Dengue Manejo Clínico

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Dengue
Manejo Clínico
Obj i
Objetivo: Mortalidade zero
Mortalidade zero Coordenadora: Sônia Maris Oliveira Zagne
g
• Professora Adjunta da Faculdade de Medicina da UFF.
• Mestre em Clínica Médica pela Faculdade de Medicina da UFF com Tese
em Dengue Hemorrágico.
• Assessora da Secretaria Estadual de Saúde.
• Colaboradora nos manuais de dengue do MS : Dengue : diagnóstico e
manejo clínico
l
– Adulto
d l e Criança / MS–1,2 3 3. ed.
d
• Membro da Diretoria da Associação Médica Fluminense.
Declaro não haver conflito de interesse no tema abordado.
OBJETIVO DO MANEJO CLÍNICO
OBJETIVO DO MANEJO CLÍNICO
• O objetivo principal do manejo clínico é evitar a morte do
paciente.
• Para isso deve‐se reconhecer precocemente a doença,
conhecer sua classificação e compreender as alterações
clínicas nas suas diferentes fases.
• Assim será p
possível a adoção
ç
da conduta correta
conforme a classificação de risco do paciente.
CASO SUSPEITO
CASO SUSPEITO Parâmetros clínico.
• Doença febril aguda com de até sete dias associada a dois
ou mais dos seguinte sintomas: cefaléia; dor retroorbitária;
mialgias;
l
artralgias;
l
prostração
ã ou exantema.
• Associados ou não à presença de hemorragias, leucopenia e
qualquer sinal de alarme.
alarme.
Parâmetros epidemiológico. p
g
• Esteve nos últimos 15 dias em região com Aedes egypti e
com transmissão do vírus dengue.
Qual a melhor forma de fazer p
precocemente o diagnóstico de dengue?
g
g
HIPÓTESE
Ó
DIAGNÓSTICA
Ó
CASO SUSPEITO
História
Clínica
ANAMNESE
Conjunto das
informações
recolhidas pelo
médico a respeito
de um doente
através
t
é d
da escuta,
t
da observação e
das técnicas de
exame físico.
Exame
Físico
ANAMNESE
A história clínica deve ser a mais detalhada possível e os itens a seguir
A história clínica deve ser a mais detalhada possível e os itens a seguir devem constar em prontuário.
HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL
a) Sinais e Sintomas
™ Caracterização da curva febril (a data de início da febre).
™ Cronologia entre eles
™ Pesquisa de sinais de alarme.
™ Pesquisa
Pesquisa de manifestações hemorrágicas: hematêmese
Pesquisa de manifestações hemorrágicas: de manifestações hemorrágicas: hematêmese (vômitos com (vômitos com
raias de sangue ou tipo “borra
raias de sangue ou tipo “borra‐‐de
de‐‐café
café”), melena (fezes escuras). ”), melena (fezes escuras). Capacidade de quantidade de ingestão oral.
™ Alteração do estado mental / presença de tontura ™ Diurese (
Diurese (frequência
frequência, volume e tempo da última)
, volume e tempo da última)
™ Na criança podem passar despercebidas.
N i
d
d
bid
ANAMNESE
b) Epidemiologia
b) Epidemiologia
™ Perguntar
sobre
presença
de
casos
semelhantes no local de moradia ou de
trabalho..
trabalho
™História de deslocamento nos últimos 15 dias para área de transmissão de dengue.
para área de transmissão de dengue
p
g
ANAMNESE
HISTÓRIA PATOLÓGICA PREGRESSA
™ Doenças crônicas associadas
associadas:: hipertensão arterial, diabetes mellitus,
mellitus,
DPOC, doenças hematológicas crônicas (principalmente anemia
falciforme), doença renal crônica, doença grave do sistema
cardiovascular, obesidade, doença acidopéptica e doenças auto
auto‐‐imunes
imunes..
™ Investigar o uso de medicamentos, sobretudo antiagregantes
plaquetários,, anticoagulantes, antiinflamatórios e imunossupressores
plaquetários
imunossupressores..
™ Pesquisar sobre o uso de salicilatos para controle da febre reumática e
doença de Kawasaki
Kawasaki..
™ Na criança, além das doenças de base já citadas, valorizar as
manifestações alérgicas como:
como: asma brônquica, dermatite atópica
atópica..
