Seminário Nacional de Atenção Domiciliar

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Seminário Nacional de Atenção
Domiciliar
Diani Machado
Karine Zortéa
Sati Jaber Mahmud
Verlaine Balzan Lagni
Programa de Atenção Domiciliar
Grupo Hospitalar Conceição
Porto Alegre - RS
•
•
•
•
•
População: 1.409.351 habitantes (Censo do IBGE 2010)
Homens: 654.022.
Mulheres: 755.917.
A população idosa (>60 anos): 211.896 pessoas.
Porto Alegre é a 10ª capital mais populosa do país.
Porto Alegre - RS
Rede de Serviços
• Porto Alegre está dividida em 16 distritos
sanitários.
• Os 16 distritos sanitários formam oito (8)
Gerencias Distritais de Saúde.
Rede de Serviços
Portas de entrada
•
•
•
•
•
•
Unidades de Saúde da Família (USF);
Unidades Básicas de Saúde (UBS);
Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU);
Unidades de Pronto-Atendimento (UPA);
Emergências dos Hospitais Gerais e Especializados;
Não tem Melhor em Casa!
Atenção Primária/Básica
• 130 Equipes de Saúde da Família (ESF).
• 32% de cobertura populacional.
• 61 Unidades Básicas de Saúde.
Grupo Hospitalar Conceição
4 hospitais
1.638 leitos
12 postos do Serviço de Saúde Comunitária
1 SAD
1 UPA
CAPS-AD e CAPS II
8.100 funcionários
Área de abrangência
MUNICIPIO DE PORTO ALEGRE
Equipe/Estrutura
6 enfermeiros
Equipe de apoio:
6 médicos
6 técnicos de enfermagem
Fonoaudiologia
1 fisioterapeuta
Odontologia
1 nutricionista
Especialidades médicas
1 assistente social
1 administrativo
3 motoristas
Farmácia
Origem da demanda
Atualmente:
• Pacientes das emergências dos hospitais do GHC
• Pacientes hospitalizados nas Unidades de Internação
dos hospitais do GHC (HNSC, HCR, HCC, HFE)
Fluxograma do atendimento
Consultoria pelo médico assistente
Avaliação pela equipe do PAD
Confirmação dos critérios de inclusão
Assinatura do termo de adesão
Internação e acompanhamento
Alta da internação domiciliar
Referenciar à Unidade de Saúde
Frequência absoluta
Internações/ano
Ano
Fonte: Banco de dados do PAD/GHC
%
Especialidades médicas
40
35
30
25
20
15
10
5
0
Fonte: Banco de dados do PAD/GHC
Custos em Reais
700
600
500
400
MEI
CIV
300
TO
PAD
200
100
0
2007
2008
2009
2010
2011
2012
Fonte: Gerência de Controladoria/GHC
Indicadores
Média Re-internação hospitalar mensal: 12,8%.
Média Óbito mensal: 1,8%.
Tempo Médio de Permanência: 31 dias.
Idosos maiores de 60 anos: 60%.
Leitos/dia/mês: 1767
Custo médio Internação: 5.329,83
Experiências Selecionadas GHC
1. Procedimento Operacional Padrão em Atenção Domiciliar
2. Triagem de risco nutricional em pacientes atendidos por
um Programa de Atenção Domiciliar no SUS
3. Antibioticoterapia endovenosa no domicilio: a experiência
do Programa de Atenção Domiciliar do Grupo Hospitalar
Conceição
4. Treinamento sobre aspiração e higiene de vias aéreas
superiores e traqueostomia
Procedimento Operacional Padrão em
Atenção Domiciliar
Enf. Diani Machado
Procedimento Operacional Padrão
A melhor forma de iniciar uma padronização é
através da compreensão de como ocorre o
processo e, para isso, é necessário uma
representação sistematizada.
