Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine Podridão Floral dos Citros Sintomas: A doença é causado pelo fungo Colletotrichum acutatum e ataca as flores das plantas cítricas (laranjeiras, limoeiros e bergamoteiras), provocando a queda das pétalas e dos frutinhos em início de formação. Os cálices permanecem retidos nos ramos, sintoma este típico da doença que, por essa característica, é conhecida entre os citricultores como "estrelinha". Em flores infectadas, os primeiros sintomas aparecem, na flor tipo palito de fósforo, cotonete ou nas pétalas, sob a forma de lesões encharcadas de coloração alaranjada. Em ataques severos a infecção ocorre antes da abertura das flores = “palito de fósforo” Após o florescimento, os frutinhos recém-formados amarelecem, destacam-se da base do pedúnculo e caem, deixando os discos basais, os cálices e as sépalas aderidos. Os cálices continuam crescendo, transformando-se numa estrutura dilatada, com as sépalas salientes, semelhantes a estrelas daí a denominação da doença de "estrelinha". Essas estruturas permanecem secas e aderidas aos ramos por muito tempo prejudicando a próxima florada. As vezes os frutos não chegam a cair, porém, afetados pela doença, permanecem desenvolvendose deformados, e pequenos, menores que 1 cm de diâmetro. Fatores que favorecem a podridão-floral: Umidade e temperatura elevadas favorecem a infecção das flores, entretanto é o período prolongado da umidade o fator determinante para a ocorrência da doença. O fungo é disseminado no pomar principalmente por respingos de chuva. Espécies e cultivares cítricos apresentam comportamentos distintos em relação à intensidade de ataque da doença. Ela é mais severa em laranjeiras que em bergamoteiras. Diversos surtos de florescimento junto com alta umidade agravam a ocorrência da doença. Fatores que favorecem a podridão-floral: A influência do porta-enxerto pode ser observada na antecipação ou no atraso da floração, que podem coincidir com períodos mais favoráveis à ocorrência da doença. Adubação nitrogenada em excesso torna a planta mais suscetível a ocorrência da podridão-floral. Suprimento adequado de cálcio fortalece a planta. Controle da doença: prevenção - Condições nutricionais adequadas - Execução da poda (com eliminação dos ramos com estrelinha) e de tratamento de inverno com calda sulfocálcica. - Manter cobertura verde no pomar evitando o respingo de gotas de chuva que disseminam os esporos da doença na planta. - Manter quebra-vento evitando a disseminação da doença entre plantas no pomar. Controle: Uso do biofertilizante e sulfato de cobre Super-Magro Ca + B - Leite ou soro de leite - Melado ou caldo de cana - Esterco de vaca - Micronutrientes Controle com fungicidas Fungicidas sistêmicos: - Benzimidazóis: Tiofanato Metílico: Cercobin 700 PM, Metiltiofan Carbendazin: Derosal 500 SC Atenção: benzimidazóis agravam doença alternária (bergamotas) Controle com fungicidas Fungicidas sistêmicos: - Triazóis: Tebuconazole: Folicur PM, Constant, Triade Difenoconazole: Score (classe I) Fungicidas de contato: Oxicloreto de Cobre: Cupravit Azul Br, Cobox, Hokko Cupra 500, Reconil Óxido Cuproso: Cobre Sandoz Br Primeira aplicação Segunda aplicação - Intercalar fungicida sistêmico com fungicida de contato. - Pulverizar de manhã cedo ou à tardinha, sem vento. - Regular o pH da água para 5,0.