ANÁLISE FACIAL: PARAMETROS PARA TRATAMENTOS DE REABILITAÇÃO ORAL Fabrícia Araújo Pereira,1 Barbara de Lima Lucas,2 Roberto Bernardino Júnior,3 Luiz Carlos Gonçalves,4 Vanderlei Luiz Gomes.5 RESUMO Estabelecer a correta dimensão vertical do paciente desdentado é um procedimento complexo. Na literatura há controvérsias, além do que, entre os vários métodos descritos não existe um método universalmente aceito. Oferecer suporte suficiente aos tecidos moles periorais e adequada relação maxilomandibular exige do profissional domínio de uma das técnicas existentes, habilidade e percepção clinica para devolver as condições ideais de funcionabilidade ao aparelho estomatognático. A proporcionalidade entre as estruturas faciais pode ser um dos aspectos a serem observados durante o tratamento de reabilitação oral. Esse estudo verificou a presença de correlações entre estruturas da composição facial para oferecer parâmetros anatômicos confiáveis durante a determinação da dimensão vertical de repouso e da altura adequada dos lábios superiores e inferiores. Fotos digitais da face de 76 estudantes foram registradas. Os seguintes segmentos faciais foram medidos e comparados: distância da base do nariz ao tubérculo lábio superior, segmento que vai da borda superior do lábio inferior à base da mandíbula na região do mento, altura do terço inferior da face, distância do canto lateral do olho à comissura labial (ipsilaterais), distância do canto lateral olho à base da mandíbula na região do mento, extensão intercomissural, e altura total da face. Foram encontradas correlações significantes entre as variáveis analisadas, com exceção da comparação da distância da base do nariz ao tubérculo lábio superior com a distância intercomissural. A análise de regressão linear definiu equações matemáticas para estimar a 1 Aluna de graduação do 6º período da Faculdade de Odontologia. Universidade Federal de Uberlândia. Participa do PIBIC/CNPq através uma bolsa concedida ao Projeto D35/2007. Praça Getúlio Vargas, n°. 178. Apto 301. Centro. Araguari. Minas Gerais. CEP 38.440-250. [email protected] 2 Aluna da Pós-graduação da Faculdade de Odontologia. Universidade Federal de Uberlândia. Rua Araxá n°420. Bairro Oswaldo Rezende. Uberlândia. Minas Gerais. CEP 38.412-518. [email protected]. 3 Área de Morfologia. Instituto de Ciências Biomédicas. Universidade Federal de Uberlândia. Rua Neton Fonseca Arantes, nº. 114. Bairro Daniel Fonseca. Uberlândia. Minas Gerais. CEP 38400-306 [email protected] 4 Área de Prótese Removível e Materiais Odontológicos. Faculdade de Odontologia. Universidade Federal de Uberlândia. Rua Espírito Santo, nº. 1150. Bairro Brasil. Uberlândia. Minas Gerais. CEP 38400-660 [email protected] 5 Área de Prótese Removível e Materiais Odontológicos. Faculdade de Odontologia. Universidade Federal de Uberlândia. Rua Abdala Attiê n°146. Uberlândia. Minas Gerais. CEP 38.408-436. [email protected] altura do lábio superior e o segmento que vai da borda superior do lábio inferior à base da mandíbula na região do mento, bem como a dimensão vertical de repouso por meio de fotogrametria, otimizando o planejamento de um tratamento de reabilitação oral. Palavras-chave: estética, dimensão vertical, antropometria facial. ABSTRACT Establishing the adequate vertical dimension of the edentulous patient is a hard procedure, due to disagreement in dental literature and to the absence of a reliable technique. Dental professional must focus on the correct construction of record rim waxes to offer sufficient soft tissue support and the adequate maxilomandibular relationship to the patient. The proportion of facial structures can be an important aspect to be observed during oral rehabilitation treatments. This study verified the presence of significant correlation between facial structures to find a reliable anatomical parameter for the assessment of the vertical dimension of rest