EXAME
EXAME FÍSICO GERAL
FÍSICO GERAL
ª Sinais vitais:
vitais: Verificar a pressão arterial e pulso (frequência e amplitude)
em duas posições, frequência e padrão respiratório e temperatura
temperatura..
ª Ectoscopia
Ectoscopia::
destacar a pesquisa de edema subcutâneo (palpebral, de
parede abdominal e de membros), assim como manifestações
hemorrágicas na pele, mucosas e esclera
esclera.. Avaliar o estado de hidratação
e enchimento capilar
ª Segmento
torácico: pesquisar sinais de desconforto respiratório e de
torácico:
derrame pleural e pericárdico
pericárdico..
ª Segmento abdominal
abdominal:: pesquisar hepatomegalia
hepatomegalia,, dor e ascite
ascite..
ª Sistema nervoso:
nervoso: Avaliação do estado mental;
mental; pesquisar
irritação meníngea;
meníngea; sensibilidade e força muscular.
muscular
sinais de
POPULAÇÃO DE RISCO
POPULAÇÃO DE RISCO
•
Menores de 15 anos de idade
Menores de 15 anos de idade.
•
Adultos com mais de 60 anos de idade.
•
G á id
Grávidas.
•
Adultos e crianças com hipertensão, obesidade, diabete ou doenças crônicas. •
Incapazes do auto cuidado que morem sozinhos ou que não tenham quem lhes preste cuidado.
•
Dificuldade de acesso aos serviços de saúde.
O Que Acontece Quando Uma Pessoa é Infectada pelo Vírus Dengue? Infectada pelo Vírus Dengue
?
Goya
Tarsila do Amaral
El Greco
IMUNOPATOGENIA DA DENGUE
Vírus
Mediadores
Químicos
í i
Ativação do
Sistema
Sistema Complemento
Histiócito da
pele
p
Sistema Fagocítico
Mononuclear
Resposta
Imune Linfonodos
regionais
MONOCITO
VIREMIA
MAIOR
VIREMIA MENOR
IMUNOPATOGENIA DA DENGUE
RESPOSTA IMUNE MICROAMBIENTE DAS CITOCINAS
FATORES GENÉTICOS
Resposta
Disregulada
ÓBITO
FORMAS
GRAVES
Resposta
P t t
Protetora
CURA
CÉLULAS ALVO DO VÍRUS DA DENGUE:
monócitos, macrófagos, linfócitos B, células endoteliais e dendriticas.
FÍGADO
PULMÃO
DENV
PULMÃO
BAÇO
BAÇO centro germinativo
RNA
BAÇO
BAÇO
monocito‐
SANGUE‐
linfocito
RECOMENDAÇÕES DOS CONSENSOS LATINOAMERICANO E DO SUDOESTE ASIÁTICO (2007), (
),
RATIFICADA PELA OMS (2008).
¾O que o que determina a gravidade da doença é a resposta imune
com ativação endotelial e sua consequente disfunção.
¾ A resposta imune envolve leucócitos, citocinas e imunocomplexos,
que causam aumento da permeabilidade vascular, seguida pelo
extravasamento de plasma para o interstício.
¾ A perda de volume plasmático acaba por provocar o choque
hipovolêmico. O choque é hipovolêmico, mas não hemorrágico.
¾ A pplaquetopenia
q
p
pode estar associada com alterações
p
ç
na sua
formação por infecção das células hematopoiéticas resultando em
disfunção plaquetária (ativação e agregação) e destruição ou
consumo.
O QUE ACONTECE COM OS PACIENTES COM
FORMAS GRAVES DE DENGUE?
RESPOSTA IMUNE
Existe uma
Existe uma disregulacão da reposta Inmunológica que p
g q
é transitoria e que tem
é transitoria e que tem
como …
... PERCEBEPERCEBE-SE
SINAIS DE ALERTA
(hemoconcentração
hemoconcentração,,
hipotensão postural e
etc )
CHOQUE ( pode evoluir
para óbito em de 2 a
48 horas)
• x
... CONSEQUÊNCIA
Ê
Vasculopatia Inicialmente funcional
e posteriormente lise de cels endotelial e mononucleares... mononucleares...
