I Simpósio de Geografia Física do Nordeste 28 de abril

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Universidade Regional do Cariri - URCA
VOLUME 2 | Nº 1 - MAIO/2007
ISSN 1980-5861
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I Simpósio de Geografia Física do Nordeste
28 de abril - 01 de maio de 2007
Universidade Regional do Cariri
Suplemento Especial
Simone Cardoso Ribeiro, Alexsandra Bezerra de Souza,
Theóphilo Michel A. C. Beserra
Universidade Regional do Cariri, Laboratório de Analise Geoambiental / Departamento
de Geociência - Crato, CE, Brasil
Universidade Regional do Cariri - Lab. Análise Geoambienta/ Depto. de Geociências
Rua Cel Antonio Luiz, 1161 Pimenta - Crato/Ce - CEP: 63100-000 –Tel (88) 3201.1204 - Ramal 2786
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CADERNOS DE CULTURA E CIÊNCIA
Vol. 2- Nº 2 maio 2007
Análise biofísica do município costeiro de
Barra dos Coqueiros/SE
SANTOS, M.A.
COSTA, J.J.
MELO SANTOS, N. C.
Departamento de Geografia, Universidade Federal de Sergipe
Departamento de Geografia, Universidade Federal de Sergipe
Pesquisadora do Grupo de Pesquisa em Geoecologia e Planejamento Territorial
Departamento de Geografia, Universidade Federal de Sergipe
Pesquisador do Grupo de Pesquisa em Geoecologia e Planejamento Territorial
[email protected]
[email protected]
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Introdução
Também conhecido como Ilha de Santa Luzia, o município de Barra dos Coqueiros integra a Macrorregião Homogênea
do leste sergipano e a Microrregião de Aracaju na parte oriental do Estado de Sergipe, segundo o IBGE, possuindo
altitude média de 2m acima do nível do mar. Sua sede está localizada a sudoeste do município e dista da capital 1 km em
linha reta pelo rio Sergipe, via balsa ou barcos e pela BR 101 por estradas asfaltadas, 80 km.
A zona costeira é composta pela interface continental, planície costeira e interface marinha, e caracteriza-se pela sua
localização numa área de interface entre as três principais províncias da geosfera que são os oceanos, continentes e
atmosfera. Em função desse caráter interfásico recebe diferentes fluxos de matéria e energia que vão influenciar
diretamente na origem, evolução e configuração atual dos ambientes costeiros.
No Brasil, as planícies costeiras distribuem-se ao longo da costa que se estende por uma faixa de 9.200 km. Por
constituírem-se em ambientes de formação geológica recente e de grande vulnerabilidade natural, apresentam
ecossistemas, em geral, fisicamente inconsolidados e ecologicamente complexos o que lhes confere características de
vulnerabilidade e fragilidade.
O objetivo geral é fazer uma analisar biofísica do município de Barra dos Coqueiros/SE, através da caracterização dos
aspectos ambientais e sociais, do mapeamento e análise da utilização da terra, identificação das políticas públicas que
ocorrem no meio físico em estudo e as repercussões na sua organização; avaliação dos impactos ambientais e
identificação da dinâmica espacial.
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O fator umidade predispõe as ações erosivas. Nos últimos cinco anos, aproximadamente, cinqüenta ruas foram afetadas
com deslizamentos no Bairro da Tabatinga, o mais atingido pelos movimentos de massa, e, conseqüentemente,
justificada pela intensidade dos processos erosivos e complexidade dos fatores atuantes na região em pauta.
Sobretudo, no trecho delimitado para monitoramento, que compreende as coordenadas entre 07º 59' 00'' e 07º 59'
00''Lat. S., e 34º 58' 00'' e 34º 59' 00'' Long. W. (Figura 01), uma área, intensamente alterada, caracterizada por uma
vertente de, aproximadamente, 10 metros, que comporta oito casas na parte com menor declive, em decorrência do
processo de aterramento por parte dos próprios moradores, acompanhada de várias outras casas na continuidade da
vertente.
