MARIA CONSERVAVA NO CORAÇÃO! Lc 2,51-52 (1)

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CÉLULAS PAROQUIAIS DE
EVANGELIZAÇÃO
APOIO À PREPARAÇÃO DA EDIFICAÇÃO
Lc 2,51-52
TEMA: SUA MÃE O CONSERVAVA NO CORAÇÃO!
OBJETIVO: CONSERVAR MARIA NO NOSSO CORAÇÃO
1. EXORTAÇÃO DO PASTOR
2. OBSERVAÇÃO, EXPLORAÇÃO E APLICAÇÃO
3. ANEXO: Contemplar Maria como nossa mãe, a
partir do Coração
1- EXORTAÇÃO DO PASTOR
Irmãos!
Cresçamos na sabedoria, estatura e graça de Jesus,
acolhendo no coração Maria como nossa Mãe.
Pois nela recebemos a extrema Misericórdia do Filho,
que no-la deu como Mãe do alto de sua Cruz.
Jesus quer compartilhar conosco a sublime
maternidade de Maria, mansa, humilde e atenta serva,
de fé e esperança inabaláveis – e plena na Ação de
Graças.
Que o Espírito ilumine nossso coração para ser com
Maria, na sua pequenez, cooperador do Filho na
salvação do mundo e edificação da família do Pai.
Sejam nossas Células como a de Nazaré!
2- OBSERVAÇÃO, EXPLORAÇÃO E APLICAÇÃO
SUA MÃE CONSERVAVA TODAS ESSAS COISAS EM
SEU CORAÇÃO
Na sua vida em Nazaré, Jesus nos é mostrado (Lc
2,40) como o “menino que crescia e se fortalecia,
enchendo-se de sabedoria; e a graça de Deus
estava sobre ele”. Logo após, isso é reforçado no
v. 51: “Jesus crescia em sabedoria, estatura e
graça diante de Deus e dos homens”.
Vemos assim que a vida de relação familiar de
obediência em Nazaré, onde se salienta Maria
(“sua mãe, porém, conservava todas essas coisas
em seu coração”) é fator importante para o
crescimento de Jesus.
Nisso, vemos também que é com o coração que
apreendemos as realidades mais profundas. Pois é
no coração que reside a fonte de Sabedoria, o
Espírito de amor – e é o amor que dá sentido e
revela a Verdade de todas as coisas e fatos. É na
Sabedoria que apreendemos essa Verdade e
penetramos no sentido de amor de nossa vida e da
criação, para vivermos realmente sua essência e
propósito.
Todas as obras bem feitas, as mais belas e
estruturadas e sólidas, passam por um tempo de
amadurecimento na contemplação, na meditação,
na observação, mas sobretudo no seu significado
existencial como manifestação de vida, de bem e
de amor. É contemplando com a Sabedoria do
coração, que podemos entender melhor, amar
melhor, fazer melhor.
Pode-se assim imaginar os trinta anos da vida de
Jesus em Nazaré como de preparação, através de
uma relação, sobretudo contemplativa, do
intercâmbio do coração dele com os de Maria e
José. Pois o conhecimento e a contemplação se
tornam mais plenos, mais altos e mais profundos
quando há união de corações, como havia na
família de Nazaré.
Precisamos estar sempre contemplando Maria no
coração, para assim contemplarmos melhor seu
Filho Jesus Cristo, a Sabedoria encarnada.
Gastemos tempo e esforço em atenção e oração de
coração para que Jesus cresça em “estatura, graça
e sabedoria” em nós. Como Maria, devemos
passar a oração no coração, contemplar,
amadurecer e cuidar, e esperar o florescer e o
frutificar.
Por exemplo, um Rosário deve ser uma
contemplação, realizada no coração e com Maria,
dos principais fatos da vida de Cristo, na qual
aplicamos também nosso entendimento, vontade
e decisão e entrega. Orado com o coração, no
espírito de contemplação da vida de Cristo e da
participação de Maria, o Rosário se torna
iluminado, riquíssimo, frutuoso e poderosa fonte
de Sabedoria.
É por ter crescido seu coração em “sabedoria,
estatura e graça diante de Deus”, que Maria é
apresentada, pelos Evangelhos e pela Igreja, na
devoção dos santos e dos fiéis, pelos mais
humildes e pequeninos, como o grande dom de
Jesus que devemos conservar no coração.
Através de inúmeras celebrações e devoções e
santuários, de inúmeros títulos e testemunhos de
graças, de esplêndidos magistérios da Igreja, de
diversas aparições a santos e incontáveis milagres,
que Maria é apresentada aos nossos corações,
para que nossa alegria e nosso ser sejam mais
plenos!
Para assim, com ela e como ela, crescermos no
conhecimento, no amor, no serviço e na
identidade com seu Filho, nosso irmão e Senhor
Jesus Cristo. Ela, a Mulher e Mãe Cheia de Graça, é
o caminho mais perfeito e puro, mais humilde e
desprendido, mais iluminado e rápido para nosso
crescimento em Jesus Cristo.
APLICAÇÕES – (sugestão, entre muitas possíveis)
Partilhar:
1. Partilhar que coisas que têm contribuído para
desenvolver uma oração do coração e o
crescimento em “estatura, sabedoria e graça
diante de Deus e dos homens”.
Por ex.: a leitura orante da Palavra, adoração
ao Santíssimo, a liturgia e as celebrações, a
música e imagens sagradas, estudos e leituras
espirituais, homilias e palestras, encontros e
devoções, a Célula, o Rosário, testemunhos e o
serviço aos outros, o Papa e seus
ensinamentos, a companhia dos irmãos de fé,
um ambiente sagrado e o silêncio etc..