… PROVOCA
Abertura dos Abertura
dos “poros
poros vasculares
vasculares”
com extravasamento de proteínas e líquidos. Acumulo de liquido no terceiro
Acumulo de liquido no terceiro
espaço (interstício) Como saber se uma pessoa esta com dengue?
Conhecer a história natural da doenças, as características semiológicas dos sinais
as características semiológicas dos sinais e sintomas que fazem parte do quadro clínico
Alerta!
• A resposta imunológica modula a intensidade do quadro clínico!
c co!
• Quando há se desenvolve a doença pela primeira vez
primeira vez, a febre t d d
tende a durar 7 dias e as queixas dolorosas são muito intensas.
7 di
i
d l
ã
it i t
• Q
Quando se tem a doença mais de uma vez
ç mais de uma vez, existe um ,
encurtamento do período febril, uma redução da intensidade do quadro doloroso e aumento da chance de formas graves
Quadro clínico
* FEBRE ‐ Marcador de início da doença.
Duração de até sete dias com início abrupto.
P d alcançar
Pode
l
40ºC e geralmente
l
t regride
id em
platô a partir do terceiro dias .
Responde mal a antitérmico nos dias iniciais.
iniciais
Pacientes que já tiveram a doença antes tende
a ter um período febril com menor duração.
duração
Pode ser bifásica.
* MANIFESTAÇÕES GERAIS
MANIFESTAÇÕES GERAIS ‐ astenia/ prostração, podem perdurar astenia/ prostração podem perdurar
mesmo como a melhora da febre.
Quadro Clínico
* Cefaléia ‐ geralmente holocraniana de forte intensidade
intensidade.
* Dor retro‐orbitária ‐ pode ter piora com o movimento dos olhos e estar associada a d lh
d
fotofobia.
* Artralgias ‐ de pequena e grandes articulações.
* Dor óssea ‐ principalmente em ossos longos.
p p
g
* Mialgias ‐ predominando na região lombar e nos membros inferiores
nos membros inferiores.
Quadro Clínico
MANIFESTAÇÕES GASTROINTESTINAL. .
MANIFESTAÇÕES
GASTROINTESTINAL
* Anorexia ‐ é a mais comum pode estar associada a perda do paladar .
dopaladar
* Náuseas ‐ geralmente pós‐prandial. * Vômitos ‐podem ocorrer no 2º ou 3º. dias e geralmente 1 podem ocorrer no2ºou3º dias egeralmente 1
a 2 dejeções ao dia de um modo geral não há necessidade demedicamento,a hidrataçãoésuficiente .
de medicamento , a hidratação é suficiente . * Diarréia ‐ corre com 3 a 6 dejeções ao dia, mas não q
p p
costuma ser a queixa principal .
Atenção! Vômitos que não passam são sinais de alerta, e por isso indicativo de agravamento do quadro clínico
Quadro Clínico
* ALTERAÇÃO DE PELE E MUCOSA‐ 1‐ 2º. dia surge um enantema e eritema facial fugaz. Após 3º ou 4º Dias ‐ Aparece um exantema máculo‐papular ou escarlatitiforme generalizado descendente e pode
ou escarlatitiforme generalizado, descendente e pode atingir as regiões palmo‐plantares. Ao final pode surgir um eritema com ilhas brancas Ao
final pode surgir um eritema com ilhas brancas
que caracteriza a fase de cura. Ocorre entre 30 e 50% dos pacientes. * PRURIDO‐ pode acontecer sozinho ou acompanhar a segunda fase do exantema. Ocorre geralmente na fase de defervescencia. Geralmente marca o final da doença.
ç
MANIFESTAÇÕES HEMORRAGICAS
Podem ser: provocadas ou espontâneas. Aparecimento
em torno do 3º ou 4º dias. Até um terço dos pacientes
pode desenvolver manifestações hemorrágicas
hemorrágicas.
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
*
Prova
Prova do laço ( ↑
Prova do laço ( do laço ( ↑ após o quinto dia)
após o quinto dia)
Sangramento no local de punção Petéquias
q
Equimoses
Epistaxes
Gengivorragias
Hemorragia subconjuntival
Hematúria
ú i microscópica e macroscópica
i
ó i
ó i
Sangramento do trato gastrointestinal
Metrorragia
Hemoptise
DERRAMES SEROSOS
Ocorrem geralmente em torno do 4º dia
de doença, na fase de defervescência em decorrência do extravasamento plasmático. Derrame Pleural , ascite e/ou derrame Derrame
Ple ral ascite e/o derrame
pericárdico.
