MANEJO FITOSSANITÁRIO NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.)

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
MARCÍRIO MORI VILLANI
MANEJO FITOSSANITÁRIO NA CULTURA
DO MILHO (Zea mays L.)
Ijuí – RS
Junho 2016
1
MARCÍRIO MORI VILLANI
MANEJO FITOSSANITÁRIO NA CULTURA
DO MILHO (Zea mays L.)
Trabalho de Conclusão de Curso,
apresentado ao Curso de Agronomia do
Departamento de Estudos Agrários da
Universidade Regional do Noroeste do
Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ,
como requisito parcial para a obtenção do
título de Engenheiro Agrônomo.
Orientador: Prof. Me. Luiz Volney Mattos Viau
Ijuí – RS
Junho 2016
2
AGRADECIMENTOS
Primeiramente agradeço a Deus por ter me dado
forças para lutar e esperança para não desistir de
concretizar meus objetivos.
Aos meus pais, Edegar e Suzete, pela educação a
que me foi dada, pelos conselhos, amor e por
sempre estarem do meu lado me apoiando e
incentivando a seguir na área que escolhi para me
tornar um profissional.
À minha irmã Morgana, que de uma maneira ou
outra sempre esteve disposta a me ajudar e auxiliar
no que lhe cabia.
À minha namorada, Stephania, pelo amor, carinho,
respeito, auxílio e compreensão nos momentos em
que mais precisei. Obrigado por fazer eu me sentir
amado e mais feliz ainda.
Ao meu professor e orientador Luiz Volney Mattos
Viau pela dedicação, orientação, ensinamentos e
conhecimentos que me transmitiu.
A todos vocês, minha eterna gratidão e homenagem.
3
MANEJO FITOSSANITÁRIO NA CULTURA DO MILHO (Zea mays L.)
Aluno: Marcírio Mori Villani
Orientador: Prof. Me. Luiz Volney Mattos Viau
RESUMO
Atualmente existem híbridos de milho com um excelente potencial produtivo, porém
apresentam níveis insatisfatórios de resistência às doenças. Devido à inconsistência
de dados de pesquisa sobre o controle químico de moléstias na cultura do milho,
este tema tem se tornado o motivo de grandes questionamentos por parte dos
agricultores e profissionais. Diante disso, o principal objetivo do presente trabalho foi
avaliar o efeito do controle químico de doenças na cultura do milho através da
aplicação de fungicidas na parte aérea das plantas e sua influência no rendimento
de grãos. O experimento foi conduzido no ano agrícola 2015/2016, na Agropecuária
Mori, localizada em Pejuçara, R.S. O delineamento experimental foi inteiramente
casualizados composto de sete tratamentos e cinco repetições. As parcelas foram
constituídas de quatro fileiras de plantas de cinco metros de comprimento, sendo a
área útil, as duas linhas centrais. Os tratamentos foram aplicados na cultura em três
fases, a primeira na fase vegetativa (V9), a segunda no pendoamento (VT) e a
terceira no espigamento (R1). Os dados foram submetidos à análise de variância e
aplicação do teste de Duncan a 5% de probabilidade para identificar diferenças entre
médias de tratamentos. Conclui-se que houve diferença significativa na
produtividade de grãos e nos componentes do rendimento de grãos, com destaque
para os tratamentos constituídos de Trifloxistrobina + Protioconazol, Fluxapiroxade +
Piraclostrobina + Mancozebe, Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe e
Fluxapiroxade + Piraclostrobina. Os componentes do rendimento mais influenciados
pelo controle químico de doenças foram peso de espigas (kg/ha), grãos/espiga (nº),
peso de grãos/espiga (kg/ha) e rendimento biológico aparente (RBA).
Palavras-chave: Doenças na Cultura do Milho. Controle Químico. Fungicidas.
Produtividade. Componentes do Rendimento de Grãos.
4
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Produto comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose utilizada de
fungicidas aplicados na parte aérea da cultura do milho ............................................ 22
Quadro 2: Características agronômicas do híbrido utilizado no experimento ............ 23
Quadro 3: Laudo da análise do solo da área experimental. Pejuçara, 2014 .............. 24
5
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Resumo da Análise de Variância para os caracteres: rendimento de
grãos (kg/ha), peso de espigas (kg/ha), grãos por espiga (n°), peso de grãos por
espiga (g), plantas por parcela (n°), espigas por parcela (n°), índice de espigas
(IE), rendimento biológico aparente (RBA), índice de colheita (%) e peso do grão
(g), de milho submetido a diferentes tratamentos com fungicidas na parte aérea
da planta para o controle de moléstias. Pejuçara, RS, 2016 ...................................... 26
Tabela 2: Rendimento de grãos (kg/ha), peso de espigas (kg/ha), grãos por
espiga (nº), peso de grãos por espiga (g) e peso do grão (g) de milho submetido a
diferentes tratamentos com fungicidas na parte aérea das plantas para o controle
de moléstias. Pejuçara, RS, 2016 .............................................................................. 28
Tabela 3: Plantas por parcela (nº), espigas por parcela (nº), índice de espigas,
rendimento biológico aparente (RBA) em gramas e índice de colheita (%) de milho
submetido a diferentes tratamentos com fungicidas na parte aérea das plantas
para o controle de moléstias. Pejuçara, RS, 2016 ..................................................... 29
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 7
1 REVISÃO DA LITERATURA .................................................................................... 9
1.1 CULTURA DO MILHO ............................................................................................ 9
1.2 DOENÇAS RELACIONADAS COM A CULTURA DO MILHO ............................. 10
1.3 CONTROLE DE MOLÉSTIAS E SEUS MÉTODOS ............................................. 11
1.4 CONTROLE QUÍMICO DE DOENÇAS NOS ÓRGÃOS AÉREOS ....................... 13
1.5 FUNGICIDAS ....................................................................................................... 15
1.6 CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS ................................................................. 15
1.6.1 Quanto à Absorção do Fungicida pelos Esporos dos Fungos ................... 15
1.6.2 Subfases da Infecção em que o Fungicida Atua .......................................... 17
1.7 GRUPOS QUÍMICOS DOS PRINCIPAIS FUNGICIDAS ...................................... 18
1.7.1 Fungicidas Carboxamidas .............................................................................. 18
1.7.2 Fungicidas Triazóis ......................................................................................... 18
1.7.3 Fungicidas Estrobilurinas .............................................................................. 18
1.7.4 Fungicidas Ditiocarbamatos .......................................................................... 19
1.8 TOXICIDADE DOS FUNGICIDAS ........................................................................ 19
2 MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................................................... 21
2.1 LOCAL, SOLO E CLIMA ...................................................................................... 21
2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL .................................................................... 21
2.3 MANEJO DA SEMEADURA ................................................................................. 22
2.4 MANEJO DA ADUBAÇÃO DE COBERTURA ...................................................... 23
2.5 MANEJO DA APLICAÇÃO DOS TRATAMENTOS .............................................. 24
2.6 DETERMINAÇÕES REALIZADAS ....................................................................... 24
2.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA ...................................................................................... 25
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................................ 26
CONCLUSÃO ............................................................................................................ 30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 31
ANEXO ...................................................................................................................... 33
7
INTRODUÇÃO
O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de grãos de milho (Zea mays
L.), ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China1. De grande importância
econômica mundial, o cereal é caracterizado pelas diversas formas de utilização que
vai desde a alimentação humana, fabricação de ração para animais, produção de
etanol, à fonte de matéria prima para outros produtos industrializados. A cultura do
milho possui alta adaptabilidade, cultivada atualmente em quase todas as regiões do
mundo possuindo um elevado potencial de rendimento de grãos.