Guerreiro, Beccaria, Trevisan, 2008
Procedimento Operacional Padrão
Descrição de tarefas (técnico-assistenciais,
administrativas e gerenciais)
POP
Estruturada , sistematizada, sequencial
Garantir o resultado esperado dentro da técnica
adequada (diferentes pessoas / a mesma tarefa)
Diferentes técnicas podem indicar desorganização do
serviço e prejudicar a segurança do paciente
Procedimento Operacional Padrão
- POP é utilizado no GHC (setor hospitalar e SSC);
- Adequar as tarefas à Atenção Domiciliar ;
- Crescente demanda do serviço (PAD/GHC) e ampliação do quadro
funcional;
-Criação da Comissão de POP’s em Atenção Domiciliar (2012);
- Comissão: enfermeiras, fisioterapeuta e técnico de enfermagem;
- Priorização de POP’s referentes aos procedimentos de enfermagem;
- Temas iniciais surgiram diante das experiências profissionais e demandas
do serviço.
Procedimento Operacional Padrão
• Administração de medicamento por via parenteral em CVC;
• Administração de medicamento por via parenteral em CVP;
• Retirada de CVC;
• Curativo em CVC;
• Aspiração de secreções em TQ e VAS;
• Cateterismo vesical ;
•Instalação de oxigênio por CN ou ON;
•Curativo com técnica limpa em feridas crônicas;
•Passagem de SNE.
Procedimento Operacional Padrão
Estruturação dos POP’s segue as normas institucionais
determinadas pela Comissão de Sistematização dos
Serviços de Enfermagem (CSSE).
Procedimento Operacional Padrão
Procedimento Operacional Padrão
Procedimento Operacional Padrão
Definição do tema
Pesquisa na literatura
Elaboração do POP
Discussão com equipe e
treinamento
Submissão do POP
(RT, CCIH, CSSE)
Disponibilização na
intranet
Procedimento Operacional Padrão
Próximos assuntos a serem desenvolvidos :
Orientação ao cuidador sobre administração de dieta enteral
Registro fotográfico e desbridamento de feridas
Coleta de exames laboratoriais
Instalação e/ou troca de bolsa de colostomia, ileostomia e nefrostomia
Precauções padrão para pacientes portadores de germes resistentes
Limpeza de nebulizadores e aspiradores portáteis
Gerenciamento de resíduos
Pedidos de materiais e insumos do setor
Confecção de espaçadores descartáveis
Resultados
- Envolvimento dos profissionais;
-Segurança do usuário;
- Padronização das ações e minimização de eventos adversos;
-Reduzir as adaptações a estratégias sem embasamento científico;
-Detectar fragilidades dos processos;
-Correções e o constante aprimoramento das práticas.
Obrigado!
[email protected]
Fone: (51) 3357-2443
Triagem de risco nutricional em pacientes
atendidos por um Programa de Atenção Domiciliar
no Sistema Único de Saúde
Nut. Karine Zortéa
Triagem de risco nutricional
Tempo de
permanência
hospitalar
infecção
desnutrição
Pior
prognóstico
Risco nutricional
Triagem de Risco Nutricional
A identificação do risco nutricional é fundamental para que
não haja comprometimento no tratamento
Malnutrition Universal Screening Toll (MUST) na primeira
visita realizada pelas equipes
Triagem de risco nutricional
Objetivos
Identificar adultos com:
