilidade de a criança desenvolver a doença cárie, desta forma, todos os fatores envolvidos na sua etiologia podem interferir na sua determinação. Foi estimado o risco de desenvolvimento à cárie segundo Walter (1996). A figura 9 ilustra o risco encontrado nessas crianças. Quanto ao risco de cárie 19% 38% alto médio baixo 43% Figura 9- O gráfico mostra o percentual quanto ao risco de cárie Alguns trabalhos relatam que os pais, muitas vezes, desconhecem a possibilidade de levarem seus filhos aos serviços odontológicos para prevenção, ou mesmo não percebem a 19 importância desta. Um acompanhamento odontológico freqüente das crianças, bem como motivação dos pais para o "autocuidado" pode ser conseguido através da informação divulgada nas palestras na unidade de saúde. A participação dos pais ou responsáveis nas reuniões da Unidade de Saúde reflete o comprometimento com a saúde dos seus filhos. A figura 10 ilustra essa participação. Os pais ou responsáveis assistem palestra na UBSF Jardim Marabá 19% sim não 81% Figura 10- O gráfico ilustrando a percentagem de adesão dos pais nas reuniões mensal Na primeira infância, todas as superfícies tornam-se de risco, a medida que hábitos inadequados se fazem presentes. O uso rotineiro da mamadeira impede os efeitos positivos da mastigação, além disso, a situação se agrava, quando aos líquidos oferecidos se acrescenta açúcar e a higiene bucal é deficiente. No presente estudo, as lesões de cárie (lesão visível clinicamente) foram avaliadas e os resultados encontrados estão na figura 11. Quantos dentes com lesão de cárie 19% não tem cárie 81% com presença de cárie Figura 11-O gráfico ilustrando o percentual de dentes com lesão de cárie. 20 6 CONCLUSÕES Este trabalho teve como objetivo criar um protocolo de atenção à saúde bucal de crianças de 0-36 meses e caracterizar as condições de saúde bucal e hábitos de dieta, higiene bucal e amamentação entre outros aspectos analisados. A odontologia para crianças desta faixa etária nos serviços de saúde pública, especialmente nas UBSF (Unidade Básica de Saúde da família) tem como objetivo a vigilância à saúde por meio de ações educativo-preventiva, ações individuais e coletivas voltadas à promoção, prevenção e tratamento dos agravos em idade precoce. Verificou-se a necessidade de um protocolo para atendimento educativopreventivo e clínico mostrando bons resultados. Todavia para que possa consolidar como modelo assistencial, é fundamental que tanto a população, como os próprios profissionais apostem na sua essência educativo-preventiva e acreditem que é a atenção precoce a principal arma para o desenvolvimento das gerações mais saudáveis. Os resultados revelaram que um dos fatores de risco do aumento da incidência de cárie é a amamentação noturna, sendo que 41% das crianças mamam durante á noite, 34% mamam para dormir, 25% dorme mamando mamadeiras açucaradas. Com relação ao consumo de açúcar contatou-se que 56%das crianças usam duas ou mais vezes ao dia, 31% uma vez ao dia13% não consome. Quanto à higienização da boca do bebê, 61% fazem higiene, enquanto 38% responderam negativamente. Os pais que assistem à palestra na Unidade de Saúde são a maioria, sendo que 80% assistem às palestras e19%não. Quanto à prevalência 81% das crianças examinadas apresentam cárie. Os resultados indicam que o acompanhamento odontológico das crianças de 036 meses, é uma solução viável, de baixo custo e que pode ser amplamente resolutiva, diante da possibilidade da intervenção precoce. Porém o elemento principal a ser obtido com esse controle é a adesão da família a hábitos saudáveis, e isto somente ocorrerá com comprometimento profissional e motivação dos pais ou responsáveis. 