Tal estudo torna-se extremamente relevante, uma vez que a área não é contemplada por nenhuma Instituição de
excelência em Pesquisa e apresenta uma densidade demográfica à mercê de acontecimentos naturais que repercutiriam
tragédias irreversíveis, sem um monitoramento eficaz com os constantes desabamentos. Tal monitoramento permite
conhecer o ambiente de modo a identificar sua dinâmica, no sentido de apontar, as alternativas de maior viabilidade
para recuperação da área em médio e longo prazo.
Justificando o objetivo central reportar-se à análise em plano evolutivo, a geomorfologia ambiental das formas que,
como objeto dinâmico, reflita ambientes indutores à ocorrência de movimentos de massa, avaliando os fatores
responsáveis, direta e indiretamente pela resistência do solo à erosão, proposta de ação integrada, que oportunize a
caracterização geomorfológica ambiental do sistema de deslizamentos nas áreas de colinas dos Glacis do Grupo
Barreiras no Bairro de Tabatinga.
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Área de estudo
Com uma área total é de 87,60 km2 o município está situado entre os paralelos de 10044´23´´ a 10056´52´´ de
Latitude Sul e os Meridianos de 36051´15´´ a 37002´26´´ de Longitude Oeste de Greenwich. O centro geodésico da
sede do município está entre 10054´23´´ de Latitude Sul e 37002´02´´ de Longitude Oeste de Greenwich.
Limita-se ao norte com o município de Pirambu, separado pelo rio Japaratuba; ao sul, leste e sudeste pelo Oceano
Atlântico; ao sudoeste com o município de Aracaju, separado pelo rio Sergipe e a oeste e noroeste com o município de
Santo Amaro das Brotas, separado pelo canal de Pomonga.
Localiza-se, portanto entre rios, mangues e o Oceano Atlântico, sendo um misto de ilha e continente e nele situa-se o
principal porto marítimo de Sergipe, Terminal Portuário Inácio Barbosa, com instalações em offshore.
Abrangendo uma extensão de 45 km na unidade tectono-estratigráfica Bacia Sedimentar Sergipe/Alagoas, a área é
drenada pelos sistemas hidrográficos dos rios Sergipe e Japaratuba e, secundariamente, pelo canal Pomonga que
desempenhou papel relevante na sedimentação quaternária.
Localização da Área de Estudo.
Fonte: Atlas Digital sobre Recursos Hídricos de Sergipe – SEPLANTEC/SRH, 2003.
Elaboração: Carlos Eduardo Santos de Moraes
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Materiais e métodos
Os estudos foram conduzidos para a caracterização geoambiental dos segmentos físicos, sendo realizados
levantamentos bibliográficos, documentais e cartográficos.
Os estudos geológicos forneceram dados para o conhecimento da compartimentação estrutural que deu origem ao
relevo, às formações superficiais e aos solos. Foram calcados em cartas geológicas da bacia sedimentar Sergipe/Alagoas
em escala 1:50.000 (1975) e no mapa geológico do estado de Sergipe, na escala 1:250.000 (1998), ambos publicados pelo
Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM).
Os estudos geomorfológicos foram conduzidos para a identificação e análise da unidade geomorfológica planície
costeira e processos morfogenéticos, sendo utilizados para tal, o uso de técnicas de sensoriamento remoto, utilizando
fotografias aéreas nas escalas de 1:25.000 (SEPLAN/UNITUR, 2003 e FAB, 1987).
Nos estudos climáticos foram utilizados os dados do posto pluviométrico de Aracaju. Foram realizadas quatro saídas de
campo na área de estudo, nos meses de janeiro e fevereiro de 2006 (verão). Os trabalhos de campo foram realizados com
o auxílio de um receptor GPS (GlobalPosition System) e contou com o registro fotográfico da área.