Atenção!
Manifestação
pouco frequente
mas q
que denota
gravidade!
COLECISTITE ALITIÁSICA
POR DENGUE
POR DENGUE
Ultra-sonografias evidenciaram vesícula
bili distendida
biliar
di t did com paredes
d difusamente
dif
t
espessadas sem evidências ou sinais de
litíase em seu interior (colecistite alitiásica).
Auto-limitada, que deve ser pesquisada
em todos os pacientes que tenham dor
abdominal (como sinal de alerta).
A conduta adequada restringe-se ao
tratamento de suporte, devendo
a cirurgia ser reservada às complicações.
SINAIS DE ALARME
*
*
*
*
*
*
*
*
Dor abdominal intensa e contínua.
Vômitos persistentes.
Hipotensão postural e/ou lipotímia
Hipotensão postural e/ou lipotímia.
Sonolência e/ou irritabilidade.
Hepatomegalia dolorosa.
Hemorragias importantes (hematêmese e/ou melena).
Diminuição da diurese.
Diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia (<36,0°C).
* Desconforto respiratório.
esco o to esp ató o
* Aumento repentino do hematócrito.
* Queda abrupta das plaquetas . fonte: (BRASIL, 2009)
DISFUNÇÃO RESPIRATÓRIA
DISFUNÇÃO CARDIOVASCULAR
Choque, depressão miocárdica, diminuição da Ch
d
ã
i á di di i i ã d
fração de ejeção ventricular, ICC e miocardite.
Insuficiência respiratória, EAP, LPA e SDRA.
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA
Hepatite e discrasia sanguínea
DISFUNÇÃO HEMATOLÓGICA
DENGUE GRAVE
Plaquetopenia, CIVD, vasculopatia, leucopenia
grave e supressão medular.
DISFUNÇÃO SNC
Ã
DISFUNÇÃO RENAL
insuficiência renal é menos insuficiência
renal é menos
comum
Delírio, sonolência, coma, depressão, irritabilidade, psicose, demência, amnésia, sinais meníngeos, paresias, paralisias, polineuropatias,síndrome de Reye, Síndrome de Guillain‐Barré e encefalite; podem surgir no decorrer do período febril ou, mais tardiamente, na convalescença.
Definição dos Estados de Choque
Quando pensamos em choque, associamos a diminuição da Q
d
h
i
di i i ã d
pressão arterial, hipoperfusão tecidual e disfunção orgânica. Contudo quando entendemos melhor esta
Contudo, quando entendemos melhor esta síndrome, podemos conceituá‐la como um desequilíbrio entre oferta e utilização do
desequilíbrio entre oferta e utilização do oxigênio tecidual e celular, sem necessariamente Ocorrer hipotensão arterial
Ocorrer hipotensão arterial.
•
•
•
•
Hipotensão arterial, em adultos, é definida como uma:
pressão arterial sistólica < 90 mmHgg ou p
pressão arterial média < 60 mmHg ou
uma diminuição de 40 mmHg na pressão arterial sistólica de base.
FREQUÊNCIA DOS SINAIS E SINTOMAS
96 0
96,0
100,0
90,0
80,0
,
70,0
87,8 87,5
66,7
58,4
60,0
50,0
40,0
30,0
20,0
52,3 50,8
,
34,3
31 2
31,2
22,9
10,0
10
0
0,0
FEBRE
MIALGIA
DOR RETRO-ORBITÁRIA
ARTRALGIA
VÔMITOS
CEFALÉIA
ANOREXIA
NÁUSEA
PROSTRAÇÃO
PRURIDO
Quadro Clínico
•
1º. 2º. dias
•
3º. 4º. dias
•
5º. 6º. dias
FEBRE.
FEBRE.
ASTENIA/ PROSTRAÇÃO CEFALÉIA. DOR RETRO‐ORBITÁRIA. ARTRALGIAS . DOR ÓSSEA .
Á
Ó
MIALGIAS.