position and the adequate length of the lower and upper lips. Standardized digital images of 76 dentate Brazilian subjects were used to measure the following facial segments: distance between the base of the nose to the upper lip, distance between the lower lip to the chin, length of the lower third of the face, distance between the outer cantus of the eye to the labial commissure, distance between the outer cantus of the eye to the chin, intercommissural width and the length of the face. Significant correlations were found between all facial segments compared with the exception of the association of the distance between the base of the nose to the upper lip and the distance between labial commissure. Linear regression analysis was applied and mathematical equations were concluded to relate all facial segments observed with the length of the lower and the upper lips, as well as with the length of the lower third of the face at rest, by use of photogrammetry. Linear analysis of soft tissue can be a reliable method to estimate the length of the lower and the upper lips, as well as the length of the lower third of the face at rest, during oral rehabilitation treatment. Keywords: esthetics, vertical dimension, facial anthropometry. INTRODUÇÃO importante para a saúde plena e o bemestar A deterioração da dentição e a perda dos dentes levam à diminuição da função mastigatória (Van Der Bilt, 1993). Uma função mastigatória deficiente resulta em consumo preferencial de alimentos mais macios e fáceis de serem mastigados, os estado nutricional dos indivíduos (Wayler e Chauncy, 1983; Brodeur et al., 1993; Papa et al., 1998). A dificuldade em mastigar determinados alimentos pode causar constrangimentos às pessoas, implicando no aparecimento de distúrbios Sheiman et al., 2001). Portanto, a perda dos dentes acarreta uma série de problemas ao indivíduo prejudicando a mastigação, fonética, estética e o convívio social. Para a reabilitação desses principalmente desdentados confecção próteses de pacientes, totais, a removíveis é geralmente indicada devido seu baixo custo. Esse dispositivo é confeccionado com intuito de promover a recuperação miofuncional e devolver a qualidade de vida ao paciente. preocupações dos pacientes que recebem tratamento em estima e, portanto, deve fazer parte do processo de reabilitação oral (Krajicek, 1960; Engelmeier, 1996; Sellen, Harrison, Jagger, 1999). A análise da harmonia entre face, lábios e dentes constitui ponto chave no planejamento de reabilitações extensas. Todas estas observadas estruturas em devem conjunto e ser não isoladamente. O inter-relacionamento entre as estruturas da face sugere que a natureza concebe formas e proporções equilibradas. O paciente que recebe prótese removível total pela primeira vez deseja aos se assemelhe o máximo possível, com os dentes naturais. Krajicek (1960) comenta que, geralmente, a primeira exigência é o conforto, em seguida uma aparência harmoniosa, e por último, eficiência. Pound (1962) cita que a harmonia facial é totalmente influenciada pelo terço inferior da face e que a mesma só pode ser atingida quando restauradas tanto a função mastigatória, quanto a aparência facial. Desse modo, o autor esclarece que o A estética é uma das principais algum influenciando interfere na aparência, melhora a auto- psico-sociais que afetam negativamente a qualidade de vida (Papa et al., 1998; pessoas, aspectos psicológicos do paciente, pois quais, por possuírem poucas fibras e serem pobres em nutrientes, comprometem o das reabilitador. A restauração da estética dos arcos dentais é estabelecimento de fatores tais como conforto e mastigação não oferecem a estética necessariamente, sendo importante preocupar também com a reconstrução Nas reabilitações estéticas extensas é estética da face. Cross e Cross (1971) concluíram que muito importante analisar a harmonia da as características listadas como