ESTADO E NEOLIBERALISMO NO BRASIL CONTEMPORÂNEO: implicações para as políticas sociais Maria Célia da Silva Porto 1 Resumo: Neste texto são discutidas as dimensões históricas e sócioeconômicas predominantes na sociedade brasileira recente, em suas relações com a conjuntura internacional marcada pelo processo de reestruturação do capital, que condicionaram a emergência do ideário neoliberal. Nessa direção, faz-se uma caracterização das administrações vigentes a partir dos anos 90, capitaneadas respectivamente pelos presidentes Collor, Cardoso e Lula, focalizando as funções assumidas pelo Estado nas áreas econômica e social. Ao final, conclui-se que esses governos contribuíram efetivamente no processo de consolidação do neoliberalismo no Brasil, através, sobretudo das estratégias concernentes à privatização do público e à precarização das políticas sociais. Palavras-chave: Estado. Neoliberalismo. Políticas Sociais. Abstract: This paper discusses the historical dimension and socioeconomic prevailing in recent Brazilian society in its relations with the international situation marked by the restructuring of capital that conditioned the emergence of neoliberal ideas. In this direction, there is a characterization of the current administration from the 90s, captained respectively by Presidents Color, Cardoon and Lula, focusing on the tasks undertaken by the State in economic and social areas. In the end, it is concluded that these governments contributed effectively in the process of consolidation of neoliberalism in Brazil through, especially the strategies concerning the privatization of the public and precariousness of social policies. Keywords: State. Neoliberalism. Social Policies. 1 Doutora. Universidade Federal de Alagoas. E-mail: [email protected] 1. INTRODUÇÃO Este texto objetiva refletir sobre o processo de crise experienciado pelo modelo intervencionista estatal, inaugurado no Brasil da década de 30 — o qual teve no Estado Desenvolvimentista o seu centro impulsionador — e sua conseqüente substituição nos anos 80/90/2000 pelo padrão neoliberal que, em contrário, demanda, simultaneamente, uma redução das funções estatais no campo econômico, seguida de uma redefinição na área social. Assim, a partir da contextualização desse processo transitório, são problematizadas as suas determinidades, as quais foram iniciadas de forma abrangente no último ano do governo Sarney, sendo prosseguidas de maneira crescente no contexto das gestões dos presidentes Collor, Cardoso e Lula. Dessa forma, no processo de desenvolvimento desta análise, admite-se o fato inexorável de que a dinâmica dessas administrações impulsionou de maneira efetiva a consolidação da estratégia político-econômica neoliberal na sociedade brasileira, cuja expressão paradigmática deu-se, sobretudo, por meio do processo de privatização da esfera pública. Quanto às implicações mais contundentes desse percurso de cariz regressivo, salienta-se o processo de precarização das políticas sociais. 2. DESENVOLVIMENTO Conforme Oliveira (2003), a partir dos anos 30, instaura-se no Brasil um novo modelo de acumulação de cariz “qualitativa e quantitativamente distinto, que dependerá substancialmente de uma realização parcial interna crescente”. (OLIVEIRA, 2003, p. 35). Esse modelo consolida-se na sociedade brasileira em substituição ao esgotamento do antigo padrão agrário-exportador, centralizado na produção e na exportação de matérias-primas, caracterizando-se pela presença ativa do Estado na economia, além de possuir, no setor industrial, o núcleo impulsionador do processo de acumulação. No âmbito desse modelo de dimensão marcadamente intervencionista, coube ao Estado efetivar determinados empreendimentos, tais como: a criação de um mercado de trabalho e de uma legislação trabalhista que, entre outras ações, instituiu o salário mínimo; a reestruturação de uma rede de bancos oficiais com vistas a resolver a questão relativa ao financiamento do processo de acumulação; e a dinamização do setor produtor de bens de capital (máquinas, equipamentos e instalações) e de insumos básicos. Nesse sentido, são sumariamente estabelecidas, pela instituição estatal, todas as condições materiais em favor da expansão do novo modelo de acumulação industrial. No interior desse contexto, tem-se o Estado operando, segundo Oliveira (1999), “como