• Risco de má nutrição
• Baixo peso/desnutrição
• Obesidade
Triagem de risco nutricional
Aplicabilidade
•
•
•
•
Hospitais
Clínicas ambulatoriais
Comunidade
Domicílio
• Fácil – rápido – qualqur=er profissional da saúde
• Aplicável mesmo quando não é possível pesar/medir estatura,
com auxílio de medidas alternativas e critérios subjetivos
Atuação do Nutricionista
Triagem de risco nutricional
1. Peso atual: ____Peso usual:____Altura:____
2. Você perdeu peso nos últimos 3-6 meses? _____
3. Quanto peso você perdeu nos últimos 3-6 meses?____
4. Em casa:
( )continua perdendo peso ( )estável ( )engordou
5. Como está o seu consumo alimentar?
( ) normal
( ) estou comendo mais da metade do que costumava comer
( ) estou comendo menos da metade do que costumava
comer
( ) não estou comendo praticamente nada
( )VO ( )SNE ( )Jejunostomia ( )Gastrostomia
1. IMC: _____________
0 = IMC >20 kg/m²
1 = IMC 18,5-20 kg/m²
2 = IMC < 18,5 kg/m²
2. Perda ponderal:
0 = < 5%
1 = 5 a 10%
2 = > 10%
3. Consumo alimentar
alterado:
0 = come mais da metade
1 = come menos da metade
2 = ausência de ingestão
alimentar
( ) 0 = baixo risco
( ) 1 = médio risco
( ) 2 = alto risco
Medidas alternativas
- Altura Comprimento do antebraço
• Converter conforme tabela
Altura do joelho
• Perna esquerda, se possível
Medidas alternativas
- Altura Semi-envergadura
Medidas alternativas
- Peso Circunferência do braço
http://www.bapen.org.uk/pdfs/must/must_explan.pdf
Triagem de risco nutricional
De Janeiro de 2012 a fevereiro de 2013, o PAD atendeu 436
pacientes adultos, sendo a maioria mulheres (n=240).
Triagem de risco nutricional
Neste período foram triados 217 pacientes
- média de idade: 64,46±16,48 anos
- 87,15% apresentaram ingestão alimentar via oral
- 12,84% via enteral
(41 pacientes estavam em uso de sonda nasoenteral, 12 em
gastrostomia e 3 em jejunostomia)
Triagem de risco nutricional
Alto risco
nutricional
• 43,7%
Médio risco
nutricional
• 19,1%
Perda de peso
média
• 7,17%
vulnerabilidade
de risco
nutricional
Triagem de risco nutricional
Perfil dos pacientes atendidos pelo PAD:
Elevada vulnerabilidade
de risco nutricional
Necessária
intervenção precoce
e adequada
Melhora no
prognóstico
Triagem Nutricional
Otimiza identificação do risco
Acionamento do nutricionista –
avaliação completa – intervenção
precoce
Minimiza efeitos da desnutrição
Maior adesão ao tratamento
Melhora clínica do paciente
Triagem de risco nutricional
Limitações
- conscientização das equipes para que apliquem o MUST
em todos os pacientes
- treinamentos periódicos para padronizar a aplicação entre
todas equipes, evitando erros e omissões
- ausência de ferramentas específicas para AD
Antibioticoterapia endovenosa no domicilio:
a experiência do Programa de
Atenção Domiciliar do Grupo Hospitalar Conceição
Enf. Diani Machado
.
Antibioticoterapia Endovenosa
- Alternativa de tratamento domiciliar
- Admissão no Programa conforme critérios de inclusão
- Definição do tratamento durante internação hospitalar
Antibioticoterapia Endovenosa
- Frequência de administração do ATB
- Administração realizada por um técnico de enfermagem ou
enfermeiro
- Cateter venoso periférico flexível , CVC
Antibioticoterapia Endovenosa
- Total de 113 adultos nos últimos cinco anos (2008- 2012)
- Média de 9 dias de tratamento
Fonte: Banco de dados do PAD/GHC
Antibioticoterapia Endovenosa
Custo PAD R$
Dia: 180,00
Paciente: 1.620,00
Total: 183.060,00
Custo Medicina Interna R$
Dia: 760,00
Paciente: 6.840,00
Total: 772.920,00
Fonte: Gerência de Controladoria/GHC
Idade e Sexo
35%
30%
25%
Feminino
20%
Masculino
15%
10%
5%
0%
15 - 20 anos
21 - 40 anos
41- 60 anos Acima 60 anos
Fonte: Banco de dados do PAD/GHC
Principais Patologias
40 %
35 %
30 %
25 %
20 %
15 %
10 %
5%
0%
Fonte: Banco de dados do PAD/GHC
Antibióticos de Escolha
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
Fonte: Banco de dados do PAD/GHC
Resultados
- Redução do tempo de internação hospitalar
- Diminuição do risco de infecção hospitalar
- Readaptação do paciente no domicilio
- Alternativa viável em domicílio
Limitações
-Frequência da administração do ATB;
-Administração do medicamento nos finais de semana;
-Condições do domicílio;
- Transporte;
-Recursos humanos.