No sistema de plantio direto, o milho desempenha uma importante função, a
redução significativa dos problemas causados por moléstias na cultura da soja
através da prática da rotação de culturas, contribuindo no aumento da produção de
palha para cobertura do solo e incremento da matéria orgânica.
Em razão da ampliação das épocas de semeadura do milho nas diferentes
regiões produtoras do nosso país, a cultura tem permanecido no campo
praticamente o ano todo, proporcionando a sobreposição dos ciclos através do
cultivo de milho safra e safrinha, contrariando a técnica da rotação de culturas. Essa
prática de manejo muito utilizada associada às condições climáticas favoráveis
(excesso de precipitações e dias encobertos) para o desenvolvimento de
determinados fungos, e o manejo inadequado da água em áreas irrigadas tem
contribuído significativamente para a preservação e multiplicação de inóculos de
diversos patógenos, responsáveis pelo aumento da incidência e severidade das
moléstias em híbridos de milho comerciais.
1
Conforme informações disponibilizadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) disponível em: <http://www.agricultura.gov.br/vegetal/culturas/milho>.
8
Entre os fatores mais relevantes que limitam o potencial produtivo da cultura
do milho, destacam-se as moléstias, mais especificamente as foliares e as podridões
de espigas.
Os danos causados pelas doenças foliares na cultura do milho são
decorrentes da redução da área foliar, diminuição da capacidade fotossintética,
necrose e morte prematura das folhas e podridão de colmos e espigas,
comprometendo a produtividade de grãos.
Atualmente existem híbridos de milho com um excelente potencial produtivo,
porém apresentam níveis insatisfatórios de resistência às doenças, sendo
necessário muitas vezes utilizar alternativas mais eficientes, sendo uma delas, o
controle químico através do uso de fungicidas.
Devido à inconsistência de dados de pesquisa sobre o controle químico de
moléstias, este tema tem se tornado o motivo de grandes questionamentos por parte
dos agricultores e profissionais. Diante disso, o principal objetivo deste trabalho foi
avaliar a eficiência de novas moléculas no manejo fitossanitário da cultura e sua
influência na produtividade de grãos em nossa região.
Além da produtividade, outra causa da aplicação de fungicidas é o controle
de fungos que produzem micotoxinas nos grãos, melhorando assim, a qualidade
alimentar humana e animal.
9
1 REVISÃO DA LITERATURA
1.1 CULTURA DO MILHO
A produção de milho representa mais de 30% do total de grãos produzidos,
sendo de destacada importância na alimentação humana e animal, produção de
etanol, e, além disso, para a fabricação de diversos outros produtos como
medicamentos e colas.
Com relação ao potencial de produção, composição química e valor nutritivo
do milho, comparado com outras espécies cultivadas, a pesquisa tem demonstrado
significativos avanços nas mais diversas áreas do conhecimento agronômico.
(FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).
De acordo com a Embrapa Clima Temperado (2013), o consumo mundial de
milho vem crescendo em decorrência do aumento do consumo de carnes,
principalmente de frangos. Dentre os cereais cultivados no mundo, os maiores
volumes são de milho, arroz e trigo. Atualmente (dados da safra 2013/14) os maiores
produtores mundiais de milho são os Estados Unidos, China, Brasil, Comunidade
Econômica Europeia e Argentina.
No Brasil, segundo o IBGE, a área cultivada com milho em 2013 atingiu 15,2
milhões de hectares. O Estado do Mato Grosso ocupa a maior área, em torno de
22%, seguido pelo Paraná, com 19%, Mato Grosso do Sul 9,6%, Minas Gerais 8%,
Goiás 7,8% e Rio Grande do Sul com 6,5% da área cultivada.
No Rio Grande do Sul a cultura do milho apresenta significativa importância
socioeconômica, ocupando aproximadamente 20% do total das áreas semeadas
com cultivos de verão (EMBRAPA CLIMA TEMPERADO, 2013).
De acordo com o levantamento da safra 2012/13 realizado pela Emater/RSAscar aponta que as principais regiões produtoras, em área, são Santa Rosa,
Frederico Westphalen, Caxias do Sul, Passo Fundo e Ijuí. Já os destaques em
produtividade foram Passo Fundo e Ijuí, alcançando as seis toneladas ha-1, isso se
deve à regularidade de distribuição das precipitações pluviais nestas regiões, nas
épocas de maior demanda da cultura (EMBRAPA CLIMA TEMPERADO, 2013).
10
1.2 DOENÇAS RELACIONADAS COM A CULTURA DO MILHO
Apesar de, o milho ser considerado uma planta bastante tolerante à ação
dos agentes de estresse, tanto de natureza abiótica (clima), quanto de natureza
biótica (organismos vivos), tem manifestado certa vulnerabilidade, à incidência de
patógenos (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).
Desta maneira, as doenças que mais causam danos na cultura do milho são
as ferrugens (Puccinia sorghi) e (Puccinia polysora), as helmintosporioses
(Helminthosporium
cercosporiose
turcicum)
(Cercospora
e
(Helminthosporium
zeae-maydis),
a
maydis),
mancha-branca
a
mancha
da
(Phaeosphaeria
maydis), a podridão-de-diplodia (Stenocarpella macrospora e Stenocarpella maydis),
a antracnose foliar (Colletotrichum graminicola), a podridão de fusarium (Fusarium
verticillioides) e a giberela (Gibberella zeae)2.
De acordo com Pinto (2004 apud OLIVEIRA et al., 2011), a maior parte
dessas doenças do milho são causadas por fungos, que se relaciona à grande
diversidade de épocas de semeadura nas regiões produtoras, a cultura do milho
permanece no campo durante praticamente o ano todo o que ocasiona uma
produção permanente de diversos patógenos.
Em função da extrema diversidade de sistemas de produção imposta a essa
cultura no Brasil, aliado ao seu cultivo sucessivo (ausência de rotação de
culturas), desrespeito às épocas adequadas de semeadura em diversas
regiões produtoras e recomendações equivocadas de genótipos, dentre
outros fatores, tem contribuído para o aumento e a disseminação de
patógenos em sua lavoura (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000, p. 253).
O milho durante o período de germinação pode ser atacado, segundo Reis,
Casa e Bresolin (2004), por fungos do solo ou por aqueles associados à semente, o
que pode resultar no apodrecimento da semente ou a morte da plântula. Entre os
patógenos associados à semente, destaca-se o Fusarium verticillioides. Este pode
causar danos, que dependem da intensidade da infecção que ocorreu antes da
colheita e das condições de beneficiamento e de armazenagem da semente, porém
quando esta for semeada em ambiente desfavorável, a germinação é lenta, e os
fungos localizados ali têm a oportunidade de destruir a semente em germinação.