mais composição dentofacial. Vários aspectos importantes na estética facial são: olhos interferem nessas composições, como: (34%), (31%), formato da face, linhas de expressão, proporções faciais ou configuração da face linhas médias facial e dentária, dimensão (15%), cabelo (10%), cor da pele (5%) e vertical, tipos e configurações do sorriso e formato do nariz (5%). dos boca e/ou sorriso Os parâmetros naturais de harmonia entre estas estruturas são, lábios, entre outros (Powell e restabelecer a Humphreys, 1984). Na tentativa de indubitavelmente, os melhores modelos a dimensão vertical utilizam-se processos serem seguidos na confecção de próteses que ainda dependem de fatores subjetivos. dentais de toda a arcada, já que estas Duas posições são importantes na relação reabilitam importantes uma área e com vertical da mandíbula com a maxila: uma Portanto, nas estabelecida pela musculatura mastigatória, utilizar dimensão vertical de repouso (DVR), e paciente outra pelo contato oclusal, dimensão grande funções. confecções destas devemos parâmetros encontrados no dentado para se restabelecer o paciente vertical de oclusão (DVO). desdentado. Espera-se que uma prótese Na literatura há um consenso de que total restabeleça as características faciais, o na DVR o tônus dos músculos elevadores perfil, a forma dos lábios e o sorriso da mandíbula está em harmonia com os natural, ou seja, que ela preserve a efeitos das forças da gravidade e que essa fisionomia do paciente. condição depende do estado psicológico, Para que a reabilitação oral de problemas neuromusculares, da língua, proporcione a normalidade na aparência da idade, da estrutura óssea, de uma facial, na fonação, deglutição e função oclusão alterada e da postura do indivíduo. mastigatória, a correta determinação das Willis (1930), utilizando pacientes relações maxilomandibulares desempenha dentados, encontrou igualdade entre a papel fundamental. Apesar de vários es- distância que vai do ponto subnasal até o tudos objetivarem a formulação de um gnátio, e que vai do canto lateral do olho protocolo para obtenção dessas dimensões até a comissura bucal, com o paciente em verticais entre mandíbula e maxila, ainda relaxamento muscular. Tamaki (1977), não existe um método totalmente confiável após obter o relaxamento muscular natural (Correia et.al. 2006). do paciente, tomava a medida da base do nariz ao mento, utilizando-se do compasso fisiológico e seu contorno nos pacientes de Willis (1930). Da medida obtida eram dentados são dados de duas maneiras: 1) o subtraídos 3.0 mm, referentes ao Espaço suporte intríseco dos músculos, fibras do Funcional Livre (EFL), encontrando-se a tecido conjuntivo, glândulas etc; 2) suporte DVO. das estruturas adjacentes, como os dentes Mathews (1978) define que a altura anteriores e osso alveolar associados. do lábio superior (filtrum) é medida do Considera que o suporte do lábio é subnasal ao ponto mais superior do lábio importante tanto para na aparência natural superior. as em repouso como do ponto de vista variações anatômicas da altura do lábio funcional (lábios e bochechas), pois todos superior, distância interoclusal e dimensão os músculos atuam mais eficientemente vertical devem ser inter-relacionadas para quando mantidos e suportados no seu se comprimento funcional fisiológico. Segundo estabelecer Hurst a (1962), quantidade de aparecimento dos dentes em pacientes Boucher (1976) comenta que as estruturas da face: narinas, abertura bucal, dentados. Hughes (1951) concluiu que os lábios lábio inferior, mento, sulco mento-labial, são sustentados basicamente pelo terço comissura, lábio superior, “filtrum”, sulco cervical ou pela metade gengival dos násio-labial e asa do nariz são parâmetros incisivos centrais e laterais. O perfil facial adequados deve ser estudado na posição de repouso, e estéticas, garantindo a harmonia dento estudos facial. complementares