MANIFESTAÇÕS
GASTROINTESTINAL
EXANTEMA/ PRURIDO
MANIFESTAÇÕES HEMORRAGICAS
DERRAMES SEROSOS. SINAIS DE ALARME
CHOQUE HIPOVOLEMICO •
5º. 6º. dias
Diagnóstico Diferencial
D
Doenças
F
Febris
bi A
Agudas
d
D
Doenças
exantemáticas
t áti
Síndrome de Febre Hemorrágica
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
y
Doenças Infecciosas
Rubéola
Rubéola.
Sarampo.
Parvovirose
Febre Amarela
Influenza
Hepatite A
Malária.
Meningococcemia
Meningite
Infecções bacterianas e sepses
y Febre Maculosa
y Hantavirose
y Leptospirose
y
y
y
y
y
D
Doenças
não
ã IInfecciosas
f
i
Farmacodermias
Leucoses
Vasculites
Colagenoses
Quais são os exames básicos
para acompanhamento dos
pacientes?
Sônia Maris O. Zagne
Alterações Hematológicas
„
o
o
o
Hematócrito - geralmente normal.
Um hematócrito no início da fase
febril estabelece valor de base do
próprio paciente.
Um aumento do hematócrito, em
comparação com a linha de base é
sugestivo de progresso para o
extravasamento de plasma / fase
crítica da doença
doença.
O aumento geralmente esta
correlacionado a formas com risco
de evolução graves.
graves
o
9
9
9
9
Considerar hto. aumentado:
45% em crianças
ç até 12 anos,,
48% em mulheres e
54% em homens
ou aumento
t de
d 20% do
d valor
l
habitual.
Alterações Hematológicas
• Quanto ao número de
leucócitos, observou-se que
69 8% dos pacientes
69,8%
apresentaram número de
leucócitos inferior a 4.000/mm³.
apresentou-se
se
• A leucopenia apresentou
mais precocemente na FHD,
sendo observada já no 2º dia
de sintomatologia e
recuperando-se
d
a partir
ti do
d 8º
dia.
• No DC, a leucopenia foi
evidenciada do 3º
3 ao 8º
8 dia
com recuperação semelhante à
ocorrida na FHD
Alterações Hematológicas
• 543 prontuários avaliados,
68,5% apresentaram número
de plaquetas inferior a
150.000/mm³.
• Houve queda do número de
plaquetas a partir do 3
3º dia
no DC e a partir do 1º e 2º
dias na FHD.
• A mediana dos valores de
plaquetas foram
f
menores na
FHD desde o primeiro dia de
sintomatologia em relação à
DC Porém,
DC.
Porém evolução diária
semelhante atingindo o
menor número no 7º dia e
recuperando-se a partir daí.
Sônia Maris O. Zagne
Exames Laboratoriais
¾ Testes adicionais devem ser
considerados conforme indicado (e se
disponíveis).
¾ Estes devem incluir testes de função
hepática,TGO apresenta elevações
moderadas ((2 a 5 a vezes a
normalidade), glicemia, eletrólitos
séricos, uréia e creatinina,
bi b
bicarbonato
t ou llactato,
t t a gravidade
id d
das enzimas cardíacas, ECG e EAS.
Procurando Líquido no Terceiro Espaço
• Rx de torax PA e perfil
perfil.
• Ultrassonografia.
Variáveis para classificação de risco
Lorem ipsum dolor sit amet
PARAMETROS PARA ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO Probabilid Classificação Classificação
ade
Manifestação de óbito
1‐ Choque Vermelho
Alta
D
2‐ Sinais de Alerta
Amarelo
Alta
C
3‐ Manifestações 3
Manifestações
Moderada
Amarelo
hemorrágicas
B
Moderada
4‐ Doenças pré existentes?
5‐ Estados especiais de saúde?
6‐ Fatores sociais?
Moderada
A
A
A
Amarelo
A
Amarelo
l
A doença pode
ser extremamente
dinâmica e a
estratificação
reflete o momento
da avaliação,
porem pode
sugerir tendência
tendência.
Reclassificar a
cada avaliação
Estagio A –
Paciente com Dengue mas sem
manifestação hemorrágica
espontânea
p
¾
Estágio B
– Paciente com Dengue e com
manifestação hemorrágica
espontânea
¾
Estágio C
– Dados de identificação do A ou
B, acrescido de pelo menos um
dos Sinais de Alerta.