2
Segundo informações disponibilizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(Embrapa), disponível em: <http://www.cnpms.embrapa.br/publicacoes/milho_5_ed/doencas.htm>.
11
Com relação aos patógenos do solo, encontram-se os fungos do gênero
Fusarium, Pythium, Rhizoctonia, sendo que através de Reis, Casa e Bresolin (2004,
p. 15):
Os danos causados dependem da profundidade de semeadura, das
condições de umidade e temperatura do solo, da presença de dano
mecânico no pericarpo e da sequência das espécies de vegetais cultivadas
na lavoura, se monocultura, ou rotação.
Destaca-se que, os patógenos que parasitam no sistema radicular de
plantas do milho, podem causar danos que muitas vezes passam despercebidos.
Quando o ataque é mais severo, através de Reis, Casa e Bresolin (2004), os
sintomas secundários se manifestam nos órgãos aéreos, como a consequência da
interferência nos processos de absorção de água e nutrientes. Porém nos casos em
que os danos causados se evidenciam pela morte da plântula, os sintomas são
diagnosticados com maior facilidade.
Segundo Fancelli e Dourado Neto (2000, p. 264), “O método de
quantificação relacionado a severidade é o mais indicado para a avaliação de
doenças, uma vez que se aproxima dos danos reais provocados pelo patógeno”.
1.3 CONTROLE DE MOLÉSTIAS E SEUS MÉTODOS
De acordo com Fernandes e Oliveira (2000 apud OLIVEIRA et al., 2011),
quando uma doença surge nos estádios fenológicos iniciais da cultura e as
condições ambientais forem favoráveis à doença, se pode utilizar o controle químico
com fungicidas registrados pelo Ministério da Agricultura.
O manejo mais eficiente para o controle de doenças do milho pode ser
realizado pelo envolvimento de vários tipos de controle, como uso de
variedades resistentes, rotação de culturas, eliminação de plantas
infestantes e controle químico, através de fungicidas (CASSETARI NETO,
3
2007 apud OLIVEIRA et al., 2011, p. 2) .
O método da resistência genética é uma das maneiras mais eficientes e
econômicas de controle de doenças de plantas. Porém, segundo Fancelli e Dourado
3
CASSETARI NETO, D. C. Milho. Caderno Técnico Cultivar, n. 100, set. 2007.
12
Neto (2000), em função de algumas peculiaridades, que são representadas
principalmente pelo grande número de raças fisiológicas características de alguns
agentes causais de doenças, tornam o método restrito a apenas alguns patógenos.
A rotação de culturas é uma prática agrícola ampla, que assegura e
estabiliza a produtividade do agroecossistema, atuando nas condições edáficas do
solo (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).
Sob o ponto de vista fitotécnico, a rotação de culturas se constitui na
alternância regular de diferentes culturas em uma mesma área. Essa troca
deve ser efetuada de acordo com um planejamento adequado, no qual
devem ser considerados diversos fatores, entre eles a cultura predominante
na região, em torno da qual será programada a rotação, além dos fatores de
ambiente, que influirão nas culturas escolhidas para integrarem o sistema
(SANTOS et al., 1993 apud REIS; CASA; BRESOLIN, 2004, p. 105).
O conhecimento e acompanhamento do comportamento climático de cada
região e da época de semeadura escolhida, é importante para o exercício de
previsibilidade e de ocorrência da severidade das principais doenças relacionadas
com a cultura do milho (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).
Grande parte das doenças que infectam o milho são transmitidas por
sementes, e, portanto, o uso de sementes com origem conhecida,
apresentando qualidade fisiológica satisfatória, provenientes de sistemas de
certificação ou fiscalização e isentas de patógenos, constitui em inestimável
garantia para o sucesso da lavoura (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000, p.
261).
Segundo Fancelli e Dourado Neto (2000, p. 261):
O tratamento de sementes com produtos químicos específicos, que objetiva
a eliminação ou a efetiva redução dos patógenos veiculados pela semente,
bem como confere maior proteção a cultura em sua fase inicial de
desenvolvimento.
A partir de Machado e Cassetari (2009 apud KOGUISHI, 2011), a adubação
equilibrada, principalmente de nitrogênio, a densidade de plantas e espaçamento
adequado, também são fatores que contribuem para que a doença seja controlada.
Porém nas lavouras em que a tecnologia e o potencial produtivos são altos, em
regiões favoráveis ao desenvolvimento da doença, o que vem sendo utilizado é o
controle químico com fungicidas nas aplicações foliares.
13
Outro método para controlar as doenças, é o controle químico, que se torna
eficaz através das características do patógeno, das condições climáticas no período,
do tipo de produto químico a ser utilizado, do seu modo de ação, além da forma e da
época de aplicação (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).
A estratégia mais eficiente de manejo para reduzir a severidade de doenças
controle em milho é através do uso do manejo integrado de doenças que consiste
em práticas de rotação de culturas uso de variedades tolerantes, bom equilíbrio na
adubação e controle químico através do tratamento de sementes e aplicação na
parte aérea.
1.4 CONTROLE QUÍMICO DE DOENÇAS NOS ÓRGÃOS AÉREOS
Autores como Reis, Casa e Bresolin (2004) afirmam que a aplicação de
fungicidas nos órgãos aéreos do milho para que haja o controle de algumas doenças
está restrita em função da suscetibilidade do híbrido, das condições do ambiente e
do tipo de sistema de cultivo que predomina na lavoura.
A utilização de fungicidas tem mostrado resultados positivos, tanto pela
execução de um bom programa de controle de doenças, como pela
aplicação de um produto eficiente, que traz ao produtor maiores chances de
obter um melhor retorno econômico (VEIGA, 2007 apud BONALDO et al.,
4
2010) .
De acordo com Reis, Casa e Bresolin (2004), o objetivo da aplicação de
fungicida é manter a planta com área foliar sadia, o maior tempo possível. Além
disso, o uso de fungicidas deve ser feito nas condições em que a doença alvo do
controle químico está causando perdas, que justifique este controle, ou seja,
analisando o custo de aplicação, somado com o custo do fungicida.
O rendimento de grãos de uma lavoura de milho dependente, entre outros
fatores, da nutrição, disponibilidade de água e duração da área foliar sadia.
A duração da área foliar sadia de uma planta de milho interfere na
quantidade de luz absorvida pela planta, a qual é responsável pelos
processos de absorção de água e nutrientes pelas raízes e translocações
de carboidratos na planta. Em geral quanto maior for o índice de área foliar
sadia de uma planta, maior será a translocação de carboidratos,
4
BONALDO, S. M.; PAULA, D. L.; CARRÉ-MISSIO, V. Avaliação da aplicação de fungicida em milho
“safrinha” no município de Boa Esperança – Paraná. Campo Digital, v. 5, n. 1, p. 1-7, Campo
Mourão, dez. 2010.
14
principalmente durante a formação, desenvolvimento e maturação do grão
(REIS; CASA; BRESOLIN, 2004, p. 118).