um capital financeiro geral, e, na maior parte dos casos, como capital estatal produtivo” (OLIVEIRA, 1999, p. 67). Por intermédio da consolidação desse modelo, a ação estatal passa a assumir um formato de dimensões renovadas, na medida em que, para muito além de meramente ocupar-se da garantia dos componentes estruturais concernentes à reprodução do sistema produtor de mercadorias, passa também a instituir, por meio dos fundos públicos, as condições absolutamente necessárias à deflagração do processo de acumulação de capital. Dessa forma, o Estado, nesse novo contexto, transmuta-se da sua função clássica de Estado gendarme, típica da contextualidade liberal, à função moderna de Estado interventor. Nesta última manifestação, caracteriza-se essencialmente por fundar as bases da nova sociedade brasileira capitalista industrializada. A esse padrão intervencionista estatal, Fiori apud Soares (2001), denomina de Estado Desenvolvimentista, cuja dimensão peculiar dá-se fundamentalmente por sustentar-se “no tripé Estado-capital estrangeiro-capital nacional, com surtos de crescimento e desenvolvimento que possibilitavam os movimentos de ‘fuga para frente’ onde se acomodavam os diversos interesses dominantes”. (FIORI apud SOARES, 2001, p. 153, grifo do autor). Entretanto, ocorre que esse Estado Desenvolvimentista, fundado na substituição de importações e orientado para um crescimento do mercado interno e dos núcleos urbanos, além de se pautar na defesa do capital nacional em relação ao estrangeiro, entra irreversivelmente em colapso nos anos 80, tendo em vista a crise financeira deflagrada em decorrência do aumento progressivo das dívidas interna e externa. Nesse contexto conjuntural demasiadamente crítico, destaca-se, de maneira paradoxal, a vigência da democracia política deflagrada em 1985 com a eleição do presidente civil Tancredo Neves (sendo substituído por José Sarney após a sua morte) existindo uma expressiva mobilização popular protagonizada pelos movimentos sociais e centrais sindicais que, entre outras conquistas, registram suas demandas na Constituição federal promulgada em 1988. Assim, após 20 anos de regime autocrático burguês, o Estado brasileiro vai se deparar com a crise dos anos 80 (a denominada “década perdida”) em uma conjuntura democrática, sem dispor, todavia dos recursos econômico-políticos necessários à implementação das medidas concernentes ao ajuste neoliberal, plenamente em vigor na maioria dos países latino-americanos. À explicação dessa situação particular, vivenciada pelo Estado brasileiro, Soares (2001) ressalta o fato relativo à posição assumida pelo país na década de 80, o qual representava o caso mais avançado de industrialização da América Latina. Assim, segundo a autora, tendo em vista esse relevante status adquirido pela economia brasileira, “não era possível um ajuste ‘passivo’ à nova ordem econômica mundial, na medida em que não possuía complementaridades decisivas com qualquer bloco comercial regional” (SOARES, 2001, p. 153). Essa condição relativamente asséptica da economia brasileira em relação ao neoliberalismo, não consegue se sustentar, por um período mais extenso, ocorrendo, de maneira retardatária, no limiar dos anos 90, segundo Soares (2001), “o retorno à ortodoxia, acompanhado da ‘onda’ neoliberal” (SOARES, 2001, p. 154). Quanto às principais razões da adesão do Brasil ao projeto neoliberal, têm destaques o agravamento da crise econômica, desencadeada entre os anos de 1989/1990, e o esgotamento do modelo intervencionista estatal, inaugurado na década de 30. Dessa forma, efetivamente, segundo Tavares & Melin (1998), o Brasil foi o último dos países latino-americanos, já no começo da década de 1990, a entrar nesse circuito de submissão às políticas de liberalização financeira e comercial e de desregulamentação cambial com o objetivo de atrair recursos externos, a qualquer custo, inserindo-se de forma subordinada no novo quadro financeiro mundial (TAVARES & MELIN, 1998, p. 51). O momento crucial da absoluta falência do Estado Desenvolvimentista que, de maneira imperativa, condiciona-o a posicionar-se favoravelmente em relação ao neoliberalismo, vai materializar-se particularmente no último ano da gestão do presidente José Sarney, onde ocorrem a completa erosão da autoridade governamental e a hiperinflação. A conjunção desses fenômenos