Alerta
¾
Baixo
Médi
o
R
I
S
C
O
Alto
¾
Estágio D – Choque
VERDE
Dengue sem sinais de alarme e que não pertença a grupo
de risco clínico e social para complicações.
Capazes de ingerir líquidos e que tenham urinado pelo
menos uma vez nas últimas 6 horas.
Classificação de risco → baixa prioridade para avaliação
médica.
AMARELO
Dengue pertença a grupo de risco
Potencial clínico e social para complicações
COM SINAIS DE ALARME CLINICO
Classificação de risco → alta prioridade para
avaliação médica
VERMELHO - Dengue Grave
Uma ou mais das seguintes complicações:
Choque compensado ou não.
Extravasamento plasmático mesmo sem choque (ascite,
derrame pleural etc.).
etc )
Hemorragia, hematêmese, melena.
Comprometimento sistêmico grave (fígado, SNC, coração e
outros).Comprometimento respiratório.
Classificação de risco → Avaliação médica imediata.
ATENÇÃO!!
Todos os pacientes devem ter seu tratamento iniciado em todos os níveis de atendimento.
As transferências serão solicitadas após avaliação da etapa inicial de hidratação
Suspeito de DENGUE
Paciente com febre com duração de 7 dias , acompanhada por pelo menos dois dos seguintes
sintomas:
Cefaléia, dor retroorbitária
retroorbitária,, mialgia, artralgia, prostração, exantema, e que tenha estado em
áreas de transmissão da DENGUE ou com presença do Aedes aegypti nos últimos 15 dias.
Sem sangramento
Sem sinais de
alarme
Sem choque
Grupo A
Unidades
de
Atenção
Primária em
Saúde
Com sangramento
Sem sinais de
alarme
Sem choque
Grupo
G
upo B
Unidades
de Atenção
Secundária em
Saúde com suporte*
para observação
Com sinais de
alarme
Com sinais de
choque
Grupo
G
upo C
Grupo D
Unidades
de Atenção
T iá i em
Terciária
Saúde com leitos de
internação.
Unidades
de Atenção
Terciária em
Saúde com leitos de
UTI.
* Suporte para observação: disponibilização de leitos (macas/poltronas) , possibilitando o mínimo de conforto ao paciente durante sua observação
observação.
RISCO CLINICO
RISCO SOCIAL
Fonte: Brasil, 2009
Tratamento Testados
Corticosteroides
¹4
Aumento da morbidade e mortalidade
Drogas anti‐viral testadas
z
Inibidores da cpt‐ sinterase e da sah hidrolase z
Ribavirina Alfa‐ interferon Gamaglubulina
4Sem efeito satisfatório.
Sem efeito satisfatório
¾ Não existe tratamento específico para a dengue;
¾ Não existe vacina no momento ou expectativa para os próximos anos.
Tratamento
Sintomático
OBJETIVOS
• Reduzir o desconforto.
• Monitorizar risco
• Reduzir complicações
p
ç
HIDRATAÇÃO
• PACIENTE SEM HIPOVOLEMIA
E Casa:
Em
Casa
C
V l 50 a 80 ml/kg/dia
Voll/k /di – 1/3 SRO e 2/3 com outros
t
lí
líquidos
id
Na Unidade de Saúde
Saúde.Iniciar hidratação oral na espera.
Se houver: grande queda do estado geral,
geral recusa da ingestão oral
oral, vômitos
vômitos,
hemoconcentração ou sinais de alerta. Iniciar hidratação venosa
Vol- 50 a 80 ml/kg/dia – 1/3 SF ou RL e 2/3 de SG 5%.
• PACIENTE COM HIPOVOLEMIA
FASE DE EXPANSÃO ‐ Vol: 10 a 20 ml / Kg / h. Solução salina (Pode repetir até 3 vezes). Se não houver resposta usar expansor plasmático
FASE DE MANUTENÇÃO ‐ Quando houver correção da hipovolêmia, iniciar etapa de manutenção com 50 a 80 ml/kg/dia – não subtrair o volume feito na etapa de expansão
de expansão.
