Sumário Prefácio ........................................................................................... 3 1. Crescendo em Sabedoria .......................................................... 5 2. Crescendo em Estatura (I) ...................................................... 11 3. Crescendo em Estatura (II) ..................................................... 17 4. Crescendo em Graça............................................................... 23 © Comunidade Presbiteriana Chácara Primavera Ministério de Grupos Pequenos Fevereiro de 2013 Produzido para uso interno Produção Equipe Pastoral da Chácara Primavera (texto) Primavera Eventos (arte) 3 Prefácio O texto escolhido para iniciar os nossos Grupos Pequenos é Lucas 2.52 – “Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.” Nesta ocasião Jesus completara doze anos, assim como a nossa comunidade que, em março de 2013, completa doze anos. Um dos objetivos da espiritualidade cristã é sermos transformados à semelhança de Jesus Cristo. O texto está intimamente ligado às expectativas e sonhos de uma comunidade em crescimento como a nossa. Assim, algumas perguntas nos incomodam seriamente: Estamos nos tornando parecidos com Jesus? Queremos mesmo ser parecidos com Jesus? Quais seriam as implicações disso? Como comunidade cristã temos refletido os valores e as atitudes do Senhor Jesus? Como Seu Corpo, temos agido da forma como ele agiria diante da nossa cidade e região? Convidamos você a refletir sobre as três características do crescimento de Jesus: sabedoria, estatura e graça. Quais os reflexos destas marcas numa comunidade que se afirma Corpo de Cristo na cidade? Equipe Pastoral 4 5 1 CRESCENDO EM SABEDORIA Introdução “A criança Jesus cresceu, não como um menino-prodígio, mas como um ser humano igual a nós, exceto no que se refere ao pecado.” Ele teve uma infância normal e saudável no convívio com seus familiares e amigos na cidadezinha de Nazaré. Todos os anos os pais de Jesus peregrinavam à Jerusalém para participar da festa da Páscoa. Desta vez, Jesus completava doze anos. Com essa idade, o menino judeu se tornava “filho da lei” e membro pleno da sinagoga. No caminho de volta, seus pais se deram conta de que o adolescente, Jesus, havia ficado. José e Maria voltaram em busca do filho. Eles o encontraram em altos papos com os líderes religiosos do Templo. “Os mestres estavam deslumbrados com ele e impressionados com as suas respostas precisas.” (A Mensagem, Eugene Peterson). Lucas 2.52 diz que, à medida que Jesus crescia, ele se desenvolvia em sabedoria. As perguntas de Jesus deixaram os mestres da Lei admirados, não eram perguntas tolas, nem debatia com eles, mas buscava um entendimento das questões espirituais com mais profundidade. Um dos aspectos da sabedoria é a saúde mental. Jesus era um adolescente que cresceu em saúde mental. A sabedoria produz o melhor uso da nossa capacidade intelectual. A tendência da época era 6 a busca por conhecimento e pouca sabedoria. Jesus nos convida a uma caminhada em busca do uso de nossas capacidades mentais integradas com nosso espírito. Atente para as orientações de seu líder que o orientará. A reflexão 1. Com base em Tiago 3.17-18, em que consiste a sabedoria de Jesus? ___________________________________________________ 2. Sendo assim, como Jesus reagiu à “bronca” de sua mãe, Maria? (“Filho, por que você nos fez isto? Seu pai e eu estávamos aflitos, à sua procura”. - Lucas 2.48,51) ________________________ _________________________________________________________ 3. “Crescia Jesus em sabedoria...”: o crescimento em sabedoria é um processo que começa com relacionamento com Deus e a obediência aos princípios e valores de Deus. Então, quando esse processo de crescimento começa? (veja Tiago 1.5). ________________ __________________________________________________________ 4. Perceba a oração do jovem rei Salomão antes de começar a reinar, em II Crônicas 1.10. No entanto, como devemos orar pedindo sabedoria? (Tiago 1.6). _______________________________________ __________________________________________________________ 