UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS – SCH DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA EMENTA DE DISCIPLINA Codigo HS 099 Carga Horária Disciplina ANTROPOLOGIA E DINÂMICAS DA CULTURA Teóricas Práticas Estágio Cultura e política: debates contemporâneos sobre Ementa 60 ‐ ‐ conceito de cultura, etnocentrismo, identidade e Pré‐ diversidade cultural. Requ Total 60 DOCENTE(S) Professor(a) EDILENE COFFACI DE LIMA Assist/Monitor [a definir] VALIDADE Validade 1º semestre / 2017 Turma B Horário Sexta-feira 07h30 às 11h30 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Programa de Disciplina [provisório, sujeito a pequenas alterações] Objetivo Objetivo: Domínio crítico de conceitos chave da antropologia como cultura, relativismo e etnocentrismo e apreciação de seus usos com o cruzamento entre a leitura de textos clássicos e contemporâneos. Unidade 1 – Antropologia, Antropologias: o que, como, onde CARDOSO DE OLIVEIRA, R. “O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir, escrever”. In. O trabalho do antropólogo. São Paulo, Editora da Unesp, 2006. Programa DA MATTA, R. Relativizando. Uma introdução à Antropologia Social. Rio de Janeiro, Rocco, 1987. (Primeira parte) MALINOWSKI, B. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo, Abril Cultural (Col. Os Pensadores), 1978. (Introdução. Tema, método e objetivo desta pesquisa) SEEGER, Antony. 1980. “Pesquisa de campo: uma criança no mundo”. Em Os índios e nós. RJ: Campus. ZALUAR, A. A máquina e a revolta. As organizações populares e o significado da pobreza. São Paulo, Brasiliense, 1985. (Introdução: pesquisa de campo) EVANS‐PRITCHARD, E E. Bruxaria, Oráculos e Magia. (Apêndice I, Apêndice IV). WAGNER, Roy. 2010. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify. (capítulos 1 e 2). Unidade 2 – Diversidade cultural, etnocentrismo, relativismo LÉVI‐STRAUSS, C. "Raça e História". In. Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1989. pp. 328‐366. KUPER, Adam. “Introdução: guerras culturais”. In. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, Edusc, 2002. SAHLINS, M. “La pensée burgeoise: a sociedade ocidental como cultura”. In. Cultura na prática. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 2004. SAHLINS, Marshall. “Adeus aos tristes tropos. A etnografia no contexto da moderna história ocidental”. In. Cultura na prática. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 2004. Unidade 3 – Dinâmicas da cultura: estudos de caso Caso 1: De índios a seringueiros e vice‐versa CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. “Etnicidade: da cultura residual mas irredutível”. In. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo, Cosac Naify, 2009 [1979]. PANTOJA, Mariana C. 2016. “Navegando pelos altos rios: dilemas políticos, intelectuais e existenciais de uma antropóloga amazonista”. R@u, 8 (1): 19-40. Biblio complementar: LIMA, Edilene Coffaci de. “Nosso conhecimento vale ouro: sobre o valor do trabalho de campo”. Anuário Antropológico / 2013, Brasília, UnB, 2014, v. 39, n. 1: 73-98. BANIWA, Gersem. Antropologia indígena: o caminho da descolonização e da autonomia indígena. Exibição dos filmes: Povos do Tinto Rene e Aliança dos Povos da Floresta Caso 2: Ciganos e brasileiros CLASTRES, P. “A sociedade contra o Estado”. In. A sociedade contra o Estado, pesquisas de antropologia política. São Paulo, Cosac & Naify, 2007. MAUSS, M. “As técnicas do corpo”. 2003 [1934]. In. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify. Pp. 399-422. FERRARI, F. 2011. “Figura e fundo no pensamento cigano contra o Estado”. Revista de Antropologia, 54 (2) Caso 3: Fazendo gênero MEAD, Margareth. 1988 [1950] Sexo e temperamento. São Paulo: Editora Perspectiva ABU-LUGHOD, Lila. “As mulheres mulçumanas precisam realmente de salvação?” Reflexões antropológ Outros”. Revista de Estudos Feministas 20(2). CORREA, Mariza. 1983. Morte em família: representações jurídicas de papéis sexuais. Rio de Janeiro: Edito [filme a definir] Caso 4: Kampô, kambô: novos objetos, novas relações CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. “‘Cultura’ e cultura: conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais”. In. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo, Cosac Naify, 2009. LIMA,E.C. 2014. A internacionalização do kampô (via ayahuasca): difusão global e efeitos locais. In: Manuela Carneiro da Cunha; Pedro Cesarino. (Org.). Políticas culturais e povos indígenas. 1ed.São Paulo: Editora da UNESP, p. 91-113. Exibição do filme: Noke haweti: quem somos e o que fazemos Caso 5: Discussões sobre raça: ontem e hoje Boas, Franz. 2010 [1938]. “O problema racial na sociedade moderna”. In. A mente do ser humano primitivo. Petrópolis: Vozes. pp. 172-184. DAMATTA, Roberto. 1981. “Digressão: A Fábula das Três Raças”. In: Relativizando. Uma introdução a antro SEGATO, Laura. “Raça é signo”. Série Antropológica 372 GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. 