China: a potência do século XXI Localização da China e Taiwan Atualmente População 1.401.586.609 Terceiro país mais extenso do globo. Superfície de 9,6 milhões de km². Disposição do Relevo • Planícies: ocupam quase toda parte leste do país, com altitudes inferiores a 200 metros.(planícies dos Rio Amarelo e Azul). • Planaltos: ocupam a faixa central do país, o noroeste e o nordeste, com altitudes entre 200 e 2 mil metros. • Montanhas: o maior conjunto de montanhas do país está na porção sudoeste, onde se erguem elevados planaltos e cordilheiras com altitudes superiores a 2 mil metros. População A China é mundialmente conhecida por possuir o maior contingente populacional do planeta. Ao todo, são quase 1 bilhão e meio de pessoas, o que representa um quinto da população mundial. Por esse motivo, os fatores demográficos tornaram-se um grande desafio para o governo chinês. O grande motor para o elevado crescimento populacional da China, durante o século XX, foi a redução das taxas de mortalidade. Da década de 1930 até a década de 1980, o número de chineses dobrou, o que gerou uma grande preocupação por parte do governo. Política do filho único A lei — Cada casal poderia ter apenas um filho. Em caso de descumprimento da lei, eram aplicadas multas. As exceções — As minorias étnicas do país não eram atingidas pela lei — Crianças nascidas no Exterior não contavam, desde que não fosse registradas como chinesas — Famílias que esperassem gêmeos não eram atingidas Os abrandamentos Casos especiais: Ainda na década de 1980, autoridades locais ganharam autonomia para abrir exceções e estabelecer regras próprias. Isso ampliou as possibilidade de ter um segundo filho. Ocorreram liberações em diversas situações, como pai inválido, primeiro filho com deficiência ou morte de criança. Menina não conta: Como os chineses preferiam ter meninos, tornaram-se comuns os casos de meninas mortas pelos pais. Com o tempo, a sociedade chinesa passou a ter uma quantidade maior de homens do que de mulheres. Isso motivou a criação de normas que dão o direito a um segundo filho no caso de o primeiro ser menina. Esse direito foi concedido a mais da metade da população. Mundo rural: Com o tempo, nas áreas rurais, as penalidades deixaram de ser aplicadas a quem tivesse dois filhos. Filho de filho único: Em 2013, os casais em que pelo menos um dos cônjuges fosse filho único ganharam o direito de ter dois filhos. Foi uma flexibilização de regra anterior, pela qual se pai e mãe fossem filhos únicos, a prole podia ser maior. O controle de nascimentos A partir de 1971, o governo chinês promoveu várias intervenções para conter a gravidez e o parto: — 336 milhões de abortos — 196 milhões de esterilizações Com as campanhas de limitação do número de filhos por casal, têm surtido efeito. A taxa de natalidade caiu quase pela metade durante a década de 1970. A política do filho único Meninas abandonadas Contra superpopulação A política do filho único entrou em vigor entre o fim de 1979 e 1980. O objetivo era de reduzir os problemas de superpopulação da China. Segundo especialistas, as medidas serviram para evitar que a população atual do país fosse de 1,7 bilhão de habitantes, contra os atuais 1,4 bilhão. O governo chinês sempre defendeu que a restrição ao número de filhos, sobretudo em áreas urbanas, contribuiu para o desenvolvimento do país e para a saída da pobreza de mais de 400 milhões nas últimas três décadas. No entanto, também admitiu que estava chegando a hora de essa política ser encerrada. O envelhecimento rápido da população está entre os efeitos secundários mais prejudiciais da política do filho único para a China. Em 2012, pela primeira vez em décadas, a população em idade ativa caiu. O índice de fecundação no país, de 1,5 filhos por mulher, é muito inferior ao nível que garante a renovação geracional. Apesar de ainda ser um país em desenvolvimento, a China enfrenta um problema que é de países desenvolvidos, que é o envelhecimento da sociedade. O país sofre com o descompasso entre o número de homens e mulheres. A preferência tradicional por filhos homens levou a um alto índice de abandono de meninas em orfanatos, a abortos seletivos de acordo com o sexo do feto e até a casos de infanticídio feminino. A China Vermelha A Revolução Chinesa, ocorrida em 1949, provocou profundas transformações na China que até hoje se faz presente no cotidiano de seu povo. Para entender essa revolução, devemos nos voltar para a situação da China do século XIX. Naquele período, o país sofreu com a dominação imperialista promovida pelas nações capitalistas europeias, principalmente da Inglaterra. Nas primeiras décadas do século XX, a população chinesa passava por intensas dificuldades econômicas que pioraram drasticamente as condições de vida do povo chinês. Mediante um movimento contra a presença estrangeira no país, a dinastia Manchu deu fim ao governo imperial e criou um novo governo: a República da China. Mesmo com tal mudança, ainda em 1915, o país foi politicamente dominado pelo governo japonês. Insatisfeitos com a dominação nipônica, uma grande mobilização política do povo chinês promoveu, em 1921, a criação do Partido Comunista Chinês. Em virtude de seu forte apelo popular, o novo partido foi visto como uma ameaça à ordem governamental e, por isso, seu