7 Resumo: Jesus foi surpreendido por seus pais conversando com os sábios. Ele os ouvia e fazia perguntas com intuito de aprender. É possível que seja esta a razão pela qual muita gente envelhece sem se tornar sábia. Não tem nenhuma disposição em sentar-se com os mais experientes, ouvir suas histórias e fazer perguntas. Esta última é o sinal mais evidente de que alguém está realmente conectado e interessado no processo de aprendizado. A decisão Conforme Tiago 1.5, a sabedoria é uma dádiva divina. Por outro lado, para tê-la devemos pedir a Deus (Provérbios 2.6). Mas ela não nos é dada como um enxerto artificial e estanque, mas sim em um processo que se dá no desenvolvimento de uma vida conectada em Cristo. A sabedoria é resultado da obediência amorosa dos princípios e valores ensinados na Palavra de Deus. Sendo assim, não é possível sairmos deste estudo sem uma decisão efetiva. Mas, antes, vamos ouvir o sábio que escreveu Eclesiastes 7.12. Com este texto em mente, volte-se para Mateus 7.24-27. Agora, observe que após ensinar seus discípulos sobre os valores e princípios do reino de Deus, Jesus conta uma metáfora muito pertinente. É o paralelo entre os dois construtores. Ambos ouviram o mesmo ensino. Tinham a mesma tarefa: construir uma casa. Jesus diz que aquele que ouve as suas palavras e as pratica é uma pessoa sábia, que edifica sua 8 vida segundo os princípios e valores de Cristo. O resultado é que ele será bem-sucedido em sua vida. Bem, agora a decisão é sua. Resumo: Agora, o que você precisa fazer para iniciar o processo de crescimento em sabedoria? Ore com fé, pedindo essa dádiva divina. Ele vai lhe ensinar através de pessoas mais experientes e sábias. Portanto, gaste um tempinho assentado para ouvi-las. Desafiese a si mesmo a pequenas mudanças com base no que ouviu dos ensinos de Jesus Cristo. A ação Para partirmos para a prática, temos que responder com honestidade algumas questões. Em Efésios 5.15-16, Paulo nos orienta a viver sabiamente nesta curta e breve vida que temos. Ele diz: “remindo o tempo...” ou segundo a NVI “aproveitando ao máximo cada oportunidade”. 1. Como estamos usando o nosso “tempo-oportunidade” (chronos)? Lembre-se da parábola dos dois construtores. Jesus disse que depois que ambos os pedreiros construíram suas casas, veio a adversidade, as chuvas e enchentes, ventos e tempestade. 2. Como e quanto tempo (chronos) estamos investindo em uma espiritualidade sadia? (Lembre-se do Salmo 1) 3. Descubra e liste três coisas que precisam mudar para iniciar ou retomar o processo de crescimento espiritual (em sabedoria). 4. Se Jesus crescia em sabedoria diante de Deus e diante dos homens, como podemos crescer em sabedoria diante da sociedade? (Colossenses 4.5). Oração “Ensina-nos a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria.” Salmo 90.12 9 Anotações ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ 10 Motivos de Oração ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ 11 2 CRESCENDO EM ESTATURA (I) Introdução O texto de Lucas 2.52 é enfático ao afirmar que, aos 12 anos, “Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens”. A palavra utilizada por Lucas para se referir à estatura pode ter dois significados: estatura física, referindo-se ao fato de que Jesus crescia em tamanho, e maturidade, apontando para o fato de que Jesus se tornava mais maduro a cada dia. Você já deve ter ouvido a frase que nos faz lembrar que somos pessoas em construção. Quando temos uma condição de saúde favorável, espera-se naturalmente um desenvolvimento físico e intelectual. Basta se alimentar corretamente e evitar o sedentarismo para ver o crescimento. O mesmo deve acontecer com a Igreja de Cristo quando ela se mostra saudável na sua comunhão, edificação e serviço. Um exemplo bíblico desafiador é o crescimento da igreja primitiva, conforme nos mostra Atos 2.42-47. Mesmo em meio às adversidades, essa comunidade amadurecia e crescia. Quando existe um crescimento numérico na igreja, o que é esperado numa comunidade saudável, problemas