1995.“Racismo e Anti-Racismo no Brasil”. In: Novos Estudos N.° 43. [filme a definir] [Bibliografia complementar será indicada ao longo do curso] II ‐ METODOLOGIA: O curso baseia‐se na leitura orientada da bibliografia, a qual será objeto de análise em aulas expositivas. Exibição e debate de filmes etnográficos. III ‐ AVALIAÇÃO: Duas provas dissertativas e individuais, sem consulta. IV ‐ ATIVIDADES DISCENTE: Leitura de textos previamente indicados, antecedendo cada aula expositiva. Participação nos debates em sala de aula. Calendário e programação das aulas: 1ª aula 24/02: Apresentação do programa e da rotina de funcionamento do curso [filme a definir] 2ª aula 03/03: CARDOSO DE OLIVEIRA, R. “O trabalho do antropólogo: olhar, ouvir, escrever”. In. O trabalho do antropólogo. São Paulo, Editora da Unesp, 2006. DA MATTA, R. Relativizando. Uma introdução à Antropologia Social. Rio de Janeiro, Rocco, 1987. (Primeira parte) 3ª aula 10/03: MALINOWSKI, B. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo, Abril Cultural (Col. Os Pensadores), 1978. (Introdução. Tema, método e objetivo desta pesquisa) SEEGER, Antony. 1980. “Pesquisa de campo: uma criança no mundo”. Em Os índios e nós. RJ: Campus. ZALUAR, A. A máquina e a revolta. As organizações populares e o significado da pobreza. São Paulo, Brasiliense, 1985. (Introdução: pesquisa de campo) 4ª aula 17/03: EVANS‐PRITCHARD, E E. Bruxaria, Oráculos e Magia. (Apêndice I, Apêndice IV). WAGNER, Roy. 2010. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify. (capítulo 1 e 2). 5ª aula 24/03: LÉVI‐STRAUSS, C. "Raça e História". In. Antropologia Estrutural Dois. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1989. pp. 328‐366. 6ª Aula 31/03: SAHLINS, M. “La pensée burgeoise: a sociedade ocidental como cultura”. In. Cultura na prática. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 2004. SAHLINS, Marshall. “Adeus aos tristes tropos. A etnografia no contexto da moderna história ocidental”. In. Cultura na prática. Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, 2004. 7ª Aula 07/04: KUPER, Adam. “Introdução: guerras culturais”. In. Cultura: a visão dos antropólogos. Bauru, Edusc, 2002. [revisão de conteúdos para primeira avaliação] 8ª Aula 28/04: [primeira avaliação] 9ª Aula 05/05: Caso 1: De índios a seringueiros e vice‐versa CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. “Etnicidade: da cultura residual mas irredutível”. In. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo, Cosac Naify, 2009 [1979]. PANTOJA, Mariana C. 2016. “Navegando pelos altos rios: dilemas políticos, intelectuais e existenciais de uma antropóloga amazonista”. R@u, 8 (1): 19-40. Exibição dos filmes: Povos do Tinto Rene e Aliança dos Povos da Floresta 10ª Aula 12/05: Caso 2: Ciganos e brasileiros CLASTRES, P. “A sociedade contra o Estado”. In. A sociedade contra o Estado, pesquisas de antropologia política. São Paulo, Cosac & Naify, 2007. MAUSS, M. “As técnicas do corpo”. 2003 [1934]. In. Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac Naify. Pp. 399-422. FERRARI, F. 2011. “Figura e fundo no pensamento cigano contra o Estado”. Revista de Antropologia, 54 (2) 11ª Aula 19/05 : Caso 3: Fazendo gênero [com colaboração da Patrícia Carvalho, prof. Turma A] MEAD, Margareth. 1988 [1950] Sexo e temperamento. São Paulo: Editora Perspectiva [capítulos a definir] ABU-LUGHOD, Lila. “As mulheres mulçumanas precisam realmente de salvação?” Reflexões antropológicas sobre relativismo cultural e seus Outros”. Revista de Estudos Feministas 20(2). CORREA, Mariza. 1983. Morte em família: representações jurídicas de papéis sexuais. Rio de Janeiro: Editora Graal (trechos a selecionar). 12ª Aula 26/05: Caso 4: Kampô, kambô: novos objetos, novas relações CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. “‘Cultura’ e cultura: conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais”. In. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo, Cosac Naify, 2009. LIMA,E.C. 2014. A internacionalização do kampô (via ayahuasca): difusão global e efeitos locais. In: Manuela Carneiro da Cunha; Pedro Cesarino. (Org.). Políticas culturais e povos indígenas. 1ed.São Paulo: Editora da UNESP, p. 91-113. Exibição do filme: Noke haweti: quem somos e o que fazemos 13ª Aula 02/06: Caso 5: Discussões sobre raça: ontem e hoje BOAS, Franz. 2010 [1938]. “O problema racial na sociedade moderna”. In. A mente do ser humano primitivo. Petrópolis: Vozes. pp. 172-184. DAMATTA, Roberto. 1981. “Digressão: A Fábula das Três Raças”. In: Relativizando. Uma introdução a antropologia social. Petrópolis: Vozes. SEGATO, Laura. “Raça é signo”. Série Antropológica 372 GUIMARÃES, Antônio Sérgio Alfredo. 1995.“Racismo e Anti-Racismo no Brasil”. Novos Estudos N.° 43. 14ª Aula 09/06: [continuação da discussão da aula anterior / revisão de conteúdo para prova] 15ª Aula 23/06: [segunda avaliação] O Exame Final será realizado em 03/07, às 8horas, no DEAN (6° andar do D. Pedro I)