Treinamento Sobre Aspiração e Higiene de Vias
Aéreas Superiores e Traqueostomia
Fisioterapeuta Verlaine Balzan Lagni
Enfermeira Rosane Pignones Coelho
PAD
Pacientes com diminuição da capacidade
de higiene das vias respiratórias
Necessidade de aspiração das vias aéreas
e traqueostomia
Atividade realizada pelo cuidador
Paciente
Cuidador
Equipe de saúde
Motivação para o Treinamento
Critérios de Inclusão
Preparação para a alta
Espaço de reflexão
Premissas do Treinamento
A teoria da problematização proposta por Paulo Freire
considera que o indivíduo conhece realmente algo quando
consegue transformar sua realidade através da sua inserção
nela.
As metodologias ativas propõem a interação do indivíduo no
processo de ensino-aprendizagem.
Utilização do Arco de Maguerez como alternativa de
metodologia pedagógica.
Etapas do Treinamento
Etapas do Treinamento
Etapas
Atividades
Observação da Realidade
1. Descrever o que sabe sobre os
procedimentos
Seleção dos Pontos-Chave
1. Perceber suas dificuldades
2. Direcionar atenções
Teorização
1.Apresentação do vídeo
2. Prática com boneco
3. Esclarecimentos
Hipóteses de Solução
1. Apreensão da sua realidade
2. Proposição de ações
Aplicação à Realidade
1. Prática
Equipe reconhece a necessidade do procedimento
no momento da consultoria
Cuidador é estimulado a acompanhar
procedimento pela equipe de internação
hospitalar
Convite para participar da capacitação
O treinamento é desenvolvido baseando-se nos POP
(Procedimentos Operacionais Padrão) desenvolvidos pelo
serviço
O treinamento está sendo estabelecido e deve ser realizado
utilizando-se de um modelo em madeira, bonecos e vídeos
Um manual contendo todas as informações passadas durante o
treinamento também é fornecido aos cuidadores e familiares
para consulta em casa.
O PAD fornece todo material necessário para a realização do
procedimento no domicílio. São fornecidos: aspirador portátil,
extensores, luvas, sondas de aspiração, gazes. O equipamento
de aspiração devolvido ao final do período de internação.
Etapas do Treinamento
• Recebe informações sobre conceito de aspiração e da importância da
permeabilidade das vias aéreas.
• Aprende sobre procedimentos de segurança, assepsia do procedimento.
• É orientado a organizar equipamento e material necessários para os
procedimentos.
• Aprende a montar/desmontar e ligar/desligar o equipamento.
• Aprende os procedimentos de aspiração ou higiene das vias aéreas e/ou
traqueostomia, conforme protocolos próprios do serviço.
• Aprende a descartar corretamente os materiais utilizados.
• É orientado quanto aos procedimentos de limpeza e manutenção das
partes do equipamento portátil de aspiração de vias aéreas.
• É orientado a reconhecer eventuais intercorrências provocadas pelo
procedimento em si, assim como modos de proceder.
• É incentivado a dialogar para sanar dúvidas quanto aos procedimentos.
Resultados do Treinamento
• Treinados 8 cuidadores de 6 pacientes.
• 1 cuidador (banho) delegou cuidados a profissional ao voltar
para casa.
• 1 cuidador ainda demonstrava ansiedade após treinamento.
•
Avaliação subjetiva positiva com relatos de esclarecimento das
dúvidas para a maioria deles.
Resultados do Treinamento
Principais dúvidas apontadas:
Profundidade de introdução da sonda
Limpeza da traqueostomia
Retirada e colocação da traqueostomia
Esclarecimentos sobre sangramento e dispnéia no
procedimento de aspiração
Resultados do Treinamento
Principais correções sugeridas:
Revisão das etapas (lavagem de mãos, descarte, etc.)
Manejo da sonda
Profundidade de introdução da sonda
Movimentos circulares na aspiração
Retirada e colocação da traqueostomia
Resultados do Treinamento
Limitações:
Tempo entre consultoria e alta
Conscientização da equipe
Espaço físico
Tarefas de assistência
Instrumento de Medida do Treinamento (verificar
benefícios diretos, indiretos e custos).
Resultados do Treinamento
Conclusões:
Experiência com poucos casos, ainda sem previsão
científica sobre os resultados
Iniciativa qualificadora do cuidado
Espaço para assimilar conceitos e práticas
Participação dinâmica e crítica dos cuidadores
Estímulo à produção da autonomia
**Prática
Obrigado!
[email protected]
Fone: (51) 3357-2443
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