Macro Regional terça-feira, 20 de agosto de 2013 Projetamos crescimento moderado para os estados brasileiros nos próximos anos Acreditamos que a maior parte dos estados brasileiros deve crescer moderadamente ao longo da década, acompanhando o cenário que temos para a economia nacional. Nossas projeções estaduais (vide tabela ao final do texto) são derivadas das nossas estimativas para o crescimento do emprego, do varejo e da produção industrial em cada estado ou região. As variáveis macroeconômicas podem impactar os estados de forma diferenciada. O crescimento da economia mundial e do comércio internacional é mais relevante para os estados exportadores do que para aqueles cujas exportações têm pequena participação no PIB. O crescimento global eleva a demanda por minério de ferro, setor de grande importância para a economia paraense. Ainda que em menor intensidade, esses fatores também são importantes para o crescimento de Minas Gerais, cuja economia, apesar de mais diversificada, também apresenta participação significativa na produção de metais. O crescimento chinês e o consequente aumento dos preços de minério de ferro constituíram um estímulo importante para o crescimento desses estados ao longo dos últimos anos. Ainda que seja esperado que os preços de minério recuem ao longo da década, a extração de minério no Brasil deve continuar sendo economicamente interessante devido ao alto teor de ferro encontrado no minério brasileiro em relação ao de outros países. Outras unidades da federação, como Rio de Janeiro e Espírito Santo, dependem bastante da produção de petróleo. Acreditamos que durante os próximos anos esses estados terão um importante incentivo resultante da exploração de petróleo nas camadas de pré-sal, que deve se traduzir em investimentos em unidades de extração e processamento de petróleo e gás, além de um aumento significativo das quantidades produzidas. O Sudeste deve continuar a ser o principal motor de crescimento nacional, e não por acaso, o PIB da região deve se expandir a taxas bem próximas às da economia brasileira. Enquanto os estados de São Paulo e Minas Gerais devem crescer um pouco abaixo do Brasil como um todo, Espírito Santo e Rio de Janeiro devem observar taxas de crescimento mais robustas, se destacando na comparação com a média do país. Isso deve ocorrer tanto em função da já citada exploração de petróleo no pré-sal como, no caso do Rio Janeiro, dos preparativos para as Olimpíadas e a Copa do Mundo de futebol, que devem ajudar a impulsionar o PIB até 2016. Também com economias mais maduras do que a média dos estados brasileiros, a região Sul, que já vinha apresentando crescimento mais fraco nos últimos anos, deve seguir crescendo abaixo do restante do país. Isso se deve em grande parte à perda de dinamismo de alguns setores importantes para a região, como têxtil, calçados e artigos de couro, fumo (principalmente no Rio Grande do Sul) Participação dos Estados no PIB* *dados de 2010 A última página deste relatório contém informações importantes sobre o seu conteúdo. Os investidores não devem considerar este relatório como fator único ao tomarem suas decisões de investimento. Fonte: IBGE, Itaú Macro Regional – terça-feira, 20 de agosto de 2013 e papel e celulose. Além disso, os projetos de investimentos divulgados pelo setor privado para os próximos anos têm participação reduzida nos estados do Sul quando comparados aos outros estados. A região Norte deve crescer acima da média nacional, impulsionada pelo espaço que existe para desenvolvimento da região relativo a outras regiões e, principalmente, pelo crescimento do Pará. O estado deve ser um dos principais destaques de crescimento ao longo dos próximos anos em função de investimentos em mineração e do consequente crescimento da produção de minério de ferro, que deve mais que dobrar no estado até o ano de 2018. Por sua vez, alguns estados do Nordeste devem também receber investimentos significativos com relação ao seu PIB. A Bahia se destaca, com investimentos nos