resultou num processo caracterizado por uma profunda instabilidade política, exigindo, por sua vez, uma mudança radical da perspectiva político-econômica e social até então adotada. No plano ideológico, todavia, a ascensão da programática neoliberal no Brasil remonta ao Consenso de Washington, ocorrido em 1989 na capital dos EUA, em que, no bojo das discussões travadas, se concretizou a efetiva ratificação da proposta neoliberal que o governo norte-americano recomendava como pré-condição à concessão de ajuda financeira externa. Para Teixeira (1998), o conjunto das deliberações aprovadas no Consenso de Washington pode ser condensado em dois aspectos fundamentais: “redução do tamanho do Estado e abertura da economia” (TEIXEIRA, 1998, p. 225). Diante desse panorama neoliberal de dimensões mundiais, o governo Collor se estrutura no cenário “democrático brasileiro” em conformidade à sua estratégia políticoeconômica, definida previamente no documento de campanha intitulado Diretrizes de Ação do Governo Fernando Collor de Mello, em que ressalta centralmente a intenção de estabelecer uma nova relação entre o Estado e a iniciativa privada com vistas ao processo de modernização da esfera estatal. Posteriormente, por meio do documento denominado Brasil: Um Projeto de Reconstrução Nacional propõe, conforme Boschetti-Ferreira (1993), entre outras medidas neoliberais, “uma ampla Reforma Administrativa, o Programa Federal de Desregulamentação e o Programa Nacional de Desestatização” (BOSCHETTIFERREIRA, 1993, p. 48), cujo ponto comum era o processo de privatização do Estado. Em perfeita sintonia aos princípios neoliberais em vigência, o eixo central de condução da política econômica implementada pelo governo Collor era o combate à inflação, adquirindo efetiva materialidade no contexto mais amplo do chamado “Plano de Estabilização”. Estreitamente vinculada a essa proposta, somaram-se outras, com dimensões equivalentes, as quais passaram a integrar o projeto neoliberal brasileiro. Dentre essas propostas, destacam-se: a desregulamentação da economia, que visava à abolição da regulação do Estado, simultaneamente, sobre a economia e sobre a relação capital-trabalho, perspectivando a plena liberdade dos mercados; a sumária retirada do Estado como agente produtivo, derivando daí as propostas de privatização das empresas estatais e de “Estado mínimo”, esta última direcionada no sentido da compreensão da esfera estatal respaldada num compromisso que se pautava na implementação de apenas algumas funções elementares, a exemplo da educação básica e da saúde pública, além da criação e/ou manutenção de uma infraestrutura essencial ao desenvolvimento econômico; e a liberalização do comércio exterior, em seu propósito de tornar a economia brasileira ao mesmo tempo internacionalizada e moderna, por meio do estímulo às importações. Contudo, a implementação dessas diretrizes, genuinamente neoliberais, culminou na realidade com o aprofundamento da recessão, a qual atingiu o conjunto da sociedade brasileira de maneira assaz diferenciada, na medida em que penalizou, sobretudo, os setores mais fragilizados do ponto de vista político e econômico. Quanto aos seus efeitos, tem-se que eles repercutiram densamente no recrudescimento da inflação, no aumento do desemprego e na precarização das políticas sociais. No que diz respeito às relações do governo Collor com as políticas sociais, essa administração deu continuidade, de maneira progressiva, ao desmonte dessa área, então iniciado no final do governo Sarney, em absoluta coerência com o ideário neoliberal ativamente em vigor. Nessa perspectiva, ocorreu o completo descumprimento das deliberações sociais consagradas na Constituição federal de 1988, sendo contraditoriamente proposta uma Reforma Constitucional com indicações clarividentes de uma postura neoliberal que se caracterizava por proporcionar a anulação das garantias sociais contempladas. Não obstante a completa falência das medidas sociais e econômicas de cariz neoliberal fartamente agilizadas pela gestão do presidente Collor — na medida em que não impulsionou o desenvolvimento econômico do país nem tampouco produziu um bem-estar social à maioria da população —, não ocorreu uma rejeição radical por parte do governo que o substituiu no período pós-impeachment. Nessa direção, o presidente Itamar Franco