devem ser para confeccionar próteses Nagle e Sears (1965) preconizam que efetuados em desdentados totais. Brunton (1994) revisa a variedade de a linha incisal, referente à borda oclusal do técnicas e filosofias para proporcionar plano de orientação superior, deve ficar na estética e função aceitáveis às próteses mesma altura da rima labial em repouso. totais. Os princípios para o uso de Stephens (1970), Boucher (1970), Saizar referências anatômicas são discutidos em (1972), e Tamaki (1974) preconizam que a conjunto do borda oclusal do plano de orientação posicionamento dental com intuito de dar superior deve ficar 2.0 mm abaixo do suportes aos tecidos dos lábios e também o tubérculo do lábio nos casos normais. valor com dos recomendando as normas registros o uso de pré-extração, Para Chiche e Pinault (1994) é referências necessário utilizar algumas referências anatômicas assim como fotografias antes como: linhas horizontais (linha da extração. Para o autor, o suporte labial interpupilar, a linha de sobrancelha e a linha intercomissural); linhas verticais 2-Critérios de inclusão e exclusão: (linha A média técnica não-probabilística de também pelas dadas pelas amostragem por julgamento foi utilizada comissuras labiais e centro das pupilas; para coletar indivíduos dentados com faixa plano oclusal e referências fonéticas, para etária entre 17 e 33 anos. referências facial) parassagitais, Não foram incluídos nesta análise realizar diagnóstico e tratamento estético sujeitos que apresentam alterações tais dentofacial. Quando se fala em estética dental como exodontias, tratamento restaurador Souza (1996) diz que se deve ter em mente de grande extensão, ou agenesia de algum a dente harmonia facial, considerando permanente anterior superior. devidamente todos os segmentos da face Também foram excluídos da amostra os que estão diretamente relacionados com o indivíduos que apresentam apresentavam sorriso. A restauração do terço inferior da alterações faciais corrigidas ou não. face é a contribuição mais importante para a estética facial e a satisfação da auto- 3-Método: De acordo com Bishara et al. (1995), a fotografia é muito utilizada como imagem. presente método para obter medidas em estudos de trabalho se existe uma proporcionalidade antropometria. Entretanto, foi apenas em entre as estruturas da face, a fim de 1940 que Sheldon sugeriu confiável o identificar uma correlação que auxilie tanto método fotográfico para obter medidas na relacionamento antropométricas. Tanner e Weiner (1949) maxilomandibular adequado ao paciente analisaram a confiabilidade do método e edêntulo, como no posicionamento dos apontaram inúmeras vantagens do uso de dentes artificiais durante o tratamento de fotogrametria em relação ao uso de reabilitação oral. instrumentos MATERIAIS E MÉTODO diretamente no sujeito, incluindo o fato da Assim, observou-se identificação do no de medida posicionados 1-Número de sujeitos da pesquisa: fotografia Participaram do estudo qualitativo 76 permanente, que permite realizar inúmeras acadêmicos da Universidade Federal de medidas de acordo com a necessidade do Uberlândia, que assinaram um termo de observador. disponibilizar um registro um Foi registrada uma imagem digital da questionário para avaliar tanto a história face do voluntario, numa vista frontal, que odontológica, quanto as condições atuais pode ser observada na figura 1. As dos dentes e tecido de suporte. medidas faciais foram analisadas por meio consentimento e responderam a de análise linear do tecido mole, também Supply Co., New York, USA.), que conhecida como fotogrametria. consiste 3.1-Antropometria da face do voluntário: em uma régua de metal, padronizou a posição da face em todos os registros fotográficos. O esquadro de 3.1.1 - Padronização dos registros fotográficos: Wavrin foi modificado para este estudo, após fixar um par de réguas milimetradas, Todos os registros