Registrado sob nº 370 ISSN 1807-3441 Tratamento fisioterapêutico na paralisia facial CAROLINA CORONA BRANCO [email protected] Prof(ª) CÍNTIA RAQUEL BIM Universidade Estadual do Centro-Oeste Palavras-chave: PARALISIA FACIAL, FISIOTERAPIA, TRATAMENTO A paralisia facial periférica acomete o nervo facial ao longo do seu trajeto, e afetando o neurônio motor inferior impede o trânsito de estímulos para os músculos da porção superior e inferior da face. Assim, compromete a mímica facial ipsilateral, podendo resultar em algumas seqüelas. Trata-se de uma das neuropatias periféricas mais freqüentes, mas nem sempre é possível obter com exatidão sua etiologia, sendo de 62 e 93% idiopáticas e chamadas de paralisia facial de Bell. A recuperação da função completa do nervo facial ocorre em 70 a 84% dos casos sem nenhum tipo de tratamento, porém seqüelas estão presentes em 30% dos pacientes, justificando a necessidade do tratamento fisioterapêutico. Referente a esta estatística, este trabalho se constitui de um estudo de caso sobre a reabilitação fisioterapêutica na paralisia facial, visando acelerar o retorno funcional da musculatura da hemiface acometida e minimizar o surgimento das possíveis complicações. O estudo de caso foi realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da Unicentro, Guarapuava - PR com um paciente do sexo masculino, 16 anos, durante três meses consecutivos, com duas sessões por semana. Tais sessões eram executadas num período de 60 minutos, onde os primeiros 20 minutos eram reservados a eletroterapia (FES), e o tempo restante a massoterapia e cinesioterapia. Esta última consistia em técnicas de facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (método Kabat) e exercícios funcionais como sugar, assoprar, "bochecho" e mímicas faciais. Também foram utilizadas a crioterapia associada ao tapping , espelho e comando verbal como biofeedback , além de orientações passadas ao paciente. Para uma avaliação do comprometimento e evolução clínica foram feitas comparações pré e pós-terapia, utilizando como instrumentos imagens fotográficas, classificação proposta por House e Brackmann (1985), e testes da função motora, gustativa e secretora do nervo facial. Os fatores como tratamento precoce, tempo de recuperação, conscientização e dedicação do paciente influenciam os resultados obtidos pelo tratamento fisioterapêutico. Levando em consideração todos estes fatores conclui-se que o tratamento obteve resultados positivos, onde o grau de funcionalidade de alguns dos músculos retornou completamente, embora uma pequena minoria, como o músculo risório, permaneceu com déficit. O tempo de recuperação do paciente foi diminuído em comparação com casos não tratados, justificando a importância da Fisioterapia nesses casos.