Escola Secundária de Manuel Teixeira Gomes - Portimão

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Escola Secundária de Manuel Teixeira Gomes - Portimão - 2010/2011
Aluno: Nuno Antunes | e-mail: [email protected] | Nº: 21
Grego | Curso Científico-Humanístico de Línguas e Humanidades
12.º ano de escolaridade | Turma: E
AS MOIRAS
- Introdução
- Caracterização
- Nomes e funções
- Conclusão
A Golden Thread (de Strudwick) - As três Moiras tecem o fio da vida
- Introdução
Na Grécia Antiga, já se tinham noções e teorias acerca do problema do livre
arbítrio e da capacidade de escolha que o Homem tinha sobre o seu destino. Aceitava-se
que o Homem tinha livre arbítrio em grande parte da sua vida, mas aceitavam-se várias
situações em que não havia possibilidade de escolha. São exemplos desse tipo de
situações o nascimento e a morte, que são os dois principais momentos de não escolha.
Assim, nasceu a lenda das três Moiras (ou Parcas). Estas representam a
fatalidade do destino e a impotência que o Homem tem em relação a certos aspectos da
sua vida.
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- Caracterização
As Moiras (em grego antigo Μοῖραι, que teve origem na palavra grega que
significa “Destino”; em latim, eram designadas As Parcas) eram as três irmãs que,
segundo a Mitologia Grega, decidiam o destino tanto dos deuses como dos
humanos. As três fabricavam, teciam e cortavam a linha que representa a vida de cada
pessoa ou deus.
Sempre foram temidas e respeitadas por todos os mortais e mesmo pelos deuses.
Inclusivamente, o próprio Zeus estava sujeito ao poder das Moiras, apesar de não
haver registos acerca do impacto que estas poderiam ter na vida dos imortais. Ainda
assim, acreditava-se que caso um deus se atrevesse a transgredir as leis das Moiras,
este estaria a interferir com a harmonia cósmica.
Não se sabe ao certo quem eram os seus pais, mas as duas versões mais
comuns são as de que nasceram de Moro e Nix ou de Júpiter e Temis.
As três Moiras eram frequentemente descritas nas obras da Antiguidade como
velhas de aspecto sinistro e severo, grandes dentes e longas unhas. No entanto, há
inúmeras pinturas em que as Moiras são representadas como mulheres de meia-idade
com um rosto sereno ou até mesmo como lindas donzelas.
- Nomes e funções
Quanto aos seus nomes e funções, as três Moiras eram:

Cloto (Κλωθώ, que em Grego significa “fiar”) Segurava o fuso e tecia a
linha da vida. Era considerada uma das deusas do Nascimento. O seu nome
romano era Nona.

Laquesis (Λάχεσις, que em Grego significa “Sortear”) Puxava e enrolava o
fio da vida, atribuído, ao acaso, a cada pessoa. Presidia, principalmente, o
Casamento e determinava a sorte e fortuna de cada indivíduo. O seu
nome romano era Decima.

Atropos (Ἄτροπος, que em Grego significa “Inevitável”) Encarregava-se de
cortar o fio da vida. Era, juntamente com outros deuses, determinante da
Morte. O seu nome romano era Morta.
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Acreditava-se que as Moiras apareciam três dias depois do nascimento de
uma criança para determinar o seu percurso de vida. Então, ofereciam ao recémnascido uma parcela do Bem e do Mal, a partir da qual o indivíduo desenvolvia o seu
carácter, por vontade própria.
É, também, importante referir que as Moiras eram assistidas na sua função
fatal pelas cadelas de Hades, que se apoderam do corpo de um mortal, quando este
morre, para o conduzir a Pluto. As três tecedeiras são, também, activas em batalha,
alimentando-se do sangue dos mortos.
- Conclusão
Em suma, é de notar que, como foi dito inicialmente, os gregos acreditavam que
as Moiras representavam a fatalidade do destino, sendo que cada uma determinava
partes da vida em que o Homem não tinha poder de escolha. Este mito servia de
justificação para a necessidade de fortalecer o carácter e individualidade de cada
um: se uma pessoa aceitasse e enfrentasse a fatalidade do destino quando não tinha
controlo sobre o mesmo, estaria a desenvolver a sua personalidade e unicidade; no
entanto, se evitasse e negasse os infortúnios da sua vida, estaria a enfraquecer o seu
espírito.
Assim, as três Moiras determinavam o progresso do Homem na sua vida e
teciam a fortuna do indivíduo, devendo este enfrentar e aceitar o seu destino como
meio de desenvolver o seu carácter.
Sítios Consultados e Referências bibliográficas:
1. http://contoselendas.blogspot.com/2005/08/as-moiras-parcas-ou-destinos.html [24 / 09 / 2010]
2. http://en.wikipedia.org/wiki/Moirae [28 / 09 / 2010]
3. http://pt.wikipedia.org/wiki/Moiras [24 / 09 / 2010]
4. http://terapiabiografica.com.br/blog/2007/10/04/as-moiras-filhas-do-destino/ [24 / 09 / 2010]
5. Schmidt, Joel (1985), Dicionário de Mitologia Grega e Romana. Edições 70
6. Vasconcellos, Paulo Sérgio de (1998). Mitos Grego. Editora: Objetivo
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