setores mineração, energia, petróleo, papel e celulose, veículos automotores, química e petroquímica. Maranhão, Ceará e Pernambuco contam com investimentos concentrados principalmente no refino de petróleo e petroquímica. Aliados à continuidade do crescimento das transferências de renda (programas sociais, como o Bolsa Família, tem efeito significativo sobre o consumo e PIB da região) e aumento do consumo, esses investimentos devem impulsionar em alguma medida a economia do Nordeste, que deve se expandir ligeiramente acima da média nacional. Os estados do Centro-Oeste devem permanecer com uma economia fortemente dependente do setor agropecuário, com exceção do Distrito Federal, onde o maior destaque é o setor de serviços, comparativamente a outros estados. Além disso, alguns setores industriais que já são relevantes na região, como fertilizantes, papel e celulose e extrativa mineral (Goiás), serão alvo dos principais investimentos nos próximos anos, o que deve aumentar a participação da indústria no PIB desses estados. Os pesos de cada região na composição do PIB nacional não devem se alterar de forma significativa nos próximos anos. De acordo com as nossas projeções, Sul e Sudeste devem perder algum espaço para as outras regiões. Em suma, os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo devem se beneficiar da exploração de petróleo na camada pré-sal. O Rio de Janeiro, além disso, se beneficia da realização dos eventos esportivos – Copa do Mundo de Futebol e Olimpíadas. No Norte, o Pará deverá ser o destaque, impulsionado pelos investimentos na extração de minério de ferro. Com crescimento mais baixo destaca-se a região sul, onde as perspectivas de novos investimentos nos próximos anos são inferiores às de outras regiões. Página 2 Macro Regional – terça-feira, 20 de agosto de 2013 Tabela – taxas médias de crescimento por estado e região Norte RO AC AM RR PA AP TO 2002-2010 5,5% 6,6% 6,0% 5,6% 5,8% 4,5% 6,1% 6,8% 2011-2020 2,8% 2,5% 2,5% 2,6% 2,4% 3,2% 2,6% 2,7% Sudeste MG ES RJ SP 2002-2010 3,7% 3,8% 5,4% 3,0% 3,9% 2011-2020 2,2% 2,2% 3,5% 2,6% 2,0% Sul PR SC RS 2002-2010 3,2% 3,7% 3,2% 2,7% 2011-2020 2,1% 3,0% 1,4% 1,6% Nordeste MA PI CE RN PB PE AL SE BA 2002-2010 4,4% 5,4% 5,0% 4,5% 3,6% 4,8% 4,2% 3,4% 4,6% 4,1% 2011-2020 2,2% 2,9% 1,8% 2,5% 1,7% 1,6% 2,4% 1,9% 2,2% 2,2% Centro-Oeste MS MT GO DF 2002-2010 5,0% 4,7% 6,3% 5,0% 4,4% 2011-2020 2,6% 2,9% 2,4% 3,1% 2,2% Brasil 2002-2010 3,9% 2011-2020 2,3% Pesquisa macroeconômica – Itaú Ilan Goldfajn – Economista-Chefe Para acessar nossas publicações e projeções visite nosso site: http://www.itau.com.br/itaubba-pt/analises-economicas/publicacoes/ Página 3 Macro Regional – terça-feira, 20 de agosto de 2013 Informações Relevantes Este relatório foi preparado e publicado pelo Departamento de Pesquisa Macroeconômica do Banco Itaú Unibanco S.A. (“Itaú Unibanco”). Este relatório não é um produto do Departamento de Análise de Ações do Itaú Unibanco ou da Itaú Corretora de Valores S.A. e não deve ser considerado um relatório de análise para os fins do artigo 1º da Instrução CVM n.º 483, de 6 de Julho de 2010. 2. Este relatório tem como objetivo único fornecer informações macroêconomicas, e não constitui e nem deve ser interpretado como sendo uma oferta de compra ou venda ou como uma solicitação de uma oferta de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro, ou de participação em uma determinada estratégia de negócios em qualquer jurisdição. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que o relatório foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. O Grupo Itaú Unibanco não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados. As opiniões, estimativas e projeções expressas neste relatório refletem a opinião atual do analista responsável pelo conteúdo deste relatório na data de sua divulgação e estão, portanto, sujeitas a alterações sem aviso prévio.] O Grupo Itaú Unibanco não tem obrigação de atualizar, modificar ou alterar este relatório e de informar o leitor. 