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Resultados e discussões
Aspectos geológicos
O estudo geológico permite a reconstrução histórica da evolução da paisagem e seu comportamento atual. Busca
apresentar os elementos fundamentais que servirão de embasamento aos estudos geomorfológicos e pedológicos
subseqüentes.
As unidades litoestratigraficas expostas na área envolvem os sedimentos quaternários. Os sedimentos quaternários da
região costeira testemunham a história geológica recente da área, onde está evidenciado o último grande episódio transregressivo, denominado por Bittencourt et al (1982) Última Transgressões, que ocorreu no Holoceno.
A estrutura geológica compõe-se de sedimentos costeiros aluviais e de Praia, que são formações recentes (holocênica)
onde se destacam os depósitos fluviais de texturas argilosas e siltosas com deposições orgânicas e de conchas. As formas
de relevo são fortemente influenciadas pela ação marinha, associada a outros fatores como a natureza das rochas e a ação
climática.
Depósitos fluviolagunares
Ocupam a rede de drenagem instalada sobre os terraços marinhos pleistocênicos e holocênicos e a parte inferior dos
vales entalhados na formação Barreiras. Litologicamente são constituídos por areias e siltes argilosos, ricos em matéria
orgânica e, localmente, com conchas e pedaços de madeira.
Depósitos eólicos continentais
Os depósitos eólicos continentais da região costeira do município de Barra dos Coqueiros foram individualizados em
duas gerações de dunas.
A primeira geração é constituída pelas dunas mais internas, mais antigas, do tipo parabólicas, já fixadas pela vegetação.
É composta por sedimentos arenosos bem selecionados e com grãos angulosos. São encontradas no topo dos tabuleiros
esculpidos sobre rochas da formação Barreiras e foram geradas por ventos vindos de leste, que trouxeram sedimentos
inconsolidados da planície costeira oriundos do retrabalhamento. A segunda geração de dunas são as parabólicas e
estão semi-fixadas pela vegetação. As suas areias são bem selecionadas e os grãos subarredondados.
Depósitos marinhos holocênicos
São depósitos litologicamente constituídos de areias litorâneas, bem selecionadas. No município de Barra dos
Coqueiros ocupa toda a planície costeira, estão separados dos depósitos marinhos pleistocênicos por uma zona baixa
pantanosa onde se localiza o canal do Pomonga e rio homônimo.
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Depósitos de pântanos e mangues
Ocupam os estuários dos rios Sergipe e Japaratuba e algumas regiões baixas entre os depósitos marinhos pleistocênicos e
holocênicos. Essas áreas estão sob a influência das marés, com desenvolvimento de manguezais. São depósitos atuais
constituídos, predominantemente, de sedimentos argilo-siltosos, ricos em material orgânico.
Depósitos aluvionares e coluvionares
Esses depósitos apresentam expressão cartográfica apenas nas desembocaduras dos principais afluentes e margens dos
rios Japaratuba e Sergipe, que cortam as formações da Bacia Sedimentar de Sergipe. São constituídos por sedimentos
arenosos e argilo-arenosos que foram depositados na planície de inundação e a presença de matéria orgânica varia
localmente.
Depósitos eólicos litorâneos
Subdividem-se em dois conjuntos, um mais antigo e outro mais recente e estão sobre os terraços marinhos holocênicos.
São constituídos de sedimentos arenosos, bem selecionados, com grãos arredondados. As dunas parabólicas estão
fixadas pela vegetação e ocorrem na parte mais interna dos terraços marinhos holocênicos.