Medicamentos Usados no Tratamento
Sintomático
¾ Dor e ou febre
• Dipirona
Di i
• Paracetamol
Paracetamol//Acetaminofeno
¾ Náuseas e /ou vômitos
¾ Prurido
CUIDADO!
O ibuprofeno não esta liberado para o uso em
dengue.
Todos os antiinflamatórios estão contra indicados
Sugestão
Denominação do estadiamento
t di
t
A Local preferencial de tratamento
C D
amarelo
vermelho
Risco Risco Risco Risco
Social Clínico
Clínico Social Social Clínico Clínico
Observação
Escala de humanização
B azul
verde
verde
verde
verde
GRUPO A -
Atendimento em Unidade de Atenção Primária à Saúde (UAPS)
Sem alteração
Avaliação clínica e
laboratorial*
Tratamento em domicílio
Retorno à UAPS, se
possível diário ou ao menos
no 1º dia do
desaparecimento da febre,
febre
ou ao aparecimento sinais
de alerta.
Com alteração ou sem
alteração mas com risco
pessoal
Tratar como
Grupo B
Com alteração
ç
GRUPO B -
Atendimento em Unidade de Atenção Primária
Hidratação oral ou venosa supervisionada.
Realização do hemograma.
Com melhora
Avaliação clínica e
laboratorial*
laboratorial
Sem melhora
T t como grupo A
Tratar
C
Com
melhora
lh
M t HV e observação
Manter
b
ã
Tratar
T
t como
Grupo C
Sem melhora
GRUPO C-
Atendimento em Todas as Unidade.
Avaliar necessidade de transferência após primeira fase da
hidratação
Hidratação venosa supervisionada
com 25 ml/k em 4 horas
Realização do hemograma.Observar
C
Com
melhora
lh
Sem melhora
Avaliação clínica e
laboratorial*
Manter HV e observação
C
Com
melhora
lh
Tratar como grupo B
Sem melhora
Tratar
T
t como
Grupo D
GRUPO DAtendimento em Todas as Unidade.
Avaliar necessidade de transferência após primeira fase da hidratação
Expansão volêmica com 10 a 20 ml/k/ h de
soro fisiológico.
Acompanhamento clínico rigoroso
Realização do hemograma.Observar
Sem melhora
Com melhora
Manter etapa de expansão
com10 ml /h
Avaliação clínica
continuada e laboratorial*
Expansão volêmica com 10 a
20 ml/k/ h de
soro fisiológico.
Solicitar transferencia
C
Com
melhora
lh
Sem melhora
Com melhora
IIniciar
i i etapa de
d
manutenção . Tratar como
grupo B
Iniciar expansor plasmático
com 10 ml/k/ h. de
soro fisiológico Sem melhora
Tratar como
Grupo B
Diagnóstico Etiológico
PRESENÇA DO VÍRUS
¾Detecção
ç de antígeno
g
NS-1Nos primeiros 6 dias de doença, utilizar o teste do antígeno viral NS1.
Os níveis de NS1 tendem a ser mais elevados na FDH, sendo
descrito o
ponto de corte acima de 600 mg/mL como preditor de FHD
FHD.
A sensibilidade 91% .
“A acurácia do teste de NS1 foi de 79,2% e a do PCR de 74,4%”.
p
febril
Melhor resultado 2º,, 3º. E 4º. Dias do período
Outras formasformas- geralmente não disponíveis na clínica
¾ Isolamento do Vírus do dengue
¾ Detecção de antígenos virais ou ácido nucléico viral
¾ Imunofluorescência em tecidos criopreservados.
¾ Imunohistoquimica em tecidos fixados em formalina
tamponada.
p
¾ Reação em cadeia de Polimerases ( PCR )
Diagnóstico Etiológico
SOLICITAR A PARTIR DO 6º DIA DO INÍCIO DOS SINTOMAS.
¾Reação
¾R
ã d
de captura
t
d
de IIgM
M ( Mac
M Elisa)
Eli )
( positiva em 80% no 5 dia permanece positiva até o 90 dia).
Significa infecção recente ou em curso.
Falso positivo 1,7% e falso negativo em 10% .
¾Reação de captura para IgG,
Significa infecção antiga ou em curso.