passou a implementar uma política econômica fundamentada no Plano Real que, de maneira abrangente, apoiava-se nas diretrizes recomendadas pela ortodoxia neoliberal. Após o breve interregno do presidente Itamar Franco, que teve a duração de dois anos (1992-1994), assume como presidente da República o seu ministro da Fazenda, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso que, devidamente penitenciado do seu passado esquerdista e, também, estando preparado intelectualmente para administrar o país, opta por endossar as políticas neoliberais dos dois presidentes que o antecederam. Nesse sentido, propõe-se essencialmente a implementar as seguintes medidas de cariz continuista: “acabar com a inflação, privatizar, reformar a Constituição para flexibilizar as relações entre o Estado e a sociedade, assim como as relações entre capital e trabalho” (TEIXEIRA, 1998, p. 225). Dessa maneira, a partir da implementação da política monetária necessária à viabilização do Plano Real, a política econômica do presidente FHC fundamentou-se na articulação entre o aumento acelerado das importações e a absorção de recursos externos. Nesse âmbito, a âncora cambial — que tinha por objetivo o controle das cotações do dólar — foi o eixo da política de estabilização, associada a uma política de juros elevados e à compressão da massa salarial. Pautado nessas medidas, o Plano Real estendeu-se até meados de 1996, institucionalizando a nova moeda (o real), em uma economia plenamente desindexada (de baixa inflação). Um outro ponto relevante da política econômica do presidente Cardoso foi o ajuste fiscal, que incutiu a falsa idéia de que o principal problema do país se reduzia ao déficit público, requerendo, por sua vez, a implementação de medidas relativas ao equilíbrio orçamentário. Dessa forma, sob o pretexto de atingir o equilíbrio orçamentário, o presidente Cardoso promoveu a privatização das empresas estatais (de energia, de telefonia, entre outras), além de viabilizar a aprovação das reformas previdenciária e administrativa. Contudo, apesar da utilização desses recursos, notadamente antidemocráticos, o déficit público permaneceu elevado. Os desdobramentos da política econômica patrocinada por FHC, em seu obsessivo propósito de contenção, a qualquer custo do déficit público, tiveram implicações desastrosas sobre as políticas sociais, na medida em que resultaram na redução drástica dos fundos públicos destinados ao financiamento dos serviços sociais direcionados aos segmentos mais pobres. Ocupando-se particularmente em investigar a condição da política social no âmbito do primeiro mandato do presidente Cardoso, Netto (1999) destaca, em princípio, a direção social adotada, a qual se materializou em notória contradição, simultaneamente, aos seus antecedentes como intelectual marxista e às suas promessas de campanha pautadas no ideário democrático. Nessa perspectiva, o autor salienta que, de maneira geral, o presidente FHC “desde os seus primeiros anos no Planalto, presidiu um governo direcionado contra os interesses e as aspirações da massa dos trabalhadores brasileiros”. (NETTO, 1999, p. 75, grifo do autor). Na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, iniciada em 2003, as deliberações neoliberais são sumariamente prosseguidas, apesar das promessas mudancistas assumidas por este governo. Dessa forma, segundo Braz (2004), tem-se com este governo um “Estado absolutamente servil ao grande capital internacional” (BRAZ, 2004, p. 55). 3. CONCLUSÃO Tendo como referência as digressões analíticas realizadas no âmbito do desenvolvimento deste texto, conclui-se que no contexto das administrações dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, deu-se efetiva continuidade ao processo de “Reforma do Estado” iniciado no governo Collor, o qual se materializou na área social pelo corte de gastos públicos. A drástica redução do orçamento estatal nesse setor estratégico provocou profundas modificações no caráter público dos serviços sociais, implicando a sua mercantilização, a qual foi assegurada por meio do privilégio da racionalidade da eficiência restrita, unicamente, à relação custo/benefício das ações. De outro lado, estes governos passaram a administrar a dramática “questão social” brasileira por intermédio da agilização dos fundos sociais de emergência (FSE), os quais foram