3. O analista responsável pela elaboração deste relatório, destacado em negrito, certifica, por meio desta que as opiniões expressas neste relatório refletem, de forma precisa, única e exclusiva, suas visões e opiniões pessoais, e foram produzidas de forma independente e autônoma, inclusive em relação ao Itaú Unibanco, à Itaú Corretora de Valores S.A. e demais empresas do Grupo. 4. Este relatório não pode ser reproduzido ou redistribuído para qualquer outra pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento por escrito do Itaú Unibanco. Informações adicionais sobre os instrumentos financeiros discutidos neste relatório se encontram disponíveis mediante solicitação. O Itaú Unibanco e/ou qualquer outra empresa de seu grupo econômico não se responsabiliza, e tampouco se responsabilizará por quaisquer decisões, de investimento ou de outra forma, que forem tomadas com base nos dados aqui divulgados. Observação Adicional nos relatórios distribuídos no (i) Reino Unido e Europa: Itau BBA International plc: Este material é distribuído e autorizado pelo Itau BBA International plc (Itau BBA UK) em conformidade com o Artigo 21 do Financial Services and Markets Act 2000. O material que descreve os serviços e produtos oferecidos pelo Itaú Unibanco SA (Itaú) foi elaborado por aquela entidade. IBBA UK é uma filial do Itaú. Itaú é uma instituição financeira validamente existente sob as leis do Brasil e membro do Grupo Itaú Unibanco. Itaú BBA International plc sede 20 º andar, 20 de Primrose Street, London, Reino Unido, EC2A 2EW e está autorizado pela Prudential Regulation Authority e regulado pela Autoridade de Conduta Financeira e do Prudential Regulation Authority (FRN 575225). Itaú BBA International plc Sucursal Lisboa e a Sucursal Financeira Exterior localizada na Madeira são reguladas pelo Banco de Portugal para a realização de negócios em todos os escritórios. Itaú BBA International plc tem escritórios de representação na França, Alemanha, Espanha e Colômbia, que estão autorizados a realizar atividades limitadas e as atividades de negócios realizados são regulados pelo Banque de France, Bundesanstalt fur Finanzdienstleistungsaufsicht (BaFin), Banco de España e Superintendência Financeira da Colômbia, respectivamente . Nenhum dos escritórios e filiais lida com clientes de varejo. Para qualquer dúvida entre em contato com o seu gerente de relacionamento. Para mais informações acesse: www.itaubba.co.uk. Itau BBA UK Securities Limited: Este material é distribuído e autorizado pelo Itau BBA International plc (Itau BBA UK) em conformidade com o Artigo 21 do Financial Services and Markets Act 2000. Este material é direcionado exclusivamente a contrapartes elegíveis e profissionais, definidas pela Autoridade de Conduta Financeira. O material que descreve os serviços e produtos oferecidos pelo Itaú Unibanco SA (Itaú) foi elaborado por aquela entidade. IBBA UK é uma filial do Itaú. Itaú é uma instituição financeira validamente existente sob as leis do Brasil e membro do Grupo Itaú Unibanco. Itau BBA UK Securities Limited sede 20 º andar, 20 de Primrose Street, London, Reino Unido, EC2A 2EW e é autorizado e regulado pela Autoridade de Conduta Financeira (FRN494837); (ii) EUA: A Itaú BBA USA Securities Inc., uma empresa membro da FINRA/SIPC, está distribuindo este relatório e aceita a responsabilidade pelo conteúdo do mesmo. O investidor americano que receber este relatório e desejar realizar uma operação com um dos valores mobiliários analisados neste relatório, deverá fazê-lo através da Itaú USA Securities Inc., localizada na 767 Fifth Avenue, 50th Floor, New York, NY 10153; (iii) Ásia: Este relatório é distribuído em Hong Kong pela Itaú Asia Securities Limited, autorizada a operar em Hong Kong nas atividades reguladas do Tipo 1 (operações com títulos e valores mobiliários) pela Securities and Futures Commission. A Itaú Asia Securities Limited aceita toda a responsabilidade legal pelo conteúdo deste relatório. 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