40º CONBRAVET afecção muito frequente em indivíduos que vivem

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afecção muito frequente em indivíduos que vivem em abrigos, com elevada
morbidade e em alguns casos, fatal. O herpesvírus felino tipo1 (FHV-1) e a
Chlamydophila felis estão entre os principais causadores. O FHV-1 ocasiona
quadros de espirros, secreção nasal e alterações oculares como conjuntivite.
A C. felis é responsável pelos piores casos de conjuntivite e apresenta um
plasmídeo críptico como um fator de virulência. A presença dos retrovírus
da leucemia felina (FeLV) e/ou imunodeficiência dos felinos (FIV) debilita
a função do sistema imunológico, causando imunossupressão e consequentemente aumento nos índices de morbidade e mortalidade. Neste trabalho
foram avaliados dois abrigos: 1o gatil do Centro de Controle de Zoonoses
(CCZ) da cidade de São Paulo/SP (106 felinos) e 2ogatil particular não comercial localizado na cidade de Osasco/SP (31 animais). A idade de todos
os gatos foi estimada entre dois meses e cinco anos, no 1o grupo, 61,11% dos
animais encontravam-se abaixo de um ano e para o 2º grupo, 16%. O número de machos do 1o grupo foi de 42,59% e do 2o foi 52%, enquanto que o
de fêmeas para o 1o grupo foi de 57,41% e para o 2º, de 48%. Todos os gatos
sem raça definida. A detecção de FHV-1, como de C. felis e de três genes
do plasmídeo críptico foram realizadas por PCR em amostras de mucosa
oral e de conjuntiva ocular de ambos os olhos obtidas com swabs de algodão, secos e estéreis. Amostras de sangue foram coletadas para a detecção
do FIV e FeLV por meio de teste imunoenzimático. O sintomas clínicos
dos animais foram classificados de 1 a 4, sendo 4 atribuído àqueles que
apresentavam pior sintomatologia. A ocorrência de FIV e FeLV no 1o gatil
foi de 4,63% e 3,70%, respectivamente, enquanto que no 2o gatil foi de 0%
e 6,45%. FHV-1 foi observado em 61,11% dos gatos no 1o gatil e 90,32% no
2o gatil. No 1o gatil, 7,41% das amostras apresentavam C. felis, enquanto que
no 2o gatil, 58,06%. Dentre as amostras positivas para C. felis, os genes do
plasmídeo críptico foram detectados; no 1° gatil o gene 1 estava presente em
62,50% das amostras, o gene 2 e 3 em 75%, para o 2o gatil obteve-se 61,11%
de positividade para os genes 1 e 2 e 55,56% para o gene 3. A sintomatologia
clínica foi observada em 54,63% dos gatos do 1o gatil e em 100% daqueles
do 2o gatil. No 1ogatil a sintomatologia 1 foi observada em 59,32% dos gatos,
a 2 em 22,03%, a 3 em 11,86% e a 4 em 6,78%; no 2o gatil, obteve-se 16,13%
para 1, 25,81% para 2, 38,71% para 3 e 19,35% para a intensidade de sintoma
4. Os óbitos relatados no período do estudo foram de animais classificados
com sintomas 3 ou 4 e positivos para C. felis e para o plasmídeo críptico.
No presente trabalho foi observada uma elevada ocorrência de C. felis e
de seu plasmídeo críptico diferentemente do que se encontra descrito na
literatura, apesar da baixa ocorrência de FIV e FeLV nos dois gatis.
Palavras-chave: Chlamydophila felis, FHV-1 FIV, FeLV. 1 VPS FMVZ USP
possibilitarem a identificação dos neonatos que necessitam de intervenção
médica rápida. Foram avaliados 49 neonatos oriundos de parto eutócico e
55 de cesariana, analisando-se escore de Apgar, reflexos de procura, endireitamento e sucção; temperatura e peso ao nascimento e aos 60 minutos.
Os animais também foram submetidos à colheita sanguínea para análise da
glicemia, lactatemia e hemogasometria. Os valores de Apgar e reflexos neonatais ao nascimento estavam dentro da faixa de normalidade estabelecida
no grupo de eutocia (7,6±0,3; 4,6±0,2), mas foram considerados críticos
no grupo de cesariana (4,3±0,3; 1,7±0,2), provavelmente resultado de uma
associação entre sofrimento fetal e depressão anestésica. Aos 60 minutos,
ambos os grupos apresentaram valores adequados para os parâmetros, permitindo-se inferir que a cesariana é um fator depressor transitório para
os neonatos. A glicemia aumentou aos 60 minutos no grupo de eutocias,
ao contrário do que foi observado no grupo oriundo de cesariana, onde o
parâmetro atingiu a média de (56,4±7,6). A queda da glicemia foi associada
ao tempo que os neonatos aguardavam para a mãe se recuperar da anestesia
e poder amamentar, uma vez que neonatos nascidos de eutocia mamavam
imediatamente após o parto. O valor de lactato em ambos os grupos foi
superior aos de referência (5mmol/l), nos dois momentos. Observou-se que,
independentemente, do tipo do parto, os neonatos apresentaram acidose
lática ao nascimento, secundária à hipóxia, no entanto, a análise hemogasométrica demonstrou recuperação do quadro aos 60 minutos. A taxa de
mortalidade observada foi de 23,46%, mas não houve diferença entre os
grupos eutocia e cesariana. Conclui-se que a cesariana é um fator depressor
transitório para os neonatos, necessitando de acompanhamento veterinário,
no entanto, aos 60 minutos os parâmetros clínicos e laboratoriais são semelhantes nos dois grupos.