Segundo Reis, Casa e Bresolin (2004):
Sempre na tomada de decisão quanto ao uso de fungicidas deve-se ter em
mente que os produtores cultivam o milho para ganharem dinheiro e que
tanto a falta como o excesso do uso de fungicidas pode reduzir o lucros.
Destaca-se então, que a aplicação de fungicidas é de suma importância,
porém esta deve ser realizada quando a doença provocar danos reais, ou seja,
segundo Reis, Casa e Bresolin (2004), quando a doença atingir o limiar de dano
econômico (LDE), que é a intensidade de doença que determina uma perda, quando
há uma redução financeira por hectare igual aos custos do controle. Porém no milho
o LDE ainda não é explorado de forma correta pelos pesquisadores.
A utilização de fungicidas químicos em aplicações foliares vem sendo uma
alternativa muito utilizada pelos produtores em determinadas regiões do país, na
busca controlar os patógenos que atacam a cultura do milho (CASA et al., 2000
apud MENDES et al., 2012)5.
Esta prática ainda é pouco utilizada, mas tem apresentado resultados
positivos, sendo economicamente viável, principalmente quando utilizada associação
de diferentes princípios ativos como triazol e estrobilurinas. Segundo resultados de
pesquisa a aplicação de fungicidas propiciou diminuição da área abaixo da curva de
progresso da doença (AAPCD) e proporcionando aumento na produtividade de
grãos de milho, sendo os melhores resultados para o controle de doenças foliares,
quando realizadas duas aplicações de fungicidas, uma no estádio de V8 e outra prépendoamento (MENDES et al., 2008 apud MENDES et al., 2012)6.
5
MENDES, C. M. et al. Efeito da época de aplicação de fungicida no controle de doenças na cultura
do milho. In: XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 2012, Águas de Lindóia, SP.
Águas de Lindóia, SP, 2012.
6
MENDES, C. M. et al. Efeito da época de aplicação de fungicida no controle de doenças na cultura
do milho. In: XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO, 2012, Águas de Lindóia, SP.
Águas de Lindóia, SP, 2012.
15
1.5 FUNGICIDAS
São denominadas substâncias químicas de origem natural ou sintética
utilizados para o controle de doenças das plantas. Quando aplicados sobre os
órgãos aéreos (via foliar) das plantas possuem ação protetora contra a penetração e
posterior desenvolvimento de fungos patogênicos (REIS; REIS; FORCELINI, 2007).
Atualmente os fungicidas representam a principal ferramenta complementar,
eficaz e viável no manejo de doenças de plantas, caracterizados por produtos
modernos e compatíveis com os conceitos de manejo integrado de doenças.
1.6 CLASSIFICAÇÃO DOS FUNGICIDAS
De acordo com Pinto, Angelis e Habe (2004), a aplicação foliar de um
fungicida eficiente interrompe o progresso das doenças logo após a pulverização e
seu efeito permanece por um período residual específico.
Os fungicidas utilizados nos órgãos aéreos das plantas são classificados em
diferentes aspectos.
1.6.1 Quanto à Absorção do Fungicida pelos Esporos dos Fungos
As substâncias dos fungicidas penetram nas células dos fungos, no caso
dos produtos protetores através do tubo germinativo e no caso dos de contato,
diretamente na célula. Já os fungicidas penetrantes ou sistêmicos presentes no
interior dos tecidos vegetais, são absorvidos pelos fungos durante a colonização e
infecção (REIS; REIS; CARMONA, 2010).
a) De contato
Segundo vários autores, fungicidas de contato são aqueles que agem
diretamente em contato com o fungo antes ou após ter encontrado o sítio de
infecção e não se movem na planta (REIS; REIS; CARMONA, 2010).
Em conformidade com Reis, Reis e Forcelini (2007), os fungicidas de contato
são produtos aplicados quando os esporos ou inóculos dos fungos estão presentes
na superfície da planta na estação de dormência das espécies, como é o caso das
frutíferas, que entram em repouso no inverno e perdem as folhas, fazendo com que
16
permita a aplicação desses fungicidas nesse período, pois são fitotóxicos sobre os
órgãos verdes das plantas.
De acordo com Reis, Reis e Carmona (2010), esse grupo de fungicida ao
entrar em contato com qualquer tipo de estrutura de fungos é absorvido, matando-o,
não requerendo a germinação.
b) Residuais ou Protetores
Garcia (1999, p. 6) comenta que os fungicidas protetores “são efetivos
somente se aplicados antes da ocorrência da penetração do patógeno no
hospedeiro, impedindo ou reduzindo as chances de ocorrência da doença”.
De acordo com Reis, Reis e Forcelini (2007), os fungicidas residuais, quando
aplicados via foliar nas culturas, agem na superfície da planta, formando uma
película protetora tóxica. Assim, quando o propágulo móvel do fungo, o esporo, for
depositado nos tecidos suscetíveis e ocorrer a germinação, o tubo germinativo entra
em contato com o produto tóxico, absorvendo e ocorrendo a morte do futuro fungo
antes de penetrar no tecido foliar e desenvolver a doença. Tais produtos são
facilmente lavados ou removidos pela água da chuva, tendo um período residual
curto, necessitando de aplicações repetidas em intervalos semanais.
A ação residual tem por objetivo evitar a penetração, impedindo a infecção
que iria ocorrer no futuro. Portanto, os fungicidas residuais agem evitando
ou diminuindo a taxa de penetração do patógeno nos tecidos do hospedeiro
e reduzem o número de penetrações ou de lesões futuras (REIS; REIS;
FORCELINI, 2007, p. 30).
c) Sistêmicos
Segundo Reis, Reis e Carmona (2010, p. 37) “são aquelas substâncias
absorvidas pelas raízes ou pelas folhas, sendo, posteriormente, translocadas pelo
sistema condutor da planta via xilema e floema”.
Os fungicidas sistêmicos são altamente solúveis em água, penetram na
planta logo após serem aplicados e apresentam efeito erradicante e supressor,
atuando como inibidores da esporulação e do crescimento micelial dos fungos,
diminuindo assim, o desenvolvimento da infecção nos tecidos do hospedeiro
(GARCIA, 1999).
Estes fungicidas proporcionam uma ação protetora mais prolongada do que
a dos fungicidas residuais, cerca de 15 a 25 dias, não ficando expostos a
17
fotodecomposição e nem a lixívia, com isso não requerendo aplicação de maior
frequência (REIS; REIS; CARMONA, 2010).
1.6.2 Subfases da Infecção em que o Fungicida Atua
Segundo Hewitt (1998 apud REIS; REIS; FORCELINI, 2007, p. 28) “Os
fungicidas ainda podem ser classificados como preventivos, curativos e erradicantes,
conforme as subfases da infecção em que o fungicida atua”.
De acordo com Reis, Reis e Forcelini (2007, p. 28):
A infecção compreende as subfases de deposição, germinação do esporo,
penetração do tubo germinativo do fungo e início da colonização do
hospedeiro. Colonização é a invasão e extração dos nutrientes dos tecidos
do hospedeiro.
a) Fungicidas Preventivos
Os fungicidas preventivos possuem ação protetora, impedindo a germinação
do esporo e evitando a penetração do fungo nos tecidos da planta (REIS; REIS;
FORCELINI, 2007).