Condicionantes geomorfológicos
Através da análise dos mapas e cartas e ainda com o apoio de trabalhos de campo, observa-se que o modulado do
município da Barra dos Coqueiros é composto por planícies marinhas e flúvio-marinhas com topografia plana e suave
ondulada e se estende ao longo da área, através das configurações da praia, dunas, cordões arenosos, várzeas e mangues
que datam do período Quaternário. Esta área foi originada da coalescência dos cordões litorâneos, restingas com
predominância das areias quartzosas de granulações finas e homogêneas, acusando uma ação morfogenética intensa
dos agentes flúvio-marinhos e eólicos. Ocorrem ainda formas erosivas representadas pelos terraços marinhos e flúviomarinhos, observados principalmente na parte norte do município. Suas praias são faixas de areia de origem marinha
de cor esbranquiçada, de textura média e fina que acompanha toda a orla marítima.
Aspectos pedológicos
Os solos são resultantes da interação de fatores como o clima, vegetação e hidrografia que refletem nas rochas as
condições ambientais de uma região. No município em questão a planície costeira é constituída predominantemente
por três tipos de solos classificados como zonais uma vez que têm sua gênese e evolução ligados, predominantemente, ao
fator clima, são eles: Espodossolos, solos Arenoquartzosos e solos Halomórficos, os quais compõem sedimentos não
consolidados característicos da planície costeira no estado. Os solos Espodossolos e os Arenoquartzosos ocorrem ao
longo da planície costeira do município de Barra dos Coqueiros, possuindo características semelhantes como alta
salinidade, baixa fertilidade agrícola, elevada porosidade além de serem bastante arenosos. Já os solos Halomórficos são
constituídos por sedimentos argilo-siltosos, são os solos de mangue e abrangem toda a parte norte, oeste e sul do
município. correntes perturbadoras do Norte, Convergência Intertropical – CIT; correntes perturbadas de Oeste e as
de Leste.
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Aspectos climáticos
No que diz respeito ao clima sendo um município integrante da Região Nordeste do Brasil recebe influência da
circulação atmosférica que abrange esta região; durante todo o ano, ventos de alta pressão subtropicais ou do
anticiclone semifixo do Atlântico Sul, circulam com temperaturas mais ou menos elevadas, graças à intensa radiação
solar.
Devido a inversão da circulação, a partir de 1500m de altitude, os ventos alísios, embora carregados de altas
temperaturas, atingem o litoral conferindo homogeneidade e estabilidade à região, que só é rompida com a penetração
de ondas perturbadoras como as do sul, chamadas de Frente Polar Atlântica; as correntes perturbadoras do Norte,
Convergência Intertropical – CIT; correntes perturbadas de Oeste e as de Leste.
.O tipo climático da área, de acordo com a classificação de Koppen é o AS´ que se caracteriza por ser um clima úmido,
quente com estação seca no verão. A temperatura média anual está em torno dos 25º C, sendo as máximas térmicas no
mês de janeiro com 30º e as mínimas acontecendo no mês de julho com 20º C. (Fonte: Atlas Climatológico do Brasil –
Ministério da Agricultura, Rio de Janeiro, 1696).As precipitações pluviométricas são em torno de 1.400mm anuais,
concentrando-se nos meses de abril, maio e junho e os meses mais secos são novembro e janeiro.
Nos estudos de Nimer, Serra, Monteiro, o município se enquadra na divisão de climas quentes, do tipo mediterrâneo,
onde na parte norte predomina o clima quente semi-úmido com 4 a 5 meses secos, ao sul o clima quente úmido com 1 a
3 meses secos e no centro com 4 a 5 meses secos. (Fonte: Atlas de Sergipe – UFS/SEPLAN). O regime mediterrâneo
favoreceu no passado a atividade salineira, uma vez que os mínimos pluviométricos ocorrem nos períodos de maior
temperatura, facilitando assim a evaporação das águas represadas nos tanques das salinas e a conseqüente cristalização
dos sais.
Aspectos hidrográficos
O município de Barra dos Coqueiros está localizado entre as desembocaduras dos rios Sergipe e Japaratuba, mas a
drenagem principal do município é feita pelo rio Pomonga, afluente da margem esquerda do rio Sergipe. O rio
Pomonga tem 34 km de extensão, com regime perene em todo o seu percurso e através do canal de Pomonga, liga a Bacia
do Rio Sergipe à Bacia do Rio Japaratuba.