fotográficos foram sendo uma no sentido vertical e outra no realizados por apenas um pesquisador- horizontal. Tais réguas fornecem uma fotógrafo, no mesmo local e condições de referência numérica entre a dimensão real iluminação. Um fundo de cor escura foi e a dimensão da imagem (Preston, 1993; utilizado para evitar a presença de sombras Fariaby, Hossini, Saffari, 2005). na imagem (Vargas, 2003). Ficou fixada Durante o registro das fotos, o com auxílio de uma Trena (Trena em aço paciente 3m, L510CME, Lufkin, Kerrville, TX, Dimensão Vertical de Repouso (DVR), USA), a distância de 56,0 centímetros, conceituada por Winkler (1979) como a entre a lente da máquina digital e a face do situação em que todos os músculos voluntário, distância esta que viabiliza uma mastigadores apresentam-se em estado de imagem em condições de se realizar as equilíbrio, suficiente apenas para sustentar medições a postura do indivíduo. necessárias para o permaneceu em posição de 3.1.4 - Linhas de referências faciais desenvolvimento do estudo. A máquina foi posicionada em um para análise da imagem: Tripé de altura regulável (VT40 Tron, Na imagem analisada, em uma vista 013002, Manaus, Amazônia, Brasil). As frontal, o plano sagital necessariamente fotos foram registradas por uma máquina deveria estar perpendicular ao plano do fotográfica digital (MVC-FD97, Mavica, solo. Outra referência observada nesta pose Sony®, e é a linha bipupilar, que estava paralela ao transferidas ao computador da Área de solo (Bishara et Al. 1995; Vargas, 2003; Prótese Baudouin e Tiberghien, 2004). Figura 1. Mexico City, Removível Mexico), e Materiais Odontológicos (APROR-FOUFU). Um pesquisador ficou responsável pelo 3.1.3 - Posição da face do paciente na foto: O posicionamento do rosto de cada voluntário, de acordo com os parâmetros voluntário foi instruído a posicionar a face no esquadro de Wavrin (Wavrin Trutype Tooth Guide, Dentist's citados, a fim de garantir a padronização das fotos. correspondendo à distância entre a base do nariz e a borda inferior do lábio superior (Powell e Humphreys, 1984; Habemma 2004); 3.1.5.2. Altura do lábio inferior, correspondendo à distância entre a borda superior do lábio inferior e a base da mandíbula na região do mento (Powell e Humphreys, 1984; Habemma 2004); 3.1.5.3. Terço inferior da base, medido da base do nariz à base da mandíbula na região do mento (Willis, 1930; Powell Figura 01: Vista frontal, evidenciando plano Habemma, 2004); sagital (preto) e linha bipupilar (vermelho). 3.1.5.4. e Humphreys, 1984; Distância vertical entre o canto lateral dos olhos e uma linha 3.1.5 - Antropometria da face por horizontal que passa pela comissura labial, meio de imagem digital no software de ipsilaterais (Willis, 1930; Gomes et al., imagem HL IMAGE ++2005: 2008); O software de leitura de imagens HL Segmentos Faciais Código Software, L.C, East Layton, Utah, USA) Altura do lábio (vermelho); N-LS foi utilizado para medir as estruturas Distância do lábio inferior à LI-M faciais. De acordo com o fabricante, o margem da mandíbula na programa em questão é adequado para região do mento (azul escuro); IMAGE ++2005 (Western Vision realizar medidas científicas em imagens Terço inferior (verde claro); TI digitais, quando existe uma referência Distância entre o canto lateral OE-CL numérica visualizada na imagem (réguas do olho esquerdo à comissura milimetradas). labial (verde escuro); Após a calibração das imagens, as seguintes estruturas da face foram medidas: 3.1.5.1. Distância entre o canto lateral OE-M esquerdo do olho esquerdo à base da mandíbula (azul claro); Altura do lábio superior, Distância entre o canto lateral OD-CL do olho direito à comissura labial (rosa); Distância entre o canto lateral OD-M do olho direito à base da mandíbula (lilás); Comprimento da boca DCL (amarelo); Altura da face (preto e verde ST claro); Tabela 01: Legenda para todas as medidas faciais observadas. 