Funções da Dopamina Os neurónios, células do sistema nervoso, têm a função de conduzir impulsos nervosos para o corpo. Para isso, tais células produzem os neurotransmissores, substâncias químicas responsáveis pelo envio de informações às demais células do organismo. Nesse conjunto de substâncias está a dopamina, que atua, especialmente, no controle do movimento, memória, e sensação do prazer. De forma molecular C8H11NO2, a dopamina é um composto químico derivado do aminoácido tirosina e precursora natural dos neurotransmissores adrenalina e noradrenalina. Ela é produzida, principalmente, numa região do cérebro denominada substância negra; sintetizada por meio da ativação da enzima tirosina hidroxilase; armazenada em pequenas vesículas nos terminais dos neurónios e liberada por meio das sinapses químicas do cérebro. Esse neurotransmissor desempenha importantes funções no organismo. A primeira delas é a sensação de prazer. No decorrer de circunstâncias agradáveis, a dopamina é libertada, desencadeando impulsos nervosos, que levam a uma sensação de prazer e bem estar. Alimentos saborosos, sexo, jogos e drogas são alguns exemplos de situações que estimulam a ação da dopamina. A substância atua também na função motora do corpo humano, sendo responsável pela execução de movimentos voluntários, que são aqueles que ocorrem de acordo com a nossa vontade, como por exemplo, a atividade muscular. Estudos recentes mostram, ainda, que o neurotransmissor está relacionado à capacidade de memorização. Segundo os cientistas, esse sentimento de satisfação e prazer gerado pela ação da dopamina é associado, no cérebro, a momentos também prazerosos, o que faz com as informações fiquem armazenadas por um período maior em nossa memória. A concentração de dopamina no organismo está relacionada, também, ao surgimento de doenças. O Mal de Parkinson, por exemplo, tem sua origem ligada à falta de dopamina. Isso porque, com o envelhecimento, há a morte natural de neurônios, o que reduz a produção do neurotransmissor. Essa carência de dopamina acaba alterando os movimentos do corpo, tornando-os descoordenados, principal sintoma da doença. O vício é outro distúrbio associado aos valores de dopamina no organismo. As drogas atuam sobre os receptores dos neurotransmissores, assim, quando o indivíduo faz uso dessas substâncias, o cérebro produz uma grande quantidade de dopamina, aumentando o estado de prazer. Daí a necessidade de consumir a droga constantemente para se ter sempre essa sensação de prazer. O Excesso e a deficiência deste produto químico vital são a causa de diversas condições da doença. A doença e a toxicodependência de Parkinson são alguns dos exemplos dos problemas associados com os níveis anormais da dopamina. A minha questão acerca deste tema baseia-se na necessidade de consumo de determinadas drogas pelos toxicodependentes. O porquê do vício, o porquê de estas pessoas não serem capazes de resistir a estas substâncias. A dopamina é uma substância presente na cocaína. Desse modo, através de uma imagem, tentarei demonstrar como a cocaína atua no cérebro. Sintetizada em 1859, a cocaína tem como origem a planta Erythroxylon coca, em cuja composição química se encontram os alcalóides Cocaína, Anamil e Truxillina As propriedades primárias da droga bloqueiam a condução de impulsos nas fibras nervosas, quando aplicada externamente, produzindo uma sensação de amortecimento e enregelamento. Ingerida ou inalada, a cocaína age sobre o sistema nervoso periférico, inibindo a reabsorção, pelos nervos, da norepinefrina (uma substância orgânica semelhante à adrenalina). Assim, ela potencializa os efeitos da estimulação dos nervos. A cocaína é também um estimulante do sistema nervoso central, agindo sobre ele com efeito similar ao das anfetaminas. Assim, é mais fácil entender a dependência dos drogados a esta substância pois funciona como um estimulante que fornece prazer, mas com efeito de pouco tempo o que provoca a necessidade de mais consumo.