Tais produtos, de acordo com Reis, Reis e Carmona (2010), possuem
propriedades não penetrantes, os quais permanecem depositados na superfície do
órgão tratado.
Segundo Juliatti (2004), fungicidas protetores atuam de forma inespecífica
nas membranas dos fungos, inibindo a ação proteica e enzimática.
b) Fungicidas Curativos
Fungicidas curativos agem em pós-infecção, ou seja, quando já ocorreu a
penetração do fungo, mas ainda não são observados os sintomas. Produtos
sistêmicos apresentam ação curativa (REIS; REIS; FORCELINI, 2007).
Conforme Reis, Reis e Carmona (2010), a ação curativa ocorre com os
fungicidas penetrantes, ou seja, que são absorvidos para o interior dos tecidos
vegetais, entrando em contato com as estruturas do fungo e paralisando o processo
infeccioso.
c) Fungicidas Erradicantes
Os fungicidas erradicantes apresentam efeito no estágio pós-sintoma,
através da morte do fungo, paralisando a expansão das lesões, porém as células
18
dos tecidos injuriados ou mortos da planta, não se regeneram. É considerado um
dano irreversível (REIS; REIS; FORCELINI, 2007).
Conforme Garcia (1999, p. 7) “atuam diretamente sobre o patógeno
eliminando-o da superfície de partes da planta ou do solo”. Podem ser protetores ou
sistêmicos e apresentar efeito erradicante, eliminando as estruturas dos fungos tanto
na superfície como no interior da planta.
1.7 GRUPOS QUÍMICOS DOS PRINCIPAIS FUNGICIDAS
1.7.1 Fungicidas Carboxamidas
De acordo com Reis, Reis e Forcelini (2007, p. 39) “Este grupo mostra sua
ação fungicida agindo no complexo II da cadeia de transferência de elétrons na
mitocôndria e inibindo a oxidação do sucinato via cadeia do citocromo”.
São fungicidas penetrantes com ação sistêmica foliar, que inibem a
germinação dos esporos (REIS; REIS; CARMONA, 2010).
As carboxamidas apresentam maior eficácia no controle dos fungos de
gêneros Puccinia, Ustilago e Tilletia.
1.7.2 Fungicidas Triazóis
Os fungicidas inibidores da biossíntese de esteróis agem na formação e na
seletividade da membrana plasmática. Um exemplo de fungicida que apresenta este
mecanismo de ação são os triazóis (REIS; REIS; FORCELINI, 2007).
Em conformidade com Juliatti (2004), os triazóis atuam na formação do
ergosterol, que é considerado um lipídio fúngico importante para a formação da
membrana das células. Na ausência desta camada, ocorre o colapso da célula
fúngica (micélio) e à interrupção do crescimento micelial (corpo fúngico).
1.7.3 Fungicidas Estrobilurinas
De acordo com Reis, Reis e Forcelini (2007, p. 42) “O mecanismo de ação
dos fungicidas do grupo das estrobilurinas ocorre com a inibição da respiração III
mitocondrial”.
19
A seletividade das estrobilurinas parece estar baseada não nas diferenças
de sítios mitocondriais dos organismos alvos, mas nas diferenças estruturais
de membranas celulares na penetração e degradação de fungos, vegetais e
animais (VENANCIO et al., 1999; VENANCIO et al., 2004 apud REIS; REIS;
FORCELINI, 2007, p. 42).
São compostos menos suscetíveis a fotodecomposição na superfície foliar e
controlam uma ampla gama de doenças fúngicas, incluindo míldios, oídios, manchas
e murchas vasculares, podridões de frutas e ferrugens (REIS; REIS; CARMONA,
2010).
Segundo Reis, Reis e Carmona (2010), a germinação dos esporos dos
fungos é a fase com maior sensibilidade às estrobilurinas.
1.7.4 Fungicidas Ditiocarbamatos
O mecanismo de ação dos ditiocarbamatos, de acordo com Reis, Reis e
Forcelini (2007), é através da diminuição da penetração do patógeno nos tecidos do
hospedeiro. São fungicidas de contato, protetores da parte aérea das plantas, com
ação multi-sítio.
Os fungicidas ditiocarbamatos, segundo Braga e Zambolim (1993; 1998
apud AZEVEDO, 2003) são compostos que interferem na produção de energia,
considerados como inibidores específicos e inibidores não específicos ou de ação
múltipla, como os produtos zineb, maneb e mancozeb. Quando presentes em várias
estruturas do fungo, esses fungicidas podem inibir um grande número de enzimas,
interferindo em muitos processos metabólicos além dos específicos.
1.8 TOXICIDADE DOS FUNGICIDAS
Os fungicidas químicos, no geral, ao serem introduzidos no ambiente,
podem ter ação fisiológica sobre os organismos vivos. Alguns deles podem produzir
alterações para os animais, para o homem e para o meio ambiente (BULACIO et al.,
2002 apud AZEVEDO, 2003).
De acordo com Azevedo (2003, p. 167), “A importância dos procedimentos
para o seu uso seguro e racional não deve ser menor que as informações técnicas
constante na bula ou rótulo”.
20
Para a introdução no meio ambiente e para fins de registro dos produtos
fitossanitários, a legislação brasileira exige a apresentação de uma bateria de
estudos de toxicologia, ensaios a campo e laboratório (AZEVEDO, 2003).
Os Engenheiros Agrônomos que exercem sua profissão nos diversos
setores da produção agrícola têm hoje uma responsabilidade muito maior
que há alguns anos atrás em relação à recomendação técnica dos produtos.
Existem pressões que vem de todos os lados, especialmente de uma
sociedade mais exigente e sabedora dos direitos do consumidor
(AZEVEDO, 2003).
De acordo com Bulacio et al. (2002 apud AZEVEDO, 2003), a grande
quantidade de agroquímicos que existem atualmente no mundo, sua forma de
emprego e sua toxidade para os seres vivos, exigem cada vez mais a
implementação de medidas de precaução visando a menor utilização possível
destes produtos na agricultura.
A utilização e o emprego dos agrotóxicos deve envolver sempre de forma
criteriosa, o estabelecimento de medidas preventivas para que a probabilidade de
ocorrência de riscos e de efeitos indesejáveis seja minimizada e mantida em níveis
compatíveis com todas as formas de vida (LARINI, 1999; BAPTISTA, 2000 apud
AZEVEDO, 2003).
Em meio a tudo isso, devemos compreender que o uso dos defensivos
agrícolas é ainda necessário na maioria dos sistemas de produção e que muitas
vezes são considerados indispensáveis para evitar ou reduzir o dano produzido por
pragas e doenças na agricultura (AZEVEDO, 2003).
21
2 MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 LOCAL, SOLO E CLIMA
A pesquisa foi conduzida em área de propriedade dos Irmãos Mori,
localizada no município de Pejuçara (RS), situado a 449 metros de altitude, no ano
agrícola de 2015/2016.