O município possui ainda o Rio Mangaba e os Riachos Portal e Guaxinim, todos desembocando no Rio Sergipe, além
de inúmeras lagoas permanentes e perenes, extensas várzeas que se distribuem à linha de praia e que no período chuvoso
ficam literalmente alagadas.
Aspectos biogeográficos
A vegetação primitiva do município consistia numa predominância de mangues, campos de várzeas e de restingas;
atualmente apresentando vegetação secundária. Existem ainda grandes áreas com coqueirais e ocorrências de cultura de
subsistência. Os campos de várzea são constituídos por espécies predominantemente herbáceas, ocorrendo em áreas
alagadas por quase todo o ano ou periodicamente.
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É uma vegetação densa em grande parte por gramíneas e ciperáceas. As espécies representativas desta população vegetal
são os juncos, papua, grama de burro, periperi, capim estrela e baronesa que se desenvolvem sobre solos hidromórficos e
aluviais (SUDENE-EMBRAPA, 1976)
Os campos de restinga são áreas cobertas por vegetação rala, de densidade variável, formada de agrupamentos de
moitas, onde aparecem muitas espécies de folhas suculentas pertencentes às famílias Gultiferal e Cretáceas que
intercalam a vegetação rasteira de ciperáceas e gramíneas. É freqüente também a ocorrência de árvores frutíferas nativas
ou plantadas, como cajueiros, mangabeiras, bananeiras.
Os manguezais abrangem extensas manchas ao longo de todo o percurso do rio e canal de Pomonga e em algumas áreas
da foz do Rio Sergipe, perfazendo um total de aproximadamente de 15km, correspondendo á 17,2% da área total do
município; observa-se nestas áreas um acúmulo de matéria orgânica oriunda da decomposição dos mangues e da ação
biológica dos caranguejos e outros crustáceos.
Após esta faixa que sob a influência direta das marés, segue-se uma zona plana e suave ondulada de menos de dez metros
de altitude, onde predomina a cultura do coco-da-baía, que é a mais importante do município.
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Conclusões
A unidade litoestratigráfica exposta na área envolvem os sedimentos quaternários que testemunham a sua história
geológica recente, onde está evidenciado o último grande episódio trans-regressivo, denominado por Bittencourt et al.
(1982) de Última Transgressão, que ocorreu no Holoceno.
Os subambientes terraço marinho, dunas costeiras e estuário refletem as influências dos processos de origem marinha,
eólica e fluviomarinha em decorrência das condições ambientais variáveis durante o Quaternário.
Assim a região do município de Barra dos Coqueiros é frágil do ponto de vista ecológico, tornando-se necessário um
bom planejamento urbano para que a qualidade de vida não seja ameaçada. Para que a ocupação antrópica do espaço
não se dê de forma desordenada, é preciso que a sociedade civil cobre das autoridades municipais competentes a
elaboração, rápida, do Plano Diretor, uma vez que é o instrumento pelo qual se dispõe para a organização do espaço
urbano, no sentido de regulamentação de construções.
Contudo o município de Barra dos Coqueiros, sem dúvida, é um local propício para a ampliação do turismo sergipano
pelas suas características naturais. Torna-se necessário pesquisas mais aprofundadas para saber como se está
estruturando o espaço biofísico do município, já que não há uma preocupação, pelo menos de forma efetiva, com o
social e muito menos com a questão ecológica.
A produção do espaço do município é toda permeada pela ação de políticas públicas como a construção de conjuntos
habitacionais, loteamentos, escolas, rodovias, calçamentos e o terminal portuário do Estado, verificando a formação de
conflitos sociais como especulação imobiliária e a conseqüente degradação ambiental juntamente com a destruição da
beleza rústica natural que é a maior e mais importante característica original como local de turismo e lazer.
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