Economia Informal 2011 esm A economia informal em Portugal representava, em 2011, o equivalente a 25,4% do Produto Interno Bruto (PIB) De acordo com o Observatório de Economia e Gestão de Fraude (OBEGEF), a economia informal em Portugal tinha um peso de 43,4 mil milhões de euros (25,4% do PIB). Em 1970, peso da economia que foge ao controlo do fisco situava-se em 9,4% do PIB. Em termos sectoriais, o estudo apenas desagrega para Agricultura, Indústria e Serviços, incluindo a Restauração e Bebidas e Hotelaria nos Serviços. A economia paralela como percentagem do PIB registou em 2011 cerca de 0,7% no sector agrícola, 5,9% na indústria e 17,8% nos serviços (mais 0,2 p.p. relativamente a 2010). O estudo refere que a principal causa da economia paralela em Portugal é o peso dos impostos directos e indirectos e das contribuições para a segurança social. O autor do estudo afirmou à imprensa que para a subida galopante da economia paralela em Portugal contribuiu decisivamente a "quebra da relação de confiança entre a população e o Estado". Para o combate à economia paralela, o estudo aponta alguns caminhos sugerindo que implemente o combate ao enriquecimento ilícito, à manipulação contabilística e relatórios fraudulentos de empresas, combate à existência de empresas fantasmas e ao uso de informação privilegiada. Considerando as últimas medidas anunciadas pelo Governo português e as tomadas já em sede de Orçamento de Estado de 2012, e ligando com a causa apontada para a existência de economia paralela, pode-se assumir que poderemos assistir nos próximos anos a um crescimento generalizado da fuga, e tentativa, aos impostos. Aproveitando o lançamento destes dados, relembramos a informação presente no estudo “A Economia Sombra na Europa, 2010” da A. T. Kearney que indicava que na dimensão da economia paralela, os Hotéis e Restaurantes surgem como o quinto setor, atrás da Construção, Indústria, Distribuição/Retalho e Imobiliário. AHRESP – 17.Setembro.2012 1