O tipo de solo pertence à unidade de mapeamento Santo Ângelo e é
classificado como Latossolo Vermelho Distroférrico Típico, originário do basalto da
formação da Serra Geral, caracterizado por apresentar relevo ondulado, perfil
profundo, bem drenado, textura argilosa de coloração vermelha escura, com mais de
60% de argila e menos de 10% de areia, baixa saturação por bases, com
concentração relativa de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio7.
A região caracteriza-se pelo clima dominante de (Cfa), subtropical úmido,
segundo a classificação climática de Köppen, com estação de verão quente de
máximas superiores a 36°C e invernos frios de temperaturas inferiores a 3°C. A
temperatura média anual é de 17°C a 20°C. As geadas se estendem até o mês de
agosto com previsões também no mês de setembro. A precipitação anual é de 1.773
mm, somando um total de 80 a 110 dias de chuva, apresentando esporadicamente
estiagens no verão. A umidade relativa do ar média varia entre 68 e 85%.
2.2 DELINEAMENTO EXPERIMENTAL
O
delineamento
experimental
utilizado foi
o
DIC
–
Delineamento
Inteiramente Casualizado, composto por sete tratamentos e cinco repetições. As
parcelas foram constituídas de quatro fileiras de plantas de cinco metros de
comprimento, sendo considerada como parcela útil, as duas linhas centrais.
Os tratamentos utilizados foram os seguintes:
T.1. Trifloxistrobina + Protioconazol;
T.2. Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe;
T.3. Azoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe;
T.4. Azoxistrobina + Benzovindiflupir;
7
Conforme o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos. 2006, disponível
<http://www.agrolink.com.br/downloads/sistema-brasileiro-de-classificacao-dos-solos2006.pdf>.
em:
22
T.5. Fluxapiroxade + Piraclostrobina + Mancozebe;
T.6. Fluxapiroxade + Piraclostrobina;
T.7. TESTEMUNHA. (sem aplicação de fungicida).
Obs. A adição do produto Mancozebe nos tratamentos tem como objetivo
minimizar a resistência dos fungos a essas novas moléculas, além de melhorar a
eficiência no controle das moléstias, pois se trata de um produto com ação multisítios.
A caracterização dos fungicidas utilizados encontra-se no Quadro 1.
Quadro 1: Produto comercial, ingrediente ativo, grupo químico e dose utilizada
de fungicidas aplicados na parte aérea da cultura do milho
PRODUTO
COMERCIAL
FOX®
ELATUS®
ORKESTRA®
UNIZEB GOLD®
INGREDIENTE ATIVO
GRUPO QUÍMICO
DOSE
TRIFLOXISTROBINA
150g/L +
PROTIOCONAZOL
175 g/L
AZOXISTROBINA
300g/kg +
BENZOVINDIFLUPIR
150 g/kg
FLUXAPIROXADE
167g/L +
PIRACLOSTROBINA
333 g/L
MANCOZEBE
750 g/kg
ESTROBILURINA +
TRIAZOLINTHIONE
500 ml/ha
ESTROBILURINA +
PIRAZOL
300 g/ha
ESTROBIRULINA +
CARBOXAMIDA
400 ml/ha
DITIOCARBAMATO
2 kg/ha
2.3 MANEJO DA SEMEADURA
O experimento foi conduzido em área de semeadura direta na palha, com
sistema consolidado por mais de 10 anos e como cultura antecedente, o consórcio
de aveia preta e azevém.
A dessecação da área foi realizada 15 dias antes da semeadura, com a
aplicação do herbicida Paraquat na dose de 2 litros ha
-1
e, com a adição de óleo
mineral parafínico na dose de 0,5 litros ha -1.
Como adubação de base, foi utilizado o fertilizante de fórmula 08-16-24 na
dosagem de 400 Kg ha-1.
A semeadura foi realizada no dia 05 de setembro, com auxilio de uma
semeadeira convencional tratorizada, com espaçamento entre linhas de 0,5 m,
23
ajustada para distribuir quatro sementes por metro linear, resultando em uma
população final de 80.000 plantas ha-1.
O híbrido de milho utilizado foi a cultivar DKB 230 VT PRO 3, que protege a
cultura contra larva alfinete, pragas aéreas e oferece tolerância ao herbicida
Glifosato. No quadro 2 podemos verificar as principais características agronômicas
do híbrido:
Quadro 2: Características agronômicas do híbrido utilizado no experimento
Cultivar
Ciclo
Tipo
Época de Plantio
Uso
Cor do grão
Densidade (Plantas/ha)
Tipo do grão
Inserção da Espiga (m)
Porte da Planta (m)
Resistência ao Acamamento
Região Recomendada
Empresa
Fonte: Dekalb Sementes de Milho.
DKB 230
Hiperprecoce
HS - Híbrido Simples
Abertura de plantio
Grãos
Amarelo
75 – 80 mil
Semidentado
1,18 a 1,30
2,35 a 2,45
Alta
RS, SC, PR e SP
DEKALB
O tratamento das sementes do híbrido utilizado era constituído do fungicida
Metalaxil-M 2% + Tiabendazol 15% + Fludioxonil 2,5% na dose de 100 a 150 ml/100
Kg de semente, e dos inseticidas Deltametrina 2,5% na dose de 8 ml/100 Kg de
semente, Pirimifós-Metílico 50% na dose de 1,6 ml/100 Kg de semente e Clotianidina
60% na dose de 350 a 400 ml/100 Kg de semente.
O controle das plantas invasoras foi realizado no estádio V4 da cultura com
a aplicação do herbicida Glifosato na dose de 2 litros ha-1 e adição de óleo mineral
parafínico na dose de 0,3 litros ha-1.
2.4 MANEJO DA ADUBAÇÃO DE COBERTURA
Para o manejo da adubação de cobertura foi aplicado nitrogênio (N), na
forma de Ureia na concentração de 45% de N.
A quantidade aplicada de N por hectare foi estimada através do teor de MO
do solo (conforme análise química do solo no quadro 3 a seguir) e para produção
esperada de grãos de 12 toneladas ha-1, correspondendo à dose de 180 kg ha-1,
24
sendo esta, dividida em duas aplicações, uma no estádio fenológico V4 e outra em
V7, devido o período em que a planta tem maior demanda de nitrogênio, pois está
definindo o seu potencial produtivo.
Quadro 3: Laudo da análise do solo da área experimental. Pejuçara, 2014
2.5 MANEJO DA APLICAÇÃO DOS TRATAMENTOS
Os tratamentos com fungicidas foram aplicados na cultura em três fases, a
primeira na fase vegetativa (V9), a segunda no pendoamento (VT) e a terceira no
espigamento (R1). O intervalo entre as aplicações variou de 15 a 20 dias. Em todas
as aplicações foi adicionado óleo mineral parafínico na dose de 0,4 litros ha-1.
As aplicações foram realizadas através de um pulverizador costal manual,
com barra de dois metros de comprimento e quatro bicos de pulverização tipo leque,
adaptado para pulverização da cultura do milho nos estádios mais avançados de
desenvolvimento da planta.