COLETA - (sugestão – não se prenda a ela, ouça o Espírito!)
Pode ser um sumário ou mesmo uma oração espontânea. Tentar
resumir as graças que o Espírito suscitou no grupo e na partilha.
EXERCÍCIO PARA A SEMANA - (não se prenda a ele, ouça o Espírito!)
Invocar várias vezes ao dia. Por ex.:
Maria, minha Mãe, faça-me conservar Jesus no meu coração!
Jesus, faça-me conservar Maria no meu coração!
Maria, minha Mãe, faça-me crescer na “estatura, sabedoria e graça“ de
seu Filho, meu Senhor Jesus Cristo.
3- ANEXO - CONTEMPLAR A PARTIR DO CORAÇÃO
MARIA COMO NOSSA MÃE
“Deveis nascer de novo!” (Jo 3,7).
“Pode alguém entrar no seio de sua mãe e nascer
de novo?“ (Cf. Jo 3,4) perguntou o sábio
Nicodemos a Jesus.
Sim! Pelo poder da Água do Batismo e pela ação do
Espírito podemos e devemos nascer de novo! Para
assim sermos libertos do pecado e da morte, e
elevados a uma realidade que nos transfigura em
Cristo e nos introduz no Reino!
Essa nova Vida nos revela como Filhos do Pai, mas
também nos insere na profunda realidade de
Cristo - recebemos como Mãe a sua Mãe!
Na restauração da paternidade perdida, feita por
Jesus Cristo, está incluída a recuperação do senso
de maternidade de Deus por nós.
Mas Pai e Filho, através de Maria, quiseram dar
destaque a esse aspecto da recuperação da
maternidade - e um maior espaço à participação do
ser humano neste plano de salvação.
Pois necessitamos sentir Deus também como Mãe,
a de amor incondicional e terno, que nunca nos
abandona
e
é
sempre
ilimitadamente
misericordioso.
Assim, para compreendermos seu enorme
significado, devemos, como Maria, conservar e
lembrar “essas coisas no coração”.
Pois foi conservando Jesus em seu coração, seus
ensinamentos e atos, o seu modo de ser e sua
missão, que Maria foi “crescendo em sabedoria,
estatura e graça diante de Deus”. Para só depois
ser apresentada, por Jesus e do alto da Cruz, a nós
homens, como nossa Mãe.
A fidelidade de Maria aos pés da árvore da Cruz
vem mais que superar a desobediência de Eva por
causa da posse da Árvore da Vida. Motivo pelo qual
Maria se torna a nova Mãe dos Viventes, e a Cruz
se torna a definitiva Árvore da Vida. A doação de
Maria como nossa Mãe assume assim um ápice
nesta Hora maior da Redenção.
Mas Maria ali chegou e ali foi transformada em
nossa Mãe porque conservara o coração ligado a
seu Filho Jesus Cristo. Em qualquer e toda
circunstância, Maria permaneceu como serva,
mansa e humilde e atenta, na esperança e na
entrega, até a Cruz. Até receber-nos como seus
filhos na pessoa de João, o discípulo amado:
“Mulher, eis teu filho!” (Jo 19,26).
“Eis tua mãe!” (Jo 19,27). Foi certamente a partir
da filiação a Maria e da contemplação do que ela
conservara em seu coração que João atingiu a mais
alta visão de Cristo no seu próprio coração.
Coração que sentira o de Jesus na Última Ceia e
que vira ser trespassado na Cruz. Coração que se
expandiria nos Evangelhos, nas Cartas, no
Apocalipse, no anúncio, pastoreio e ministério das
Igrejas.
Reafirmando, esse momento em que Maria nos é
dada como Mãe é coroamento e triunfo dos planos
de Redenção do Pai. É sinal de fecundidade da nova
maternidade da nova Eva, a sem mácula e fiel, da
plena de Graças. Maternidade que quer nos
demonstrar, de forma magnífica, o amor
incondicional do Pai a seus filhos.
E, conforme os planos do Pai, desde o anúncio do
Anjo Gabriel até que seu Filho volte, Maria
permanecerá no tempo, gerando filhos à imagem
de seu Filho Jesus Cristo.
O Pai nos deu Maria como Mãe para que ela, além
de edificar-nos em Cristo, seja a maior instância
para alcançarmos Misericórdia. Nela, o Pai quis se
tornar extremamente vulnerável, pois como
negaria algo a Maria, se, por nós, ela lhe entregou
o Filho numa Cruz?
Mas também, ao nos dar a Mãe de seu Filho, o Pai
faz uma indubitável e evidente ação de afirmação
a nosso favor, demonstrando seu amar apaixonado
e “descontrolado” por nós.
Por isso, ignorar Maria como nossa Mãe é ignorar
o amor do próprio Pai e de seu Filho Jesus Cristo. E
assumir Maria como Mãe em nosso coração é
tomar posse de uma Verdade que liberta e dá
felicidade e plenitude.
Firmando este ponto importante, compreender o
sentido e o privilégio de poder acolher Maria no
coração é imenso dom que devemos pedir e
acolher com humildade. “Ó Pai, Senhor do céu e
da terra! Louvo a ti, pois ocultaste estas verdades
dos sábios e cultos e as revelaste aos pequeninos.
Amém, ó Pai, porque Tu tiveste a alegria de
proceder assim” (Mt 11,25).
Recebamos Maria, nossa Mãe da Vida Nova, da
Vida Imaculada e Cheia de Graça, a da serva
humilde e fiel cooperadora da Misericórdia
salvadora manifestada em Jesus.
Acolhamos Maria como nossa Mãe em nosso
coração!
Para louvor, honra e glória da Trindade!
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