3.1.5.5. Distância vertical entre o canto lateral dos olhos e a linha que Figura 02: Representação de todas as medidas tangencia a base da mandíbula na região do faciais observadas. mento (Willis, 1930; Powell e Humphreys, 1984; Habemma, 2004); 3.1.5.6. Comprimento medido entre (Bishara et Tiberghien, as al., da boca, comissuras labiais 1995; 2004; Baudouin Fariaby, e Hossini, Saffari, 2005, Gomes et al. 2006); 3.1.5.7. Altura da face, medida entre a linha do cabelo e a base da mandíbula na região do mento (Baudouin e Tiberghien, 2004); Os segmentos da face analisados estão representados na figura 02, e descritos na tabela 01. RESULTADOS Os valores encontrados após as medições das estruturas analisadas, bem como a média e o desvio padrão para cada estrutura aferida estão apresentados na tabela 02 e no gráfico 01. As variáveis analisadas apresentaram uma distribuição normal, de acordo com o teste de Curtose, e a estatística paramétrica foi aplicada. Com o objetivo de verificar a existência ou estatisticamente variáveis não de correlações significantes analisadas, foi entre as aplicado o Coeficiente de Correlação de Pearson (Graner, 1966), às séries de dados, comparadas duas a duas. Foram pareados os segmentos verticais e o comprimento da boca (DCL). O nível de significância foi LS e DCL. estabelecido em 0,05, em uma prova Após o ajustamento da reta aos bicaudal. Os resultados estão demonstrados pontos de dispersão, a análise de regressão na tabela 2. De acordo com os dados linear definiu equações matemáticas para apresentados, encontradas relacionar a o comprimento dos lábios estatisticamente inferior e superior aos segmentos verticais correlações foram positivas, significantes, entre todas as variáveis da face. Ver gráficos 02 a 15. analisadas, com exceção das variáveis NVariáveis Analisadas Valores de r Probabilidades N-LS x LI-M 0,439 0,000* N-LS x TI 0,745 0,000* N-LS x OE-CL 0,617 0,000* N-LS x OE-M 0,555 0,000* N-LS x OD-CL 0,627 0,000* N-LS x OD-M 0,634 0,000* N-LS x DCL 0,225 0,051 N-LS x ST 0,557 0,000* LI-M x TI 0,903 0,000* LI-M x OE-CL 0,479 0,000* LI-M x OE-M 0,632 0,000* LI-M x OD-CL 0,443 0,000* LI-M x OD-M 0,736 0,000* LI-M x DCL 0,370 0,001* LI-M x ST 0,667 0,000* Tabela 02: Valores de r e das probabilidades a eles associadas, obtidos quando da aplicação do Coeficiente de Correlação de Pearson aos valores das variáveis analisadas, comparadas as séries de dados, duas a duas. (*) p < 0,05 Relação entre N-LS e LI-M 7.000 6.000 5.000 LI-M 4.000 y = 0.7576x + 2.946 R2 = 0.1926 3.000 2.000 1.000 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 N-LS Gráfico 02: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de LI-M (y) dos valores de N-LS (x). Relação entre N-LS e TI 11.000 9.000 TI 7.000 y = 1.7854x + 2.9819 R2 = 0.5548 5.000 3.000 1.000 1.000 1.500 2.000 2.500 3.000 3.500 N-LS Gráfico 03: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de TI (y) dos valores de N-LS (x). Relação entre N-LS e OE-CL 3.500 N-LS 3.000 2.500 y = 0.2921x + 0.2864 R2 = 0.3812 2.000 1.500 1.000 1.000 3.000 5.000 7.000 9.000 11.000 OE-CL Gráfico 04: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de N-LS (y) dos valores de OE-CL (x). Relação entre N-LS e OE-M 3.500 3.000 2.500 N-LS y = 0.1493x + 0.6508 R2 = 0.3085 2.000 1.500 1.000 0.500 0.500 5.500 10.500 15.500 OE-M Gráfico 05: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de N-LS (y) dos valores de OE-M (x). Relação entre N-LS e OD-CL 3.500 N-LS 3.000 y = 0.297x + 0.2377 R2 = 0.3936 2.500 2.000 1.500 1.000 1.000 3.000 5.000 7.000 9.000 11.000 OD-CL Gráfico 06: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de N-LS (y) dos valores de OD-CL (x). Relação entre N-LS e OD-M 3.500 3.000 N-LS2.500 y = 0.1967x + 0.0543 R2 = 0.4025 2.000 1.500 1.000 1.000 3.000 5.000 7.000 9.000 11.000 13.000 15.000 OD-M Gráfico 07: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de