institucionalizados em 1994. Valendo-se desse mecanismo institucional, esses governos legitimaram a retirada do Estado da área social, inaugurando, ao mesmo tempo, um processo de enfrentamento da pobreza desenvolvido predominantemente na esfera estritamente microssocial, através das ações protagonizadas pelas organizações sociais. Por fim, para encerrar de maneira minimamente coerente este texto que fez uma abordagem crítica sobre as temáticas da história brasileira recente, relativas, simultaneamente, à crise do padrão intervencionista estatal, ocorrida no final dos anos 80, e à ascensão do neoliberalismo, manifestada na década de 90 nos governos de Fernando Collor e de Fernando H. Cardoso, sendo prosseguida na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, faz-se oportuno uma sinótica reflexão com vistas a realizar uma configuração da resultante mais legítima da ofensiva neoliberal no país, a qual pode ser traduzida no nefasto processo caracterizado pela privatização do público. Nessa angulação, coloca-se em princípio que, segundo Oliveira (1999), a privatização do público consiste, em efeito, uma ideologia ou uma “experiência subjetiva de desnecessidade, aparente, do público” (OLIVEIRA, 1999, p. 57). No Brasil, essa ideologia propaga-se, como vimos ao longo do desenvolvimento deste texto, sobretudo por meio da crise do Estado e do mecanismo da dívida pública interna. Frente a esses processos de crises, os apologistas neoliberais difundiram a acepção de que o Estado se constitui um agente subordinado aos monopólios empresariais, apenas podendo ser compreendido como uma extensão do privado. Ou seja, divulgaram a falsa idéia da superioridade do privado em relação ao público, desqualificando, assim, o imprescindível papel assumido pelo Estado no processo de desenvolvimento socioeconômico. Ocorre, todavia, que o movimento real se explica inversamente. Conforme Oliveira, é fundamentalmente a riqueza pública, em forma de fundo, que dá sustentação ao processo de reprodução do capital privado. Esta sim, segundo o autor, constitui a interpretação verdadeira e a forma moderna com que o Estado vem administrando as sucessivas crises do capital, manifestadas desde a Grande Depressão de 1929. Todavia, não obstante este fato inexorável, no plano da cotidianidade marcada pela ação da programática neoliberal, assume dimensão de destaque, paradoxalmente, o fenômeno pertinente à privatização do público. REFERÊNCIAS BOSCHETTI-FERREIRA, Ivanete. A relação Estado-mercado no processo de constituição da assistência social durante o governo Collor. Serviço Social & Sociedade. São Paulo: Cortez, ano XIV, nº. 43, p. 45-69, dezembro de 1993. BRAZ, Marcelo. O governo Lula e o projeto ético-político do Serviço Social. Serviço Social & Sociedade. São Paulo: Cortez, ano XXV, nº. 78, p. 48-68, julho de 2004. NETTO, J. Paulo. FHC e a política social: um desastre para as massas trabalhadoras. In: LESBAUPIN, Ivo (Org.) O desmonte da nação: balanço do governo FHC. 3ª ed. Petrópolis; Rio de Janeiro: Vozes, 1999. p. 75-89. OLIVEIRA, Francisco. Neoliberalismo à brasileira. In: SADER, Emir & GENTILI, Pablo (Orgs.) Pós-neoliberalismo: as políticas sociais e o Estado democrático. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1995, p. 24-28. ______. Privatização do público, destituição da fala e anulação da política. In: OLIVEIRA, F. & PAOLI, Mª Célia (Orgs.) Os sentidos da democracia: políticas de dissenso e hegemonia global. 2ª ed. Petrópolis; RJ: Vozes, Brasília: NEDIC, 1999, p. 55-81. ______. Crítica à razão dualista: o ornitorrinco. São Paulo: Boitempo Editorial, 2003. SINGER, Paul. A raiz do desastre social: a política econômica de FHC. In: LESBAUPIN, Ivo (Org.) O desmonte da nação: balanço do governo FHC. 3ª ed. Petrópolis; Rio de Janeiro: Vozes, 1999. p. 25-44. SOARES, L. Tavares. Ajuste neoliberal e desajuste social na América Latina. Petrópolis; RJ: Vozes, 2001. TAVARES, Mª da C. & MELIN, L. Eduardo. Mitos globais e fatos regionais. In: FIORI, J. L., LOURENÇO, M. S. & NORONHA, J. C. (Orgs.) Globalização: o fato e o mito. Rio de Janeiro: EdUERJ, 1998. p. 41-54. TEIXEIRA, F. José. O neoliberalismo em debate. In: TEIXEIRA, F. Jose (Org.) Neoliberalismo e reestruturação produtiva: as novas determinações do mundo do trabalho. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 1998, p. 195-252.