PROCESSOS FAPESP n° 2012/03234-0 e n° 2012/10689-3
Palavras-chave: Apgar, neonatologia, cesariana, cães
1 Mestranda do Departamento de Cirurgia e Anestesiologia
2 Docente do Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária
3 Doutoranda do Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária
4 Pós-doutorando do Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária
5 Docente do Departamento de Clínica Veterinária. E-mail: [email protected]
AO-62
AVALIAÇÃO DE CROMATINA DE ESPERMATOZOIDES
BOVINOS USANDO ANÁLISE DE IMAGEM
COMPUTACIONAL DE ESFREGAÇOS CORADOS COM
AZUL DE TOLUIDINA E O CITÔMETRO DE FLUXO (SCSA)
Lucas Soares Braga¹, Brenda Matos Fernandes², Muller Carrara Martins¹,
Marcelo Emíio Beletti³, Benner Geraldo Alves4, Aline Costa de Lúcio5
REPRODUÇÃO ANIMAL
AO-61
AVALIAÇÃO COMPARADA DA VIABILIDADE NEONATAL
EM PARTO EUTÓCICO E CESARIANA EM CÃES
Flávia Gardilin Vassalo1, Maria Denise Lopes2, Nereu Caros Prestes2;
Carla Regina Barbieri Simões3; Mateus José Sudano4, Maria Lúcia
Gomes Lourenço5
A avaliação da viabilidade do neonato e detecção precoce do sofrimento
fetal contribui para a redução da natimortalidade em cães. Os achados
clínicos e os resultados dos exames laboratoriais ao nascimento refletem
os eventos fisiológicos mais recentes da transição fetal-neonatal, além de
A capacidade de fecundação dos espermatozoides está relacionada à
alguns aspectos funcionais importantes, como a motilidade progressiva,
capacitação, reação acrossomal e habilidade de ligação e penetração no
ovócito e posterior desenvolvimento embrionário. O objetivo deste estudo
foi realizar a comparação entre dois métodos distintos de avaliação de
cromatina espermática. Uma vez que alterações em nível de DNA espermático não interferem em grande escala na fecundação de ovócitos, mas
sim em seu desenvolvimento até o estágio de blastocisto. Por meio do
método de análise computacional de esfregaços corados em azul de toluidina (AT) e também pelo método de citometria de fluxo (SCSA) foram
avaliados ejaculados de dois touros pós-insulação escrotal a fim de evidenciar os defeitos de cromatina ocasionados por tal injúria térmica. Após
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coletadas as amostras de sêmen pós-insulação, foram confeccionadas lâminas de microscopia para a avaliação de cromatina em AT, e preparadas
amostras para a avaliação por SCSA. Verificou-se que a descompactação
cromatínica identificada pela avaliação computacional de esfregaços de
sêmen corados com AT quase não detecta mudanças ao longo do tempo
de insulação, não demonstrando piora e nem melhora na qualidade do
sêmen com o decorrer do tempo. Já ao SCSA, demonstra um pico de células danificadas, por volta dos dias 14 aos 35 de insulação, mostrando que
existe um período crítico no qual há maior número de espermatozoides
danificados. Com base nos resultados obtidos, pode-se concluir que o
SCSA é o método mais indicado para identificação da descompactação da
cromatina, devido à maior eficácia de resultados e à um maior número de
espermatozoides avaliados.
Palavras-chave: descompactação, espermatozoide, insulação.
Agradecimentos: FAPEMIG
¹Graduado em Medicina Veterinária pela UFU
² aluna de Iniciação Científica FAMEV
³ Prof. ICBIM laboratório de biologia celular
realizar estudos de filogenia viral, a fim de verificar a epidemiologia molecular, contribuindo para o conhecimento de sua variabilidade genética
e de sua distribuição territorial.
Palavras-chave: vírus da Leucemia Bovina, soro fetal bovino, reação em
cadeia pela polimerase, transmissão intrauterina.
1 Laboratório de Viroses de Bovídeos, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade
Animal, Instituto Biológico - São Paulo, Brasil
2 Laboratório de Anatomia Patológica, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade
Animal, Instituto Biológico - São Paulo, Brasil.