N-LS (y) dos valores de OD-M (x). Relação entre N-LS e ST 3.500 3.000 N-LS 2.500 y = 0.1142x + 0.1414 R2 = 0.3107 2.000 1.500 1.000 0.500 5.000 10.000 15.000 20.000 25.000 ST Gráfico 08: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de N-LS (y) dos valores de ST (x). Relação entre LI-M e TI 10.000 9.000 8.000 7.000 TI y = 1.2533x + 1.355 R2 = 0.8148 6.000 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 1.000 2.000 3.000 4.000 5.000 6.000 7.000 LI-M Gráfico 09: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de TI (y) dos valores de LI-M (x). Relação entre LI-M e OE-CL 7.000 6.000 5.000 LI-M 4.000 y = 0.3913x + 1.8923 R2 = 0.2294 3.000 2.000 1.000 1.000 3.000 5.000 7.000 9.000 11.000 OE-CL Gráfico 10: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de LI-M (y) dos valores de OE-CL (x). Relação entre LI-M e OE-M 7.000 6.000 5.000 LI-M 4.000 y = 0.2933x + 1.242 R2 = 0.3995 3.000 2.000 1.000 1.000 3.000 5.000 7.000 9.000 11.000 13.000 15.000 OE-M Gráfico 11: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de LI-M (y) dos valores de OE-M (x). Relação entre LI-M e OD-CL 7.000 6.000 5.000 LI-M 4.000 y = 0.3622x + 2.0946 R2 = 0.1964 3.000 2.000 1.000 1.000 3.000 5.000 7.000 9.000 11.000 OD-CL Gráfico 12: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de LI-M (y) dos valores de OD-CL (x). Relação entre LI-M e OD-M 7.000 6.000 LI-M5.000 y = 0.394x - 0.0229 R2 = 0.542 4.000 3.000 2.000 2.000 4.000 6.000 8.000 10.000 12.000 14.000 16.000 OD-M Gráfico 13: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de LI-M (y) dos valores de OD-M (x). Relação entre LI-M e DCL 7.000 6.000 LI-M 5.000 y = 0.3901x + 2.6062 R2 = 0.1369 4.000 3.000 2.000 1.000 1.000 3.000 5.000 7.000 9.000 DCL Gráfico 14: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de LI-Q (y) dos valores de DCL (x). Relação entre LI-M e ST 6.500 6.000 5.500 5.000 LI-M4.500 4.000 y = 0.236x + 0.0035 R2 = 0.4453 3.500 3.000 2.500 2.000 2.000 7.000 12.000 17.000 22.000 27.000 ST Gráfico 15: Dispersão das variáveis analisadas e ajustamento da reta de regressão linear para definir valores de LI-M (y) dos valores de ST (x). aspecto natural, jovial ou até mesmo artificial. A restauração adequada do DISCUSSÃO A satisfação sorriso promove ao paciente condições do paciente está relacionada à estética resultante de sua reabilitação oral, podendo esta ter um para readquirir qualidade de vida e autoestima. Têm-se buscado estabelecer parâmetros anatômicos para identificar e restabelecer a harmonia dento-facial. A estética deve ser utilizada como quando existe boa estética e um aspecto essencial durante tratamentos proporcionalidade facial. Willis (1930), complexos de reabilitação oral, no qual há utilizando pacientes dentados, encontrou necessidade de substituição de todos os igualdade entre a distância que vai do dentes naturais com próteses. A face deve ponto subnasal até o gnátio, e que vai do ser examinada numa visão frontal para a canto lateral do olho até a comissura bucal, avaliação com o paciente em repouso muscular. da simetria de proporções horizontais e verticais (Proffit, 1991). Para Assim, também na presente análise as Powell e Humphreys (1984), a harmonia mensurações TI e OE-CL apresentaram da face, em geral é determinada com base valores no equilíbrio dos terços faciais, que devem respectivamente de 7.393 cm e 7.477 cm, ser aproximadamente iguais em altura. (Gráfico 01). Assim, por meio da análise linear de tecido mole é possível estabelecer médios bem semelhantes Gomes, et al., (2008), observou que padrões não há face perfeitamente simétrica, e que estéticos relacionando a proporcionalidade a simetria absoluta oferece um aspecto das estruturas da face do paciente. artificial. Baudouin e Tiberghien (2004) Arnett (1993) cita que o lábio publicaram a relação entre assimetria e inferior pode ser medido no tecido mole a faces menos atraentes. Neste