líderes e participantes passaram a ser perseguidos pelas autoridades do país. Impedidos de participarem das questões políticas de seu país, os comunistas chineses, sob a liderança de Mao Tsé-Tung, começaram a mobilizar as populações camponesas atraídas pela promessa do uso coletivo das terras e a criação de um sistema político igualitário. Contando com o apoio dos camponeses, Mao TséTung criou o Exército Vermelho, que entre os anos 30 e 40 lutou contra o governo chinês. Após esse período de batalhas, os comunistas dominaram Pequim, em 1949, e Mao Tsé-Tung foi aclamado como novo líder da República Popular da China. A economia da nova China Revolução Socialista de 1949 a 1976. A China foi Governada por Mao Tsé-tung. Entre 1953 e 1957, contou com a ajuda da URSS. Rompendo com esta em 1958. Economia Planificada – prioridade à agricultura O estímulo às atividades agropecuárias era essencial à alimentação de milhões de bocas famintas. Mao Tsé-Tung Inicialmente apoiado pelo governo comunista soviético, o governo comunista chinês criou um grande projeto de transformação político-econômico chamado Grande Salto para Frente (promover a coletivização no campo e a implantação de indústrias de base). O Grande Salto acabou por desorganizar a produção agrícola, levando a uma crise de fome que matou cerca de 20 milhões de pessoas entre 1959 e 1962 e abalou o prestígio de Mao Tsé-Tung. Em 1966, surgiu um programa de controle cultural, político e ideológico chamado de Revolução Cultural. Com a morte de Mao Tsé-Tung, em 1976, a Revolução Cultural teve seu fim e as políticas econômicas do país se abriram para a economia mundial. A China de Deng Xiaoping Em 1978 Dois anos após a morte de Mao Tsé-tung. Deng Xiaoping assumiu a liderança do Partido Comunista Chinês. Deu início a uma série de modificações na economia chinesa. Visando acelerar o desenvolvimento dos setores agrícola, industrial, da ciência e tecnologia e da defesa nacional, implementou o programa das Quatro Modernizações. A partir de 1980, a China promoveu uma série de reformas: • permitiram a entrada de capital estrangeiro; • admitiram o lucro como incentivo ao trabalho e ao desenvolvimento; • abriram relações comerciais com praticamente todos os países do mundo; • realizaram acordos de cooperação técnica e científica. Qual o contraste a foto representa? Garoto chinês tomando refrigerante na década de 1980. Mudanças econômicas e espaciais As Zonas Econômicas Especiais (ZEEs) 1980 Foram criadas Com economia de mercado no molde capitalista. Desde 1978 Com o programa das Quatro Modernizações. Esse crescimento contou com investimentos: • dos EUA; Priorizando a produtividade em detrimento da igualdade social. As taxas de crescimento econômico da China figuram entre as maiores do mundo. • países europeus; • Japão; • Taiwan; • empresários chineses que vivem no exterior. China – Abertura econômica Reformas capitalistas e controle comunista A China viveu nas últimas décadas uma aparente contradição. O sistema político continua centralizado no Partido Comunista. As manifestações populares têm sido severamente reprimidas. Porém: O termo Socialista de Mercado é muito utilizado para designar o sistema econômico atual chinês. A Agropecuária Chinesa Atividade agrícola Pecuária Encontram condições naturais bastante favoráveis nas planícies fluviais situadas no leste. Os chineses Conseguem produzir safras anuais de mais de 500 milhões de toneladas. Atualmente a propriedade rural continua a pertencer ao Estado, mas passou a ser gerenciada pelos próprios agricultores mediante um contrato de uso da terra por 30 anos, que pode ser renovado ou não. A China é o maior produtor mundial de cereais. Apesar da grande produção agrícola. O país ainda importa alguns produtos. Em razão do alto consumo de sua população. Um deles é a soja, importada do Brasil. Cultivo de arroz em terraço na China. • A extensão territorial do país; • A diversidade de solos e climas; • A antiguidade da atividade agrícola. Contribuíram para a formação de uma grande variedade de culturas. Fonte: L’état du monde, 2005. Entre as quais se destacam o arroz, cultivado principalmente no sul, e o trigo, cujo cultivo se concentra no norte. Atividade industrial Apesar de ainda concentrar 60% da população no campo, o motor da economia chinesa atual é movido principalmente pela atividade industrial. Os produtos industriais predominam na pauta das exportações. As indústrias de bens de consumo conquistaram destaque no mercado internacional. A China é o segundo maior exportador mundial (superado apenas pelo e EUA) Comércio exterior A China, nos últimos 30 anos, cresceu mais do que qualquer outro país. Baixos salários Subvalorização da moeda chinesa em relação ao dólar. Atraem capitais de todas as partes do mundo e garantem à China elevada competitividade no mercado mundial. Fonte: Birô Nacional de Estatísticas chinês; Economist Intelligence Unit, 2007. Incentivos fiscais, mão de obra barata e abundante e grande mercado consumidor São motivos de seus elevados investimentos externos, que alavancaram surpreendente crescimento econômico chinês. A admissão da China na OMC, em 2001, foi outro fator que contribuiu para a ampliação do intercâmbio comercial e a geração de superávits recordes nos últimos anos. Poluição na China