2.6 DETERMINAÇÕES REALIZADAS
a) Número de plantas por parcela (NPP)
Determinado o número de plantas nas duas linhas centrais de cada parcela.
25
b) Número de espigas por parcela (NEP)
Avaliado o número de espigas na área útil de cada parcela no momento da
colheita.
c) Índice de espiga (IE)
Calculado pela relação entre o número de espigas por parcela e o número
de plantas por parcela (NEP/NPP).
d) Rendimento biológico aparente (RBA)
Determinado o peso de planta, constituída de grão mais palha de uma planta
colhida ao acaso em cada parcela de tratamento.
e) Peso de grãos por espiga (PGE)
Na planta selecionada e colhida foi determinado o peso de grãos da espiga.
f) Índice de colheita (IC)
Determinado em percentagem pela relação entre o peso de grãos pelo
rendimento biológico aparente multiplicado por 100. (PG/RBA) x 100.
g) Peso de espigas (PE)
No momento da colheita determinado o peso de todas as espigas das linhas
úteis de cada parcela (grãos mais sabugo).
h) Número de grãos por espiga (NGE)
Da espiga de cada planta selecionada obteve-se o número total de grãos
através do produto do número de fileiras pelo número de grãos por fileiras.
i) Peso do grão
Foi calculado através do peso de grãos por espiga (PGE), dividido pelo
número de grãos por espiga (NGE), encontrando o peso de um grão em gramas.
j) Rendimento de grãos (RG)
Determinado pela pesagem dos grãos colhidos em cada parcela útil e
corrigido para 13% de umidade.
2.7 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Os dados foram submetidos à análise estatística pelo programa ASSISTAT
7.7 BETA para avaliar efeitos de tratamentos e aplicado o Teste de Duncan a 5% de
probabilidade, para detectar diferenças entre médias de tratamentos.
26
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A análise da variância através do quadrado médio dos caracteres avaliados
quando a cultura do milho foi submetida a diferentes tratamentos com fungicidas na
parte aérea para o controle das moléstias, evidenciou variação para o rendimento de
grãos, peso de espigas, número de grãos por espiga, peso de grãos por espiga,
número de espigas por parcela e rendimento biológico aparente. Por outro lado não
foi detectada diferença significativa entre os tratamentos para as variáveis: número
de plantas por parcela, índice de espigas, índice de colheita e peso do grão.
Os coeficientes de variação podem ser considerados dentro dos padrões
estatísticos recomendados para este tipo de experimento para as variáveis
avaliadas, conforme pode ser visualizado na Tabela 01.
Tabela 1: Resumo da Análise de Variância para os caracteres: rendimento de
grãos (kg/ha), peso de espigas (kg/ha), grãos por espiga (n°), peso de
grãos por espiga (g), plantas por parcela (n°), espigas por parcela
(n°), índice de espigas (IE), rendimento biológico aparente (RBA),
índice de colheita (%) e peso do grão (g), de milho submetido a
diferentes tratamentos com fungicidas na parte aérea da planta para
o controle de moléstias. Pejuçara, RS, 2016
Causa de Variação
Quadrado Médio (QM)
Tratamento
Resíduo
0,892**
0,214
1,349**
0,308
10077**
1385
871*
416
12,86ns
10,15
23,00*
12,08
0,003ns
0,007
11571*
5761
38,92ns
21,68
1154ns
854
RENDIMENTO DE GRÃOS (kg/ha)
PESO DE ESPIGA (kg/ha)
GRÃOS POR ESPIGA (n°)
PESO DE GRÃOS POR ESPIGA (g)
PLANTAS POR PARCELA (n°)
ESPIGAS POR PARCELA (n°)
ÍNDICE DE ESPIGAS (IE)
RENDIMENTO BIOLÓGICO APARENTE (RBA)
ÍNDICE DE COLHEITA (%)
PESO DO GRÃO (g)
** = significativo a 1% de probabilidade pelo teste F.
* = significativo a 5% de probabilidade pelo teste F.
ns = não significativo a nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste F.
CV% = Coeficiente de variação em porcentagem.
CV%
7
7
6
8
7
8
8
15
9
7
Para o caráter rendimento de grãos a média do experimento foi 12.867
kg/ha, sendo destaque para o tratamento constituído da aplicação de Trifloxistrobina
+ Protioconazol, registrando a produtividade de 14.034 kg/ha, não diferindo
estatisticamente dos tratamentos com Fluxapiroxade + Piraclostrobina + Mancozebe,
Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe e Fluxapiroxade + Piraclostrobina, com
rendimentos de 13.716 kg/ha, 13.002 kg/ha e 12.950 kg/ha, respectivamente.
27
Entretanto estes tratamentos foram estatisticamente superiores a TESTEMUNHA
(11.562 kg/ha), como pode ser observado na Tabela 2.
Para a variável peso de espigas, o tratamento com o fungicida
Trifloxistrobina + Protioconazol revelou melhor produtividade (17.074 kg/ha), não
diferindo estatisticamente dos tratamentos Fluxapiroxade + Piraclostrobina +
Mancozebe (16.698 kg/ha), Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe (15.546
kg/ha) e Fluxapiroxade + Piraclostrobina (16.002 kg/ha). Por outro lado, a análise
revelou
diferença
estatisticamente
significativa
quando
comparados
a
TESTEMUNHA (14.102 kg/ha).
O número de grãos por espiga seguiu a mesma tendência das variáveis
anteriores apresentando maiores médias para o caráter quando o milho foi tratado
com Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe (595), Azoxistrobina +
Benzovindiflupir + Mancozebe (574), Fluxapiroxade + Piraclostrobina + Mancozebe
(566), Trifloxistrobina + Protioconazol (562) e Azoxistrobina + Benzovindiflupir (550),
não diferindo estatisticamente pelo teste de médias a 5% de probabilidade, mas
diferiram do tratamento TESTEMUNHA (462), conforme pode ser visualizado na
tabela 2.
O peso de grãos por espiga revelou variação para tratamentos. As maiores
médias foram alcançadas com os tratamentos Fluxapiroxade + Piraclostrobina +
Mancozebe (247) e Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe (243), não
diferindo significativamente dos tratamentos Azoxistrobina + Benzovindiflupir (235),
Azoxistrobina + Benzovindiflupir + Mancozebe (235), Trifloxistrobina + Protioconazol
(229) e Fluxapiroxade + Piraclostrobina (218), mas diferindo estatisticamente da
TESTEMUNHA (210).
Para o caráter peso do grão não foi observada variação entre os tratamentos
(Tabela 2).