Diagnóstico
™ CASO SUSPEITO
Paciente com febre há menos de sete dias que vive, trabalha ou esteve em área de
transmissão de dengue e que apresente pelo menos dois dos seguintes sinais ou
sintomas: Cefaléia, mialgia, artralgia, prostração, dor retroorbitária, náuseas, vômitos,
exantema com ou sem prurido, prova do laço positiva, leucopenia e qualquer sinal de
alarme. Em lactentes: sonolência, irritabilidade e choro persistente.
™ CASO PROVÁVELÉ o caso suspeito com resultados positivos através de métodos indiretos (sorologia
IgM ou IgG) para dengue.
™ CASO CONFIRMADO DE DENGUE
É o caso suspeito com resultados positivos através de métodos diretos (isolamento
viral diagnostico molecular
viral,
molecular, detecção de antígeno NS1) e métodos indiretos
FEBRE NÃO DIFERENCIADA
™A febre
eb e não
ão d
diferenciada
e e c ada pode ser
se a manifestação
a es ação mais
a s co
comum
u do
dengue.
™Um estudo prospectivo de infecções do dengue em alunos de 4 a
16 anos de idades em Bangkok,
Bangkok na Tailândia,
Tailândia revelou que a maioria
dos estudantes infectados pelo vírus do dengue – 90 de 103 ou 87%
- eram assintomáticos ou oligossintomáticos e perderam apenas
um dia de aula.
aula
FEBRE DO DENGUE ou DENGUE CLÁSSICA
A febre do dengue é caracterizada por:
Febre, geralmente de início repentino; associada a pelo menos
dois sintomas:
Dor de cabeça severa, retroocular; mialgia ; artralgia ou
exantema que pode surgir em fases diferentes da doença e cuja
Aparência pode ser variável – ele pode ser máculo-papuloso,
petequial ou eritematoso.
Manifestações hemorrágicas podem estar presente.
Os pacientes podem também apresentar outros sintomas, como
por exemplo, prurido e aberrações no paladar, especialmente
um sabor metálico. Além disso, há registros de depressão severa
após
ó a ffase aguda
d d
da d
doença.
FEBRE HEMORRÁGICA DO DENGUE
EXISTEM QUATRO CRITÉRIOS :
(1) Febre, ou história recente de febre aguda;
(2) Manifestações hemorrágicas;
(3) Baixa contagem de plaquetas (100.000/mm3 ou menos);
(4) Comprovante objetivo de extravasamento plasmático causado por
aumento
t da
d permeabilidade
bilid d vascular,
l manifestado
if t d por um ou mais
i dos
d
seguintes sinais:
• Hematócrito aumentado (definido como 20% ou mais acima da linha de base ou uma queda semelhante
após tratamento de substituição de volume);
• Hipoproteinemia; ou Derrames cavitários ou outros.
ATENÇÃO!
Ç
O extravasamento plasmático é a manifestação
fisiopatológica que diferencia a FHD da febre do
dengue e significa que o paciente precisa de líquidos
intravenosos, algumas vezes em grandes
quantidades.
Gravidade do FHD
Existem quatro graus de FHD e para todos os graus devem ser satisfeitos
os quatro critérios de FHD.
¾ Grau 11 estão presentes a febre e sintomas gerais não específicos e a única
manifestação hemorrágica é provocada, ou seja, uma prova de laço positiva
¾ Grau 2 - além das manifestações do Grau 1, há o sangramento espontâneo.
¾ Grau 3 - é um choque incipiente com sinais de insuficiência circulatória.
¾ Grau 4 - o paciente apresenta choque profundo, com pulso e pressão arterial
i
imperceptíveis.
tí i
Graus 3 e 4 podem também serem denominados de Síndromes do Choque
do Dengue
g
DENGUE COM COMPLICAÇÃO
Essa categorização deve ser usada quando o caso
não
ã apresenta
t os quatro
t parâmetros
â t
que permitam
it
o diagnóstico de DH.
Plaquetas< 50.000 ou leucócitos < 1.000 ou
H
Hemorragia
i Definição:
D fi i ã
Quadros neurológicos ou
Hemorragia digestiva ou
Insuficiências: hepática
hepática, renal ou respiratória ou
Derrames cavitários ou
Óbito
Obrigada
Obrigada.
Sônia Maris Oliveira Zagne
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