21 REFERÊNCIAS BRASIL, 2004. MINISTÉRIO DA Saúde-Divisão nacional de Saúde Bucal. Levantamento Epidemiológico em Saúde Bucal. Projeto SB Brasil2003. Condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003. Resultados principais. Brasília, 2004. CORRÊA, MARIA SALETE, N.P. Odontopediatria :Na primeira Infância.3.ed.São Paulo, p. 241- 243, 2009. GUEDES-PINTO, A.C.; Odontopediatria.7.ed.São Paulo. Ed.Santos,2006. GUEDES-PINTO, A.C. BONECKER, M. DELGADO-RODRIGUES, Fundamentos de Odontologia. Ed. Santos. 2009. C.R.M. KRIGER, L. Promoção de Saúde Bucal. 3. ed. São Paulo. Artes Médicas, 2003. 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( ) sim ( ) não 10-Quanto à presença de carie 23 ( )ausente ( )mancha branca ( )caries simples e complexas 11-Os pais ou responsáveis assistem palestra na UBSF marabá ( )sim ( )não 12-Quantos dentes com lesão de carie ( )não tem carie ( )com presença de carie 24 ANEXO 2 SUA FICHA CLÍNICA ODONTOLÓGICA 25 ANEXO 3 PROTOCOLO DE ATENDIMENTO: A primeira etapa abordada é a prevenção. Dentro da prevenção, em 1° lugar preservar o estado de saúde, ou seja, manter a criança sem a doença cárie, sem riscos presentes e sem lesões cariosas; segundo, combater a doença monitorando os riscos presentes evitando a instalação da doença cárie e, em terceiro, limitar o dano causado pela doença cárie, controlar os fatores de risco; visando interromper o progresso das lesões carioso. REUNIÃO COM OS PAIS: Realizadas mensalmente com objetivo de orientação e esclarecer sobre diversos temas através de palestras sobre saúde bucal no contexto da saúde geral, cárie como doença e possibilidade de prevenção, funcionamento da clínica. Ao final das reuniões as mães assistirão uma demonstração de como realizar a higiene bucal e utilizar o flúor, e agendada a primeira consulta. PRIMEIRA CONSULTA Anamnese Exame clinica geral, avaliando a saude do bebê como um todo. Quando necessário encaminhar as outras áreas de saúde. Avaliação do risco de cárie indica a probabilidade do indivíduo desenvolver a doença, através do exame clinico e observação dos fatores ambientais. Dieta: amamentação noturna e controle do consumo de alimentos cariogênicos. Higiene: placa bacteriana visível, qualidade da higiene. Flúor: fontes de flúor Higiene bucal das mães ou responsável AVALIAÇÃO DO RISCO DE CÁRIE 26 RISCO DETERMINADO-Tratamento com quatro consultas mensal, sendo o controle para reversão do risco semanal e aumento da resistência do dente. Na clínica: Identificação e reversão do risco de cárie - nas quatro consultas orientação as mães sobre o controle dos fatores de risco. Aumento da resistência do dente- higiene com solução de água oxigenada diluída (uma parte de H2O2 + três partes de água filtrada ou fervida) e gaze; aplicação de NaF 0. 2% sobre a superfície dentária Em casa: Higiene, controle da dieta. Retornos: solicitamos que a mãe faça a higiene e verificar se os fatores de risco estão sendo eliminado ou reduzido, o controle será bimestral. RISCO INDETERMINADO- O tratamento consiste em quatro consultas semanais, com objetivo de manutenção da saúde bucal. Na clínica: Higiene com água oxigenada diluída (uma parte de H2O2 +três partes de água) e aplicação de fluoreto de sódio 0.2% (4 gotas em cada ponta). Em casa: A mãe deve manter a higiene e o controle da dieta e aplicação tópica de flúor 0.02% diário, à noite antes de dormir. BEBÊS SEM CARIE Atua em pacientes sem a doença, livres das lesões cariosas e sem riscos presentes. Será considerado sem cárie, o bebê que ao exame clínico não apresentar sinais de lesão de macha branca ativa e/ou lesão de cárie cavilada. (CORRÊA, MARIA SALETE, 2010). NA CLÍNICA: Entrevista com as mães para anotação de dados cadastrais; 27 Profilaxia com creme dental sem flúor; Aplicação de flúor 0, 2% pelo profissional; Exame clínico e registro dos dados; Orientação individual à mãe ou responsável pelo bebê; Agendar retorno bimestral, no qual serão feitas reuniões com as mães. EM CASA: A mãe deve higienizar com água filtrada ou fervida e o controle da dieta. Aplicação de flúor 0.02% diariamente por um minuto em cada arco dentário. BEBES COM ATIVIDADE-LESÃO DE CÁRIE Aquele que ao exame clínico apresentar sinais de lesão de mancha branca ativa e/ou lesão de cárie cavilada. Esse atendimento visa interromper o processo da doença, devemos considerar os fatores de risco, denomina-se risco (baixo, médio e/ou alto) em função dos riscos presentes. