indiferença afetiva

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Neurociência e Saúde Mental
INDIFERENÇA AFETIVA
Indiferença afetiva e uma completa ausência de sensibilidade moral
observada em certas personalidades anti-sociais. Essa indiferença envolve ausência de
compaixão, vergonha, de responsabilidade, remorso e consciência. É uma alteração
qualitativa dos processos afetivos, tornando os sentimentos inadequados diante de
situações emocionais inquietantes.
Para entender a indifernça afetiva é necessário compreender do que se trata a
afetividade. Afetividade compreende o estado de ânimo ou humor, os sentimentos, as
emoções e as paixões e reflete sempre a capacidade de experimentar o mundo
subjetivamente. A afetividade é quem determina a atitude geral da pessoa diante de
qualquer experiência vivencial, promove os impulsos motivadores e inibidores, percebe
os fatos de maneira agradável ou sofrível, confere uma disposição indiferente ou
entusiasmada e determina sentimentos que oscilam entre dois pólos a depressão e a
euforia.
A indiferença afetiva é um estado que suporta inatividade diante de situações
desagradáveis ou insuportáveis para outros com padrão normopsíquico. Esse estado se
assemelha a certos casos de falta de afetividade. Assim sendo, observa-se uma
incapacidade para sentir emoções delicadas. Admiti-se que nos estados demenciais e na
deficiência mental existe uma deficiência da afetividade. O transtorno se concentra na
alteração de raciocínio e não na afetividade. Perdem o conceito do que é bom, do que é
possível, do que é belo não demonstrando sentimentos socialmente adequados. Este
estado está presente nas personalidades neuróticas e depressão.
Se a afetividade é quem confere o modo de relação do indivíduo com a vida
e através desse estado o indivíduo percebe o mundo e a realidade, a indiferença afetiva
promoverá um afastamento dos elos com o mais saudável da existência, as
interrelações; exercendo profunda influência sobre o pensamento e sobre toda a conduta
do indivíduo com seu meio.
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Dr. Maurício Aranha - Sócio-Fundador da ANERJ - Associação dos Neurologistas do Estado do Rio de Janeiro.
Filiado da SBNeC - Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento da USP. Filiado da APERJ Associação Psiquiátrica do Estado do Rio de Janeiro (Federada da ABP – Associação Brasileira de Psiquiatria e da
WPA - Associação Mundial de Psiquiatria). Pesquisador do Núcleo de Ciências Médicas, Psicologia e
Comportamento do Instituto de Ciências Cognitivas. Formação: Medicina pela Universidade Federal de Juiz de
Fora, Brasil. Psiquiatria Forense pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Psiquiatria pela Universidade
Estácio de Sá, Brasil. Psicopedagogia Clínica e Institucional pelo Grupo de Ação Educacional, Brasil. Psicologia
Analítica pela Universidade Hermínio da Silveira e Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação, Brasil.
Neurolingüística pelo Instituto NLP in Rio & NLP Institut Berlin, Brasil/Alemanha. Neurociência e Saúde Mental
pelo Instituto de Neurociências y Salud Mental da Universidade da Catalunya, Espanha. E-mail: [email protected]
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