estruturais vão 12 surgir. Uma coisa é você se relacionar com um grupo de 50 pessoas, outra experiência bem diferente acontece quando esse grupo cresce para 100, 200, ou, quem sabe, para um número além desse. Conforme ele cresce, a estrutura precisa dar o suporte. A reflexão Há um fato marcante na história do povo de Deus em Êxodo 18.13-27 que precisamos conhecer. O povo de Israel representava a Igreja no Antigo Testamento. Esse povo, mesmo escravo no Egito, crescia rapidamente. Após liberto do jugo egípcio, a história do êxodo israelita contém elementos quase inacreditáveis, a começar com a quantidade de pessoas que dele participaram. Além de crianças, adolescentes, mulheres e idosos, havia cerca de 600 mil homens de mais de 20 anos (Êxodo 12.37, 38.26; Números 1.46, 11.21). Tendo em mente o que acontecia na igreja primitiva que crescia, a proposta agora é pensarmos nessa passagem de Êxodo 18.13-27, que marca a liderança de Moisés que representava todo o povo diante de Deus (Êxodo 19.8), e também devia representar o Senhor na presença do povo (Êxodo 19.7). O que nos chama a atenção nessa leitura? O que podemos concluir quando pensamos numa estrutura de igreja? O que antes devia ser uma grande agonia para o líder Moisés e seus liderados, agora havia se tornado em possibilidade de todos 13 compartilharem seus sonhos, necessidades, alegrias e, desta forma, ajudarem uns aos outros. Tudo era tratado com a orientação de líderes capazes. Temos, assim, uma estrutura eficaz para aquela situação. Assim, a igreja de Cristo precisa se estruturar na sua administração, comunhão e edificação. Todos os que participam da grande comunhão nos cultos têm a oportunidade de envolvimento nos ministérios e integração nos pequenos grupos, bem como no compromisso de crescimento através do engajamento missional, muito eficiente no contexto da igreja primitiva. A decisão Antes da visita de Jetro, Moisés acreditava no que muitos cristãos acreditam: “Se quiser fazer algo bem feito, faça você mesmo”. Até a visita de Jetro, nós vemos Moisés sozinho, nem mesmo há o registro da sua família ao seu lado. Quão diferente é o exemplo de Jesus que veio para alcançar o mundo, mas concentrou seu ministério em doze discípulos. Aqui está um dado muito importante para aqueles que têm em Jesus o exemplo de alguém que crescia em estatura: nós somos os discípulos de Cristo em qualquer lugar que estejamos. Também como discípulos, recebemos dons específicos que vão atuar no Corpo de Cristo e, junto a outros discípulos que formam a estrutura, que é a 14 Igreja, devemos influenciar outras pessoas com o objetivo de conhecerem a Jesus. Assim, participamos do desafio quantitativo (crescimento numérico), estrutural (organização) e missional (transformação social). A ação 1. Quão consciente você tem sido acerca das necessárias mudanças estruturais na medida em que a igreja se desenvolve? Tem sido um discípulo facilitador ou resistente a estas necessárias mudanças? 2. Quanto você tem contribuído para o efetivo crescimento quantitativo e missional no Corpo de Cristo na cidade? Tem tido intencionalidade em viver em grupos, desafiar outros da sua comunidade a participar, e comunicar o Evangelho de forma que outros sejam alcançados e impactados? 15 Anotações ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ 16 Motivos de Oração ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ 17 3 CRESCENDO EM ESTATURA (II) Introdução Como dissemos no encontro anterior, a palavra “estatura”, usada por Lucas, refere-se tanto ao crescimento no tamanho, quanto à maturidade de Jesus. Por isso, neste estudo, vamos refletir mais profundamente sobre o fato de que a igreja, como Corpo de Cristo, deve, sim, crescer em maturidade tanto na vida de cada discípulo, como comunitariamente, ou seja, em unidade. No entanto, para que esta unidade seja uma realidade na comunidade, é necessário que os membros do Corpo atuem com um atributo especial dado pelo Espírito Santo e conhecido por nós como dom espiritual. Para que Ele, o Espírito, possa ministrar a todo o Corpo, por intermédio desses membros. Os dons existem para edificar o Corpo de Cristo e para o seu crescimento espiritual e numérico (Efésios 4.7,11-16). Eles são os meios usados por Deus para realizar o seu trabalho através da nossa ação que, desta forma, nos conduz à maturidade. E esse processo divino é alcançado quando nos deixamos amoldar pelas mãos do Senhor. Isaías 64.8 diz assim: “Contudo, Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro; tu és o oleiro. Todos nós somos obra das tuas mãos”. 