28
Tabela 2: Rendimento de grãos (kg/ha), peso de espigas (kg/ha), grãos por
espiga (nº), peso de grãos por espiga (g) e peso do grão (g) de
milho submetido a diferentes tratamentos com fungicidas na parte
aérea das plantas para o controle de moléstias. Pejuçara, RS, 2016
Tratamentos
1-(FOX®)
5-(ORKESTRA®+UNIZEB GOLD®)
2-(FOX®+UNIZEB GOLD®)
6-(ORKESTRA®)
3-(ELATUS®+UNIZEB GOLD®)
4-(ELATUS®)
7-TESTEMUNHA
MÉDIA GERAL
CV (%)
Rendimento de
Grãos (kg/ha)
14.034 a
13.716 a b
13.002 a b
12.950 a b
12.536 b c
12.268
cd
11.562
d
12.867
7
Peso de
Espigas
(kg/ha)
17.074 a
16.698 a b
15.546 a b
16.002 a b
15.312 b c
14.810
cd
14.102
d
15.649
7
Grãos/
Espiga (n°)
562 a
566 a
595 a
511 b
574 a
550 a b
462
c
546
6
Peso de
Grãos/
Espiga (g)
229 a b
247 a
243 a
218 a b
235 a b
235 a b
210 b
231
8
Peso do
Grão (g)
0,391 a
0,417 a
0,396 a
0,407 a
0,396 a
0,415 a
0,434 a
0,408
7
Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente entre si pelo Teste de Duncan ao
nível de 5% de probabilidade.
CV % - Coeficiente de variação em porcentagem.
Na Tabela 3 encontramos os dados referentes aos caracteres número de
plantas por parcela, número de espigas por parcela, índice de espigas, rendimento
biológico aparente e índice de colheita. As variáveis número de plantas por parcela,
índice de espiga e índice de colheita não registraram variação entre médias de
tratamentos. Já o número de espigas por parcela foi superior no tratamento com
Trifloxistrobina + Protioconazol (44) e inferior com o tratamento Azoxistrobina +
Benzovindiflupir (38), porém, não diferindo dos demais inclusive da TESTEMUNHA.
O rendimento biológico aparente apresentou destaque quando o milho foi
submetido à aplicação da associação dos fungicidas Fluxapiroxade + Piraclostrobina
+ Mancozebe (583g). Este tratamento foi estatisticamente igual aos demais com
exceção da TESTEMUNHA (Tabela 3).
29
Tabela 3: Plantas por parcela (nº), espigas por parcela (nº), índice de espigas,
rendimento biológico aparente (RBA) em gramas e índice de colheita
(%) de milho submetido a diferentes tratamentos com fungicidas na
parte aérea das plantas para o controle de moléstias. Pejuçara, RS,
2016
Plantas/
Espigas/
Parcela
Parcela (n°)
(n°)
1-(FOX®)
44 a
44 a
5-(ORKESTRA®+UNIZEB GOLD®) 42 a
42 a b
2-(FOX®+UNIZEB GOLD®)
43 a
40 a b
6-(ORKESTRA®)
40 a
39 a b
3-(ELATUS®+UNIZEB GOLD®)
40 a
40 a b
4-(ELATUS®)
39 a
38 b
7-TESTEMUNHA
40 a
39 a b
MÉDIA GERAL
41
40
CV (%)
7
8
Médias seguidas pela mesma letra não diferem estatisticamente
nível de 5% de probabilidade.
CV % - Coeficiente de variação em porcentagem.
Índice de
Espigas
Tratamentos
1,00 a
1,02 a
0,94 a
0,98 a
0,99 a
0,96 a
0,96 a
0,98
8
entre si pelo
RBA (g)
IC (%)
487 a b
47 a
583 a
43 a
509 a b
48 a
481 a b
45 a
486 a b
49 a
517 a b
46 a
423 b
51 a
498
47
15
9
Teste de Duncan ao
A expressão do rendimento de grãos poderia ser atribuída aos tratamentos
que apresentaram superioridade para os caracteres peso de espiga, número de
grãos por espiga e peso de grãos por espiga, que são importantes componentes que
definem a produtividade de grãos. O efeito da aplicação de fungicidas na parte aérea
do milho para controle de doenças também foi avaliada por Duarte, Juliatti e Freitas
(2009) e Oliveira et al. (2011), demonstrando que o rendimento de grãos foi
incrementado quando a incidência de doenças foi minimizada. Em ambos os
trabalhos os fungicidas que apresentaram melhor desempenho foram as misturas de
triazóis com estrobilurinas.
O
caráter
rendimento
biológico
aparente
também
influenciou
na
produtividade de grãos, provavelmente por proporcionar à planta o maior índice de
área foliar verde, contribuindo para a maior produção de assimilados transportados
para os grãos.
30
CONCLUSÃO
De acordo com os resultados obtidos neste trabalho, o objetivo do estudo foi
alcançado, uma vez que o rendimento de grãos e os componentes do rendimento
(peso de espigas, número de grãos por espiga e peso de grãos por espiga) foram
influenciados pelo manejo fitossanitário através do controle químico de doenças na
parte área da cultura do milho.
Além disso, destaca-se que os tratamentos constituídos pela aplicação dos
fungicidas a base de Trifloxistrobina + Protioconazol, Fluxapiroxade + Piraclostrobina
+ Mancozebe, Trifloxistrobina + Protioconazol + Mancozebe e Fluxapiroxade +
Piraclostrobina, apresentaram melhor resposta em rendimento de grãos e nos
componentes do rendimento.
Já o princípio ativo a base de Azoxistrobina + Benzovindiflupir, apresentou
menor resposta em relação aos demais com comportamento similar a testemunha.
31
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AZEVEDO, L. A. S. Fungicidas protetores: fundamentos para o uso racional. São
Paulo, 2003. 320p.
BONALDO, S. M.; PAULA, D. L.; CARRÉ-MISSIO, V. Avaliação da aplicação de
fungicida em milho “safrinha” no município de Boa Esperança – Paraná. Campo
Digital, v. 5, n. 1, p. 1-7, Campo Mourão, dez. 2010.
CLASSIFICAÇÃO CLIMÁTICA DE KÖPPEN-GEIGER. Disponível em: <https://por
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33
ANEXO
34
ANEXO A – Dados de precipitação pluviométrica (mm) referente ao período de
Setembro de 2015 a Fevereiro de 2016. Pejuçara, RS
Precipitação (mm)
2015
Dias/Mês
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
Total Acum.
Média Hist.
Set.
0
0
0
0
0
0
6,0
0
0
10,0
0
0
0
0
0
8,0
0
28,0
0
130,0
0
6,0
0
0
0
5,0
0
0
0
0
0
193,0
157,0
Out.
0
15,0
0
0
0
0
0
0
125,0
0
15,0
0
0
0
18,0
0
0
0
0
0
5,0
0
0
0
0
12,0
0
0
0
8,0
0
198,0
153,2
2016
Nov.
0
0
55,0
0
0
0
0
0
0
105,0
0
0
102,0
0
0
0
0
0
20,0
0
0
0
0
0
0
5,0
0
60,0
0
0
0
347,0
126,5
Dez.
0
40,0
0
42,0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
150,0
0
0
0
0
0
0
0
0
145,0
60,0
0
0
30,0
0
0
28,0
0
495,0
144,4
Jan.
0
0
0
8,0
22,0
0
0
0
74,0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
0
10,0
25,0
0
0
20,0
75,0
5,0
239,0
146,8
Fev.
0
0
60,0
0
0
0
0
0
12,0
0
0
0
0
45,0
12,0
0
0
0
5,0
0
0
0
0
0
0
15,0
0
0
0
0
0
149,0
115,3
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