AO-64
IMPACTOS DA RETENÇÃO DE PLACENTA SOBRE A
EFICIÊNCIA REPRODUTIVA DE VACAS LEITEIRAS
HOLANDESAS
Thaís Rezende Leite , Estevão Vieira de Rezende, Carla Cristian Campos,
Ricarda Maria dos Santos
4 Bolsista da Southern Illinois University, EUA
5 Bolsista de pós-doutorado da UFU. Email: [email protected]
AO-63
DETECÇÃO DO VÍRUS DA LEUCEMIA BOVINA EM LOTES
DE SORO FETAL BOVINA
Marcia Mayumi Fusuma1; Cláudia Del Fava2; Marta Elisabete Scarelli
Vicente1; Cláudia Pestana Ribeiro1; Liria Hiromi Okuda1; Edviges
Maristela Pituco1
O vírus da Leucemia Bovina (VLB), da família retrovíridae, gênero
Deltaretrovirus, acomete geralmente animais adultos, sendo que a maioria permanece como portador assintomático e fonte de infecção por toda
a vida, podendo vir a causar linfocitose persistente e linfossarcoma em
bovinos. Os elevados índices de soropositividade para o VLB, detectados em todas as regiões do Brasil e seu impacto econômico negativo na
sanidade dos rebanhos brasileiros, têm incentivado a inclusão do diagnóstico deste patógeno em bovinos reprodutores machos e fêmeas. O
vírus pode ser transmitido por via transplacentária, principalmente, no
primeiro trimestre de gestação, por esse motivo objetivou-se avaliar a
frequência de ocorrência do DNA pró-viral da VLB pela técnica da nested PCR (Reação em Cadeia pela Polimerase) em 165 lotes comerciais de
amostras de Soro Fetal Bovino (SFB) encaminhadas ao Laboratório de
Viroses de Bovídeos (LVB) do Instituto Biológico São Paulo, no período
de janeiro de 2005 a dezembro de 2012. Cada lote de SFB foi composto
por um “pool” de aproximadamente 300 fetos coletados por punção cardíaca, com idade superior a três meses. A extração do DNA foi realizada
pelo método de Trizol, segundo recomendações do fabricante, e amplificou-se o segmento que codifica a gp51 do gene env. Apenas um lote foi
positivo, gerando um produto de 444 pares de bases visualizado em gel
de agarose por meio de fotodocumentador. Estes resultados indicam que,
apesar do lote ser formado por “pool” de soros (1 lote:300fetos), a técnica empregada apresentou sensibilidade analítica e permitiu detectar o
DNA pró-viral da VLB, confirmando a transmissão intrauterina. O risco
da presença deste agente em lotes comerciais de SFB alerta os usuários
deste produto biológico que, dependendo da sua aplicação devem exigir
a certificação sanitária. Além disso, com este material positivo é possível
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O presente estudo avaliou os efeitos da ordem de lactação (primeira,
segunda e terceira ou mais) e da estação do ano na qual ocorreu o último
parto (primavera, verão, outono e inverno) sobre a incidência da retenção
de placenta (RP), bem como os efeitos desta patologia reprodutiva sobre
a produção leiteira ajustada para 305 dias de lactação e sobre o intervalo
parto-concepção (IPC) em vacas leiteiras Holandesas. Os dados foram coletados em uma fazenda comercial leiteira localizada em São Gotardo-MG
durante o ano de 2012. A ocorrência de RP foi considerada como a “não
eliminação das membranas fetais” a partir de 12 horas após o parto. Os
dados foram analisados por meio de regressão logística e análise de variância, ambas utilizando o programa SAS com 95% de significância. Dos 291
partos analisados durante o período, 40 deles foram diagnosticados com
RP, resultando em uma incidência de 13,75%. A incidência de RP não foi
afetada pela ordem de lactação e nem pela estação do parto, e estas variáveis também não interferiram na produção de leite ajustada para 305 dias
de lactação. A ordem de lactação influenciou significativamente a duração
do IPC (P=0,007), pois as vacas com três ou mais lactações (166,38 ± 82,90
dias) tiveram um intervalo mais longo do que as primíparas (134,70 ± 73,61
dias) e secundíparas (134,23 ± 74,98 dias). A estação do ano afetou a duração
do IPC (P=0,001), sendo que o maior intervalo foi detectado nas vacas que
pariram durante o verão (263 dias) quando comparada com as demais estações do ano (104,74; 189,88; 121,02 dias para primavera, outono e inverno,
respectivamente). A ocorrência de RP interferiu na duração do intervalo
parto-concepção (P=0,043), as vacas que desenvolveram a RP tiveram um
intervalo em torno de 27 dias mais longo do que o das vacas sadias (166,30
vs. 139,64). Apesar da RP não ter interferido na produção leiteira, pode-se
afirmar que houve um efeito deletério desta doença sobre o desempenho
reprodutivo das fêmeas Holandesas.
Palavras-chave: bovinos, intervalo parto-concepção, membranas fetais,
pós-parto.
Agradecimento: à FAPEMIG pelo apoio financeiro.
1 Alunos de Pós-graduação em Ciências Veterinárias
2 Aluno de graduação em Medicina Veterinária
3 Profa. Departamento de Reprodução Animal da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
E-mail: [email protected]
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