18 Que maravilha! Eu, você, cada um de nós uma obra única da mão do Grande Artesão, que, como todo artesão, não se repete. Cada peça é única. Semelhantes? Ah, sim! Salvos por Cristo, pela graça – não por obra alguma nossa – cada filho de Deus passa por um novo nascimento, uma recriação em Cristo. Somos redirecionados e equipados para realizar os planos de Deus, para todos e para cada um individualmente. Paulo nos mostra isso em Efésios 2.10: “Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos”. A reflexão O sacrifício vivo reconhece que não foi criado “em série”, mas uma obra de artesanato. Através das mãos do Grande Artesão, fomos projetados não apenas para obedecer ao Senhor, mas também para realizar os planos específicos e individuais de Deus para a nossa vida e através de nossa vida. Mais do que isso, Ele também nos inseriu numa comunidade, a igreja, também conhecida como o Corpo de Cristo. E esse Corpo, graças a Deus, a exemplo do corpo humano, não é um só membro, mas muitos, e todos necessários. Um corpo, para funcionar em dado momento, precisa contar com a cooperação espontânea de vários membros para o bem geral. Veja quantos membros precisam unir as forças para uma pessoa 19 simplesmente se deitar ou levantar, para dirigir um carro, para dar uma aula. Da mesma forma, o Corpo de Cristo consiste de pessoas dotadas por Deus de dons espirituais, e harmoniosamente é preciso, para o Corpo funcionar frequentemente, contar com a cooperação espontânea de vários dons espirituais, através de seus possuidores, em dada situação. Todos os membros deveriam estar de prontidão para entrar em campo na hora apropriada. Isso é unidade. A decisão O que fazer com os dons? A resposta é: servir e glorificar a Deus. Em 1 Pedro 4.10-11 lemos: “Cada um exerça o dom que recebeu para servir os outros, administrando fielmente a graça de Deus em suas múltiplas formas. Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus. Se alguém serve, faça-o com a força que Deus provê, de forma que em todas as coisas Deus seja glorificado mediante Jesus Cristo, a quem sejam a glória e o poder para todo o sempre”. A vontade do Senhor é que cada um sirva seu próximo exercendo seus dons espirituais. Efésios 4.16: “Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função”. Não somos um acidente. Já vimos que Deus nos fez, a cada um, obra de artesanato. Planejou as boas obras que deveríamos realizar. Deu-nos dons espirituais e os talentos natos necessários para realizarmos aquelas boas obras. Colocou-nos no Seu Corpo em união 20 com os outros. Portanto, devemos usar aquilo que recebemos e não correr atrás de algo que não temos. Precisamos entender que o possuidor de dons espirituais é um simples canal. A figura do vaso que acumula e estoca bênçãos não é bíblica. Através do “crente-canal”, Deus, a fonte, transmite e dispensa suas bênçãos a outros. Portanto, a maturidade começa a se revelar na vida de um discípulo de Cristo a partir do momento em que ele exerce os seus dons no serviço a outros, e trabalha na promoção da unidade da sua comunidade, conforme vemos em Efésios 4.15-16. A ação 1. Você conhece seus dons espirituais? Sabe como desenvolver e usar esses dons? 2. Olhando para a sua comunidade cristã, o quanto você e o seu dom espiritual têm contribuído para a maturidade do Corpo? 3. Você, que já está na igreja há alguns anos, já se vê capaz de acompanhar um novo na fé ou se envolver em algum ministério? 