estudo, apesar partir do seu ponto mais inferior ou de superior até o ponto mais saliente do tecido significante mole do mento. A relação normal entre o contralaterais da face, os valores eram lábio superior e o inferior é de 1 para 2. ligeiramente maiores para o segmento OD- Neste estudo, o comprimento do lábio CL. Assim, no trabalho de Gomes, et al., superior apresentou valor médio de 2.471 (2008) foi encontrado para o antímero cm, e o lábio inferior de 4.818cm, direito o valor médio de 7.536 cm e para o resultando em média na proporção 1 para 2 esquerdo de 7.496 cm. (Gráfico 1). no gráfico 01, houve grande semelhança não achar nenhuma entre os diferença antímeros Como mostrado O terço inferior é extremamente entre os valores encontrados por Gomes, et importante no diagnóstico e plano de al., (2008) e o presente trabalho, onde os tratamento, relação valores para o lado direito OD-CL de maxilomandibular. Powell e Humphreys 7.518 cm e para o esquerdo OE-CL de (1984) afirmam que o comprimento normal 7.477 cm. do terço de alterações inferior da da face é A assimetria facial também pode ser aproximadamente igual ao do terço médio, observada entre as medidas de OD-M e OE-M que apresentaram valores médios de 12.284 e 12.191 cm, respectivamente. Para as outras comparações, os valores residuais poderiam ser reduzidos se O teste de correlação de Pearson foi a equação matemática fosse concluída para utilizado para verificar a presença de a amostra agrupada de acordo com correlações significantes entre as estruturas diferentes gêneros, etnias, faixa etária. comparadas. Comparando o lábio superior Entretanto, valores significantes de (N-LS) com as estruturas analisadas, não probabilidades para as correlações foram foi encontrada correlação apenas com encontrados para análise da amostra geral, comprimento da boca (DCL). A análise de o que permite adotar tais equações, regressão encontradas nos gráficos 2 ao 15 com linear matemáticas estruturas para que definiu todas se equações as demais apresentaram correlacionadas. O ajustamento da reta no segurança nesta amostra. CONCLUSÃO Foram encontradas correlações gráfico de dispersão foi realizado para significantes e positivas entre todas as todas as estruturas comparadas duas a duas estruturas faciais observadas, exceto entre e estão apresentadas nos gráficos 2 a 15. o comprimento do lábio superior (N-LS) e O objetivo da regressão linear é o comprimento do lábio (DCL). ajustar uma reta entre pontos dispersos. A A análise de regressão linear definiu linha de regressão expressa a melhor equações matemáticas para relacionar as previsão de uma medida facial, que é a estruturas da face, uma vez que a variável dependente (Y), quando se tem arquitetura um valor para outra estrutura facial proporcionada. Dessa forma, a análise correlacionada, variável linear de tecido mole pode ser um método independente (X). Entretanto, a natureza confiável para identificar e estabelecer uma raramente é previsível, e usualmente harmonia existem variações importantes de alguns durante o tratamento de reabilitação do pontos em relação à linha de regressão, tal terço inferior da face. como observado nos gráficos 05, 08, 11 e REFERÊNCIAS 13. O desvio de um ponto em particular é 1. ARNETT, G.W.; BERGMAN, R.T. definido como valor residual. Quanto Facial Keys to Orthodontic Diagnosis menor a variabilidade de valores residuais and Treatment Planning: Part I. Am. J. em relação à linha de regressão, melhor a Orthod previsão da reta, tal como a apresentada 103(4):299-312, 1993. pelo gráfico 09. que é a facial entre as apresenta-se estruturas Dentofacial faciais, Orthop. 2. BAUDOUIN, J.Y.; TIBERGHIEN G. Symmetry, averageness and feature fórmula matemática. Rev. Fac. size in the facial attractiveness of Odontol. Univ. Passo Fundo. 11(2):64- women. Acta Psychol. 117(3):313-32, 68, 2006. 9. 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