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS: BAIXO RISCO Higienização presente; Consumo e freqüência baixos de açúcar; Sem placa visível; Sem mancha branca ativa (MBA) e/ou mancha branca inativa (MBI); Não faz amamentação noturna. MÉDIO RISCO Higienização presente; Consumo e freqüência médios ou altos de açúcar; Com ou sem placa visível; Com MBA e/ou MBI; Não faz amamentação noturna. ALTO RISCO Higienização ausente; 28 Consumo e freqüência médios e altos de açúcar; Placa visível; Presença de MBA e/ou MBI; Presença de amamentação noturna. PROTOCOLO DE ATENDIMENTO DE BEBÊS COM CÁRIE Entrevista com a mãe para anotação dos dados cadastrais e anamnese Exame clínico e registro dos dados referentes a ele no formulário Profilaxia com creme dental sem flúor com taxa de borracha; Aplicação de flúor a 0. 2’% pelo profissional. Limpeza das lesões / adequação do meio bucal nas lesões caviladas; Orientação individual à mãe ou responsável pelo bebê; Executar plano de tratamento e agendar retornos; O esquema do retorno está baseado na avaliação da placa visível ao exame clínico: Placa visível e espessa: 7 dias (semanal) Placa visível e não espessa: 15 dias (quinzenal) Placa não visível: 60 dias (bimestral) Nestes retornos o protocolo a ser seguido: Profilaxia profissional; Aplicação de flúor 0, 2% onde houver mancha branca ativa e em bebês com placa. A cada mês reuniões com as mães ou responsáveis pelo bebê. Dentro dos procedimentos de limpeza da cavidade bucal, realiza-se adequação do meio bucal, introdução do flúor visando reduzir os microorganismos cario gênicos. Basicamente as condutas para controle dos riscos/fatores de riscos são simples, procedimento clínico e caseiro. Os procedimentos clínicos são higienização com gaze e água oxigenada 1:3 escovação ou profilaxia com o auxílio micro motor, ratificados com a higienização caseira promove diminuição espessura da placa justificam a redução da cárie, não pelo controle dos estreptococos mutans, mas a limpeza profissional mecânica favorece remineralização das lesões incipientes. Atualmente sabemos que o flúor participa dos processos de 29 desmineralização e remineralização, é importante que esteja presente na cavidade bucal. Com relação à dieta alimentar será feita orientação sobre a utilização da sacarose. A cárie é presentemente reconhecida como doença infecto contagiosa e demonstraram em humanos que as mães são fontes de transmissão do microorganismo cariogênico para seus filhos. O caráter infecto contagioso da cárie teve suas experimentações com KEYES (1960) em hamsters. Nos primeiros seis meses, o leite materno é o tipo de alimentação ideal e mais apropriada para o bebê. E é nesse sentido que as mães serão orientadas,quanto à época do desmame, orienta-se para que, a partir dos seis meses, seja introduzida alimentação complementar de forma que aos 12 meses de idade, o leite do peito já tenha sido retirado. A população prevista para o projeto é de classe média baixa, muitas vezes o leite materno é o único alimento. Nesses casos a amamentação no peito poderá ser prolongada, tendo necessidade da limpeza dos dentes após as mamadas e o uso do flúor caseiro. A desnutrição em crianças menores de 5 anos afeta o crescimento e desenvolvimento físico e mental das crianças, dependendo da intensidade pode ser irreversíveis e está relacionada a incidência de cárie.O leite materno é o alimento ideal para crianças até os 6 meses de idade, já que nele se encontram os nutrientes essenciais em quantidades e proporções adequadas. Após este período, é complementado com outros nutrientes. A amamentação materna é muito importante para manutenção da boa saúde do bebê. 30