21 Anotações ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ 22 Motivos de Oração ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ 23 4 CRESCENDO EM GRAÇA Introdução “Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens.” (Lucas 2.52) Nos estudos anteriores, percebemos que é vontade de Deus nosso crescimento espiritual, em sabedoria e estatura. Resta-nos tratar do crescimento em “graça” diante de Deus e dos homens. Lembrese, nossa meta é sermos transformados dia a dia à semelhança de Jesus. O pastor John Stott dizia: “Se afirmamos ser cristãos, devemos ser como Cristo”. Como Jesus se relacionava com diferentes tipos de pessoas? Como ele atraia a atenção de tanta gente? Como ele lidava com as autoridades, os mais velhos e os menos favorecidos? Aos doze anos, Jesus já demonstrava respeito às autoridades espirituais de seu povo, ouvindo-os e indagando-os a respeito da sua história e espiritualidade. Já adulto, percebemos Jesus lidando com a hipocrisia das autoridades religiosas, sempre com amabilidade, sem deixar de exercer assertividade. Ele lidou com os mais fracos e doentes 24 com gentileza e amor. Tratou pecadores com misericórdia e graça, sem deixar de orientá-los ao arrependimento. A reflexão Como somos influenciados a lidar com situações que nos aborrecem e trazem frustração? Como somos motivados, desde crianças, a lidar com os conflitos de relacionamento? Como temos tratado aquelas pessoas que nos servem? Temos nos relacionado com os idosos a partir da realidade da graça? Philip Yancey nos convida a refletir: “Busque as raízes da palavra graça no grego e você vai descobrir um verbo que significa ‘eu me regozijo, estou feliz’. Em minha experiência, o regozijo e a alegria não são as primeiras imagens que vêm à mente das pessoas quando pensam na igreja”. Jesus crescia em graça (charis) diante de Deus e dos homens. Isto significa que Ele estava em um processo de maturidade relacional saudável e agradável. Charis é a palavra grega para descrever, em nossa língua, atitudes de “amabilidade”, bondade misericordiosa e carisma. Eugene Peterson diz que o “nosso mundo não nutre simpatia pela graça”. Se observarmos como a maioria das pessoas trata idosos, pobres, subordinados, doentes, crianças que cometem erros, então 25 veremos que Peterson está certo. De fato, não só vivenciamos a falta de “graça” nas relações interpessoais, como nossa cultura nos ensina que é sinal de fraqueza ou falsidade. Mas, se queremos ser como Jesus, então nós precisamos crescer em Graça. A decisão Tendo em vista o que aprendemos sobre crescer em Graça diante de Deus e dos homens, somos desafiados, como discípulos de Jesus, a tomar uma decisão séria em nossa vida. Isto se realmente desejamos crescer espiritualmente rumo a nos parecermos com Jesus. Não devemos permanecer os mesmos. A mudança faz parte da vida. Cada dia. Todo dia. Pela Graça. Medite nas palavras abaixo do Pr. John Ortberg: “A decisão que nos torna discípulos é escolher estar sempre com Jesus para poder aprender dele, continuamente, a ser plenamente iguais a ele”. A identidade de Jesus deve, continuamente, influenciar nossa identidade. Se isso não acontece, há algo de errado e Sua Graça não tem, de fato, impactado nossas vidas em nosso amor por Deus e pelas pessoas. 26 A ação James Hunter – em seu livro “O monge e o executivo” – traz que não se pode esperar um resultado diferente se sempre agimos do mesmo jeito. Sendo assim, e, diante do desafio de crescermos em “graça”, permita-se pensar seriamente em pequenas mudanças no como nos relacionamos com Deus e com o próximo. 1. Quando estamos frustrados, aborrecidos ou irados como podemos separar a pessoa do problema? 2. Como podemos confrontar os erros do próximo sem deixar de exercer graça (amabilidade, bondade, misericórdia)? 3. Escreva até três novas atitudes que poderão ser o começo de suas mudanças. 4. Se você já tem crescido em Graça, então continue neste processo de crescimento em sabedoria, estatura e graça. 27 Anotações ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ 28 Motivos de Oração ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________ ______________________________________________